sábado, 1 de novembro de 2014

Lila Downs, fiel al Día de Muertos

      La cantante agradece que la tradición se siga preservando en el país
    GUADALAJARA, JALISCO (02/NOV/2013).- Ayer durante su actuación en el Auditorio Telmex, Lila Downs se percató que entre el público había muchas "Catrinas" y agradeció que se sigan preservando las tradiciones aunque "nos van comiendo los gringos", dice la cantante. La mujer de raíces oaxaqueñas señala que la festividad del Día de Muertos tiene más importancia para su familia que la propia Navidad.


"Mi mamá me dice que estas fechas eran más importantes que la Navidad porque era el momento en el que uno tenía que reunirse como familia, yo trabajo por lo general, de vez en cuando tenemos la oportunidad de quedarnos en casa, pero se pone el altar con el mole, con el mezcal. Mi papá murió cuando yo era joven, yo tenía 16 años y a él le ponemos su whisky y sus cigarros".


En otros países, nuestra veneración a "La Calaca" causa conmoción porque en algunos lugares no entienden el significado prehispánico y de arraigo que tiene esta tradición, pero en la experiencia de Lila, dice que los extranjeros se han ido acostumbrando a esta idea que nosotros tenemos de la muerte. "Yo creo que les gusta mucho la parte visual, eso es muy festivo alrededor de la muerte, eso es lo que nos salva, es una celebración de recordar a los ancestros".


La intérprete de "La Cumbia del mole" que es una fiel promotora de la idiosincrasia nacional sigue emocionándose cada vez que personas de otras latitudes se alegran con nuestras tradiciones, ella siente una responsabilidad y trata de compartirla con los elementos que incorpora a su indumentaria y sus espectáculos musicales.

Precisamente sobre la diversidad cultural que hay en México, Lila reconoce que la música sigue creciendo al fusionarse con otros géneros y que otros cantautores y músicos siguen labrándose un camino para expresar su sentir. "Hay tantos géneros que los queremos mucho, a la gente le encanta lo suyo, lo que se hace en el Norte, el Centro y el Sur del país. Hay generaciones nuevas donde están saliendo bandas extraordinarias como de mi tierra (Oaxaca), de Chiapas, la marimba, instrumentos indígenas que tienen otra afinación".

Dice que le gustaría mucho venir a Jalisco para hacer un taller ya que considera que nosotros somos muy musicales, "siempre me inspiran mucho". Ahora que hizo un dueto con Los Ángeles Azules, y a la pregunta de si le gustaría hacer uno con Vicente o Alejandro Fernández, oriundos de esta tierra, Downs dice que le pedirá a La Virgen de Zapopan para que le conceda el milagro.

Na sequência, Lila Downs na primeira vez em que cantou "El son de los difuntos"

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Día de los Muertos, o carnaval do México


No México, o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena. Há relatos que os astecas,maiaspurépechasnáuatles e totonacas praticavam este culto. Os rituais que celebram a vida dos ancestrais se realizavam nestas civilizações pelo menos há três mil anos. Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus, e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento.  As festividades eram presididas pela deusa conhecida como a "Dama da Morte" (do espanhol:Dama de la Muerte) - atualmente relacionada à La Catrina, esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos.
É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos.
Para os antigos mexicanos, a morte não tinha as mesmas conotações da religião católica, na qual as idéias de inferno e paraíso servem para castigar ou premiar. Pelo contrário, eles acreditavam que os caminhos destinados às almas dos mortos era definido pelo tipo de morte que tiveram, e não pelo seu comportamento em vida.


Desta forma, as direções que os mortos poderiam tomar são:
Tlalocan, o paraíso de Tláloc, deus da chuva. A este lugar iam aqueles que morriam em situações relacionadas com água: os afogados, os que morriam atingidos por raios, os que morriam por doenças como a gota ou hidropsiasarna oupústula, bem como as crianças sacrificadas ao deus. O Tlalocan era um lugar de descanso e abundância. Embora os mortos fossem geralmente cremados, os predestinados ao Tlalocan eram enterrados, como as sementes, para germinar.



