sábado, 10 de dezembro de 2011

CIA mantinha prisão secreta na capital da Romênia

Foto da prisão secreta: AP

Suspeitos de terrorismo eram presos e torturados no prédio, que pertence a uma instituição do governo romeno

A CIA (Centro de Inteligência Americano) operava em uma prisão secreta na capital da Romênia, em Bucareste, onde os suspeitos de terrorismo eram interrogados, revelou uma investigação encabeçada pela agência Associated Press e jornal alemão.

O prédio da Orniss fica em um movimentado bairro há poucos minutos do centro de Bucareste, capital da Romênia
Ex-agentes da organização identificaram o prédio onde os suspeitos eram presos e torturados. A construção pertence ao romeno Escritório Nacional de Registro para Informações do Serviço Secreto (Orniss), que armazena informações da União Europeia e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A Orniss negou que tenha abrigado uma prisão da CIA - que também se recusou a tecer qualquer comentário sobre o assunto.
A investigação, realizada pelo jornal Zeitung e pelo canal ARD, afirmou que dentre os detidos na prisão estava Khalid Sheik Mohammed, que admitiu ter organizado o ataque de 11 de Setembro.
Ele foi capturado no Paquistão em março de 2003 sob o programa americano conhecido como "rendição extraordinária" - a detenção e transferência extra-judiciais impostas a suspeitos de terrorismo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Guerra Aécio/Serra abriu a caixa preta da "privataria"

  Livro “A Privataria Tucana” nasceu do pedido de Aécio Neves para que o jornal Estado de Minas investigasse o rival José Serra; escrito pelo jornalista investigativo Amaury Ribeiro Júnior, o livro traz revelações importantes sobre como o ex-governador paulista, seus operadores, seu genro e até sua própria filha enriqueceram com a venda de estatais - De:247 
O livro mais anunciado, comentado e aguardado por aqueles que se intitulam “blogueiros sujos” está nas livrarias. Escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior, a obra “A Privataria Tucana” vem sendo anunciada desde a campanha presidencial de 2010, quando Amaury se tornou personagem da história, ao ser acusado de quebrar o sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do então candidato José Serra. O episódio fez com que Fernando Pimentel, hoje em seu inferno astral, perdesse espaço na campanha para os paulistas liderados por Rui Falcão e Antonio Palocci. Amaury submergiu e se dedicou a concluir seu livro, lançado nesta sexta-feira pela Geração Editorial, do jornalista Luiz Fernando Emediato. É um trabalho que traz revelações importantes sobre a era das privatizações, expõe de forma clara o tráfico de influência comandado por Serra e seus operadores, especialmente o tesoureiro Ricardo Sérgio de Oliveira, e revela ainda como uma guerra interna no ninho tucano deu origem a toda essa história. Ex-repórter do Estado de Minas, que lutava para emplacar Aécio Neves como presidenciável, Amaury recebeu a encomenda de investigar a vida de José Serra. O resultado são as 343 páginas de “A Privataria Tucana”.
Em 2009, Aécio e Serra disputavam a indicação tucana para concorrer à presidência. O mineiro defendia prévias e o paulista se colocava como “o primeiro da fila”. Amaury, que vivia em Belo Horizonte, foi chamado por seus patrões para a missão quando o Estado de S. Paulo publicou um texto intitulado “Pó pará, governador?”, um tanto estranho para os padrões austeros da família Mesquita, pois, já no título, insinuava que Aécio seria um cocainômano – e que, portanto, não poderia sonhar com a presidência. A partir daí, veio a resposta mineira. Segundo Álvaro Teixeira da Costa, dono do Estado de Minas, São Paulo não deveria mexer com Minas, pois os mineiros também saberiam lutar.
Amaury recebeu a encomenda e disse aos patrões que a fragilidade de Serra residia nas privatizações. E assim começou a investigá-lo, bem como a seus principais operadores: Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, e Grégorio Marin Preciado, casado com sua prima. No meio do caminho, Amaury descobriu as contas usadas por Ricardo Sérgio, Gregório e até pela filha de Serra, Verônica, e por seu genro, Alexandre Bourgeois.
Eis algumas das revelações do livro:
• Carlos Jereissati, dono da Oi, usou sua empresa Inifinity Trading, sediada em paraísos fiscais, para pagar propina a Ricardo Sérgio de Oliveira, na empresa Franton Enterprises.
• A propina pela compra da Oi, segundo o autor do livro, seria próxima a R$ 90 milhões. Jereissati e seus parceiros chegaram ao leilão sem recursos e foram socorridos por fundos de pensão, comandados por Ricardo Sérgio de Oliveira e seu braço direito João Bosco Madeiro.
• Ricardo Sérgio de Oliveira, que era chamado de “Mr. Big” e se tornou amigo de Serra por intermédio de Clóvis Carvalho, comprou prédios inteiros em Belo Horizonte, que depois foram também vendidos a fundos de pensão estatais. O livro traz documentos e procurações usadas por Ricardo Sérgio e seus laranjas.
• Na privatização da Vale, vencida por Benjamin Steinbruch com recursos dos fundos de pensão, num consórcio organizado por Miguel Ethel e José Brafman, a propina teria sido de R$ 15 milhões.
• Gregório Marin Preciado, “primo” de Serra, organizou o consórcio Guaraniana, que, também com dinheiro dos fundos de pensão, comprou várias distribuidoras de energia no Nordeste, hoje pertencentes ao grupo espanhol Iberdrola.
• Preciado e Ricardo Sérgio jogavam juntos. Boa parte dos depósitos recebeidos pela Franton Enterprises, de Ricardo Sérgio, eram feitos pelo “primo” de Serra. As movimentações da dupla, documentadas no livro de Amaury, somam mais de US$ 20 milhões. Preciado e Serra também aparecem como sócios num terreno em São Paulo. Também na era Serra, o Banco do Brasil teria reduzido uma dívida de R$ 448 milhões de Preciado para míseros R$ 4,1 milhões.
• O livro também aborda a sociedade entre a empresa Decidir.com, de Verônica Serra, filha do ex-governador tucano, com o grupo Opportunity, de Daniel Dantas. A Decidir.com, voltada para leilões na internet, recebeu cerca de R$ 10 milhões em investimentos, mas nunca apresentou resultados. Em abril de 2002, a empresa foi dissolvida.
• Tanto Verônica Serra como Ricardo Sérgio de Oliveira utilizaram a mesma empresa, a Citco, para abrir suas contas no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
Além disso, o livro também revela como Serra teria usado o governo de São Paulo para contratar a empresa Fence e espionar adversários políticos – era essa, aliás, uma das encomendas iniciais do Estado de Minas: descobrir por quem Aécio vinha sendo seguido em suas constantes noitadas cariocas. Por último, depois de se dedicar à guerra interna dos tucanos, Amaury escreveu sobre a guerra interna do PT, na campanha de Dilma, entre os grupos de Fernando Pimentel e Antônio Palocci.
O que talvez comprove que PT e PSDB têm muito mais semelhanças do que diferenças. Uma boa sugestão para o répórter seria um lviro sobre a "privataria" petista, com recursos do BNDES, dos fundos de pensão e até do FGTS.

