sábado, 11 de fevereiro de 2012
Carmen Miranda: A explosão brasileira
em Cinema por Vitor Dirami
Carmen Miranda trilhou rigorosamente os degraus que galgam o sucesso e costumam fazer as grandes estrelas. Ela abandonou os estudos aos 16 anos, teve vários empregos, e foi descoberta por acaso. Ela alimentava o sonho de ser artista e passou a fazer figurações em vários filmes da época. Onde quer que ela fosse trabalhar, vivia cantando e sua bela voz acabava chamando atenção dos clientes, que ficavam encantados. A grande chance veio em 1929 com um convite feito por uma cliente, para uma apresentação no Instituto Nacional de Música.
Apesar de Carmen não ser especificamente uma sambista – apesar do ter se atribuído a ela esse título – Carmen gravou mais de vinte canções entre Tangos (um de seus gêneros favoritos), Sambas, Foxtrote, Marchas e Lundu. Dos mais populares autores brasileiros, como Ary Barroso, Pixinguinha, Noel Rosa, Cartola e Assis Valente. A carreira seguiria de vento em popa, Carmen excursionou por todos os estados do Brasil e começaria a fazer sucesso nos países da América Latina. Tendo ido a Argentina e o Uruguai várias vezes. Carmen também passou a estrelar vários filmes na época, ao todo ela fez sete filmes no Brasil – a maioria, perdidos. Ela passou a ser chamada de A Pequena Notável - por causa da estatura baixa.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Mais de 16 milhões de chinesas são casadas com homossexuais
Zhang Beichuan |
Cerca de 16 milhões de mulheres chinesas aceitaram se casar com homossexuais chineses por pressão familiar porque - segundo os valores tradicionais das famílias chinesas - "90% dos homossexuais se casam". As conclusões são de um estudo publicado no portal China.org.cn .
Segundo o estudo, as mulheres precisam carregar o peso de aceitar casar com homossexuais.
Na China, a homossexualidade foi considerada uma doença mental até 2001, quando começaram a surgir clínicas particulares para tratar aqueles que quisessem mudar de orientação.
O sexólogo Zhang Beichuan, especialista em temas sobre HIV da Universidade de Qingdao e autor do livro "Amor Homossexual" (1994), disse ao portal chinês que "estas mulheres estão expostas a contrair HIV, além de conviverem com a insatisfação sexual e também carregar o peso de aceitar que seus maridos sejam homossexuais".
Saites chineses - como o "Terra das Esposas de Gays" e "Esposas de Gays em Ação", entre outros - oferecem serviços legais e psicológicos a todas as mulheres casadas com homossexuais.
Xiao Yao, criadora do primeiro saite, com 1.200 usuários cadastrados, disse à Agência Efe que o objetivo de seu portal é fornecer apoio às mulheres que se sentiram enganadas, "o que lhes tira a confiança em si mesmas e cria o medo de que o fato seja descoberto pelo resto da sociedade".
Xiao se divorciou de seu marido homossexual em 2008. Ela afirmou que as mulheres que consultam seu saite têm entre 20 e 60 anos.
"Algumas se deram conta do engano porque seus maridos não queriam ter relações sexuais ou porque após terem filhos começaram a ser rejeitadas, enquanto muitas só souberam da orientação de seus parceiros após muitos anos de casamento", acrescentou.
Xiao concordou com o sexólogo Zhang ao admitir que há pelo menos 16 milhões de mulheres chinesas casadas com homossexuais. "Outra razão pela qual eles buscam se casar é para ter filhos, o que só pode ser feito segundo a tradição chinesa, ou seja, casando. Espero que isso deixe de prejudicar tantas pessoas inocentes" - concluiu.
Os tratamentos que supostamente "curam" a orientação sexual com o uso de remédios, e que na década de 1950 consistiam em usar descargas elétricas, são considerados uma fraude tanto pela comunidade homossexual chinesa quanto pelos sexólogos.O custo de meia hora de tratamento é de US$ 46.
Segundo o estudo, as mulheres precisam carregar o peso de aceitar casar com homossexuais.
Na China, a homossexualidade foi considerada uma doença mental até 2001, quando começaram a surgir clínicas particulares para tratar aqueles que quisessem mudar de orientação.
O sexólogo Zhang Beichuan, especialista em temas sobre HIV da Universidade de Qingdao e autor do livro "Amor Homossexual" (1994), disse ao portal chinês que "estas mulheres estão expostas a contrair HIV, além de conviverem com a insatisfação sexual e também carregar o peso de aceitar que seus maridos sejam homossexuais".
Saites chineses - como o "Terra das Esposas de Gays" e "Esposas de Gays em Ação", entre outros - oferecem serviços legais e psicológicos a todas as mulheres casadas com homossexuais.
Xiao Yao, criadora do primeiro saite, com 1.200 usuários cadastrados, disse à Agência Efe que o objetivo de seu portal é fornecer apoio às mulheres que se sentiram enganadas, "o que lhes tira a confiança em si mesmas e cria o medo de que o fato seja descoberto pelo resto da sociedade".
Xiao se divorciou de seu marido homossexual em 2008. Ela afirmou que as mulheres que consultam seu saite têm entre 20 e 60 anos.
"Algumas se deram conta do engano porque seus maridos não queriam ter relações sexuais ou porque após terem filhos começaram a ser rejeitadas, enquanto muitas só souberam da orientação de seus parceiros após muitos anos de casamento", acrescentou.
