"Eduardo, você está preparado para ser presidente do Brasil? Eu vou ser sua vice e estou indo para o PSB", disse a ex-senadora ao governador pernambucano; reunião decisiva terminou às 4h30 deste sábado; nela, Marina comunicou aos seguidores que seria vice de Eduardo Campos e que sua posição seria inegociável; ao dizer que o sonho de ser presidente seria adiado, afirmou que seu projeto seria acabar com a "hegemonia" e o "chavismo" do PT; pelo visto, é bem maior do que se imaginava o rancor de Marina em relação a Lula, Dilma e ao próprio PT
sábado, 5 de outubro de 2013
Para saldar dívida de igreja com TV, pastor Valdemiro pede R$ 21 milhões aos fiéis
Por Redação
Grupo Bandeirantes seria o maior credor do líder religioso que começou a se endividar após guerra com Igreja Universal
O pastor Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, está pedindo aos seus fiéis ajuda para arrecadar R$ 21 milhões. O montante serviria para pagar dívidas com emissoras de TV, especialmente o grupo Bandeirantes. As informações são do colunista Ricardo Feltrin, do F5 Entretenimento.
Segundo o jornalista, a igreja, que aluga praticamente as 24 horas do Canal 21, do grupo Bandeirantes, está com dificuldades de pagar as dívidas contraídas pelo acordo comercial.
Um especialista ouvido pela coluna afirmou que a expectativa de crescimento que o pastor teve da igreja foi equivocada, pois o líder religioso esperava uma colaboração maior dos fiéis, que seriam “de classe C e D, principalmente”, já “com divída.
Outro motivo, apresentado pelo especialista, foi a disputa com a Igreja Universal, dona da Rede Record, que exibiu reportagens atacando o pastor Valdemiro e sua instituição. A queda teria obrigado a Igreja Mundial a vender bens como templos, gado e outras propriedades.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Novo Iphone5 e a "devastadora modernidade"
Suspeita de comprar estanho que é extraído por crianças e arrasa um paraíso ambiental, Apple reage tratando usuários como otários
Vinicius Gomes, CartaCapital
Toda vez que um novo iPhone está para ser lançado, produz-se um
frisson mundial. No caso do novo Iphone 5S, não foi diferente. Pessoas
acamparam por semanas em frente à loja da Apple em Nova York, esperando
que suas portas se abrissem. Quando isso finalmente ocorreu, foram
saudadas pelos funcionários como se tivessem acabado de conquistar uma
medalha de ouro nas Olimpíadas. Mas por trás de toda a fanfarra de
marketing, existe uma realidade que quase nunca é acompanhada pela mídia
com tanta empolgação como as filas em frente das lojas.
O jornalista britânico George Monbiot começou a revelá-la esta
semana, em seu blog. A Apple, demonstrou ele, participa de um dos crimes
ambientais que melhor expõem a desigualdade das relações Norte-Sul e a
irracionalidade contemporânea. Ela provavelmente compra estanho
produzido, na Indonésia, em relações sociais e de desprezo pela natureza
que lembram as do século 19. Pior: convidada por ativistas a corrigir
esta prática, a empresa esquiva-se – destoando inclusive de suas
concorrentes. E, ao fazê-lo, usa argumentos que sugerem: trata o público
s seus consumidores como se fossem incapazes de outra atitude mental
além do ímpeto de consumo.
Monbiot refere-se ao uso, pelos fabricantes de celulares, do estanho
extraído da ilha de Bangka, na Indonésia. O metal é indispensável para a
soldagem interna dos smartphones. Cerca de 30% da produção global
concentra-se na Indonésia – mais precisamente, em Bangka. O problema são
as condições de extração.
O jornalista as descreve: “Uma orgia de mineração sem regras está
reduzindo um sistema complexo de florestas tropicais e campos a uma
paisagem pós-holocausto de areia e subsolo ácido. Dragas de estanho, nas
águas costeiras, também estão varrendo os corais, os manguezais, os
mariscos gigantes, a pesca e as praias usadas como ninhos pelas
tartarugas”.
A cobiça pelo estanho barato não poupa nem a natureza, nem o ser
humano. Monbiot prossegue: “Crianças são empregadas, em condições
chocantes. Em média, um mineiro morre, em acidente de trabalho, a cada
semana. A água limpa está desaparacendo. A malária espalha-se e os
mosquitos proliferam nas minas abandonadas. Pequenos agricultores são
removidos de suas terras”
Estas condições desesperadoras desencadearam reação de ativistas. A
organização internacional Amigos da Terra articulou o movimento. Não se
trata de algo conduzido por rebeldes sem causa. A campanha reconhece que
eliminar a mineração seria uma proposta inviável, por desempregar
milhares de pessoas. Propõe, ao contrário, um pacto. Todo o estanho
produzido em Bangka é adquirido pelas corporações que fabricam
celulares. Se elas concordarem em respeitar condições sociais e
ambientais decentes, a exploração de gente e da natureza não poderá
prosseguir.
Sete fabricantes transnacionais abriram diálogo com a campanha:
Samsung, Philips, Nokia, Sony, Blackberry, Motorola e LG. A única das
grandes fabricantes a se recusar foi a Apple – também conhecida por encomendar a fabricação de seus aparelhos às indústrias de ultra-exploração do trabalho humano da Foxconn.
O mais bizarro, conta Monbiot, são os estratagemas primitivos usados
pela Apple para evitar um compromisso de respeito aos direitos e à
natureza. O jornalista procurou por duas vezes, nos últimos dias, o
diretor de Relações Públicas da empresa. Propôs, em nome da
transparência, um diálogo gravado. Sugestão negada. Na conversa
reservada, relata, não obteve informação alguma, exceto uma sugestão: dirija-se a nosso site.
