sábado, 22 de março de 2014

Cerca de 40 pessoas realizam Marcha da Família com Deus em Porto Alegre

De: Sul21

Cerca de quarenta pessoas participaram neste sábado (22), em Porto Alegre, de uma marcha que pedia intervenção militar no país. No ano em que se completa 50 anos do golpe que instalou uma ditadura no Brasil, diversas cidades receberam atos pedindo o retorno das forças armadas ao poder. O evento foi intitulado Marcha da Família com Deus pela Liberdade — o mesmo nome da marcha que antecedeu a derrubada de João Goulart em 1964.

Na capital gaúcha, dentre os presentes estavam cerca de dez homens de cabelo raspado e jaquetas pretas. Em uma delas, podia-se ler a palavra “Carecas” com uma bandeira do Brasil embaixo, provável alusão ao grupo skinhead Carecas do Brasil, que atua no Rio de Janeiro. O cartunista Carlos Latuff foi hostilizado por eles ao fotografar o grupo. De acordo com ele, os homens o ameaçaram e também tentaram impedir outra jornalista e um cinegrafista de captarem imagens suas.
Em contrapartida, cerca de 30 pessoas saíram do assentamento urbano Utopia e Luta para realizar uma contra-marcha em frente ao Comando Militar do Sul, local onde a manifestação foi encerrada. O ato que pedia a intervenção militar saiu da frente da Prefeitura por volta das 15h, e era composto principalmente por adultos e idosos de classe média e alta. A marcha não teve acompanhamento policial.
Foto: Carlos Latuff
Manifestantes adultos e idosos se reuniram no centro de Porto Alegre | Foto: Carlos Latuff
Foto: Carlos Latuff
| Foto: Carlos Latuff
Marcha terminou em frente ao Comando Militar do Sul | Foto: Carlos Latuff
| Foto: Carlos Latuff
Manifestante critica governo federal | Foto: Carlos Latuff
| Foto: Carlos Latuff
Uma das faixas ligava o governo PT com o comunismo | Foto: Carlos Latuff

| Foto: Carlos Latuff
Pequeno grupo não queria ser fotografado. À direita, homem com a palavra “Carecas” na jaqueta | Foto: Carlos Latuff

| Foto: Carlos Latuff
Eles ameaçaram o cartunista, que fotografou o grupo | Foto: Carlos Latuff