Aberto processo disciplinar contra o desembargador Luiz Zveiter

Zveiter: investigado, mas continuando na atividade jurisdicional
O Conselho Nacional de Justiça decidiu, por maioria, ontem (6), pela abertura de processo administrativo disciplinar contra o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) e desembargador do Tribunal de Justiça daquele Estado (TJRJ), Luiz Zveiter.
 O magistrado é suspeito de favorecer a incorporadora Cyrela em processo judicial no qual é questionada a titularidade da empresa sobre um terreno localizado no bairro fluminense da Barra da Tijuca. A decisão do plenário confirmou o voto da relatora do caso ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, proferido no último dia 11 de outubro. O julgamento havia sido suspenso, na ocasião, devido a um pedido de vista do conselheiro Tourinho Neto.
O caso teve início com uma reclamação ao CNJ  feita por Vanildo Pereira da Silva. Ele é sócio da empresa Elmway, que disputa a propriedade com a incorporadora Cyrela, responsável pela construção de um condomínio de luxo no local. No primeiro julgamento em outubro, a corregedora sustentou a necessiade de abertura do processo contra Zveiter.
Segundo as denúncias, o magistrado – na época, presidente do Tribunal de Justiça do Rio – teria fornecido informações, favorecendo assim a incorporadora, quando da análise do caso pela corte fluminense. Em seu voto, a ministra Eliana Calmon destacou os vínculos entre a Cyrela e Zveiter. O escritório de Advocacia da família do magistrado patrocina várias causas da empresa.
Votaram a favor da instauração do processo administrativo disciplinar, além da relatora, os conselheiros Neves Amorim, Carlos Alberto Reis de Paula, Ney de Freitas, Wellington Saraiva, Jefferson Kravchychyn, Jorge Hélio e Gilberto Martins.
 Foram vencidos o presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, e os conselheiros Tourinho Neto, José Lucio Munhoz, Silvio Rocha, Marcelo Nobre e Bruno Dantas.
 Detalhe: a decisão do CNJ não prevê o afastamento de Zveiter de suas funções atuais no TRE-RJ e TJRJ. (Proc. nº 0002979-13.2010.2.00.0000).