Mas é lá, diverte-se Monbiot, que a Apple mais zomba da inteligência
dos consumidores. A corporação informa, placidamente, que “a Ilha de
Bangka, na Indonésia, é uma das principais regiões produtoras de estanho
no mundo. Preocupações recentes sobre a mineração ilegal de estanho na
região levaram a Apple a uma visitas de inspeção, para saber mais”. Mas a
Apple não reconhece que compra o metal produzido em Bangka –
provavelmente para não se comprometer com a campanha contra a exploração
devastadora. O jornalista, então, pergunta: “Por que dar-se ao trabalho
de uma visita de inspeção, se você não usa o estanho da ilha? E se você
usa, por que não admiti-lo?”
Tudo isso sugeriria renunciar a um celular? Claro que não, diz
Monbiot. Trata-se de exigir das empresas respeito a normas sociais e
ambientais. Pressionadas, sete corporações transnacionais ao menos
admitiram debater o tema. A Apple destoou. Quem tem respeito pelos
direitos sociais e pela natureza deveria evitar os aparelhos da empresa,
recomenda o jornalista.
Quem quer ir além pode, por exemplo, optar pelo Fairphone,
celular produzido por empreendedores expressamente interessados em
proteger direitos e ambiente. Estará disponível a partir de dezembro.
Porém, mais de 15 mil unidades já foram vendidas, nos últimos meses a
consumidores conscientes.
Comissão de Ética já tem decisão sobre investigação de Elano Figueiredo
Repórter da Agência Brasil
CLIQUE AQUI e leia o relatório da Senadora Ana Amélia, aprovando o nome de Elano
Brasília - A Comissão de Ética Pública deliberou hoje (2) sobre a
indicação de Elano Rodrigues Figueiredo para a diretoria da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O conteúdo da decisão, no entanto,
só deve ser divulgado amanhã (3), após a assinatura de ofício pelo
presidente da Comissão, Américo Lacombe.
Segundo informações divulgadas pela imprensa, Figueiredo foi advogado
de operadoras de planos de saúde, informação omitida por ele durante
sabatina feita pelo Senado em julho. No entanto, o relator do caso,
conselheiro Mauro Menezes, disse que, por uma decisão do presidente da
comissão, o conteúdo da decisão é confidencial até que as comunicações
da decisão se processem.
Serão comunicados o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
(Idec), que apresentou petição contra Figueiredo, a ministra-chefe da
Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que solicitou a análise das denúncias, e o
próprio investigado. No mês passado, o Idec apresentou novos indícios de
conflitos de interesses na nomeação de Figueiredo.
O instituto pede que a comissão sugira a exoneração de Figueiredo da
diretoria, já que a omissão da informação sobre seu trabalho em defesa
de operadoras de planos de saúde constitui falha ética, além do que as
ocupações atual e anterior caracterizarem conflito de interesses. De
acordo com o órgão, o diretor advogou, entre 2010 e maio de 2012, para a
operadora de planos de saúde Hapvida e para o grupo Unimed.
Página da Senadora Ana Amélia informa escolha de Elano |
A Comissão de Ética também decidiu solicitar esclarecimentos ao ministro do Trabalho, Manoel Dias, por declarações dadas à imprensa após virem à tona as investigações da Operação Esopo,
da Polícia Federal (PF). A operação investigou um esquema de fraudes em
licitações do ministério e causou prejuízos de R$ 400 milhões aos
cofres públicos, segundo balanço da PF. Notícia publicada no jornal O Globo informou que o ministro tomaria providências “impublicáveis” caso fosse demitido pela presidente Dilma.
Segundo o conselheiro Mauro Menezes, o ministro tem dez dias corridos
para esclarecer o conteúdo. De acordo com ele, ainda não foi aberto
procedimento. “A comissão decidiu que vai encaminhar um ofício pedindo
esclarecimentos a respeito de declarações que ele deu e aí ele vai
esclarecê-las e talvez haja abertura de procedimento”, disse o
conselheiro.
Deflagrada no início de setembro, a operação investigou indícios de
fraude em licitações de prestações de serviços, construção de cisternas e
produção de eventos turísticos e de festivais artísticos. Após as
denúncias, quatro servidores do ministério já foram exonerados: Paulo
Roberto Pinto, então secretário executivo, Antonio Sergio Alves Vidigal,
ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego, Geraldo Riesenbeck, que
coordenava contratos e convênios das políticas, além de Anderson Brito
Pereira, que era assessor do gabinete do ministro Manoel Dias.
A senadora, tão rigorosa com os outros, poderia ser mais atenta aos nomes que aprova para funções tão importantes.
Morreu o lendário general vietnamita Giap
O general Giap (ao fundo), com Ho Chi MIn AFP |
O general Vo Nguyen Giap, herói da independência
vietnamita, artífice da derrota francesa na batalha de Dien Bien Phu,
morreu esta sexta-feira. Tinha 102 anos.
Vo Nguyen Giap, o último
dos dirigentes históricos do Vietname comunista que desaparece,
tornou-se uma lenda depois de liderar vitoriosamente as tropas do país
em batalhas contra a França e os Estados Unidos. Em 1953 derrotou as
forças francesas em Dien Bien Phu, acontecimento "fundador" do Vietname
independente e marco final da dominação francesa na Indochina.
Durante
a guerra do Vietname, Giap liderou a luta das forças norte-vietnamitas
contra as tropas norte-americanas e do Vietname do Sul. Em 1968
desencadeou a que ficou conhecida como Ofensiva do Tet, uma acção
considerada decisiva para a retirada dos Estados Unidos e a consequente
tomada da capital do Sul, Saigão, a 30 de Abril de 1975.