Cláusula Marlim: o erro central na compra da refinaria

Há ainda muita fumaça em torno da compra da refinaria Pasadena pela Petrobras. Juntando algumas peças dá para entender melhor o caso. O ponto central é a cláusula Marlim, pela qual a Pasadena teria que garantir 6,9% de rentabilidade mínima a um dos sócios - o grupo Astra - independentemente dos resultados.
De 1998 a 2005 o mercado interno de combustíveis permaneceu estagnado.
A produção interna crescia pouco e havia a expectativa de aumento da participação do petróleo pesado na produção total. Esse petróleo exigia a adequação de refinarias existentes.
Por outro lado, desde 1995 os Estados Unidos vinham aumentando a importação de petróleo pesado. Os preços do petróleo cresciam menos do que o dos combustíveis, aumentando substancialmente a rentabilidade das refinarias norte-americanas.
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Nos Estados Unidos, as  margens das refinarias de oleo pesado saltaram de 4,7% em 2000 para 14,4% em 2005; para as de óleo leve, o salto foi de 0,6% para 4,3%, provocados pelo aumento de consumo, pela fato dos derivados subirem mais do que o petroleo, sendo que o petroleo bruto subia menos ainda.
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Até 2005, o preço das refinarias negociadas mal chegava aos US$ 3 mil por barril. Em 2006, a economia mundial entrou na corrida especulativa que contaminou todos os mercados, especialmente os de commodities. Havia farta liquidez nos bancos, financiamento ilimitado a custos baratos.
Naquele ano de 2006, a Petrobras adquiriu a refinaria Pasadena por US$ 7.200 o barril processado.
No total, foram quatro refinarias adquiridas naquele ano nos Estados Unidos, respectivamente por US$ 6.470, US$ 13.801, US$ 13.913 e US$ 15.515 o barril.
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Nesse sentido, a compra da Pasadena, do grupo belga Astra, foi a um preço bastante competitivo para aquele ano fatídico de 2006.
O plano de negócios conjunto previa a possibilidade de investimentos para dobrar o processamento de oleo pesado.
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A partir de 2007, tudo começa a mudar. No Brasil, há as descobertas das enormes jazidas do pré-sal, a maioria constituída de óleo leve. O consumo de petroleo nos Estados Unidos cai de um pico de 20,8 milhões de barris dia em 2005 para 18,6 milhões em 2012. O preço do petróleo passa a aumentar mais do que o de derivados. No golfo do México, as margens de refino despencaram de 4,3% em 2005, 3,9ˆ% em 2006 e 4,1% em 2007 para taxas negativas entre 2008 e 2010.
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Em 2008 começaram as divergências entre a Petrobras e a Astra em relação aos investimentos previstos.
A Astra entrou com ação judicial para exercer seu direito de vender 50% da refinaria para o outro sócio.
A Petrobras requereu o direito de arbitragem (isto é, de um árbitro escolhido antecipadamente em comum acordo pelos dois sócios) que fixa o preço em uma parcela de US$ 296 milhões pela refinaria e duas de US$ 85 milhões, pelo estoque de petroleo existente.
Prosseguem várias ações. Em 2012 há um acordo extrajudicial para encerrar as disputas. Por ele, a Petrobras se propõe a pagar US$ 820,5 milhões, incluindo aí os estoques de petroleo e custas judiciais.
O valor pago pela refinaria foi de US$ 196 milhões pelos primeiros 50% e US$ 292 milhões pelos 50% restantes, em um total de US$ 492 milhões, ou US$ 4.920 o barril.
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Até agora, o ponto obscuro era sobre os tais erros cometidos, que fizeram a Petrobras perder a disputa com a Astra. A presidente falou em duas cláusulas cuja existência teria sido sonegada do Conselho de Administração: a “put option” e a Marlim.
A primeira define regras para um acionista adquirir a parte do outro. Trata-se de cláusula comum em processos de fusão e/ou incorporação com dois ou mais sócios fortes.
Consiste no seguinte:
1.     O sócio A oferece sua parte ao sócio B por determinado valor.
2.     O sócio B não tem o direito de recusar. Mas tem a opção de comprar a parte do sócio A pelo mesmo valor que lhe foi oferecido.
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O grande problema surgiu do casamento dessa cláusula com a cláusula Marlin – pelo qual ficava assegurada à Astra 6,9% de rentabilidade, indepentemente do resultado da refinaria.
Embora não mencione a cláusula, os números que constam do trabalho apresentado pelo ex-presidente da Petrobras José Gabrielli na audiência pública do Congresso permitem juntar as peças e entender o imbróglio.
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Quando a Petrobras entrou na sociedade, a rentabilidade das refinarias que processavam oleo pesado estava em 14,4%. Pela cláusula Marlim, garantia-se aos belgas 6,9% - o que parecia razoável no quadro da época. Com a crise de 2008, as refinarias passam a ter margem negativa.
Segundo as lâminas apresentadas por Gabrielli, em 2008 a refinaria deve ter faturado US$ 2,6 bilhões.
Se a rentabilidade era negativa, teve prejuízo. Mas, pela cláusula Marlim, teria que pagar US$ 89,7 milhões à Astra.
Supondo uma rentabilidade negativa de 0,3%, o quadro ficou assim:
1.     A Pasadena teve um prejuízo de US$ 7,8 milhões.
2.     Com a obrigatoriedade de pagar 6,9% de rentabilidade à Astra, o prejuízo aumentou mais US$ 89,7 milhões. No total, US$ 97,5 milhões de prejuízo.
3.     Como a Astra recebeu os US$ 89,7 milhões, o prejuízo ficou todo por conta da Petrobras.
É por aí que se entende a armadilha do contrato. Com a rentabilidade da refinaria quase a zero – por conta da crise internacional – não havia o menor interesse da Astra em investir. Para quê um investimento maciço, para elevar a rentabilidade para, digamos, 5% se, sem investimento alguma, ela já tinha 6,9% assegurados?
Se a Petrobras fosse vender sua metade, o valor seria irrisório, devido à rentabilidade negativa; mas a metade da Astra, por conta da garantia de rentabilidade mínima, continuou elevado.
Com a perspectiva de rentabilidade de 14,9% ao ano, a Marlim parecia uma cláusula inócua. Depois da maior crise global desde 1929, tornou-se uma faca no pescoço. O acordo afinal acertado até foi módico, pelo preço efetivo que a Astra poderia pleitear, por conta do fluxo assegurado de dividendos.
Mesmo sem a expectativa de um crise próxima, teria que ser levada a conhecimento do Conselho. E certamente não passaria por seu crivo.

