Não li a pesquisa e nem comento pesquisas, mas já sei o resultado da próxima pesquisa do Datafolha.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Vida Sintética e jornalismo fantástico
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Brasil vai à Corte da OEA por crimes cometidos na ditadura militar
do Opera Mundi - 20/05/2010
A CIDH (Corte Interamericana de Direitos Humanos) da OEA (Organização dos Estados Americanos) iniciou nesta quinta-feira (20/5) a audiência pública para julgar o Brasil por crimes cometidos durante a repressão à Guerrilha do Araguaia, entre 1972 e 1975.
O Estado brasileiro terá que responder pelas acusações de detenção arbitrária, tortura e desaparecimento de 70 pessoas. Esta é a primeira vez que o tribunal interamericano julgará os crimes do regime militar brasileiro.
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A Guerrilha do Araguaia foi um movimento armado organizado pelo PCdoB (Partido Comunista do Brasil) contra a Ditadura Militar brasileira (1964-1985), na região da divisa entre os Estados do Pará, Maranhão e Tocantins.
Durante a audiência, realizada entre hoje e amanhã na capital da Costa Rica, San José, serão ouvidos representantes das vítimas, a defesa do Estado brasileiro e as conclusões da Comissão Interamericana. A sentença poderá ser anunciada em novembro e o Brasil, por ser signatário da OEA, precisa acatá-la.
Entenda o funcionamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos
A comissão pode exigir, por exemplo, o pagamento de indenização, nova investigação do caso, ou que seja criada uma lei para que o país esteja de acordo com os regulamentos internacionais referentes a direitos humanos. No final, não serão apontados indivíduos culpados, mas sim indicado se o Estado brasileiro infringiu ou não os artigos da Convenção Interamericana.
Condenação
Na avaliação do professor titular aposentado da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) Fábio Konder Comparato é difícil que o Brasil “escape” de uma condenação da CIDH. A entidade não tem como objetivo constatar apenas que foram cometidas violações de direitos humanos, ressaltou o jurista, que, no Brasil, assinou a ação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que questionou a Lei de Anistia no STF (Supremo Tribunal Federal).
“Lá, o que se questiona não são apenas os crimes, mas o fato de o Brasil não promover pesquisas e inquéritos, a se recusar a processar os responsáveis ainda em vida”, afirmou.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
OVNIs são reais”, disse… Carl Sagan?
Do blog Ceticismo Aberto
Prepare-se para entrar em uma outra dimensão. Uma dimensão de fantasias, de falsidades, de ignorância ou má-fé. A dimensão dos traficantes de mistérios inexistentes. É a dimensão em que se aventura a revista UFO brasileira, que anunciou há pouco:
“Jornalista revela segredos que J. Allen Hynek sabia de Carl Sagan
A jornalista investigativa e autora Paola Leopizzi-Harris revelou a um programa de entrevista que o doutor J. Allen Hynek declarou a ela que estava nos bastidores de um dos muitos eventos que Sagan fez. “Eu sei que os UFOs são reais, mas não arriscaria minha pesquisa de financiamento, como você (Hynek), para falar abertamente sobre eles em público”, segundo palavras de Sagan.”
A jornalista investigativa e autora Paola Leopizzi-Harris revelou a um programa de entrevista que o doutor J. Allen Hynek declarou a ela que estava nos bastidores de um dos muitos eventos que Sagan fez. “Eu sei que os UFOs são reais, mas não arriscaria minha pesquisa de financiamento, como você (Hynek), para falar abertamente sobre eles em público”, segundo palavras de Sagan.”
É um texto tão insólito em todos os aspectos e, todavia, é importante ressaltar que diversos entusiastas de boa fé – mas fé talvez demasiada – levaram a falsa notícia muito a sério. Destrincharemos aqui todas as suas falsidades, e no caminho, você caro leitor pode descobrir alguns detalhes inusitados da vida e obra de Carl Sagan.
Leia mais aqui
terça-feira, 18 de maio de 2010
Foco de Vannuchi é a abertura de arquivos
Paola de Moura, do Rio 18/05/2010
O ministro Paulo de Tarso Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, disse ontem que o Brasil precisa se inspirar e repetir exemplo da Alemanha, que não esqueceu o Holocausto e o relembra todos os anos, ao se referir Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que propõe a apuração e esclarecimento público das violações praticadas no período da ditadura militar. Mesmo depois de o Supremo Tribunal Federal ter decidido, no fim de abril, que os crimes cometidos naquele período não podem ser julgados, o governo insistirá em levantar os arquivos. “Mas não pedimos a revogação da Lei da Anistia e também ainda não debatemos punição”, afirmou.