"Quando
era jovem, sonhava ver um dia o meu país livre e unificado", disse mais
tarde, numa entrevista à televisão PBS. "Naquele dia, o meu sonho
tornou-se realidade."
Apesar da popularidade, a sua influência
diminuiu após a morte de Ho Chi Minh, o líder que conduziu o Vietname à
independência, em 1969. Quando se deu a reunificação já não chefiava as
forças armadas do então Vietname do Norte. Mas foi ministro da Defesa
até 1980 e manteve cargos até ao início da década de 1990. É a mais
popular e mais emblemática figura popular do Vietname moderno depois do
fundador do Partido Comunista vietnamita, Ho Chi Min.
“É uma personagem mítica e heróica para o Vietname", disse à AFP o investigador Carl Thayer.
Considerado
um dos grandes estrategas militares da História, Vo Nguyen Giap,
nascido a 25 de Agosto de 1911, inspirou combatentes de todo o mundo e
foi autor de trabalhos sobre estratégia.
De: Público
São Francisco de Assis: o primeiro Santo Moderno
S. Francisco, de Portinari, na Igreja da Pampulha |
Hoje é dia de São Francisco de Assis. Como meus fiéis leitores já devem ter reparado, sou um cético. Portanto, não sou um devoto, mas posso ser um admirador da figura histórica do santo e do imaginário que ele mobiliza.
Se eu fosse católico, seria franciscano.
A seguir, transcrevo a sinopse do livro "São Francisco de Assis", do historiador Jacques Le Goff, publicado em Sinopse do Livro
Em SÃO FRANCISCO DE ASSIS, Jacques Le Goff - considerado um dos dez mais importantes historiadores do século XX - disseca, através de quatro ensaios, o que considera o primeiro santo moderno da Igreja Católica. Ecologista na sua fascinação pela natureza, anticonsumista na radical opção pela simplicidade, defensor da liberdade de espírito, da alegria, da vida comunitária, foi um feminista de primeira hora na relação com Santa Clara e à ordem das clarissas. Francesco di Pietro di Bernardone, filho de comerciantes italianos da cidade de Assis, mudou não só o conceito de santidade e devoção, mas a atitude da Igreja e dos leigos diante do sagrado na virada do século XII para o século XIII. São Francisco foi, principalmente, produto de três fenômenos histórico-sociais italianos: a luta de classes, a ascensão dos leigos e o progresso da economia monetária".SÃO FRANCISCO DE ASSIS é uma viagem através da vida de um dos mais impressionantes e justos homens da história medieval. Mas Le Goff não só apresenta a história de Francisco, como também a situa em seu tempo. Analisando a geografia, a religião e até mesmo a política da época, Le Goff contextualiza São Francisco de Assis e revela mais da personalidade que revolucionou o clero do século XIII. Canonizado em 1228, Francisco rompeu com a juventude rica para devotar-se a Deus e à natureza. Fundou a ordem dos franciscanos e viveu na pobreza até sua morte.Para escrever a biografia de São Francisco, além do trabalho habitual de pesquisa, o autor precisou estudar a autenticidade das crenças, mergulhando na documentação de época. Autor de São Luís - um retrato literário do rei e santo cristão -, o medievalista Jacques Le Goff soube com precisão buscar a figura real do biografado, obscurecida pelos relatos de seus supostos milagres. Em SÃO FRANCISCO DE ASSIS, Le Goff, com extrema erudição e fluidez de estilo, desvendou o homem por trás do santo. O livro conta a verdade sobre o fundador da ordem franciscana, um homem que recebeu os estigmas das chagas de Cristo e, antes de morrer, compôs o Cântico do sol, uma das mais belas obras poéticas do universo cristão. Discípulo de Fernand Braudel, Jacques Le Goff é o atual presidente da célebre École des Hautes Études en Sciences Sociales e autor de Apogeu da cidade medieval, A bolsa e a vida, História e memória, Os intelectuais na Idade Média e Mercadores e banqueiros da Idade Média e São Luís. "Ele denunciou o horror econômico antes de Viviane Forrester e Pierre Bourdieu, ele anunciou a cultura hippie dentro de sua não-violência, seu anticonsumismo e seu minimalismo quando deixou ao seu pai, em público, as suas últimas vestimentas, antes de se doar a Deus. A mensagem do Pobre de Assis é de uma modernidade inquebrantável." - Le Nouvel Observateur"Le Goff se interroga longamente para concluir que se São Francisco foi moderno é porque seu século o foi." - Le Monde"Este livro adota a forma fragmentária reivindicada por Le Goff como uma outra forma de escrever a vida de um homem. O historiador tem por este santo uma fascinação determinada e uma empatia profunda." - Libération
Forças ocultas obrigam TSE a negar partido a Marina Silva
Marinita, para que chorar se as estrelas brilham por ti? |
By Professor Hariovaldo
Usando de argumentos frágeis, o TSE negou indevidamente o registro do Partido da Neo Mulher Boa, Marina Silva, uma grande perseguida pelo bolchevismo ateu, por ser uma mulher de fé. Primeiro foi Marco Feliciano, agora ela, discriminada pela religião, vítima dos que querem impor a força o comunismo e o ateísmo em nosso país, um péssimo sinal, um claro demostrativo do nível que chegamos sob o desgoverno dessa búlgara usurpadora que aí está.
Apoiando-se erradamente em fatos menores, tipo “faltam milhares de assinaturas”, “cabe ao partido comprovar a validade das assinaturas”, e outras bobagens, o Tribunal perdeu a chance de se posicionar nessa grande cruzada pela derrubada do lulismo no Brasil, que tanto mal trouxe a essa Pátria carente de pessoas do bem, como Marina Silva. E além disso, o que são poucas milhares de assinaturas se a Rede conseguir milhões de curtidas no Facebook e o apoio de Caetano Veloso? Isso supera qualquer falta e deveria obrigatoriamente ter sido levado em consideração pela Corte.