sexta-feira, 21 de março de 2014

A história de Pasadena que a mídia não contou

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Já que o assunto do momento é Pasadena, fomos pesquisar a origem da refinaria, e tentar esclarecer algumas confusões.
A nossa mídia, como de praxe, está muito mais interessada em produzir uma crise política do que em esclarecer a sociedade.
A refinaria de Pasadena foi fundada em 1920, pela Crown Central Petroleum, uma das companhias remanescentes do império Rockfeller, cujo grupo Standard Oil havia chegado a controlar 88% do refino de petróleo nos EUA.
Em 1911, a Suprema Corte americana valida uma lei anti-truste defendida pelo governo (Sherman Antitrust Act) e a Standard é dividida em 34 empresas. Uma delas, será a Standard Oil of Indiana, que depois será renomeada para Amoco, a qual, por sua vez, dará origem a Crown Central Petroleum.
Os herdeiros mais conhecidos da Crown, os Rosenberg, decidiram, no início dos anos 2000, vender os ativos da companhia, incluindo a refinaria de Pasadena.
Não foi uma venda fácil. Em 2003, um artigo no Baltimore Sun explicava porque se tratava de um negócio complexo. Construir uma nova refinaria igual àquela custaria mais de US$ 1 bilhão, estimava o autor da matéria, Jay Hancock. Nos livros contábeis da Crown, ela vinha avaliada por US$ 270 milhões, mas operadores do mercado diziam que os Rosenberg teriam sorte se conseguissem US$ 100 milhões por ela.
Ao cabo, a refinaria foi vendida para Astra Holding USA, uma subsidiária da Astra Oil, sediada na California, e que por sua vez é controlada pela belga Transcor Astra Group.
Nunca se soube o preço final da refinaria. A imprensa tem repetido que a Astra adquiriu a refinaria em 2005 por US$ 42 milhões. Mas eu ainda não consegui encontrar esse valor em lugar nenhum. É preciso verificar qual era o estado da refinaria antes da compra pela Astra, e que melhorias, exatamente, foram feitas. O que eu sei é que a refinaria vinha enfrentando, há décadas, uma dura oposição da comunidade local, por causa da poluição emitida, e que a justiça havia tomado decisões, mais ou menos na época da venda, que obrigavam a refinaria a se adaptar às novas exigências ambientais do governo.
Está claro que a Astra, logo após a compra, fez uma série de investimentos na refinaria. Aí entra a primeira grande confusão: compara-se o preço de compra pela Astra em 2005, com o preço pago pela Petrobrás, em 2006. São negócios diferentes. A Astra compra uma refinaria que há anos não era modernizada. No momento da compra, o novo presidente da refinaria, Chuck Dunlap, declara que a Astra investiria US$ 40 milhões nas instalações, preparando-as para processar outros tipo de petróleo e fabricar mais variedades de derivados. “Nós temos grandes planos”, asseverou um animado Dunlap à imprensa local.
Uma refinaria moderna é altamente tecnificada, com poucos funcionários. Seu principal ativo são os equipamentos e a tecnologia usada, mas a localização é fundamental, naturalmente. A refinaria de Pasadena, por exemplo, fica bem no coração do “Houston Ship Channel”, uma espécie de eixo no porto de Houston, aberto para o Golfo do México (onde ficam os principais poços de petróleo em operação nos EUA) e com ligações modais para todo os EUA.
Em 2006, a Petrobrás pagou US$ 360 milhões para entrar no negócio, sendo US$ 190 milhões por 50% das ações e US$ 170 milhões pelos estoques da refinaria. No balanço da Petrobrás de 2006, o valor total para a aquisição da refinaria de Pasadena, incluindo despesas tributárias, ficou estabelecido em US$ 415,8 milhões.
Isso tudo aconteceu no início de 2006.
Ao final do mesmo ano, o negócio foi abalado com a descoberta do pré-sal no Brasil.
Até então a Petrobrás tinha planos de investir na refinaria de Pasadena para adaptá-la ao refino de óleo pesado vindo do Brasil. A companhia planejava abocanhar um pedacinho do mercado de refino dos EUA, de longe o maior do mundo.
Com a descoberta do pré-sal, houve uma revolução nos planos da Petrobrás. Todo o capital da empresa teve de ser imediatamente remanejado para o desenvolvimento de exploração em águas profundas e prospecção nas áreas adjacentes às primeiras descobertas. A refinaria de Pasadena teria que esperar.
Aí veio 2008, e a crise financeira que fez evaporar os créditos no mundo inteiro. A Astra, provavelmente já aborrecida porque a Petrobrás havia deixado Pasadena de lado, e espremida pelo aperto financeiro que asfixiava empresas em todo mundo, decide sair do negócio. E obtém uma vitória judicial espetacular na Corte Americana, obrigando a Petrobrás a pagar US$ 296 milhões pelos 50% da Astra, mais US$ 170 milhões de sua parcela no estoque.
Esses estoques de petróleo e derivados, sempre é bom lembrar, não constituíram prejuízo à Petrobrás, porque foram consumidos e vendidos.
A esse montante foram acrescidos mais US$ 173 milhões, correspondente a garantias bancárias, juros, honorários e despesas processuais.
Com isso, o total a ser pago pela Petrobrás elevou-se a US$ 639 milhões. Como a Petrobrás recorreu, naturalmente, a decisão final saiu apenas em junho de 2012, após acordo extrajudicial. O total, agora acrescido de mais juros e mais custos legais, ficou em US$ 820 milhões.
A refinaria continua lá. É um ativo da Petrobrás. A presidente da Petrobrás relatou a ministros do TCU que teria recebido propostas de venda da refinaria entre US$ 50 e US$ 200 milhões, mas rejeitou as ofertas.
A descoberta sucessiva de novos campos do pré-sal demandam cada vez mais capital da Petrobrás, a qual não pode, por isso, desviar nenhum recurso para investir na refinaria de Pasadena, cuja capacidade de refino permanece em torno de 120 mil barris por dia.
O problema principal da refinaria de Pasadena, portanto, foi a descoberta do pré-sal, conforme a própria Petrobrás respondeu, em fevereiro de 2013.
Eis a resposta da Petrobrás, publicada no blog da companhia.
A aquisição de 50% das ações da Pasadena Refining System Inc. (“PRSI”) – proprietária de refinaria em Pasadena, no Texas (EUA) em 2006, estava alinhada ao Planejamento Estratégico da Petrobras, à época, no que se referia ao incremento da capacidade de refino de petróleo no exterior, contribuindo para o aumento da comercialização de petróleo e derivados produzidos pela Companhia. Vale destacar que a refinaria está estrategicamente localizada no Houston Ship Channel, facilitando o transporte de derivados de petróleo ao mercado consumidor norte-americano.
Todas as aquisições de refinarias no exterior cumpriam com o mesmo objetivo estratégico que determinava a expansão internacional da Petrobras, apoiada nos seguintes pilares: processamento de excedentes de petróleos pesados brasileiros; diversificação dos riscos empresariais e atuação comercial em novos mercados de modo integrado com as atividades da companhia no Brasil e em outros mercados.
É importante esclarecer que a aquisição ocorreu antes da confirmação do potencial dos reservatórios descobertos na camada pré-sal, quando o crescimento da produção de petróleo da Petrobras se dava basicamente por descobertas de petróleos cada vez mais pesados. Portanto, para atender às necessidades da época, era estrategicamente interessante para a Companhia adquirir, no mercado americano, refinarias desenvolvidas para processar óleos leves, as quais apresentam valores de mercado mais baixos, e adaptá-las para processar óleos pesados, exatamente como a Petrobras havia feito com suas refinarias no Brasil.
pasadena

