sábado, 21 de junho de 2014

Frida Khalo é a mexicana mais conhecida do mundo, segundo o MIT. A segunda é... Lila Downs

Publicado em: museografo

Frida Kahlo, la mexicana más famosa
Un grupo de expertos del Instituto Tecnológico de Massachussets (MIT) desarrolló un método llamado Pantheon que busca definir a las figuras más relevantes en términos de producción cultural en el mundo. El sistema se actualiza en tiempo real de acuerdo con los cambios en los parámetros que mide: la base más importante es la enciclopedia en línea Wikipedia.

mit

El índice de popularidad histórica desarrollado por este método pone en primer sitio a Frida Kahlo. Su biografía aparece en 112 ediciones distintas de Wikipedia y en los últimos cinco años ha sido vista por más de 24 millones de visitantes; la mayoría en países de habla no inglesa.

diego rivera frida kahlo orangerie paris exposición 2

La surrealista, cuya popularidad global ha ido en ascenso desde los años ochenta del siglo pasado, es el decimonoveno pintor más conocido del mundo, de 178 considerados en el estudio. Kahlo es, por mucho, la figura mexicana con más biografías en Wikipedia. La segunda mujer mexicana más popular es la cantante Lila Downs con 103 sitios, pero sólo han sido vistos 320 mil veces en cinco años.

museo casa estudio frida diego 3

Los diez personajes mexicanos más populares son Frida Kahlo, el emperador azteca Moctezuma II, el revolucionario Emiliano Zapata, el músico Carlos Santana y el actor Anthony Quinn, quienes ocupan del segundo al quinto lugar. En sexto lugar aparece el empresario Carlos Slim, le siguen el premio Nobel de Literatura, Octavio Paz, Pancho Villa, Antonio López de Santa Anna y Porfirio Díaz.

octavio paz centenario 8

Lila Downs, ainda como "Lila del Monte", em início de carreira, cantando em um casamento

"Lo vas a pagar muy caro", típica música mexicana e que, definitivamente, não combina com um casamento. talvez no México, combine.

O verdadeiro pecado de Mario Sergio Conti- Paulo Nogueira

Felipão foi o de menos
Felipão foi o de menos
A entrevista com o falso Felipão entra na crônica do jornalismo brasileiro como uma das maiores besteiras já cometidas.
A pergunta que emerge para o autor, Mario Sergio Conti, é a seguinte: em que planeta ele vive?
Mas é algo no terreno da anedota.
Conti tem razão quando diz que ninguém morreu por conta do erro, e nem a bolsa se movimentou, ou coisas do gênero.
Conti, é verdade, vai passar para a história como aquele jornalista do Felipão.
Mas seu real pecado, na carreira, é algo muito mais sério.
Conti, como diretor de redação da Veja, comandou uma das coberturas mais abjetas e mais canalhas do jornalismo nacional: a que levou ao impedimento de Collor.
Ali a Veja mostrou, sem que ninguém percebesse, o que faria depois: o abandono completo do compromisso com os fatos na sede de derrubar inimigos.
É uma opinião que tenho desde sempre, e a compartilhei várias vezes com jornalistas da Abril nos anos em que trabalhei lá – durante e depois  do crime jornalístico feito pela Veja.
A Veja se baseou, essencialmente, em declarações. Mais que tudo, o depoimento envenenado e raivoso de Pedro Collor foi vital no material jornalístico que a revista produziu naqueles dias.
Nasceu da vingança de Pedro a célebre capa cujo título era: “Pedro Collor conta tudo”.
Meu ponto, desde o início, era o seguinte. Imagine que o irmão do presidente dos Estados Unidos batesse na porta do diretor de redação da revista Time e dissesse que tinha coisas hirríveis para contar.
A Time publicaria?
Jamais. Antes, caso achasse que ali coisas críveis, investigaria profundamente as acusações. Só publicaria com provas, primeiro porque de outra forma sua imagem jornalística ficaria arranhada. Depois porque a Justiça americana, ao contrário da brasileira, não aceita blablablás como evidências.
Num caso notável, Paulo Francis chamou diretores da Petrobras de corruptos. Como a acusação foi feita no Manhattan Connection, os executivos puderam processar Francis na Justiça americana, a despeito da pressão de FHC, então presidente, para que não agissem assim.
Os americanos pediram provas a Francis e ele nada tinha além de sua verve. Na iminência de uma multa que talvez o arruinasse, ele se atormentou. Morreu de enfarto durante o processo, e amigos atribuíram o coração quebrado ao pavor da sentença iminente.
Não espanta que, anos depois da queda de Collor, ele tenha sido absolvido no STF por ausência de provas.
Este fato é, em si, uma prova espetacular da inconsistência da cobertura da Veja.
Por trás de tudo, de todas as maldades jornalísticas praticadas pela Veja, estava Mario Sergio Conti, uma das figuras mais amplamente detestadas pelos jornalistas brasileiros.
Mario Sergio posaria, depois, como “derrubador de presidente”, o que não fez bem a sua carreira na Veja.
O dono da Veja, Roberto Civita, também gostou do título de “derrubador de presidente”, e a revista, embora grande, era pequena demais para dois derrubadores.
RC, pouco depois, deu um jeito de mandar embora Conti. (Antes de ser demitido, ele teve a chance de inventar Mainardi como colunista.) Foi uma demissão florida: Conti teve dois anos remunerados ao longo dos quais escreveu Notícias do Planalto, um livro sobre o episódio Collor.
É um livro no qual ele bajulava todos os donos de jornais e revistas, e ao mesmo tempo atacava jornalistas dos quais não gostava, a começar pelo homem a quem devia o cargo de diretor da Veja, JR Guzzo.
Um dia o jornalismo brasileiro haverá de realizar um trabalho arqueológico sobre o caso Collor.
E então se perceberá que a origem do horror em que a Veja se transformou nos últimos anos estava ali, sob as mãos malévolas de Mario Sergio Conti, o cara do Felipão.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Copa VIP dos "yellow blocs".Vergonha alheia dessa elite podre