Perdemos uma batalha, mas não a guerra. Marina haverá de contornar a situação e auxiliar novamente os homens de bem na grande luta contra o petismo atroz nas próximas eleições. Alvíssaras!
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Quem sentiu mais a decisão do TSE: Marina ou Aécio?
Aécio aponta 'truculência do PT' durante processo de criação da Rede
De: FSP
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que houve "truculência do PT" para impedir a criação da Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva tenta formar.
Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (3), o tucano disse que lamenta a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou o registro da Rede, mas afirma que é necessário "respeitar a Justiça".
"Acompanhamos desde o início o esforço de Marina Silva para formação da Rede, e fomos solidários a ela, inclusive, quando a truculência do PT se fez mais presente na tentativa de impedi-la de alcançar seu objetivo no Congresso. Lamentamos a decisão do TSE, mas temos que aceitar e respeitar a Justiça", declarou Aécio em nota.
Segundo o senador mineiro, a presença de Marina no cenário político para as eleições de 2014 "engrandece o debate democrático de ideias".
A ex-senadora é a principal candidata de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto.
Por 6 votos a 1, o TSE entendeu que faltaram quase 50 mil assinaturas de apoio popular para o partido e não concedeu o registro à Rede.
De acordo com o voto da relatora, ministra Laurita Vaz, a sigla de Marina não conseguiu obter o respaldo popular exigido em lei, que é de pelo menos 492 mil eleitores, apesar de ter cumprido os outros requisitos para o registro do partido. Dentre os sete ministros, apenas Gilmar Mendes votou a favor da legenda de Marina Silva.
Nem cartórios, nem TSE. Marina foi derrotada pela própria soberba e messianismo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acaba de responder negativamente ao pedido de criação do Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva; a maioria dos ministros não se deixou levar pela pressão midiática criada pela ex-senadora e diz que sigla não passou por não ter cumprido exigências da Justiça Federal - a mais básica, a certificação de 492 mil assinaturas; para continuar na disputa pela Presidência em 2014, a atual segunda colocada nas pesquisas de intenção de voto precisa correr para se filiar a outro partido – prazo acaba dia 5 de outubro; mas Marina ainda pretende levar batalha ao STF
247 – Fim da linha. A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acaba de responder negativamente ao pedido de criação do Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva. Já votaram contra a criação da legenda a relatora do processo, a ministra Laurita Vaz, que foi seguida, até o momento, pelos ministros João Otávio Noronha, Henrique Neves e Luciana Lóssio. A votação continua ocorrendo na noite desta quinta-feira (3). Faltam votar Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, presidente da Corte.
A maioria dos ministros não se deixou levar pela pressão midiática criada pela ex-senadora e diz que Rede não passou por não ter cumprido exigências da Justiça Federal. A lei determina que uma nova sigla precisa apresentar 492 mil assinaturas registradas para sair do papel. Foram apresentadas 442 mil assinaturas, 50 mil a menos.
A ministra Laurita Vaz, relatora do caso, votou por rejeitar a criação da sigla. "Verifico o não cumprimento do apoiamento necessário, eu voto pelo indeferimento do registro da Rede Sustentabilidade", disse Laurita.
Ao apresentar o seu voto, a relatora afirmou concordar com argumento apresentado pelo Ministério Público Eleitoral de que não cabe ao tribunal verificar a validade das assinaturas. Citando o parecer do MPE, ela disse que provar os apoiamentos é "ônus do partido e não dos cartórios".
O ministro Noronha votou com a relatora e disse que o próprio partido reconhece que não tem o número mínimo exigido de assinaturas. "Falta um número significativo", observou. "A rejeição [das assinaturas] não se resolve no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral", afirmou. "O problema aqui é maior, é a ausência de certidões. Não temos o que certificar", acrescentou.
Henrique Neves também seguiu a relatora e votou contra a criação da legenda. Ele disse, porém, que nada impede que o partido traga as assinaturas necessárias depois para continuar o processo de pedido de registro e, assim, participe de outro pleito - o de 2016.
Sem conseguir atingir o número estipulado, partidários de Marina começaram uma verdadeira batalha para convencer ministros do TSE a aceitarem os 95 mil apoios rejeitados pelos cartórios eleitorais sem justificativa.
Desde o início, a ex-senadora acusou a burocracia do sistema por atrasos no pedido de registro da sigla. O prazo final, caso quisesse concorrer às eleições em 2014 pelo Rede, é dia 5 de outubro de 2013, um ano antes da disputa à Presidência.
Agora, cabe a Marina correr para aderir a outro partido se ainda quiser sair como candidata. Na pesquisa mais recente do Ibope, ela parece em segundo lugar nas intenções de voto, atrás apenas da presidente Dilma Rousseff.
STF
Ciente dos riscos de derrota, Marina acatou uma ideia de seu principal conselheiro no campo jurídico, o ex-presidente do STF Ayres Britto. Ela e a cúpula de seus apoiadores entrarão com um mandado de segurança no STF assinado pelo ex-juiz do TSE Torquato Jardim, segundo reportagem exclusiva do 247 (Leia aqui).
A argumentação para um pedido de liminar a favor do funcionamento do Rede será a de que as assinaturas são válidas e, com mais tempo, isso poderá ser comprovado. O acatamento deixaria o caso sub-judice e daria novo fôlego ao Rede para tentar desatar o nó jurídico em que se envolveu a partir da glosa, pelos cartórios eleitorais, do contingente de nomes apresentados.