Retirado de:Cafezinho

quinta-feira, 20 de março de 2014

PMs acusados de arrastar corpo de mulher são libertados

Policiais podem sair da prisão ainda hoje

DO IG


A juíza Ana Paulo Monte Figueiredo Pena Barros decidiu, na tarde desta quinta-feira, pela liberdade provisória dos três PMs flagrados em imagens arrastando o corpo da auxiliar de serviços gerais Cláudia Ferreira, 38 anos, morta com um tiro após operação da Polícia Militar no Morro da Cogonha, em Madureira. O pedido de relaxamento da prisão foi feito pela defesa dos soldados Adir Serrano Machado e Alex Sandro da Silva Alves, mas foi estendido ao primeiro denunciado, o subtenente Rodney Miguel Archanjo.

Em um trecho da decisão, a juíza afirma que não é possível saber se os PMs ignoraram o fato da vítima ter caído da viatura e sido arrastada.

"Assim sendo, por mais forte, chocante e até mesmo revoltante as imagens da senhora Cláudia, já baleada, sendo arrastada pelo asfalto presa ao reboque da viatura, nos termos não é possível inserir que PMs que estavam na viatura conheciam tal circustância e a ignoraram. Ao contrário, o que mostram as imagens é que a viatura parou e dois policiais desceram para a colocarem de volta no carro"

Ainda de acordo com a decisão, a magistrada afirma que a caçamba da viatura não era o melhor local para socorrer uma vítima. "Decerto, o compartimento de presos não é o local para uma vítima de arma de fogo em estado grave. As circustâncias que levaram a polícia a agirem dessa forma serão analisadas pelo conselho de justiça".

Pelo WhatsApp do Jornal O DIA (98762 - 8248), um leitor avisou que caso os PMs fossem libertados, moradores da região fariam manifestação no Mercadão de Madureira contra a decisão. 