Xiao concordou com o sexólogo Zhang ao admitir que há pelo menos 16 milhões de mulheres chinesas casadas com homossexuais. "Outra razão pela qual eles buscam se casar é para ter filhos, o que só pode ser feito segundo a tradição chinesa, ou seja, casando. Espero que isso deixe de prejudicar tantas pessoas inocentes" - concluiu.
Os tratamentos que supostamente "curam" a orientação sexual com o uso de remédios, e que na década de 1950 consistiam em usar descargas elétricas, são considerados uma fraude tanto pela comunidade homossexual chinesa quanto pelos sexólogos.O custo de meia hora de tratamento é de US$ 46.
De: Espaço Vital
Bagno defende em livro a 'gramática do português brasileiro'
Em "Gramática Pedagógica do Português Brasileiro", o pesquisador em linguística Marcos Bagno compila o que os leitores de Caros Amigos conhecem de seu trabalho através da coluna que mantém na revista. Bagno defende a libertação da língua praticada no Brasil das regras seculares do português de Portugal e uma gramática que contemple os modos do falar brasileiro.
O livro, publicado pela editora Parábola, já está nas livrarias. Na entrevista abaixo, elaborada pela educadora Solange Americano, formada em letras pela USP e que atua no programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), Bagno descreve um pouco o que está na obra.
Caros Amigos - O livro derruba o mito de que falamos todos a mesma língua no Brasil esclarecendo que monolinguismo e homogeneidade linguística são bem diferentes. O que caracteriza o português brasileiro contemporâneo?
Marcos Bagno: O português brasileiro contemporâneo é como qualquer outra língua viva contemporânea: uma língua em constante mutação, instável, sempre em processo de se fazer e refazer. Toda e qualquer língua viva é sempre uma língua que “está”, nunca uma língua que “é”, porque nós falantes não paramos de modificar nossas línguas o tempo todo. Num país gigantesco como o nosso, com situações sociais tão diversificadas, climas, etnias, economias diferentes etc., a língua também é diversificada, heterogênea, variável e mutante.
CA - O que deve vir primeiro: o estudo da língua ou o domínio da escrita e leitura?
MB - Sem dúvida nenhuma, o domínio da leitura e da escrita, ou seja, o letramento. Saber ler e escrever com competência e criatividade é o conhecimento mais importante para a plena conquista da cidadania numa sociedade republicana e democrática. O estudo da língua, o estudo específico e técnico da língua, deve ser deixado para depois que a pessoa tiver um bom grau de letramento. Além disso, no processo de aprendizagem da leitura e da escrita é inevitável que a pessoa estude também o funcionamento da língua, reflita sobre ele, intua as regras. Mas isso pode ser feito sem análise sintática e sem decoreba de nomenclatura.
MB - Sem dúvida nenhuma, o domínio da leitura e da escrita, ou seja, o letramento. Saber ler e escrever com competência e criatividade é o conhecimento mais importante para a plena conquista da cidadania numa sociedade republicana e democrática. O estudo da língua, o estudo específico e técnico da língua, deve ser deixado para depois que a pessoa tiver um bom grau de letramento. Além disso, no processo de aprendizagem da leitura e da escrita é inevitável que a pessoa estude também o funcionamento da língua, reflita sobre ele, intua as regras. Mas isso pode ser feito sem análise sintática e sem decoreba de nomenclatura.
CA - O que seria uma política linguística para o Brasil?
MB - Seria uma política com dois focos, um para o interior e outro para o exterior. Para o interior do Brasil, ela deveria contemplar o ensino do português brasileiro urbano de prestígio, contemporâneo, tal como ele já vem sendo descrito pela pesquisa linguística brasileira nos últimos quarenta anos. É perfeitamente possível, hoje, elaborar material didático de boa qualidade usando o que já sabemos, e sabemos muito, da gramática real do português brasileiro. Temos de produzir, portanto, dicionários e gramáticas afinados com essa realidade do português brasileiro, reconhecendo o português brasileiro como uma língua independente do português europeu, com sua própria história e sua própria gramática e seu próprio léxico.
MB - Seria uma política com dois focos, um para o interior e outro para o exterior. Para o interior do Brasil, ela deveria contemplar o ensino do português brasileiro urbano de prestígio, contemporâneo, tal como ele já vem sendo descrito pela pesquisa linguística brasileira nos últimos quarenta anos. É perfeitamente possível, hoje, elaborar material didático de boa qualidade usando o que já sabemos, e sabemos muito, da gramática real do português brasileiro. Temos de produzir, portanto, dicionários e gramáticas afinados com essa realidade do português brasileiro, reconhecendo o português brasileiro como uma língua independente do português europeu, com sua própria história e sua própria gramática e seu próprio léxico.
Eleonora Menicucci chama as coisas pelos seus nomes
Posse de Eleonora Menicucci |
Mal Eleonora Menicucci foi escolhida Secretária Especial de Política para as Mulheres já declarou que aborto é uma questão de saúde pública e tomou posse chamando o governo militar de Ditadura e lembrando Luiz Eduardo Merlino.
Começou bem, chamando as coisas pelos nomes.
Discurso da nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci by ptbrasil
Arquivo Nacional recebe acervo de Apolônio de Carvalho
Rio de Janeiro - O Arquivo Nacional recebeu hoje (8) o acervo do líder político Apolônio de Carvalho, brasileiro que lutou na Guerra Civil Espanhola, contra o ditador Francisco Franco, enfrentou o nazismo alemão lutando ao lado da Resistência Francesa, e integrou a luta contra a ditadura militar brasileira. Apolônio foi membro do PCB, fundador do PCBR e participou da fundação do PT.
