sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pré-julgamento?

Acompanhei os comentários sobre o suposto estupro do suposto filho de uma suposta figura da suposta mídia do sul. Pensei sobre o que escrever e acabei socorrido pelo meu velho amigo de Santa Maria, Ivan Boere.
Segue a opinião dele, com a minha concordância:

Algumas perguntas sobre o suposto crime de estupro em Florianópolis:

Deram-se os fatos como anunciam na internet?
Qual versão nos velela a verdade: a amplamente anunciada, a da escola, a do inquérito policial, ou a d os acusados
?Justifica-se a repercussão por envolver gente da "alta sociedade"?
Se o aludido crime foi cometido e sofrido por menores, como lidar com a situação, tendo em conta a
proteção especial de que devem ser alvo?
E se estiver havendo um pré-julgamento
?
São algumas poucas - pois muitas mais certamente estão em jogo - perguntas sobre as quais entendo haver necessidade de reflexão. Lembram do caso da escola em São Paulo, em suposto caso de abuso sexual
? Esclarecidos os fatos, concluiu-se pela inocência dos acusado s. Mas, somente depois de arruinados moralmente.
E, ainda que comprovados os fatos ora divulgados, por que razão aí focar
? Por acaso, violências de toda ordem não estão chegando a nós a todo momento?
Ainda que muitos tracem um pré-julgamento coletivo, animados talvez pelo desejo de retirar o manto de manipulações da grande mídia, o linchamento não é algo desejável.
Tomei a liberdade de enviar - para um círculo muito reduzido de pessoas amigas e, tenho certeza, bastante "pensantes" - as mensagens anteriores e esta, a respeito dos fatos comentados, preocupado justame nte com a necessidade do debate sobre os parâmetros de convivência (in)civilizada em que estamos metidos.
Além das diversas versões a que teremos acesso, o caso divulgado tomará os seus próprios rumos nos âmbitos policial e judiciário. Mas, e nos âmbitos sociológico, político, econômico, da psicologia social, psicanalítico, com que providências efetivamente a sociedade se importará
?Há poucos dias atrás, terminei um livro interessantíssimo a tratar do tema: "A Arte de Rezudir as Cabeças", autoria de  Dany Robert Dufour. O cara aborda o declínio do homem "moderno", kantiano e freudiano - crítico e neurótico - na pós-modernidade, com o endeusamento da mercadoria e incentivo à desconsideração aos limites que devemos nos impor nas nossa relações com os outros. Na minha singelíssima opinião, uma boa base para a discussão sobre o tema da violência na atualidade.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010

DEM decide tirar cadeiras de convenção com menor expectativa de público

Esta saiu no insuspeito videVERSUS
Os organizadores da convenção nacional do DEM que será realizada nesta quarta-feira, em Brasília, decidiram retirar cem cadeiras do auditório onde será realizado o evento. A expectativa inicial era a de que 300 pessoas participariam, mas o número foi revisto e a avaliação agora é que apenas 200 convencionais compareçam. A convenção irá definir o apoio formal à candidatura do tucano José Serra à sucessão presidencial e pode deliberar também sobre o nome do vice na chapa caso o PSDB aceite a reivindicação do partido para indicar o nome.
O impasse tirou o brilho da festa do DEM uma vez que o PSDB decidiu indicar o senador Álvaro Dias para vice, o que abriu uma crise na aliança. Não haverá fotos de Serra, o que já denota o animus do DEM. Aliás, a vontade dos democratas de fazer campanha oposicionista é quase nula. Claro, a vocação do partido sempre foi o poder. Só não se aliou com Lula porque o PT não quer saber dele. Mas o DEM é um partido em extinção. A convenção, um teatrinho de baixa categoria, irá ocorrer no hotel Grand Bitar, em Brasília, a partir das 8 horas até o meio dia. Ou seja, é para ser mesmo uma convenção clandestina. E o DEM se pretende um grande partido, com pretensão a ter vice em chapa presidencial. É o caso de dizer: cresça e apareça.
 
Acrescento eu: vão evitar o  problema da convenção do PPS, que teve cadeiras vazias.

Serra dá bolo no PPS

Além de tentar dar uma volta no PFL/DEM, Serra dá bolo no PPS e não vai na convenção. Não é assim que se trata os amigos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mais aperto no "primeiro mundo"

G20 quer mais austeridade

Grupo dos países mais ricos do mundo promete reduzir défice pela metade até 2013.

No fim da cimeira do grupo dos 20 países mais ricos do mundo, realizada no Canadá, a chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou que todos os países se comprometeram a reduzir pela metade os seus défices até 2013. Já a criação de um imposto global sobre transacções financeira não foi aceite por todos os representantes. França, Alemanha e Reino Unido, prometem avançar unilateralmente com este imposto.
A decisão pela redução do défice foi bastante comemorado pela Alemanha, "Estamos muito contentes por constar na declaração final, de forma inequívoca, a necessidade de os países desenvolvidos cortarem os seus défices até 2013, começando a reduzir a dívida a partir de 2016.", afirmou Merkel, o que contrastou com o receio expresso pelos líderes dos países emergentes.
O ministro da Economia do Brasil, Guido Mantegna, criticou a prioridade dada pelos europeus à questão do défice. "Em vez de estimular o crescimento, eles prestam mais atenção aos equilíbrios orçamentais", disse. Posição semelhante a adoptada pela China, "Temos de agir de uma forma cautelosa, quanto ao timing, ao ritmo e à intensidade com que abandonarmos as políticas de estímulo à economia.", afirmou o presidente chinês, Hu Jintao.
No documento final do encontro, os países do G20 apelam aos países emergentes "que têm excedentes", para que contribuam para o combate à crise, adoptando "taxas de câmbio mais suaves", um apelo com destino certo, a China.
Singelamente, como sempre, opino que o capitalismo não vai acabar agora, mas as mudanças que estão ocorrendo  no sistema são muito intensas.