Omeyocan. paraíso do sol, governado porHuitzilopochtli, o deus da guerra. Neste lugar chegavam apenas os mortos em combate, os escravos que eram sacrificados e as mulheres que morriam no parto. Estas mulheres eram comparadas a guerreiros, que já haviam combatido uma grande batalha - a de dar à luz - e as enterravam no pátio do palácio, para que pudessem acompanhar o sol desde o nascente até o poente. Sua morte provocava tristeza e alegria, já que, graças à sua coragem, o sol as levava como companheiras. Dentro da tradição centro-americana, o fato de habitar o Omeyocan era uma honra.

Mictlan, destinado a quem morria de morte natural. Este lugar era habitado por Mictlantecuhtli eMictecacíhuatl, senhor e senhora da morte. Era um lugar muito escuro, sem janelas, de onde era impossível sair.
O caminho para o Mictlan era tortuoso e difícil, pois para lá chegar, as almas deviam caminhar por diferentes lugares durante quatro anos. Ao longo deste tempo, as almas chegavam ao Chignahuamictlán, onde descansavam ou desapareciam as almas dos mortos. Para percorrer este caminho, o difunto era enterrado com um cão, o qual o ajudaria a cruzar um rio e chegar perante Mictlantecuhtli, a quem deveria entregar, como oferenda, trouxas de gravetos e jarras de perfume, algodão, fios coloridos e cobertores. Aqueles que iam ai Mictlan recebiam quatro flechas e quatro trouxas de fios de algodão.


Por sua vez, as crianças mortas tinham um lugar especial, chamado Chichihuacuauhco, onde se encontrava uma árvore da qual os ramos pingavam leite para as alimentar. As crianças que chegavam lá voltariam à Terra quando sua raça fosse destruída. Desta forma, da morte nasceria a vida.



O Dia de los Muertos é comemorado no dia 1º e 2 de novembro.


Publicado em Roulets

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Unicef: pobreza infantil atinge 76,5 milhões em países ricos desde 2008

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Dados estão em relatório lançado nesta quinta-feira; segundo o documento, número de crianças vivendo na pobreza em nações desenvolvidas aumentou em 2,6 milhões; Portugal teria perdido 8 anos em progresso de renda.
Nos Estados Unidos a pobreza infantil aumentou. Foto: Unicef/NYHQ2014-1955/Pirozz
Cerca de 2,6 milhões de crianças entraram abaixo da linha da pobreza em países ricos desde 2008. Os dados estão em relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, lançado nesta quinta-feira.
Segundo estimativas, o número de crianças vivendo na pobreza em países desenvolvidos atingiu 76,5 milhões.
Crise econômica
O relatório Crianças da Recessão: o impacto da crise econômica no bem-estar de crianças em países ricos leva em conta se os níveis de pobreza infantil aumentaram ou caíram desde 2008 em nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e da União Europeia.
O documento, que também incluiu nações de média e baixa rendas, aponta a proporção de jovens entre 15 e 24 anos que não estão estudando nem trabalhando ou em treinamento.
A pobreza infantil cresceu em 23 dos 41 países analisados desde 2008. Na Irlanda, Croácia, Letônia, Grécia e Islândia, as taxas cresceram acima de 50%.
Renda
De acordo com o relatório, a renda média em famílias com crianças na Grécia em 2012 caiu para níveis de 1998. Isto significa o equivalente a perda de 14 anos em progresso de renda.
Por esta medida, Portugal perdeu oito anos, assim como Itália e Hungria. Irlanda, Luxemburgo e Espanha perderam uma década.
O Unicef afirma que a recessão foi especialmente dura com os jovens entre 15 e 24 anos. Na União Europeia, 7,5 milhões de jovens entraram na classificação de sem estudo, trabalho ou treinamento.
Nos Estados Unidos, a pobreza infantil cresceu em 34 dos 50 estados desde o início da crise. Em 2012, 24,2 milhões de crianças estavam vivendo na pobreza, um aumento de 1,7 milhão desde 2008.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Após 4 anos, Marcelinho continuou apoiando Dilma, e eu também