À Agência Brasil, o diretor-geral do Arquivo Nacional, Jaime Antunes, falou sobre a importância do gesto da família de Apolônio de Carvalho, que doou o material na véspera do dia em que o líder político, se estivesse vivo, completaria 100 anos. Uma iniciativa semelhante à das famílias do ator e compositor Mário Lago e do líder comunista Luis Carlos Prestes, que também doaram os respectivos acervos pessoais ao Arquivo Nacional.
“São fotografias, vídeos, depoimentos, textos”, listou Antunes. "Nós cremos que esses gestos que vêm sendo tomados por familiares de grandes brasileiros, ativistas, intelectuais, contribuirão, com certeza, para que outras famílias sejam sensibilizadas a doar”.
Antunes disse que esses acervos, somados aos acervos públicos da história contemporânea brasileira, poderão servir aos pesquisadores para a produção de conhecimento e preservação da memória nacional. Os depoimentos dados hoje por pessoas que conviveram com Apolônio serão também disponibilizados pelo Arquivo Nacional aos interessados.
“A doação assume uma outra importância pelo aspecto didático, de que acervos da história brasileira precisam cumprir uma função social. E essa função é dada a documentos e arquivos quando são disponibilizados por uma instituição pública para um maior número de pessoas possível que têm interesse sobre esse tema ou sobre o período que retrata”.
Apolônio de Carvalho nasceu em 1912. Casou-se com Renée, jovem militante francesa da Resistência ao nazismo, que conheceu em 1942 e que se tornaria sua companheira para o resto da vida. Apolônio morreu em 2005, de pneumonia, aos 93 anos.
Baseado em Alana Gandra Repórter da Agência Brasil
À Agência Brasil, o diretor-geral do Arquivo Nacional, Jaime Antunes, falou sobre a importância do gesto da família de Apolônio de Carvalho, que doou o material na véspera do dia em que o líder político, se estivesse vivo, completaria 100 anos. Uma iniciativa semelhante à das famílias do ator e compositor Mário Lago e do líder comunista Luis Carlos Prestes, que também doaram os respectivos acervos pessoais ao Arquivo Nacional.
“São fotografias, vídeos, depoimentos, textos”, listou Antunes. "Nós cremos que esses gestos que vêm sendo tomados por familiares de grandes brasileiros, ativistas, intelectuais, contribuirão, com certeza, para que outras famílias sejam sensibilizadas a doar”.
Antunes disse que esses acervos, somados aos acervos públicos da história contemporânea brasileira, poderão servir aos pesquisadores para a produção de conhecimento e preservação da memória nacional. Os depoimentos dados hoje por pessoas que conviveram com Apolônio serão também disponibilizados pelo Arquivo Nacional aos interessados.
“A doação assume uma outra importância pelo aspecto didático, de que acervos da história brasileira precisam cumprir uma função social. E essa função é dada a documentos e arquivos quando são disponibilizados por uma instituição pública para um maior número de pessoas possível que têm interesse sobre esse tema ou sobre o período que retrata”.
Apolônio de Carvalho nasceu em 1912. Casou-se com Renée, jovem militante francesa da Resistência ao nazismo, que conheceu em 1942 e que se tornaria sua companheira para o resto da vida. Apolônio morreu em 2005, de pneumonia, aos 93 anos.
Baseado em Alana Gandra Repórter da Agência Brasil
Juiz que mandou prender Pinochet é banido por 11 anos pela Justiça espanhola
Da BBC Brasil
Brasília - O Supremo Tribunal da Espanha condenou nesta quinta-feira (9) o juiz Baltasar Garzón - conhecido internacionalmente por ter decretado a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet - a 11 anos de afastamento de sua profissão.
Garzón, de 56 anos, foi condenado por abuso de autoridade sob acusações de ter ordenado escutas telefônicas ilegais entre advogados e réus em um caso de corrupção.
Não cabe recurso à sentença, segundo as agências internacionais, o que deve, na prática, pôr fim à carreira do juiz, que ganhou fama por encampar casos polêmicos internacionais relacionados a direitos humanos.
Em outro caso controverso que reabriu feridas da ditadura franquista (1936-1975), Garzón é processado por suposto abuso de poder ao investigar dezenas de milhares de assassinatos atribuídos a forças leais ao general Francisco Franco.
O juiz é acusado pela organização de extrema direita Manos Limpias (Mãos Limpas) de ter desconsiderado a Lei de Anistia local, de 1977.
Brasília - O Supremo Tribunal da Espanha condenou nesta quinta-feira (9) o juiz Baltasar Garzón - conhecido internacionalmente por ter decretado a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet - a 11 anos de afastamento de sua profissão.
Garzón, de 56 anos, foi condenado por abuso de autoridade sob acusações de ter ordenado escutas telefônicas ilegais entre advogados e réus em um caso de corrupção.
Não cabe recurso à sentença, segundo as agências internacionais, o que deve, na prática, pôr fim à carreira do juiz, que ganhou fama por encampar casos polêmicos internacionais relacionados a direitos humanos.
Em outro caso controverso que reabriu feridas da ditadura franquista (1936-1975), Garzón é processado por suposto abuso de poder ao investigar dezenas de milhares de assassinatos atribuídos a forças leais ao general Francisco Franco.
O juiz é acusado pela organização de extrema direita Manos Limpias (Mãos Limpas) de ter desconsiderado a Lei de Anistia local, de 1977.
PM baiana: Revolta da Chibata ou Revolta dos Marinheiros?