Máfia das arbitragens
 
Zveiter foi declarado - à época em que era presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva - "persona non grata" ao Sport Club Internacional, em Porto Alegre. No caso da "máfia das arbitragens", em 2005, foi de Zveiter a decisão de mandar repetir várias partidas de futebol.
 Os novos resultados deslocaram o clube colorado e favoreceram o Corinthians.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Torcidas organizadas: criadouro de fascistas

Um grupo de pessoas jovens uniformizadas, cantando e gritando palavras de ordem em uníssono, dispostas a tudo para defender uma "causa" irracional, inclusive agredindo fisicamente quem não estiver de acordo com eles. Essa definição vale tanto para uma brigada fascista como para uma torcida organizada. Fez bem a direção do Inter ao excluir do seu cadastro e cessar com os afagos a duas gangues que se somama tantas outras pelo mundo. Até eu que não acompanho esses assuntos sabia que havia um conflito sério entre facções de torcedores. Certamente a direção colorada sabia, mas deixou que a situação transbordasse para a imprensa para agir. Antes tarde do que nunca.
A estrutura e o modo de ação dessas torcidas são, potencialmente, um criadouro de brigões e intolerantes. Não é à toa que uma das gangues chamava a si própria de "Guarda" Popular. O que se espera de umgrupo que se intitula desse modo, senão agirem como uma força paramilitar em defesa.... do que mesmo?
No Grêmio, a direção institucionalizou a visão facistóide ao conclamar os torcedores a ingressarem num tal "exército gremista". Esse movimento deve gerar preocupação, não orgulho. Futebol não deveria ser uma guerra para ter soldados.
A única tolerância que eu não admito é com os intolerantes. Paradoxal? Talvez. O fato é que aceitar quem não aceita os outros é abrir um caminho para que os intolerantes vençam e, no futuro, não aceitem ninguém. Todavia, diferente dos intolerantes, a ação de quem os condena, como eu, não pode utilizar os mesmos métodos. Isso faz toda a diferença.
Em situações como essas, não interessa para qual time se torce. Interessa que as atitudes dos grupos paramilitares em que se tornaram essas "torcidas" tem que ser enfrentado. Talvez nem todas as torcidas organizadas sejam assim. Porém, o seu modo de funcionamento, e sendo movidas por um amor e um ódio irracionais, torna esses grupos criadouros de jovens fascistas. Nesse caso, tanto faz a cor da camisa, o que importa é o que ela está encobrindo.

Encontro de torcidas organizadas

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Justiça proíbe lançamento de livro que aponta suposta homossexualidade de Lampião

Folha Imagem
Virgulino Ferreira, o cangaceiro Lampião

O juiz Aldo Albuquerque, da 7ª Vara Cível de Aracaju (SE), proibiu a publicação e comercialização do livro “Lampião – o Mata Sete” de autoria do juiz aposentado Pedro de Morais. A ação judicial foi movida pela família do “rei do cangaço”, que se sentiu ofendida porque, em um dos capítulos, ele é apontado como homossexual e sua companheira Maria Bonita, como adúltera

No livro, o autor afirma que o Virgulino Ferreira, o Lampião, mantinha uma relação homoafetiva com um cangaceiro chamado Luiz Pedro, que também seria namorado de Maria Déia, a Maria Bonita, o que formaria triângulo amoroso.
Ainda no livro, o autor questiona a paternidade de Lampião em relação à única filha do casal, Expedita Ferreira Nunes, 79 anos. Segundo a obra, Lampião teria sido atingido por um tiro na genitália em 1922, o que lhe teria incapacitado de procriação.
A decisão judicial foi expedida ontem (24), momentos antes do lançamento do livro, que ocorreria em uma livraria de Aracaju. Assim, o autor está proibido de divulgar e comercializar o livro em qualquer parte do país. Pedro Morais poderá apenas se defender quanto ao conteúdo da obra.
Segundo o advogado da família, Wilson Winne, a ação judicial foi fundamentada na violação da privacidade. “Direito de liberdade de expressão tem um limite. Essa obra viola a invasão de privacidade. Ele é uma pessoa histórica. Quando se fala de Lampião, é da parte histórica. Que ele era violento, pistoleiro, herói ou bandido, mas neste caso atinge a honra da família. Está interferindo na vida da pessoa, de sua família”, argumentou.
Reprodução
Capa do livro de Pedro de Morais
 Pedro de Morais informou que recorrerá da decisão e afirma que lançará o livro na próxima semana na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Aracaju. “Eu estudo sobre Lampião há muitos anos. Juntando artigos, revistas... Não tenho nada contra a homossexualidade, eu citei como um fato histórico”, justificou o autor.