Joaquim Barbosa pede a demissão da mulher de repórter com quem se desentendeu
Em março, o presidente do STF chamou repórter de "palhaço" e o mandou "chafurdar no lixo"
Foto: Fellipe Sampaio / STF,Divulgação |
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, encaminhou ofício ao vice-presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, pedindo que este reconsiderasse a decisão de manter em seu gabinete uma servidora que atua no tribunal desde o ano 2000.
Adriana Leineker Costa é funcionária efetiva do Tribunal de Justiça
do Distrito Federal e está cedida ao STF. Ela é mulher do jornalista
Felipe Recondo, repórter do jornal O Estado de S. Paulo, que cobre Poder
Judiciário e que foi chamado de "palhaço" por Barbosa em março.
Lewandowski disse que não vai reconsiderar a decisão de manter a
servidora.
Relembre o caso:
> Ministro Joaquim Barbosa ofende repórter que tentava entrevistá-lo
Relembre o caso:
> Ministro Joaquim Barbosa ofende repórter que tentava entrevistá-lo
No ofício, o presidente do STF afirma que a manutenção de Adriana
seria "antiética" pela relação dela com o jornalista. O ofício não cita o
repórter do Estado, tratando-o como "jornalista-setorista de um grande
veículo de comunicação". Sustenta que a permanência da funcionária
poderia "gerar desequilíbrio" na relação entre jornalistas que cobrem a
Corte.
"Reputo antiética sua permanência em cargo de comissão junto a
gabinete de um dos ministros da Casa, além de constituir situação apta a
gerar desequilíbrio na relação entre jornalistas encarregados de cobrir
nossa rotina de trabalho. Estando a servidora lotada no gabinete de
Vossa Excelência, agradeceria o obséquio de suas considerações a
respeito" diz Barbosa no ofício.
Felipe Recondo venceu o prêmio Esso de Jornalismo de 2012, na
categoria Regional Sudeste, com uma série de reportagens em parceria com
Fausto Macedo intitulada "Farra Salarial no Judiciário". Atua no Estado
desde 2007, fazendo a cobertura do Judiciário. Trabalhou na cobertura
do julgamento do processo do mensalão.
Em março deste ano, Barbosa o chamou de "palhaço" e o mandou
"chafurdar no lixo". A agressão ocorreu após o Estado requerer, via Lei
de Acesso à Informação, dados sobre despesas com recursos públicos de
ministros da Corte com passagens aéreas, reformas de apartamentos
funcionais, gastos com saúde, entre outras. Na ocasião, o presidente
pediu desculpas pelo episódio e o atribuiu ao cansaço e a fortes dores
na coluna após uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Formada em Direito pelo Centro Universitário de Brasília, Ad
Bloco: "No negócio PT/Oi, quem fica a perder é o país"
Com a passagem do centro de decisão da Portugal
Telecom para o Brasil, "o Governo vai ficar a ver o investimento a sair
do país sem poder controlá-lo", declarou a deputada bloquista Mariana
Mortágua. O governo português não sabe se o Estado vai perder receitas
fiscais, enquanto o governo brasileiro vê com bons olhos uma nova
empresa global com sede no Rio.
A venda da
golden share permitiu a saída do controlo da PT, integrada numa nova
empresa dirigida por Zeinal Bava a partir do Rio de Janeiro. Foto José
Sena Goulão/Lusa
A fusão da Portugal Telecom e da brasileira Oi irá dar origem a uma
nova empresa, a CorpCo, após um aumento de capital de 2,7 mil milhões de
euros. No fim do processo, os atuais acionistas da PT ficarão com 38,1%
do capital da futura empresa liderada por Zeinal Bava.
O ministro brasileiro das Comunicações comentou o memorando assinado
pelos dirigentes das duas empresas, afirmando que a decisão já era
esperada. Em declarações à Folha de São Paulo, Paulo Bernardo sublinhou
que a sede da nova empresa será no Rio de Janeiro, com maioria de
capital brasileiro. "Eles me ligaram ontem, parece que têm planos de
fazer uma grande capitalização e grandes investimentos, mas precisamos
examinar o que disseram hoje na conferência. Vamos examinar, chamar a
direção [da empresa] para saber melhor os planos", afirmou o ministro ao
diário paulista. O investimento estatal brasileiro na Oi é liderado
pelo BNDES, o banco público de investimento, que detém em conjunto com
fundos de pensões de outras empresas públicas 38% da acionista
maioritária da Oi. E tal como os restantes acionistas, também vão
participar neste aumento de capital.
Para o secretário de Estado dos Transportes e Telecomunicações, Sérgio
Monteiro, "independentemente do que aconteça no futuro, a decisão é de
dois grupos de investidores privados, no mercado livre, concorrencial e
aberto que procura extrair o máximo de valor da dimensão que os dois
mercados em conjunto têm". Em declarações citadas pela agência Lusa, o
governante disse que "o Governo não tem nem tinha de ter nenhuma
intervenção ativa nem passiva" no negócio da fusão entre PT e Oi.
Questionado sobre o impacto da operação nas receitas fiscais em
Portugal, Sérgio Monteiro afirmou que ainda ninguém no Governo fez as
contas ao que o país pode perder com a passagem do controlo da PT para
fora de Portugal.
Bloco: "O Governo não pode lavar as mãos neste processo"
Para a deputada bloquista Mariana Mortágua, neste negócio "quem fica a
perder é o país". "O Governo não pode lavar as mãos neste processo, já
que teve responsabilidades ao apoiar a privatização e vendeu a golden
share que nos dava algum poder sobre esta decisão. Não pode por isso
lavar as mãos e dizer que é um negócio privado", declarou aos
jornalistas em reação ao anúncio da fusão PT/Oi e às palavras do
Secretário de Estado.