Cabo Anselmo: ele poderia ser o líder da rebelião? |
A rebelião/motim/greve dos policiais militares da Bahia, não tem nada a ver com a Revolta da Chibata ou com a Rebelião no Encouraçado Potemkim.
Naquelas situações, tínhamos governos autoritários, havia situações concretas de maus-tratos aos marinheiros. Hoje, vivemos num estado democrático de direito. Os vencimentos dos soldados da PM podem ser mais baixos do que deveriam, mas não há maus-tratos institucionalizados. O movimento dos PM's de Salvador, depois de expostas as gravações, mostrou ser uma estratégia de desestabilização dos governos, com sérios prejuízos à sociedade. É lícito questionar o quanto do aumento da violência em Salvador foi fruto da ausência de polícia e o quanto foi fruto da ação de policiais interessados em ver o circo pegar fogo.
O fato é que não adianta forçar a barra para transformar uma reivindicação corporativa e que ultrapassou os limites da civilidade em um movimento de trabalhadores por uma política de segurança pública. Pensar que. por princípio, o movimento das PM's é um "movimento de trabalhadores" como qualquer outro que deve ser engrossado por outros movimentos é uma ilusão. Ilusão que alimenta a força de uma categoria que tem autorização de andar armada. Categoria que não se revolta contra as autoridades na hora de reprimir o povo, embora se revolte contra as autoridades para fazer reivindicações que interessem à corporação, mesmo às custas da tranqulidade da população.
Estou longe de querer resolver a complexa relação entre as forças policiais, a segurança e o estado democrático neste post. Porém, na minha singela opinião, esse movimento dos PM's tá mais para Revolta dos Marinheiros que para Revolta da Chibata. Quem são os candidatos a Cabo Anselmo?
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Maior Queda da Desigualdade de Renda no Brasil
Nas duas últimas décadas, a desigualdade de renda cresceu em 14 de 18 países do G-20. De acordo com relatório divulgado pela ONG Oxfam, as quatro nações em que o crescimento econômico veio acompanhado por divisão mais equitativa da renda foram Brasil, Coreia do Sul, Argentina e México. Para fazer a análise, a Oxfam acompanhou a evolução do índice Gini dos países do G-20 ao longo das duas últimas décadas. Criado pelo estatístico italiano Corrado Gini, esse índice mede a desigualdade de renda de uma população. Varia de zero a 1, em que zero significa a perfeita igualdade e 1 a máxima desigualdade.
“Se o G-20 pretende atacar a pobreza, precisa fazer mais do que promover crescimento. Precisa adotar políticas que impulsionem a renda dos pobres e os protejam da degradação ambiental”, disse Caroline Pearce, coautora do relatório “Deixados para trás pelo G20? (Desigualdade e degradação ambiental ameaçam excluir os pobres dos benefícios do crescimento econômico)“.
A Oxfam destaca o Brasil como o país em que houve a maior queda na desigualdade de renda a partir de 1990. “O desempenho do Brasil mostra como um país com alta desigualdade e comparativamente baixo crescimento pode reduzir substancialmente a pobreza por meio do enfrentamento da desigualdade. Indo além, nosso modelo indica que, se os formuladores de políticas públicas puderem intensificar seu foco na desigualdade enquanto o crescimento acelera – ou seja, na promoção de crescimento verdadeiramente inclusivo -, eles poderão virtualmente erradicar a miséria”, afirma o relatório.
Segundo a Oxfam, são cinco as políticas governamentais cruciais para diminuir a desigualdade:
- transferência de renda;
- investimentos em acesso universal à saúde e à educação;
- impostos progressivos;
- promoção dos direitos e de oportunidades para as mulheres;
- reforma agrária.
No G-20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, os países em que a desigualdade avançou com maior velocidade são Rússia, China, Japão e África do Sul. Mesmo nações ricas como Canadá, Reino Unido e Alemanha apresentaram aumento na distância entre milionários e pobres.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Procurador investiga denúncia de maus tratos na Arena Amazônia
Na última semana, um grupo grande de trabalhadores da Empresa Andrade Gutierrez, responsável pelas obras da Arena Amazônia, em Manaus, que sediará quatro jogos da Copa de 2014, denunciou ao Ministério Público do Trabalho que eles estariam sofrendo maus tratos, humilhações e assédio moral por parte da empresa.
Em entrevista à Pública, o procurador Jorsinei Dourado do Nascimento, que cuida das investigações, disse que a empresa já recebeu uma recomendação para que tome providências em até 30 dias e que haverá uma audiência com representantes da empresa ainda esta semana.
Se a denúncia for comprovada, o Ministério Público deverá entrar com uma ação por danos morais públicos. “Se isto realmente estiver acontecendo, acreditamos que seja por conta do andamento das obras da Copa que estão atrasadas em todo o país. As empresas costumam passar a pressão aos trabalhadores ao invés de contratar novos”.
Leia:
O que está acontecendo na Arena Amazônia?
Nós recebemos uma denúncia de um grupo de trabalhadores que estariam sofrendo tratamentos desrespeitosos de forma repetitiva por parte de superiores na obra da Arena. Com base nisso, a gente oficializou uma recomendação à empresa não só para informar da denúncia mas também para – resguardando a identidade dos trabalhadores – pedir providências imediatas sobre qualquer tipo de conflito de relacionamento no prazo de 30 dias. Além disso, nós estamos investigando esta denúncia isolada.