“Essa teoria [homossexualidade] já existe há mais de 40 anos. Ex-cangaceiros e remanescentes do cangaço sempre confirmaram isso. Não sou eu o criador desse detalhe”, reforçou o autor, lembrando que o antrópologo e historiador Luiz Mott já teria levantando essa tese. "Quero lembrar que a possível homoafetividade de Lampião não é o tema central do livro".
O autor frisou que a visão “romântica” em relação a Maria Bonita foi criada pela literatura de cordel. “Não existia no cangaço, não. Ela era uma mulher pirracenta, inclusive com o próprio Lampião”, diz.
De acordo com Morais, a cangaceira era casada com um sapateiro e o deixou para seguir junto com Luiz Pedro, que como companheiro de Lampião teria convencido o rei do cangaço a aceitar uma mulher no bando, inaceitável antes da chegada de Maria Bonita.
Na opinião de Pedro de Morais, não existem motivos para endeusar ou mitificar Lampião. “Nenhuma virtude eu encontrei no bandido em qualquer ato seu”, afirmou.
 

Biografias e censura

O escritor Ruy Castro teve o livro "Estrela Solitária: um Brasileiro Chamado Garrincha" impedido de circular por 11 anos. No livro, ele dava a dimensão do falo do ex-jogador, o que fez com que as herdeiras de Mané Garrincha entrassem com uma ação na Justiça.
Um livro escrito por Paulo Cesar Araújo com a biografia não autorizada do cantor Roberto Carlos, lançado em 2006, também causou polêmica. Em janeiro de 2007, o artista entrou na Justiça contra o autor da obra, alegando invasão de privacidade. No mesmo ano, o cantor conseguiu impedir a comercialização da biografia e que fossem apreendidos 11 mil exemplares.
Dois projetos de lei apresentados na Câmara dos Deputados propõem permitir que o leitor brasileiro tenha acesso irrestrito a informações biográficas de figuras públicas. Os projetos dos deputados Newton Lima (PT-SP) e Manuela D'Ávila (PC do B-RS) acabam com a proibição às biografias não autorizadas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

100 anos de Marighella: Ouça entrevista histórica do guerrilheiro

Em 1967, de Cuba, Marighella convocou o povo brasileiro para pegar

 em armas e lutar contra a ditadura militar

Severino Motta, iG Brasília


Se estivesse vivo, o fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN), Carlos Marighella, completaria 100 anos nesta segunda-feira. Um dos principais arregimentadores da luta armada no Brasil, o revolucionário defendia a guerrilha como única forma de superação da ditadura e da influência Norte-Americana no país. Suas posições políticas e seu conflito com o Partido Comunista Brasileiro foram expostas numa entrevista veiculada pela rádio Havana (Cuba) em 1967, logo após a realização da primeira Conferência da OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade), onde métodos para a revolução em países latinos foram debatidos. 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Morreu o Sócrates

Mesmo quando a gente já espera a notícia da morte de alguém sempre nos abala. Sócrates foi uma figura rara no futebol brasileiro. Possuía talento e inteligência acima da média, engajamento político, capacidade de criticar as estruturas podres da cartolagem nacional.
Como meus seguidores já sabem, já to velhinho. Lembro do Sócrates jogando no Botafogo de Ribeirão Preto, antes de ir para o Corinthians (todo mundo tem os seus defeitos) e liderar a tal "Democracia Corinthiana. É difícil entender como ele conseguia ser jogador profissional e estudar medicina e, mais intrigante, ser um grande jogador. Não sei se era um grande médico, mas foi secretário de saúde de Ribeirão Preto na primeira gestão de Antônio Palocci.
Tenho duas lembranças marcantes do "Dr. Sócrates". Por ordem cronológica, a primeira é a lembrnaça da Copa de 82. A derrota daquele time fabuloso mudou os rumos do futebol mundial. Sócrates, com a camisa 8, além de usar o calcanhar, jogava com a cabeça. A segunda lembrança é do compromisso do Dr., se houvesse eleições diretas em 84, ele não sairia do Brasil. Coisa rara um jogador condicionar sua carreira a um interesse geral. O fato é que Sócrates não precisou ficar.
Nos últimos tempos, a imagem de Sócrates era uma expressão de decadência física. Seus comentários ainda eram inteligentes, mas pareciam menos articulados. Aquela bandana na cabeça ajudava a compor a imagem de alguém que está fora do ambiente.
O Sócrates da vida privada parece ter feito mal a si próprio, o Sócrates da vida pública ofereceu aos brasileiros e brasileiras momentos de arte e emoção. Nunca vi o Sócrates de perto, como a maioria dos brasileiros, portanto, cabe lamentar a perda do homem público.
Assim é a vida, uma hora acaba.