"Soubemos hoje que a Portugal Telecom vai deixar de ser portuguesa",
declarou a deputada, antevendo que "juntamente com a mudança do centro
de decisão, haja uma transferência óbvia de investimento, inovação,
postos de trabalho" da PT. Para Mariana Mortágua, esta operação veio
comprovar "que os monopólios naturais, as empresas que são cruciais para
o Estado, não podem ser privatizadas".
Comissão de Trabalhadores: "A PT vai passar a ser uma unidade de negócios da Oi"
Ouvido pela Rádio Renascença, um membro da Comissão de Trabalhadores da
Portugal Telecom afirmou não ter dúvidas "de que, a prazo vai haver
redução de efectivos, uma pressão muito grande para redução de custos e
retirada de direitos aos trabalhadores”.
“Estamos a ser confrontados com a fusão de uma grande empresa de
dimensão continental com uma empresa mais pequena de um país periférico
da Europa, chamada Portugal Telecom. Os centros de decisão vão ser
deslocados de Lisboa para o Brasil e a PT vai passar a ser uma unidade
de negócios da Oi”, explica Francisco Gonçalves.
O membro da CT da PT vai mais longe, dizendo que como "a Oi no Brasil
está organizada por regionais, dada a sua dimensão, vai passar a ter
mais uma regional, chamada Portugal Telecom, do outro lado do
Atlântico".
De: Esquerda.net
Flagrante forjado pela PM do RJ não é coisa recente. Agora, a Globo mostra
Policial forja flagrante durante protesto dos professores. Comando da PM inicialmente negou a acusação, mas após a repercussão do vídeo afirmou que abrirá sindicância sobre o caso (Reprodução) |
Um vídeo que circula pela na internet levanta gravíssima acusação sobre a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro. As imagens mostram o que seria uma simulação de flagrante contra manifestantes em um protesto dos professores no centro da cidade.
As imagens mostram o momento em que o PM deixa o objeto cair no chão, enquanto outros colegas revistam a bolsa do jovem. Em seguida o mesmos policial dá voz de prisão para o manifestante e o leva algemado.No vídeo é possível identificar um policial correndo para a rua São José, no centro da cidade, com um artefato explosivo na mão. Depois de alguns segundos um grupo de militares abordam estudantes que seguiam de forma pacífica pela via.
O grupo tentou reagir contra a prisão, mas foram contidos pelos militares.
Assista ao vídeo abaixo:
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Lila Downs y Los Tigres apoyan marchas migratorias en EU
AP | El Universal
Los Tigres del Norte y Lila Downs dijeron el martes que confían en que la comunidad inmigrante saldrá a marchar el sábado en favor de una reforma migratoria integral.
Activistas están ultimando los detalles de 140 marchas, manifestaciones y otros eventos en 39 estados para el sábado, de acuerdo con uno de los coordinadores nacionales, Ben Monterroso, dirigente del Sindicato Internacional de Trabajadores de Servicio.
"En Estados Unidos es nuestro momento de demostrar nuestra unión" , dijo la cantante mexicoestadounidense durante una conferencia telefónica organizada por activistas.
"Ahora sí que todos los mexicanos, los que venimos de diferentes regiones, del sur, del norte, los que venimos de otros países latinoamericanos también, creo que tenemos una valentía por dentro, por dentro somos guerreros por naturaleza y creo que este es el momento de sacar esta valentía, de decir, 'Vamos a unirnos para sacar esto juntos' porque si no lo hacemos todos, no se hacen las cosas" , agregó.
Los Tigres y Downs se han unido a la causa para animar a la gente a salir a las calles a pedir una reforma para regularizar el estatus de los cerca de 11 millones de inmigrantes que viven en el país sin papeles.
El Congreso mantiene en el limbo a la reforma migratoria, ya que la mayoría republicana en la cámara baja se ha mostrado reacia a debatir el proyecto de ley aprobado por el Senado en junio, el cual concede a los inmigrantes sin papeles la opción de la naturalización.
Tres días después de las marchas, los artistas cantarán en una manifestación en Washington que culminará con una marcha hasta el Capitolio, según los organizadores.
"Tenemos el deseo y realmente las ganas de estar con nuestra gente y creo que es súper, súper interesante, para todos nosotros, ser partícipes de esta causa y sobre todo tener en mente que tenemos que aportar y tenemos que apoyarnos, ¿no?" , dijo Jorge Hernández, cantante principal de la afamada banda de música regional mexicana. "Lo poquito que podamos hacer o lo mucho es una de las cosas más importantes. Lo importante es que todos nos unamos y podamos llegar al punto final" .
Las marchas del fin de semana están siendo organizadas por coaliciones de organizaciones pro-inmigrantes y promovidas por más de 40 locutores en todo el país que incluyen a los populares Ricardo "El Mandril" Sánchez y "Don Cheto" , agregó Monterroso.
"La pelota ya está en la raya a víspera de poder, nada más, ya sea cabezazo o patada, para aventar el último gol" , dijo El Mandril. "Estamos en lo último, creo yo, en el camino que llevamos ... vamos avanzando" .
A "Matanza de Tlatelolco", no México, completa 46 anos
A "Matanza de Tlatelolco", ocorrida em 2 de outubro de 1968, foi um episódio sangrento da história do México. Um protesto pacífico de estudantes transformou-se em um massacre perpetrado pelas forças armadas.
Tlatelolco localiza-se na chamada "Praça da Três Culturas". Nessa praça, encontram-se monumentos da cultura asteca, espanhola e do México moderno. A praça onde ocorreu o massacre, hoje, possui um marco identificando o local. Quando visitei esse espetacular sítio histórico, o guia não foi capaz de se referir sobre o que aconteceu naquela praça. Ao que parece, a "Matanza de Tlatelolco" ainda causa impacto no México.