Nós ainda estamos na fase de investigação. Paralelamente a isso eu, como coordenador regional das questões de meio ambiente no trabalho, estarei nos próximos dias realizando uma inspeção na Arena para verificar as condições de trabalho. Vamos verificar se estão sendo cumpridas as normas de segurança no trabalho, riscos de quedas, riscos elétricos, sobrecarga de peso por parte dos empregados. De antemão, o principal a ser investigado é esta questão do assédio moral.
Isso tem a ver com os atrasos nas obras e os prazos apertados?
Nós acreditamos que isso deve estar ocorrendo principalmente por conta do andamento das obras, nós sabemos que todas as obras do país estão atrasadas. Então para se cumprir os prazos toda essa carga pode estar sendo descarregada nos trabalhadores. Grande carga de serviço, mais horas de trabalho. Aumento no número de contratações, a gente sabe que não acontece. Normalmente se exige mais dos trabalhadores que estão lá. Se eu trabalhava oito horas para produzir dez e agora tenho que trabalhar oito horas para produzir trinta, também está errado. A necessidade de cumprir metas acaba gerando assédio moral no trabalho.
Então os trabalhadores reclamaram principalmente de assédio moral?
Reclamaram que estão sendo maltratados. Nós caracterizamos como assédio moral por causa da repetição. E como não era algo pontual, era com um grupo grande de trabalhadores e de forma repetitiva, entendemos que estava enquadrado como assédio moral. Eles inclusive disseram os nomes dos superiores e nós passamos para a empresa.
Com a experiência que o senhor tem, acredita que estes trabalhadores que fizeram a denúncia possam sofrer represália dentro da empresa?
Não, porque são mais de 500. E este processo está correndo integralmente sob sigilo.
E como está sendo feita esta investigação?
Através de depoimentos principalmente. Porque se trata de relacionamento, é algo que não está no papel. Mas a recomendação já foi para que a empresa tome uma atitude a respeito.
A empresa já deu alguma resposta?
Foi dado um prazo curto para que fossem feitas reuniões e cursos entre os funcionários para esclarecer o que é o assédio moral. Paralelamente estamos investigando a denúncia e acompanhando o andamento das obras. Nós temos uma audiência marcada para esta semana para que a empresa se coloque. Como foi um número grande de pessoas, chamou a atenção, não é algo comum de se ver.
Foi um grupo de quantas pessoas?
Não posso dizer, porque corre em sigilo, mas foi um grupo grande de trabalhadores. A denúncia ao Ministério Público é a forma de os trabalhadores garantirem um ambiente saudável de trabalho. Assédio moral não dá garantias no trabalho. Então se a empresa fica sabendo da denúncia, certamente o trabalhador será demitido. Por isso tem que correr em sigilo.
Quais são os próximos passos?
Se a denúncia ficar comprovada, se a Andrade Gutierrez estiver realizando práticas de assédio moral, causando constrangimentos e humilhações, nós levaremos isso à justiça e pediremos indenizações por danos morais coletivos. Os trabalhadores também poderão pedir indenizações coletivas. Entre 30 e 45 dias nós devemos ter essas definições.
De: Agência Pública
Enquanto houver uma calcinha, Wando viverá
Wando era um cara autêntico. Não falo da qualidade da poesia ou da melodia que ele compunha, nem tenho competência para isso. Mas Wando foi um expoente da música que se dispôs a desenvolver (brega; popular romântica, no dizer de Caetano Veloso; ou popularesca, no dizer de outros).
Wando começou cantando sambas. Seu primeiro grande sucesso, se é que me lembro bem, foi o samba Nega do Obaluaê. Depois, enveredou para a tal música "brega", em que foi um mestre. Diferente de sucessos de qualidade discutível e descartáveis até o sucesso seguinte, a música de Wando sobreviveu por décadas e deverá viver por muito tempo.
Ironicamente, Wando morreu do coração. Mas Wando era mais que um cantor, ele encarnou um personagem e seu personagem não morrerá.
Enquanto houver uma calcinha, Wando viverá.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Guerra e Paz, de Portinari, no Brasil
O obra Guerra e Paz, de Portinari está no Brasil. Quem não puder ir ver in loco vale a pena visitar o site, que tá muito legal, clicando AQUI
Araújo Vianna está mais demorado que o Beira-Rio
No desenho, o Araújo já está pronto |
Agora é oficial! O Araújo Vianna não ficará pronto na data prometida... mais uma vez. Eu vi com estes olhos e ouvi com estes ouvidos que o fogo há de queimar, o secretário Sérgius Gonzaga afirmar, em uma plenária do Orçamento Participativo de 2008 que o Araújo seria entregue em abril do ano seguinte. Não creio que haja registro disso, a não ser na minha prodigiosa memória. Ainda assim, a página da Prefeitura de Porto Alegre, afirmou em maio de 2009 (leia clicando aqui), que a obra seria entregue em meados de 2011. Agora, mais uma vez, somos informados de que o Araújo não será concluído no prazo estipulado pelo próprio Prefeito.
O custo das obras fica em torno de R$ 14milhões (segundo informações da Prefeitura) e foram entregues à Opus porque seria mais rápido e o Município não teria recursos suficientes. Desde 2006, a Prefeitura informa estar realizando superávitis, ou seja, tem dinheiro sobrando. Muito mais dinheiro do que o custo do Araújo. Mesmo assim, disse não ter recursos próprios e recusou recursos federais provenientes de emendas parlamentares da deputada Maria do Rosário.