"Mais democracia", Maria do Rosário defende a Política Nacional de Participação Social (PNPS)

Por Maria do Rosário, para o Favela 247

Aprofundar a democracia. Essa é a única e exclusiva motivação da presidenta Dilma Rousseff ao publicar o decreto 8.243/14, que institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS). A iniciativa vêm sofrendo injustos e raivosos ataques de setores conservadores, que parecem preocupados com o fortalecimento e a legitimação de espaços de diálogo com a sociedade que são fundamentais na construção da nossa jovem democracia. 
Os que estão lutando contra a Política Nacional de Participação Social viram as costas e tapam os ouvidos para as vozes que bradaram por mais democracia nos movimentos de junho do ano passado. Em tempos nos quais as redes sociais nos conectam sem barreiras de tempo ou distância, renegar esse direito aos brasileiros e brasileiras é um contrassenso.
A PNPS nada mais é que a organização de instâncias consultivas e a regulamentação de uma prática que se tornou frequente nos últimos anos baseada na construção de um diálogo franco a aberto com as comunidades. Nos governos Lula e Dilma, foram realizadas aproximadamente 80 conferências, decisivas para proporcionar a representatividade digna de um país continental.
A democracia se constitui pelo imenso mosaico de expressões da nossa sociedade por meio das mais diferentes cores, credos, gêneros, orientações de cunho sexual ou ideológico. O nosso atual período histórico tem a Constituição de 1988 como marco fundamental, sendo resultado direto da luta de muitas mãos, entre as quais devemos destacar a atuação dos movimentos sociais. Muitos cidadãos brasileiros deram a sua vida pela nossa liberdade, para que logo no primeiro artigo da Carta Magna estivesse explícito que “todo o poder emana do povo”, sendo que a própria Constituição assegura a participação social .
As experiências da mescla de contribuições dos poderes constituídos com a participação popular são extremamente exitosas. O Plano Nacional de Educação, recentemente aprovado no Congresso Nacional, é fruto de inúmeras conferências que fizemos pelo Brasil, nas quais tive o orgulho de participar como então presidenta da Comissão de Educação da Câmara Federal.
A inovadora implantação do Orçamento Participativo durante a gestão de Olívio Dutra à frente da Prefeitura de Porto Alegre na década de 1980 se disseminou e conquistou reconhecimento internacional. Atualmente, é uma política pública praticada mundo afora por diversos governos municipais e estaduais, independente de suas colorações partidárias. E nem por isso os Legislativos saíram enfraquecidos ou desprestigiados. Pelo contrário, a população passou a compreender melhor a responsabilidade dos governantes e representantes, além do seu próprio papel no desenvolvimento da sociedade.
Não tenhamos medo da participação do povo, pois a solidificação das conquistas das últimas décadas passa fundamentalmente pelo aprofundamento da democracia. Somente fortalecidos com a atuação ativa de cada vez mais pessoas poderemos construir uma nação mais justa, igualitária, plural e participativa.