Como as empresas de ônibus maquiam custos
Ex-analista de crédito de banco revela sinais de fraude contábil, uso de “laranjas” e formação de máfias por parte do cartel que controla transporte público
Por Fernando Souto, no blog do Nassif
Não vou comentar muito sobre as falas do meu xará Haddad. Vou me concentrar no que sei e que vi, para dizer que em grande parte dos estudantes estão sim certos.
Fui analista de crédito num banco privado em 2006/7 em São Paulo, e neste banco, muitas empresas de ônibus eram clientes. muitas mesmo. e havia um jeito bem especial de lidar com elas.
Ocorre que para uma empresa ganhar empréstimo, ela tem de ter fundamentos econômico financeiros – ou seja capacidade de pagar. E aí é que o bicho pega: pelas demonstrações contábeis oficiais, praticamente nenhuma empresa de ônibus teria condição de pegar empréstimos. E por que? Porque são estas são as demonstrações (balanços e dres) exibidas para os governos, a partir das quais geram-se as planilhas de custo e, em seguida, as tarifas.
Havia coisas estranhas, das quais dois pontos eu me lembro com maior atenção: O ativo imobilizado era muito baixo (ativo imobilizado é o que a empresa tem de propriedade, portanto seriam frotas de ônibus e propriedades das empresas). Muitas, mas muitas, apresentavam patrimônio liquido negativo – ou seja acumulavam, por anos consecutivos, prejuízos que superavam o capital social da empresa. As contas nunca fechariam — as receitas seriam baixas perante as despesas. Além disto, as empresas possuem passivos muito maiores que ativos, e como ativo tem de ser igual ao passivo mais patrimônio liquido, este tinha de ser negativo.
Com uma situação financeira dessas, uma empresa não toma emprestado. E aí vai o pulo do gato (que dá medo de contar): é óbvio que estas informações estão deturpadas (sendo gentil), e vou explicar como. Tanto era assim que nós tínhamos uma planilha em excel que fazia o calculo do real balanço destas empresas.
Os pontos são os seguintes: o ativo imobilizado não está declarado nestes balanços. É como se a ideia do pequeno empresário que não distingue o próprio bolso do caixa da empresa fosse levada às alturas. Donos de empresas têm parte da frota em nome próprio (ou de laranjas). Ou, então, compram em nome da empresa e depois “revendem” para terceiros (sócios), após quitados os financiamentos. Os terrenos nos quais estão as garagens das empresas são de propriedade dos sócios e também não aparecem no balanço. Por fim, essas empresas não pagam encargos trabalhistas, adiando-os ao máximo, para aproveitar, quando aparece, uma renegociação. Fazem isso para aumentar muito o exigível de longo prazo, propositalmente, além de ganhar caixa extra pago pelo governo.
Cientes dessas informações, para fazer a análise consolidávamos o patrimônio dos sócios (que na verdade seriam das empresas) com o das empresas. É claro que elas davam lucro na realidade – afinal estes empresários seriam tão idiotas de continuar pra sempre num setor com altos fluxos de dinheiro se tivessem sempre prejuízos? Mas tem mais…
Àquela época, e ainda hoje, existem várias empresas que atendem o transporte urbano – em São Paulo, Rio de Janeiro e outras tantas cidades –, mas são poucas famílias que controlam de fato esta estrutura. Fazem isso indiretamente, através de sociedades. Em São Paulo, se não me engano, eram cinco famílias, que tomaram o setor na privatização da CMTC. Quando estas empresinhas começam dar muitos problemas, elas fecham e abrem outro CNPJ, com outros sócios. Fornecedores e especialmente funcionários ficam a ver navios. Por falar em funcionários, lembram do que falei sobre os direitos? Pois bem, deixem-me explicar uma coisa que acontecia até com os gerentes do banco, quanto mais com os funcionários. No dia a dia, esses empresários são representados por “gerentões” armados. Se eles não querem atender alguém, e no contato comum todos os funcionários, são esses representantes que cuidam da negociação. Então, por exemplo — isso já ouvi próprios motoristas comentando no Rio — quem vai entrar na justiça pra cobrar direitos, na melhor das possibilidades nunca mais trabalhara em qualquer outra empresa de ônibus. Se encher muito o saco, vai buscar o direito e não volta.
Para quem acha que eu estou exagerando, ficam 2 dicas: procurem noticias sobre assassinatos de sindicalistas de onibus. de vez em quando tem um. E outra: no final do debate de 2004 na rede globo, naquela eleição fatídica em que marta perdeu do josé serra, ela comenta que teve de entrar com colete a provas de balas numa reuniao com empresas de onibus (trabalhei com um cara da alta cupula do governo dela, e ele comentava que ela e o secretario sempre iam de colete, e que os empresarios levavam seguranças armados e que sempre tinham de passar detectores de metais para tirar as armas dos caras).
Enfim, o que eu queria dizer é o seguinte: sei que o Haddad fez mestrado na minha faculdade de Economia, portanto não é de todo inábil com números e devia abrir as tais planilhas de custo. Seria bom puxar um bom auditor pro lado dele, e usar as críticas como legitimação pra rever esse lamaçal todo. Seria uma forma de aproveitar esta pressão contra estas empresas. A não ser que realmente seja só o apoio de financiamento em época de eleição que valha a pena… Em suma, é uma grande máfia, e não vai ser fácil desarmá-la – só que também, se for pra defendê-las, poder-se-ia ter mantido o Serra, certo?
E realmente não são só vinte centavos. Acho que a força desta garotada que está na rua – e que une Istambul, Occupy wallstreet, 15m na Espanha e todos os outros – vem do cansaço de ver todas as decisões importantes de intresse público serem dominadas por grandes interesses de pequenos grupos privados – e em todos os casos, defendidos na porrada por um Estado policialesco.