Seis anos é tempo suficiente para reformar um anfiteatro. O problema é que tudo foi entregue nas mãos de quem não precisa ter pressa. A Opus está açambarcando os principais espaços culturais da cidade, por isso, tem todo o tempo do mundo para achar parceiros que financiarão a reconstrução do Araújo com o nosso dinheiro (através de isenções fiscais), sem medo de concorrência. Apesar de tudo, os caras informam que estão dentro do prazo e simplesmente informam que as obras não serão concluídas. A próxima vez que o Fortunati garantir um prazo para conclusão de obra, não acreditem.
Enquanto a nova casa de espetáculos da Opus não fica pronta, quem quiser ver show barato ou de graça que vá ao Anfiteatro Por do Sol assistir as apresentações gospel ou o aniversário da Farroupilha .
200 anos de Charles Dickens
em Literatura por Rejane Borges
Em 2012 se comemora o 200° aniversário de Charles Dickens. Não é preciso ser leitor de Dickens para conhecê-lo. É preciso ser leitor de Dickens se você gostar de boa literatura, simples assim. Mas, com absoluta certeza você que nunca leu Dickens, o conhece. Um dos mais célebres autores britânicos - só perde para Shakespeare em número de obras reproduzidas no teatro, no cinema e na televisão - construiu seu nome escrevendo sobre a sociedade britânica da era vitoriana, o que resultou num dos mais extraordinários acervos literários de todos os tempos. Claro que eu acho isso, eu acho sua escrita plausível o suficiente para usar a palavra “extraordinária”. O fato é que Dickens era realmente bom com as palavras. E, além de seu talento com a pena, ele revolucionou a literatura, introduzindo a crítica social no estilo. Por isso, Charles Dickens jamais foi esquecido, pois é atual ainda hoje.
Dickens foi muito corajoso e inteligente. Era um jovem que enxergava o mundo em palavras, ansioso em expressar seus pontos de vista acerca da realidade ao seu redor. E aos 23 anos o fez. Escreveu, criticou. E com grande maestria ao introduzir à sua prosa, o humor – refinado, sarcástico, mas temperado. Sabia que assim conseguiria atenção.
Começou sua carreira como jornalista e criava sketches sociais, retratando a sociedade da época, ainda com o pseudônimo “Boz”. Pouco tempo depois escreveu a hilária série “The Posthumous Papers of the Pickwick Club”, um grande sucesso na época pelo seu viés cômico, mas ainda muito discreto no que se refere a sua mais intensa característica, a crítica social.
Começou sua carreira como jornalista e criava sketches sociais, retratando a sociedade da época, ainda com o pseudônimo “Boz”. Pouco tempo depois escreveu a hilária série “The Posthumous Papers of the Pickwick Club”, um grande sucesso na época pelo seu viés cômico, mas ainda muito discreto no que se refere a sua mais intensa característica, a crítica social.
Seu primeiro forte ataque contra a sociedade da era vitoriana foi com sua novela “Oliver Twist", em 1838. O romance foi publicado semanalmente por meio de folhetins. O modelo de publicação caiu no gosto do povo que ficava ansioso pelo desfecho da estória na semana seguinte. E, assim, aconteceu com várias de suas obras.
No anos que seguiram o jovem Dickens produziu feito uma máquina, mas pensante. Vieram, então “Nicholas Nickleby” (1839) e “Old Curiosity Shop” (1841). Em 1943 publicou o célebre: “A Christmas Carol" – uma das obras mais traduzidas, adaptadas e conhecidas ao redor do mundo, fazendo de Ebenezer Scrooge a mais famosa personagem do Natal de todos os tempos. A temática natalina rendeu mais cinco livros. Em 1848 publicou "Dombey and Son", dando ênfase à Revolução Industrial que abocanhava a sociedade e os costumes vitorianos.
Seu mais famoso romance veio em seguida, em 1949, “David Copperfield”. Um obra autobiográfica, inspirada nas cenas, lembranças, ideais e esperanças do próprio Dickens. E vieram logo “Bleak House” (1852) e “Hard Times: For These Times” (1853).
No anos que seguiram o jovem Dickens produziu feito uma máquina, mas pensante. Vieram, então “Nicholas Nickleby” (1839) e “Old Curiosity Shop” (1841). Em 1943 publicou o célebre: “A Christmas Carol" – uma das obras mais traduzidas, adaptadas e conhecidas ao redor do mundo, fazendo de Ebenezer Scrooge a mais famosa personagem do Natal de todos os tempos. A temática natalina rendeu mais cinco livros. Em 1848 publicou "Dombey and Son", dando ênfase à Revolução Industrial que abocanhava a sociedade e os costumes vitorianos.
Seu mais famoso romance veio em seguida, em 1949, “David Copperfield”. Um obra autobiográfica, inspirada nas cenas, lembranças, ideais e esperanças do próprio Dickens. E vieram logo “Bleak House” (1852) e “Hard Times: For These Times” (1853).
Apesar de nunca cair no desgosto do público, que o lia com voracidade e grande expectativa, por causa de sua escrita carismática, a partir de 1854 os romances de Dickens ganharam força com dois grandes sucessos “Little Dorrit” (1856) – recentemente adaptada em seriado pela britânica BBC e “A Tale of Two Cities” (1859) – se passa no período da revolução francesa, desde então é um dos livros mais vendidos ao redor do mundo. Em 1860 sua carreira tem um novo, e último, auge com o épico “Great Expectations” – também ocupa o posto de uma das obras mais adaptadas da história. Depois vieram “Our Mutual Friend” (1865) e “The Mystery of Edwin Drood” (1870) – incompleto por causa de sua morte no mesmo ano. Foi sepultado no "Poets' Corner", na Abadia de Westminster.