Promotor foi favorável ao pedido de liberdade

Nesta quarta, o promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, do Ministério Público que atua junto à Auditoria de Justiça Militar, opinou favorável ao pedido de liberdade dos acusados feito pelos advogados. A juíza Ana Paula Figueiredo vai decidir sobre a expedição dos alvarás de soltura hoje. Ontem, os militares prestaram depoimento na 29ª DP (Madureira).

De acordo com o promotor, os PMs foram presos em flagrante com base no artigo 324 Código Penal Militar, que fala apenas do descumprimento de regras que prejudiquem à administração militar. “Nesse caso, a denúncia tem que ser feita no prazo de cinco dias. Mas só poderia opinar pela prisão, se fosse denunciá-los. No entanto, para isso seria necessário que o crime estivesse especificado”, explicou o promotor Paulo Roberto.

Ele sustenta que a investigação precisa identificar ainda se Cláudia estava viva no momento em que foi colocada na caçamba na viatura. “Se estava com sinais vitais, houve transgressão disciplinar pela maneira como foi colocada. Se ela estava morta, não há crime, mas eles podem responder por fraude processual por não ter preservado o local”.

O promotor enfatiza ainda que é preciso apurar também se Claudia estava viva quando foi arrastada pelas ruas. “Se ela apresentava sinais vitais, há o crime de lesão corporal. Mas, se estava morta, eles não cometeram nenhum crime”, afirma. Isso porque a lei não prevê lesão corporal contra cadáver.

Para Paulo Roberto, outra questão importante é apontar o responsável pelo disparo que atingiu a vítima. Segundo laudo do Instituto Médico-Legal, ela morreu por causa de um tiro que perfurou o pulmão e o coração. Ontem, os policiais repetiram na 29ª DP o mesmo depoimento prestado na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). Alegaram que colocaram a mulher no porta-mala porque os moradores cercaram a viatura e precisavam prestar socorro o mais rápido possível.

Entenda a opinião do promotor

No momento em que Cláudia foi colocada na caçamba, os policiais podem responder por transgressão disciplinar pela maneira como a vítima foi socorrida. Ou seja, a punição é apenas administrativa e imposta pela Polícia Militar. Mas não respondem a crime previsto em lei.

Por arrastá-la por ruas da cidade, os policiais podem responder pelo crime de lesão corporal. No Código Penal Militar, o artigo 209 prevê pena de três meses a um ano, para lesão corporal leve, e de até oito anos para casos graves.

Para esclarecer se ela estava viva, o Ministério Público que atua junto à Auditoria de Justiça Militar, além de analisar o laudo cadavérico, deve ouvir o perito responsável.

Versão de advogado de PMs diverge da investigação

Segundo o advogado José Ricardo Brito, os PMs Rodrigo Medeiros Boaventura e Zaqueu de Jesus Bueno, que participavam da ação no Morro da Congonha, disseram que não tinha como os tiros dados por ele atingirem Cláudia, porque ela estava em uma curva e, da posição deles, não tinha visão da posição dela.

No entanto, investigadores disseram já saber, com base no ferimento, que a vítima foi baleada por tiro de fuzil 7.62. Eles ainda informaram ontem que, pelo ângulo onde os policiais militares estavam posicionados na operação, os militares poderiam ter atirado em Cláudia. Todas as armas dos PMs foram periciadas.

Às vésperas da reserva

A ação que matou Cláudia seria a última operação do subtenente Rodney Miguel Archanjo. Segundo o defensor dele, Jorge Carneiro, o militar pediria passagem para a reserva (aposentadoria) no dia seguinte. “Ele estava preparando um churrasco em comemoração”, disse Jorge.

Hoje, outros três militares que participaram da ação serão ouvidos na 29ª DP: o cabo Gustavo Meirelles, e os sargentos Ricardo Morgado e Paulo Henrique. Parentes da vítima prestarão depoimento.

Segundo a Polícia Civil, Rodney responde por três autos de resistência; Adir Serrano Machado, por 13; e Alex Sandro da Silva Alves não tem esse tipo de anotação. Outro morto na ação — registrado como auto de resistência — foi identificado como Willian dos Santos Possidônio, 16 anos.

quarta-feira, 19 de março de 2014

segunda-feira, 17 de março de 2014

Brasil gerou 260 mil empregos formais em fevereiro

Luciano Nascimento - Agência Brasil


Editor: Stênio Ribeiro

Em fevereiro, foram gerados 260.831 empregos formais no país, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado hoje (17) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram 1.989.181 admissões, frente a 1.728.358 desligamentos.