Feliz Aniversário, Chico Buarque


Chico Buarque
Filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e de Maria Amélia Buarque de Hollanda. Em 1946, aos dois anos de idade, mudou-se com sua família para São Paulo. Por ter nascido em uma família de intelectuais, afirmava que "as paredes lá de casa viviam cobertas de livros". Desde cedo conviveu com diversos artistas, amigos de seus pais e da irmã Heloísa, entre os quais, João Gilberto, Vinicius de Moraes, Baden Powell, Tom Jobim, Alaíde Costa e Oscar Castro Neves. Em 1952, mudou-se com sua família para Roma onde o pai foi lecionar. Na capital italiana eram comuns os serões familiares em que sua mãe ou seu pai acompanhavam ao piano o diplomata Vinicius de Moraes, que cantava os sambas da época. Dois anos depois retornou ao Brasil, indo estudar no Colégio Santa Cruz, em São Paulo. Leu muito durante a adolescência, desde os grandes escritores russos como Dostoievski e Tostoi, franceses, como Céline, Balzac, Zola e Roger Martin, aos brasileiros, como Guimarães Rosa, João Cabral, José Lins do Rego, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos. Aprendeu a tocar de ouvido, recebendo, da irmã Heloísa, as primeiras noções de violão. Convivendo com os amigos da irmã, que estavam iniciando a bossa nova, sofreu grande influência desse estilo, principalmente de João Gilberto, a quem procurava imitar. Ouvia muito no rádio as músicas de Ataulfo Alves, Ismael Silva, Noel Rosa e outros, além de chorinhos, sambas, marchas, modinhas, baiões e serestas. No Colégio Santa Cruz começou a envolver-se com o movimento estudantil e com organizações como a OAF (Organização de Auxílio Fraterno), que realizava campanhas para arrecadar agasalhos e alimentos para mendigos. Ainda durante o curso científico no Colégio Santa Cruz, começou a destacar-se entre os colegas pelo amor ao futebol, pelas crônicas, chamadas de "Verbâmidas", que escrevia para o jornalzinho da escola, e pela participação constante nas batucadas que ocorrriam no ambiente escolar. Por essa época, escreveu suas primeiras composições, "Canção dos olhos" e "Anjinho". Ainda no Colégio Santa Cruz, pisou num palco, pela primeira vez, num espetáculo no qual cantou a "Marcha para um dia de sol", de sua autoria. Em 1961, foi preso juntamente com um amigo, por "puxar" um carro para dar umas voltas, ocasião em que foi proibido pelos pais de sair à noite antes de completar 18 anos. Dois anos depois, ingressou na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), na qual somente ficaria até o 3º ano. Já no 2º ano da faculdade, tornou-se amigo de Francisco Maranhão e de outros adeptos das batucadas. Criou com alguns colegas o Sambafo, que se reunia após as aulas para cantar e batucar no grêmio escolar ou então no Quitanda, boteco da Rua Dr. Vila Nova. Em 1966, conheceu a atriz Marieta Severo com quem se casou pouco tempo depois e com quem teve três filhas. O casal veio a separar-se em meados dos anos 90, após mais de trinta anos de convivência, mantendo, contudo, assídua convivência.

domingo, 15 de junho de 2014

Juan Manuel Santos é reeleito presidente da Colômbia no segundo turno

Mandatário superou Óscar Iván Zuluaga, candidato do ex-presidente Álvaro Uribe e vencedor do primeiro turno
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, foi reeleito neste domingo (15/06) para um novo mandato de quatro anos. Ele superou Óscar Ivan Zuluaga, o candidato que venceu o primeiro turno e era apoiado pelo senador e ex-presidente Álvaro Uribe.
Com 99,38% dos votos apurados, Santos obteve 50,9% dos sufrágios (7.784.916 votos), contra 45,04% (6.888.639) de Zuluaga. Votos em branco são levados em consideração na votação e, por esse motivo, a soma dos votos dos dois candidatos não alcança 100%.
Agência Efe
Juan Manuel Santos foi reeleito neste domingo presidente da Colômbia

A participação foi inferior a 50%: de acordo com o boletim divulgado às 19h08 (horário de Brasília), o índice de comparecimento às urnas foi de 47,74%. O número, no entanto, é maior do que no primeiro turno, que foi de 40,17%.

Foco
A campanha terminou centrada nas negociações de paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), conduzidas pelo governo Santos. Enquanto o presidente defendia a manutenção das conversas, Zuluaga se mostrava contra, apesar de, neste segundo turno, ter voltado atrás e dito que poderia conversar com a guerrilha sob bases estritas. A reeleição do atual presidente pode ser interpretada, também, como uma vitória das negociações.
Um debate, realizado na última terça-feira (10/06), mostrou o nível de embate que o tema trazia entre os candidatos. O candidato apadrinhado pelo ex-presidente Álvaro Uribe afirmou que Santos traiu o país ao aceitar negociar com a guerrilha. O mandatário, ex-ministro de Uribe, foi eleito com o apoio do político conservador, que defende o fim do conflito armado pela via das armas – ou seja, com o extermínio da insurgência. “Você foi eleito com estas ideias e em quatro anos enganou milhões de colombianos. Por que mudou?”, questionou Zuluaga.
Santos, por sua vez, defendeu sua gestão que estaria “transformando o país” com uma “política de jogo limpo”. E disse que a paz de Zuluaga é a que “foi negociada com os paramilitares, que foi uma paz para perdoar os assassinos, mas quando começaram a dizer a verdade, os extraditaram por medo”. Referindo-se a uma peça publicitária de sua campanha que provocou polêmica no país, o presidente candidato afirmou que os pais não querem enviar seus filhos para a guerra.
Entre as diferenças sobre a resolução do conflito, Santos considera ser necessário reconhecer a existência de um conflito armado: “sem isso, é impossível encontrar uma solução” com dimensão política, afirmou. Zuluaga, por sua vez, considera que nada disso é necessário e defende “uma paz negociada” com a condição de que as FARC aceitem suspender as ações armadas, posição rechaçada pela guerrilha.