Embora suas estórias sempre acabem por um viés otimista e ideal, Dickens retratava o problema, sua pena manchava o cerimonioso sistema britânico, sua pena feria a política, a sociedade, a burguesia e incomodava muitos dos ímpetos humanos, ultrapassando, assim, a crítica social e culminando numa literatura reflexiva, numa forma de escrita das mais sofisticadas e acessíveis já conferidas até hoje.
Nova moeda criada no Reino Unido para comemorar o 200 º aniversário de seu nascimento, em 7 fevereiro de 1812. Na face, a cabeça da Rainha, à direita, e no reverso a imagem de Charles Dickens, feita a partir de alguns dos títulos de seus romances mais famosos.
Um dos mais famosos sítios dedicados ao artista, aqui.
Leia mais em obvious
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Polícia abre inquérito, espera exames e chamará Kleber para depor sobre agressão
O "Gladiador" |
A perigosa vítima do Gladiador |
Marinho Saldanha, do UOL, em Porto Alegre
A Polícia do Rio Grande do Sul abriu inquérito para apurar a acusação de Débora Favarini contra Kleber, atacante do Grêmio. A mulher do jogador afirma que foi agredida na madrugada do dia 28. Ela fez um Boletim de Ocorrência e realizou exames de Corpo de Delito. As partes envolvidas serão convocadas para depor, provavelmente ainda nesta semana.
Débora registrou o Boletim de Ocorrência na 2ª Delegacia de Pronto Atendimento de Porto Alegre na madrugada do dia 28. A agressão, segundo o depoimento, teria ocorrido após discussão no hotel onde ambos moram com uma filha na capital gaúcha. Ao retornar de uma festa, o problema teve início. Débora se refugiou no banheiro para olhar o celular do jogador, que irritado arrombou a porta do local e a agrediu com um soco na cabeça, também acertando seu rosto "talvez sem intenção", de acordo com o BO.
"Tive a oportunidade de observar o Boletim de Ocorrência com mais calma e vi que ela fez os exames. Vamos aguardar o resultado para saber a gravidade do ocorrido. Abrimos um inquérito e vamos apurar tudo nesta semana, provavelmente. Não posso precisar muitas informações para não expôr os envolvidos. Vamos ouvir as partes, ela principalmente, porque ainda não tive oportunidade de fazer isso", disse a delegada responsável pelo caso, Flávia Faccini, ao UOL Esporte.
Kleber, porém, confidenciou a amigos que o problema não passou de uma crise de ciúmes. Segundo o camisa 30 do Grêmio, não houve soco, mas a porta arrombada do banheiro é que bateu na cabeça de Débora. Ele admite briga, mas trata o caso como algo comum à vida de casal. Sua mulher, inclusive, estaria retornando a Porto Alegre.
A informação do regresso de Débora, que desde o fato foi para casa de seus pais em Minas Gerais, coincide com a ideia da polícia de ouvi-la. A jornalista que mantém relacionamento com o Gladiador desde 2009 deve reatar o casamento e voltar a morar com o atleta.
O Grêmio não se manifestou oficialmente por considerar o caso de interesse estritamente pessoal de Kleber. O jogador, da mesma forma, não concedeu entrevistas sobre o tema.
Débora registrou o Boletim de Ocorrência na 2ª Delegacia de Pronto Atendimento de Porto Alegre na madrugada do dia 28. A agressão, segundo o depoimento, teria ocorrido após discussão no hotel onde ambos moram com uma filha na capital gaúcha. Ao retornar de uma festa, o problema teve início. Débora se refugiou no banheiro para olhar o celular do jogador, que irritado arrombou a porta do local e a agrediu com um soco na cabeça, também acertando seu rosto "talvez sem intenção", de acordo com o BO.
"Tive a oportunidade de observar o Boletim de Ocorrência com mais calma e vi que ela fez os exames. Vamos aguardar o resultado para saber a gravidade do ocorrido. Abrimos um inquérito e vamos apurar tudo nesta semana, provavelmente. Não posso precisar muitas informações para não expôr os envolvidos. Vamos ouvir as partes, ela principalmente, porque ainda não tive oportunidade de fazer isso", disse a delegada responsável pelo caso, Flávia Faccini, ao UOL Esporte.
Kleber, porém, confidenciou a amigos que o problema não passou de uma crise de ciúmes. Segundo o camisa 30 do Grêmio, não houve soco, mas a porta arrombada do banheiro é que bateu na cabeça de Débora. Ele admite briga, mas trata o caso como algo comum à vida de casal. Sua mulher, inclusive, estaria retornando a Porto Alegre.
A informação do regresso de Débora, que desde o fato foi para casa de seus pais em Minas Gerais, coincide com a ideia da polícia de ouvi-la. A jornalista que mantém relacionamento com o Gladiador desde 2009 deve reatar o casamento e voltar a morar com o atleta.
O Grêmio não se manifestou oficialmente por considerar o caso de interesse estritamente pessoal de Kleber. O jogador, da mesma forma, não concedeu entrevistas sobre o tema.
Dependendo do resultado dos exames de Corpo de Delito, haverá a comprovação do tipo de agressão sofrida pela mulher. A polícia evita conceder mais informações para não expôr as figuras envolvidas
O maior tesouro dos Estados Unidos: a Biblioteca do Congresso
publicado em recortes por diana ribeiro
O centro de Washington alberga um dos grandes tesouros norte-americanos: a Biblioteca do Congresso. Considerada a maior e mais completa biblioteca do mundo, já resistiu a dois incêndios e à consequente perda de milhares de livros. No entanto, a sua colecção – que foi sendo reposta ao longo dos tempos - distribui-se actualmente por mil quilómetros de estantes e está a ser digitalizada com o objectivo de se tornar acessível a todos.