O número de empregos formais em fevereiro mais que dobrou em relação aos 123.446 empregos registrados no mesmo mês de 2013, e foi maior do que os 150.600 de fevereiro de 2012, mas ficou aquém dos 280.799 postos líquidos de trabalho contabilizados em fevereiro de 2011.
Segundo o MTE, o emprego formal cresceu 0,64%,em relação ao estoque de janeiro. De janeiro de 2011, início do governo da presidenta Dilma Rousseff, a fevereiro de 2014 o Caged soma 4.792.529 postos de trabalho, dos quais 1.157.709 nos últimos 12 meses. O resultado representa aumento de 10,88% sobre o estoque de empregos no final de 2010.
Todos o setores apresentaram melhor comportamento frente a fevereiro de 2013. Em números absolutos, os destaques foram para os setores de serviços, com 143.345 postos - saldo recorde para o período -, indústria de transformação (51.951 postos), construção civil (25.055 postos) e comércio (19.330 vagas).
No setor de serviços, os segmentos que mais geraram empregos foram: ensino (48.813) - crescimento de 3,18% no mês -, alojamento e alimentação (36.337), transportes e comunicações (13.333) e serviços méeicos e odontológicos (8.704).
Na indústria de transformação, o Caged mostra expansão em 11 dos 12 segmentos que integram o setor. A indústria química registrou saldo recorde para o mês, com 7.172 postos de trabalho, um aumento de 0,74%. Já a indústria da borracha registrou o melhor resultado para o mês, nos últimos quatro anos, com geração de 6.636 empregos, aumento de 1,88%, seguida pela indústria têxtil (6.214 empregos e amento de 0,60% - segundo maior saldo para o mês.
A indústria de produtos alimentícios registrou o terceiro maior saldo para o mês, com 12.587 postos líquidos de trabalho - aumento de 0.65%, juntamente com a indústria de calçados (7.271 postos (+2,13%). A indústria de material de transporte foi o único ramo industrial que não cresceu. Ao contrário, teve redução de 44 postos de trabalho.

Nat King Cole faria 95 anos, hoje




  • Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, foi um cantor e músico de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole. O apelido de "King Cole" veio de uma popular cantiga de roda inglesa conhecida como Old King Cole.




  • CônjugeMaria Cole (de 1948 a 1965), Nadine Robinson (de 1937 a 1948)

  • MP vai denunciar militares pela morte de Rubens Paiva

    domingo, 16 de março de 2014

    Miriam Leitão: Rodrigo Constantino e Reinaldo Azevedo emburrecem o país


    Miriam Leitão: Rodrigo Constantino e Reinaldo Azevedo emburrecem o país
    “Pensamentos rasteiros, argumentos desqualificadores, ofensas pessoais, de nada servem. São lixo, mas muito rentável para quem o produz”, afirmou a jornalista

