sexta-feira, 3 de julho de 2009

Em defesa da orla do Guaíba

A realpolitik, Lula, PT e Sarney


A realpolitik deve sepultar a crise do Senado, protagonizada por José Sarney. Todos têm razão e ninguém tem razão. Sarney fez o que sempre fez e sempre foi denunciado. A oposição, que já esteve no outro lado, resolveu que é mais interessante denunciar do que assumir a co-responsabilidade com as falcatruas do clã sarney. Lula, que já recebeu apoio de Sarney em 89, contra Collor (lembram?), vai apoiar que o apoia. O PT, de inimigo figadal, passou a ser aliado de Sarney. Todos agem conforme interesses maiores a defender. É triste, mas não tem niguém inocente nessa história. Lula, acostumado com crises e escândalos entrou em campo, segurou os ânimos do PT e aposta que as coisas vão passar e as pessoas vão esquecer de tudo até o próximo escândalo.
Luis Antônio Magalhães também viveu esses momentos. Sofreu abalos, submergiu, retornou, até morrer melancolicamente, acompanhando o enfraquecimento do chamado "carlismo", na Bahia. Muito do que ele fez e representa sobreviveu vai permanecer, memo que venha a ser uma sombra do que já foi o poder de ACM. Minha aposta e minha tímida esperança é que Sarney vá ter um destino semelhante. O PT e Lula vão ajudá-lo a passar por esse momento. Ao longo do tempo, Sarney vai ir regredindo e, daqui a uns quinze anos, talvez, o sarneyzismo (já sem Sarney que deverá morrer nesse tempo, se minhas previsões estiverem certas) irá empalidecendo para se tornar uma lembrança do que já foi e ainda é, em parte.
Nosso Brasil é isso, uma sucessão de pequena mudanças, conduzidas por pessoas com um pé no passado e outro pé no futuro e caminhando lentamente. As instituições e a mentalidade brasileiras não são destruídas, quebradas, ou revolucionadas. Vão sendo transformadas progressivamente.
É a minha singela opinião.

500 anos da chegada de Caramuru


Este anos, faz 500 anos da chegada de Caramuru ao Brasil. Mito e realidade se misturam na vida desse sujeito que deve ter sido uma figuraça.

Um fato, duas visões


A regularização dos flanelinhas produziu duas visões diferentes na mídia. A Record noticiou o fato como "legalização do achaque", a RBS, como "parceria para solucionar um problema". O mesmo fato, duas visões. Acho difícil solucionar o problema dos flanelinhas. As implicações sociais são muito grandes. A Prefeitura está testando algo. Parece que, na primeira experiência não deu certo, pois os legalizados reclamaram que os clandestinos atuavam livremente. Quando foram reclamar com a Brigada, a resposta foi de que apenas os proprietários poderiam fazer queixa. Pelo jeito termeos dois tipos de flanelinhas: os com uniforme e os sem uniforme. A depender da fiscalização de SMIC, EPTC e Brigada.... o resto vai continuar do jeito que já é; puro achaque.

Mais uma de Pilatos


Pilatos aprontou mais uma. Resolveu silenciar sobre o projeto aprovado pela Câmara, que ampliou o tempo de permanência das mesas dos bares nas calçadas. Como isso, passoua batata quente para o Presidente da Câmara assinar. A justificativa de Pilatos é hilária. Como o projeto não foi unânime, ele se acho no direito de silenciar. Pilatos é assim, não compra briga. É triste ver que Porto Alegre optou por ter um prefeito sem cara e sem opinião. A campanha da mídia e dos conservadores contra a "guerra política", pela "pacificação" do Rio Grande e de Porto Alegre está produzindo uma geração de pessoas que valoriza a falta de opinião. Uma tristeza, mas o povo parece que gosta disso.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Habemus candidato


Como previa este blog, Tarso Genro, o nosso mais representativo intelectual orgânico, será o candidato do PT ao Governo Estadual. Só não será se ocorrer um desastre. Claro que era uma previsão fácil. A questão é saber se outras previsões irão se confirmar. Acho que o PT vai sair machucado. Todo mundo vai negar, mas vai ser assim.
Há possibilidade de vitória? Sem uma aliança com algum partido de expressão eleitoral, acho pouco provável, por mais que as pesquisas, neste momento, digam diferente. O efeito Lula/Dilma pode beneficiar o PT e os aliados que ele conseguir reunir. A coalização vencedora parece muito autoconfiante na capacidade de vencer sozinha. Grandes vitórias se constróem, também, de convicções fortes. O PT quer assim e votou por isso. Voltando ao Millor, "é melhor ser pessimista que otimista". Torço para estar errado.
No encontro de Porto Alegre apenas uma resolução foi a votação. Entre outras coisas, propunha que não se negociasse a sucessão da Prefeitura para 2012. A proposição foi fragorosamente derrotada. Por quê?

Golpe em Honduras


Sei que o mundo está ansioso em saber minha opinião sobre o golpe militar em Honduras. Pois aqui vai ela: SOU CONTRA. Clique no título do post e informe-se também.

Lula e a violência em Porto Alegre



















Lula acertou na mosca novamente. Criticou a violência policial e defendeu os direitos humanos, sem desfazer da segurança das pessoas, que é um direito humano também. Em plena vila Bom Jesus, Lula foi aplaudido pelo povo e criticado pelas autoridades da (in)segurança pública do estado e, depois, pelo Prefeito Fogaça. Para Pilatos, Lula errou de cidade, pois o discurso de Presidente teria a ver com o Rio de Janeiro e não com a capital gaúcha. Quem errou a cidade foi Fogaça, que pensa estar em Vancouver(foto).