A Biblioteca foi criada a 24 de Abril de 1800 através de um decreto oficial assinado pelo então presidente John Adams. O “Acto do Congresso” transferia, assim, a sede do governo de Filadélfia para Washington. Na nova capital, o governo destinou cinco mil dólares para a compra de livros necessários ao funcionamento do Congresso, e a um espaço que fosse capaz de armazená-los.
© Biblioteca do Congresso, Galeria do Tesouro. Foto de: Andreas Praefck (Wikicommons). |
Inicialmente a biblioteca fica instalada no Capitólio. Porém, quando as tropas inglesas invadem o território em 1814, um primeiro incêndio destrói não só o edifício como também os três mil exemplares que este continha até à data. Num golpe de sorte, em menos de um ano a sua colecção ganha 6.487 livros: o ex-presidente Thomas Jefferson, com várias dívidas para pagar, vende a sua biblioteca pessoal. Passara mais de cinquenta anos a coleccionar obras sobre os Estados Unidos e referentes a todos os temas científicos.
© Biblioteca do Congresso, Interiores. Foto de: Diliff (Wikicommons). |
© Biblioteca do Congresso, Interiores. Foto de: Andreas Praefcke (Wikicommons). |
Em Dezembro de 1851, um segundo incêndio põe fim a trinta e cinco mil livros e raridades como os retratos dos cinco primeiros presidentes norte-americanos pintados por Gilbert Stuart, um retrato original de Cristóvão Colombo e estátuas de George Washington, Thomas Jefferson e Marquês de la Fayette.
Actualmente, a biblioteca é gerida por quatro mil bibliotecários que, para além da organização e preservação do seu património, se dedicam a manter a filosofia iniciada por Thomas Jefferson: o carácter universal do conhecimento só é possível se acreditarmos na importância de todos os temas. Foi nessa base que Rand Spofford, bibliotecário entre 1864 e 1897, a transformou numa instituição nacional, estabelecendo a lei dos direitos autorais pela qual todos os que publicassem teriam de enviar à biblioteca dois exemplares do seu trabalho. Por conseguinte, houve uma entrega massiva de livros, mapas, folhetos, fotografias e músicas e, claro, uma escassez de estantes para os guardar.
Em 1873, o Congresso autoriza então um concurso para novas propostas a fim de alargar a biblioteca. Em 1886, o projecto de Washington John e J. Paul Pelz é posto em prática e constrói-se um impressionante edifício baseado na arquitectura renascentista. O seu interior começa a ser decorado com esculturas e pinturas de vários artistas norte-americanos. A 1 de Novembro de 1897, a Biblioteca do Congresso abre oficialmente as suas portas ao público.
© Biblioteca do Congresso, Escultura de Philip Martiny (1858-1927). Foto de: Andreas Praefcke (Wikicommons). |
© Biblioteca do Congresso, Cupula da sala de leitura principal. Foto de: Bailey Palblue (Wikicommons). |
© Biblioteca do Congresso, Sala de leitura principal. Foto de: Carol M. Highsmith (Wikicommons). |
© Biblioteca do Congresso, "Evolução do livro - escribas medievais", pintura de: Jonh White Alexander (1856-1915). Foto de: Andreas Praefcke (Wikicommons). |
© Biblioteca do Congresso, "Evolução do livro - Gutenberg", pintura de: Jonh White Alexander (1856-1915). Foto de: Andreas Praefcke (Wikicommons). |
© Biblioteca do Congresso, "Tragédia", pintura de: George Randolph Barse (1861-1938). Foto de: Andreas Praefcke (Wikicommons). |
© Biblioteca do Congresso, "Romance", pintura de: George Randolph Barse (1861-1938). Foto de: Andreas Praefcke (Wikicommons). |
© Biblioteca do Congresso,"Erótica", pintura de: George Randolph Barse (1861-1938). Foto de: Andreas Praefcke (Wikicommons). |
© Biblioteca do Congresso, "História", pintura de: George Randolph Barse (1861-1938). Foto de: Andreas Praefcke (Wikicommons). |
Embora só integrantes do Congresso e membros de órgãos do Estado possam aceder detalhadamente às obras, qualquer leitor pode visitá-la. Para isso basta ter mais de 16 anos e o cartão de identificação de leitor. Nas salas de leitura há mais de quarenta milhões de exemplares para consultar, traduzidos em quatrocentos e setenta idiomas. E nas zonas de colecção, verdadeiros tesouros para apreciar. A biblioteca tem uma cópia da bíblia de Gutenberg, os diários manuscritos de George Washington e os primeiros desenhos sobre a Lua de Galileu.
© Biblioteca do Congresso, Cópia da Biblia de Gutenberg. Foto de: Mark Pellegrini (Wikicommons). |
Com o advento das novas tecnologias, o seu património está a ser digitalizado para poder chegar a todos. Mesmo que os livros de papel (futuramente) não sobrevivam, torna-se essencial preservar os principais documentos da humanidade pelo enorme valor histórico que representam. O director da biblioteca afirma estar a ser feito um grande trabalho para colocar o seu acervo virtualmente. Visite o site oficial e faça uma visita à maior esfera de conhecimento do planeta.
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