E pra não dizer que não falei das flores, fiquem com essa pequena pérola de genialidade empreendedora baronesca do imperadores do transporte publico do Brasil. Na Veja, claro, em 1998. (se o setor não dá lucro, porque eles estão tão ricos?)
E sobre um barao especifico (um dos mais poderosos), no Rio de Janeiro. (ps1: parece que é o sogrão do Paes. ps2: vejam quantos sócios ele tem três como em outro baronato, a família comprou uma empresa de aviação).
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Polícia Civil faz buscas para investigar militantes do Bloco de Lutas em Porto Alegre
Iuri Müller, Sul 21
Ao menos quatro locais foram vistoriados ao longo desta terça-feira (1°) pela equipe da Polícia Civil que investiga os atos de “depredações e saques” dos protestos de junho em Porto Alegre. Durante a manhã e parte da tarde, duas residências particulares, um centro cultural que serve como moradia e um assentamento urbano foram alvo de mandados de busca e apreensão. Militantes de algumas das organizações políticas que compõem o Bloco de Lutas pelo Transporte Público foram chamados para prestar depoimento nos próximos dias.
As ações começaram ainda no início da manhã quando, por volta das 8h40min, uma equipe da Polícia Civil adentrou o Moinho Negro, centro cultural que também serve como moradia na Azenha — segundo os militantes que dormiam no local, a polícia arrombou a porta ao chegar. “Os policiais falaram que tinham mandado (de busca e apreensão) e separaram materiais para levar, folhetos de propaganda anarquista, panfletos políticos e cartazes”, afirmou um dos moradores do local, que foi chamado a prestar depoimento ainda nesta semana.
Pouco depois, o cenário da operação policial foi a residência do militante do coletivo “Juntos!” e da juventude do PSOL, Lucas Maróstica. Lucas afirmou, por meio do seu perfil no Facebook, que a força policial invadiu o seu apartamento em Porto Alegre e levou o seu computador. O militante, que não estava em casa neste momento, deve conceder entrevista coletiva na manhã da próxima quarta-feira (2) para explicar o ocorrido ao lado de representantes do seu partido.
Também durante a manhã, o militante da juventude do PSTU, Matheus Gomes, relatou episódio semelhante. Matheus conta que os agentes apreenderam cadernos, panfletos, adesivos com referência a lutas políticas, como a causa palestina, além do seu computador. “A justificativa da polícia é a de encontrar pessoas ligadas às depredações nos protestos em geral, mas está muito claro que é uma perseguição política ao Bloco de Lutas e aos movimentos sociais. Nem na época da (ex-governadora) Yeda Crusius isso acontecia”, defendeu.
Por volta das três horas da tarde, o assentamento Utopia e Luta, situado na Avenida Borges de Medeiros, teve um dos seus quartos revistados pela equipe da Polícia Civil que é liderada pelo delegado Marco Antônio Duarte de Souza. Os agentes buscavam dois moradores que não se encontravam no quarto e que, da mesma maneira, também serão chamados para prestar depoimento nos próximos dias. Pouco depois, a Secretaria de Segurança Pública do governo do Rio Grande do Sul convocou uma entrevista coletiva para comentar a operação de hoje com a imprensa.
“Esta polícia não será polícia política”, afirma Ranolfo Vieira Jr.
Na sede da secretaria, os delegados Ranolfo Vieira Jr., chefe da Polícia Civil, e Marco Duarte de Souza, responsável pela investigação dos atos de depredação nas manifestações, comentaram a operação de hoje. Segundo Ranolfo, “as ações desta terça-feira se originaram no final de junho, quando o Tribunal de Justiça foi quebrado pela segunda vez nos protestos”. Desde então, a polícia gaúcha busca identificar os responsáveis pelas “ações violentas que têm ocorrido nos protestos”.
Marco confirmou que até sete mandados foram postos em prática no dia de hoje e que, ao longo do tempo, a investigação encontrou “provas robustas” contra as pessoas que estariam envolvidas. O delegado negou que a polícia tenha apreendido material de divulgação e conteúdo político — quanto aos lugares escolhidos para cumprir os mandados, disse que são locais que podem servir “para que os autores dos atos se reunissem antes das manifestações”.
Marco confirmou que até sete mandados foram postos em prática no dia de hoje e que, ao longo do tempo, a investigação encontrou “provas robustas” contra as pessoas que estariam envolvidas. O delegado negou que a polícia tenha apreendido material de divulgação e conteúdo político — quanto aos lugares escolhidos para cumprir os mandados, disse que são locais que podem servir “para que os autores dos atos se reunissem antes das manifestações”.
O secretário de Segurança Pública, Airton Michels, afirmou na sua colocação que “a Justiça legitimou a operação policial”, já que chancelou a emissão dos mandados que permitiram as buscas. Ranolfo, por sua vez, negou qualquer motivação política na operação: “quem diz que a polícia é política, tem que dizer o mesmo da Justiça e também do Ministério Público”, disse.
Após as manifestações da cúpula da Segurança Pública, o governador Tarso Genro (PT) se manifestou através de um vídeo. Tarso afirmou que pretende se reunir com os presidentes de PSOL e PSTU para esclarecer a situação. “A finalidade desta atitude do governo é deixar claro que não compactuamos com qualquer tipo de perseguição política ou mesmo de resposta política a agressões que o governo tenha sofrido a partir de determinados atos criminosos, que, na nossa opinião, não são realizados por militantes políticos”, afirmou.
Para o secretário Airton Michels, “existe um grupo violento que se infiltra nas manifestações” | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 |
O governador, no entanto, garantiu que “o delegado que fez o inquérito agiu dentro do Estado de direito, segundo todas as normas processuais e inquisitoriais que regulam este assunto”.
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