    Miriam Leitão (Foto: Reprodução/TV Globo)
    A jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, publicou um importante artigo neste domingo sobre a “miséria do debate” brasileiro.
    No texto, ela bate duro em dois representantes da “direita hidrófoba” brasileira: o colunista Reinaldo Azevedo, de Veja e Folha, e o economista Rodrigo Constantino, que tem colunas em Veja e no próprio Globo.
    “Os epítetos ‘petralha’ e ‘privataria’ se igualam na estupidez reducionista. São ofensas desqualificadoras que nada acrescentam ao debate”, diz a jornalista.
    Dizendo-se alvo dos dois lados, de quem a critica pela esquerda e pela direita, Miriam passou a tratar então de Reinaldo Azevedo. “Recentemente, Suzana Singer foi muito feliz ao definir como um ‘rottweiler’ o recém-contratado pela Folha de S. Paulo (…) ele já rosnou para mim várias vezes, depois se cansou como fazem os que ladram atrás das caravanas”.
    Miriam resgatou ainda um texto revelador, em que Reinaldo cobrava dela um pedido de desculpas ao senador Demóstenes Torres (leia aqui).
    Depois de tratar de Reinaldo, Miriam saltou para Rodrigo Constantino, o mais caricato personagem da nova direita brasileira, que, segundo a jornalista do Globo, produz “indigências mentais”. Miriam se refere à resposta agressiva que recebeu quando defendeu a nomeação de Janet Yellen para o Federal Reserve, o banco central americano. “O que importa o que a liderança do Fed tem entre as pernas?”, perguntou Constantino em Veja (leia aqui).
    Miriam conclui seu texto afirmando que tais tipos de desqualificação são apenas “lixo”. Nada mais.
    Leia, abaixo, seu artigo:
    O Brasil não está ficando burro. Mas parece, pela indigência de certos debatedores que transformaram a ofensa e as agressões espetaculosas em argumentos. Por falta de argumentos. Esses seres surgem na suposta esquerda, muito bem patrocinada pelos anúncios de estatais, ou na direita hidrófoba que ganha cada vez mais espaço nos grandes jornais.
    É tão falso achar que todo o mal está no PT quanto o pensamento que demoniza o PSDB. O PT tem defeitos que ficaram mais evidentes depois de dez anos de poder, mas adotou políticas sociais que ajudam o país a atenuar velhas perversidades. O PSDB não é neoliberal, basta entender o que a expressão significa para concluir isso.
    A ele, o Brasil deve a estabilização e conquistas institucionais inegáveis. A privatização teve defeitos pontuais, mas, no geral, permitiu progressos consideráveis no país e é uma política vencedora, tanto que continuou sendo usada pelo governo petista. O PT não se resume ao mensalão, ainda que as tramas de alguns de seus dirigentes tenham que ser punidas para haver alguma chance na luta contra a corrupção. Um dos grandes ganhos do governo do Partido dos Trabalhadores foi mirar no ataque à pobreza e à pobreza extrema.
    Os epítetos “petralhas” e “privataria” se igualam na estupidez reducionista. São ofensas desqualificadoras que nada acrescentam ao debate. São maniqueísmos que não veem nuances e complexidades. São emburrecedores, mas rendem aos seus inventores a notoriedade que buscam. Ou algo bem mais sonante. Tenho sido alvo dos dois lados e, em geral, eu os ignoro por dois motivos: o que dizem não é instigante o suficiente para merecer resposta e acho que jornalismo é aquilo que a gente faz para os leitores, ouvintes, telespectadores e não para o outro jornalista. Ou protojornalista. Desta vez, abrirei uma exceção, apenas para ilustrar nossa conversa.
    Recentemente, Suzana Singer foi muito feliz ao definir como “rottweiller” um recém-contratado pela “Folha de S.Paulo” para escrever uma coluna semanal. A ombudsman usou essa expressão forte porque o jornalista em questão escolheu esse estilo. Ele já rosnou para mim várias vezes, depois se cansou, como fazem os que ladram atrás das caravanas.
    Certa vez, escreveu uma coluna em que concluía: “Desculpe-se com o senador, Miriam”. O senador ao qual eu devia um pedido de desculpas, na opinião dele, era Demóstenes Torres. Não costumo ler indigências mentais, porque há sempre muita leitura relevante para escolher, mas outro dia uma amiga me enviou o texto de um desses articulistas que buscam a fama. Ele escreveu contra uma coluna em que eu comemorava o fato de que, um século depois de criado, o Fed terá uma mulher no comando.
    Além de exibir um constrangedor desconhecimento do pensamento econômico contemporâneo, ele escreveu uma grosseria: “O que importa o que a liderança do Fed tem entre as pernas?” Mostrou que nada tem na cabeça. Não acho que sou importante a ponto de ser tema de artigos. Cito esses casos apenas para ilustrar o que me incomoda: o debate tem emburrecido no Brasil. Bom é quando os jornalistas divergem e ficam no campo das ideias: com dados, fatos e argumentos.
    Isso ajuda o leitor a pensar, escolher, refutar, acrescentar, formar seu próprio pensamento, que pode ser equidistante dos dois lados. O que tem feito falta no Brasil é a contundência culta e a ironia fina. Uma boa polêmica sempre enriquece o debate. Mas pensamentos rasteiros, argumentos desqualificadores, ofensas pessoais, de nada servem. São lixo, mas muito rentável para quem o produz.