Ao participar XXII Fórum Nacional, no Rio, Vannuchi citou Freud e Sócrates para mostrar a necessidade de remexer no passado. “A psicanálise mostra que o ser humano cresce mais quando estuda o seu passado. E não foi ele quem inventou isso, Sócrates já dizia conhece-te a ti mesmo”, lembrou. “Não podemos nos recusar mexer na violência do passado para que ela nunca mais aconteça”, afirmou.
Também no evento, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) fez fortes críticas ao PNDH-3 e afirmou que não acha necessário remexer no passado. “O Brasil tem que olhar para frente, para o futuro e não se preocupar em abrir feridas do passado”, defendeu. “Claro que existe direito dos parentes dos mortos de ver os ossos, mas houve um acordo no processo”.
O ex-ministro da Justiça e do STF, Paulo Brossard, explicou que, para o Direito, a anistia é irrevogável. Quando ela é concedida em relação a um tema, uma ação não pode mais ser iniciada, a que está tramitando se extingue e o já julgado deve ser apagado. “É um senhor poder, uma prerrogativa imensa, mas consagrada em todos os países. Não é nacional, é universal”, afirmou. “Anistia não é Justiça, mas também não é injustiça. Ela não é misericórdia, não é perdão, nem favor, ela é usada para atingir a paz e a concórdia, quando o esquecimento é necessário”.
Brossard contou que, naquela época, foi a esquerda quem começou a pedir a anistia e que aos poucos o governo aceitou e depois a ampliou. “Depois de tudo o que aconteceu, era muito difícil passar de uma fase para outra sem a anistia”.
Em relação ao julgamento da Lei de Anistia na Comissão de Direitos Humanos da OEA, o ministro Vannuchi acredita que o Brasil perderá. “Se compararmos com julgamentos anteriores do Peru e do Chile, temo pelo pior”. No entanto, o ministro acredita que a OEA não será tão dura com o país já que o governo fez campanhas de televisão e tem vários programas para esclarecer os crimes como a Comissão de Verdade.
A mãozinha visível do Estado
Quando se anunciou a Copa do Mundo para o Brasil, o Internacional se articulou para negociar seus terrenos e aumentar os índices construtivos do antigo Eucaliptos para viabilizar a reforma do Beira-Rio. O Grêmio não aceitou ficar para trás e também pediu favorecimentos para negociar o terreno do Olímpico. Tudo pasando por cima do Plano Diretor que estava sendo debatido.
Diziam os dirigentes que todas as obras seriam feitas com recursos dos clubes. Não é bem assim. O terreno urbano não é dinheiro, mas vale dinheiro. E é um bem público.
Agora, haverá redução de impostos para compra de material de construção para reforma dos estádios para a Copa. Mais dinheiro público. A direção do Inter está feliz da vida. A do Grêmio, novamente, vai pegar carona e dar um jeito de utilizar um benefício que, em tese, seria apenas para estádios a serem utilizados na Copa.
A vida é assim, quando precisa, todo mundo cham o Estado pra dar uma ajudinha.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Brasil consegue acordo que colabora com a Paz Mundial
Brasil, Irã e Turquia fecham acordo sobre troca de urânio enriquecido
Aziz Filho* e Renata Giraldi
Repórteres da EBC
Repórteres da EBC
Teerã e Brasília - Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, além do primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, fecharam hoje (17) o acordo para que o urânio iraniano levemente enriquecido seja enviado ao território turco e, em troca, o país receba o produto enriquecido a 20%.
Pelo acordo, o urânio enriquecido a 20% será remetido no prazo de um ano. Nesse período, haverá supervisão de inspetores turcos e iranianos.
O acordo foi assinado por Lula, Ahmadinejad e Erdogan durante reuniões paralelas do G15 (grupo que reúne 18 países não alinhados) em Teerã. Para as autoridades, o acordo encerra o impasse envolvendo o programa nuclear iraniano.
Ahmadinejad, porém, quer conversar sobre os acordos e as garantias para o Irã por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo diplomatas que acompanham as negociações, o presidente iraniano pretende obter garantias dos países que integram o conselho - Estados Unidos, França, Inglaterra, China e Rússia.
*O repórter aacompanha a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã
ABr
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