NORDESTE, NORDESTES, por Wilson Gomes

Esperei até a madrugada para ver se algum dos profundos analistas políticos de televisão arrumavam algum argumento sofisticado para explicar o êxito eleitoral de Dilma e, consequentemente, o fracasso de Aécio. Até agora, nada que supere o rés do chão da reação visceral dos torcedores políticos derrotados, registrada no Twitter, no Facebook e no WhatsApp: quem decidiu a eleição foi o programa bolsa família, quem elegeu Dilma foi o Nordeste. São dois argumentos e um só ao mesmo tempo, uma vez que para a percepção eleitoral disseminada nordestinos e beneficiários do bolsa família são praticamente sinônimos. Aliás, beneficiários de bolsa família são nordestinizados, para fins da equação que explica tudo. Aécio mesmo já havia dito que Minas tinha o seu próprio e particular Nordeste, no norte do estado, cheio dependentes dos programas do governo. E hoje muitos insistiram que "os bolsa família" do Rio e de Minas é que melaram o jogo no Sudeste. Tudo nordestino, claro.
Por fim, o meu arjumentista preferido, Diogo Mainardi, enunciou no Manhattan Connection o que tantos desejavam dizer: "O Nordeste sempre foi retrógrado e bovino. É uma região atrasada, pouco educada, pouco instruída" que sustenta eleitoralmente a fraude que é PT. Todos assentiram. Então, estamos combinados que foi o Nordeste, sua pobreza, sua dependência, o seu atraso, suas faltas de inteligência e discernimento e a sua falha moral a eleger Dilma, certo? A depender do aluvião de insultos aos nordestinos que foram despejados em sites de redes sociais (até mesmo por outros nordestinos) esta noite, não há sequer dúvida disso.
Será? O que dizem os fatos? Dilma Rousseff foi eleita com exatos 54.500.287 votos. Mas, vejam só, os habitantes do antigo Nordeste só lhe conseguiram dar 17.650.817 de votos. Ora, isso representa apenas 32,4% dos votos com que ela se elegeu, meus amigos. Falta ainda ainda 67,6% nessa conta. De onde vieram? O Nordeste é bovino e atrasado, "o câncer do Brasil", numas das mais amáveis expressões das mais retuitadas nesta noite simpática, mas Minas, Rio, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande Sul são lugares civilizadíssimos, não é mesmo? Vejam que nem incluí o Espírito Santo na equação, uma vez que do ES se duvida da pureza sudestina. Fiquei só com a nata, para não haver dúvida. Pois não é que dos nordestinos desses estados avançadíssimos vieram 25.715.896 votos? Pois é isso mesmo: SP, MG, RJ, PR, SC e RS, estados de puríssimas castas, deram a Dilma 47,2% dos seus votos. Contra apenas 32,4% do NE bovino, comprado à base de bolsas-esmola.
Sendo assim, gostaria de dar boas-vindas aos novos nordestinos. Aos 26,7 milhões de nordestinos das melhores castas do Sul e do Sudeste, mas também aos outros 11,1 milhões de nordestinos dos demais estados brasileiros, que se juntam esta noite aos 17,6 mi de nordestinos mal nutridos e educados do velho Nordeste, que ousaram desafiar os outros 48,4% de brasileiros e preferiram votar em Dilma Rousseff. E, o que é ainda mais atrevido e imperdoável, atreveram-se a vencê-los numa eleição justa e limpa.
A estupidez humana não conhece limites, meus amigos. Ainda mais em tempos sombrios.