    Nove coxinhas de jaleco vaiam Dilma e ganham capa no Globo

    dilma
    Realmente, o Globo é muito “isento” e “imparcial”.
    A presidente foi à Araguaína, no interior de Tocantins, inaugurar 1.788 unidades de casas do programa Minha Casa Minha Vida, numa versão mais avançada do programa, onde os imóveis são de “alto padrão”, equipados até com placas de energia solar.
    É recebida com euforia por milhares de pessoas, a começar pelos beneficiados e suas famílias.
    Aí aparecem nove coxinhas estudantes de Medicina, que protestavam contra o programa Mais Médicos, vaiam a presidente e gritam um lugar comum idiota do udenismo: “PT Corrupção”.
    Eu até consegui uma foto dos meninos, onde vimos quatro cartazetes improvisados. Os coxinhas estavam esmagados no meio do povo que aplaudia e escutava a presidente:
    dilma2
    Realmente, é um protesto “enorme”!
    O que aparece na capa do Globo?
    ScreenHunter_3494 Mar. 15 13.01
    Detalhe curioso: no jornal impresso, a matéria fala em “dez estudantes de Medicina”. No site, corrigiram para nove estudantes.
    As quase 1.800 casas irão beneficiar mais de 7.000 pessoas. Imagine o impacto social e econômico de uma iniciativa assim numa cidade média?
    É interessante assistir à fala da Dilma no evento. Ela se emociona ao lembrar do que lhe disse uma senhora sobre o que representava para ela ter, enfim, uma casa com endereço. Em muitas comunidades pobres, e são centenas de milhares espalhadas pelo Brasil, as casas não tem endereço porque foram construídas de maneira irregular. Não tem cadastro sequer na prefeitura da cidade.
    Enquanto isso, Aécio Neves, informa Jorge Bastos Moreno, em sua coluna de hoje, não sai de “certo restaurante de comida japonesa no Rio, na companhia de bacanas”.
    Talvez o tucano ganhe o voto dos nove coxinhas de jaleco. Possivelmente serão os únicos votos em Aécio na cidade.
    O programa Minha Casa Minha Vida, assim como os Mais Médicos, pela sua magnitude, tornou-se um programa estruturante, sobretudo em sua nova etapa, na qual os conjuntos habitacionais trazem também postos de saúde, escolas e creches.
    Isso explica a forte popularidade de Dilma junto à população mais pobre e nas cidades pequenas.

    Mais um privilégio do Zé Dirceu: não receber a visita do filho no dia do aniversário.

    Este será o primeiro aniversário do meu pai que estarei longe dele. Por força da lei estou impedido de visitá-lo, prova de que ele não tem privilégio algum. Não tem sido fácil! Infelizmente ele teve sua liberdade privada, depois de um julgamento incoerente impulsionado pela pressão da elite e da grande mídia. Foi condenado sem provas, mesmo tendo provado sua inocência. Um absurdo! Tenho certeza que ele está pagando pelas transformações e mudanças positivas vividas pelo Brasil nos últimos anos, que até hoje nossos adversários não aceitam. Independente dessa injustiça, nada me desanima! Sigo ainda mais forte balhando por nossas lutas pelo bem de todos. Para o meu pai, só peço a que Deus lhe dê muita saúde, sinta o amor da nossa família e dos amigos e seja completo de paz de espírito para superar mais este obstáculo em sua vida. Agradeço também a todos que têm sido solidários neste momento de fragilidade. Vamos em frente com força e fé! Parabéns pai, te amo muito!!! Receba meu beijo e abraço forte! #parabenszedirceu68 #zedirceu68 #zd68 #niverdoze  

Foto: Aniversário Zeca Dirceu 2013.
    Este será o primeiro aniversário do meu pai que estarei longe dele. Por força da lei estou impedido de visitá-lo, prova de que ele não tem privilégio algum. Nãotem sido fácil! Infelizmente ele teve sua liberdade privada, depois de um julgamento incoerente impulsionado pela pressão da elite e da grande mídia. Foi condenado sem provas, mesmo tendo provado sua inocência. Um absurdo! Tenho certeza que ele está pagando pelas transformações e mudanças positivas vividas pelo Brasil nos últimos anos, que até hoje nossos adversários não aceitam. Independente dessa injustiça, nada me desanima! Sigo ainda mais forte balhando por nossas lutas pelo bem de todos. Para o meu pai, só peço a que Deus lhe dê muita saúde, sinta o amor da nossa família e dos amigos e seja completo de paz de espírito para superar mais este obstáculo em sua vida. Agradeço também a todos que têm sido solidários neste momento de fragilidade. Vamos em frente com força e fé! Parabéns pai, te amo muito!!! Receba meu beijo e abraço 
    Este será o primeiro aniversário do meu pai que estarei longe dele. Por força da lei estou impedido de visitá-lo, prova de que ele não tem privilégio algum. Não tem sido fácil! Infelizmente ele teve sua liberdade privada, depois de um julgamento incoerente impulsionado pela pressão da elite e da grande mídia. Foi condenado sem provas, mesmo tendo provado sua inocência. Um absurdo! Tenho certeza que ele está pagando pelas transformações e mudanças positivas vividas pelo Brasil nos últimos anos, que até hoje nossos adversários não aceitam. Independente dessa injustiça, nada me desanima! Sigo ainda mais forte balhando por nossas lutas pelo bem de todos. Para o meu pai, só peço a que Deus lhe dê muita saúde, sinta o amor da nossa família e dos amigos e seja completo de paz de espírito para superar mais este obstáculo em sua vida. Agradeço também a todos que têm sido solidários neste momento de fragilidade. Vamos em frente com força e fé! Parabéns pai, te amo muito!!! Receba meu beijo e abraço forte! #parabenszedirceu68 #zedirceu68 #zd68 #niverdoze  

Foto: Aniversário Zeca Dirceu 2013.