sexta-feira, 13 de março de 2009

RS URGENTE: Yeda diz que "perdeu confiança" no ouvidor

RS URGENTE: Yeda diz que "perdeu confiança" no ouvidor
Faz uns quinze dias vi a entervista do ex- ouvidor ao Jornal do Almoço. falando sobre a crackolândia na Voluntários da Pátria. O cara era muito estranho. Em um momento, agia como CC do Governo, em outro, como ouvidor independente.
A certa altura foi perguntado se não tinha medo de falar com tanta naturalidade sobre os problemas com o tráfico nas barbas da Secretaria de Segurança e das deficiências da segurança no estado. Ele respondeu que não e que fazia parte das atribuições dele. Depois disso, vimos o que aconteceu. O Governo Yeda é uma coisa muito estranha, se fala: é exonerado,;se ouve, também. Se falar o que ouviu, aí.... cai da ponte.

Fim da prisão especial


A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o fim da prisão especial para quem tem curso superior. Nas entrevistas com a população a aprovação foi total. Todos queriam que a prisão fosse igual para qualquer pessoa. O ruim é que a maioria da população pensa que presídios como o Presídio Central de Porto Alegre estão dentro de padrões satisfatórios. Em muitos casos, a prisão especial se caracteriza por ser uma sala limpa em que o sujeito fica protegido da violência de outros apenados e da nojeira geral das prisões brasileiras. Depois de condenado, aí sim, o sujeito vai para o meio da nojeira cumprir sua pena.
Na maioria dos casos, a prisão especial, considerada um privilégio, é, de fato, a execução do que deve ser uma prisão: cerceamento de liberdade para que a pessoa, de algum modo, repare o dano que fez, seja afastada do convívio da sociedade, refaça seu modo de pensar... , enfim depende do caso. Porém, na histeria em que vive nossa sociedade, pensam-se nas punições mais macabras possíveis como forma de vingança. Quando a justiça é confundida com vingança, ninguém fica livre de ser tratado com injustiça. Algumas pessoas só dar-se-ão conta disso quando, e se enfrentarem uma situação limite junto ao sistema penal. Outras nunca irão se dar conta disso.
Ah, pra variar, o projeto aprovado exclui os parlamentares, que continuarão sendo tratados como exceção.
O Ministro Tarso Genro falou bem: para que se acabe com a prisão especial é preciso mudar o sistema prisional.

Chamem o Britto


Pois é, finalmente a base yedista acordou, foi trabalhar e acatou o veto ao projeto que anistiava a falta dos professores grevistas. Se os deputados gazeteiros também tivessem os vencimentos cortados, fossem impedidos de assumir funções no legislativo e tivessem um desconto nos votos que recebessem, poderíamos pensar em algum componente de justiça na decisão dos ilustres. Não de todos, é verdade, 21 votaram contra o veto. O fato que me incomoda é que os professores repuseram as aulas e mesmo assim serão considerados faltosos e terão redução nos vultosos vencimentos e problemas na vida funcional.
O que tem o Britto a ver com isso? Bem, a presença no Plenário da Assembleia de pessoas identificadas com o governo e ferozes no seu ataque aos servidores públicos, estamos diante de um retorno da guerra de claques característica do brittismo. Lembro que o "homem de vendas" primava pela arregimetação da "militância" e pela agressividade de seus apoiadores. Isso é preocupante. Preocupante porque o costume dessas brigadas da direita é o de provocarem até o limite e, dpeois, denunciarem que estão sendo hostilizadas. Aí, o PRBS vem com a conversa da tolerância e acaba sempre sobrando pro PT e pra esquerda em geral. Até o Paulo Odone estava lá pra fazer a gente lembrar do Britto.
Há coisas que parecem não mudar

quinta-feira, 12 de março de 2009

Jane Jacobs e o Pontal


Se eu fosse de direita, votaria no DIB, mas não gostei do relatório dele sobre o a entrega da orla do Guaíba. Ele entende da coisa, deu pra ver, mas a referência Jane Jacobs foi completamente descontextualizada. Dib pegou emprestada uma fala do vereador Adeli (bom parlamentar e muito autêntico, mas discordo da opinião dele sobre o Pontal) e trouxe a urbanista Jane Jacobs para o time dos defensores do emparedamento da orla. Disse Adeli e repetiu João Dib, que a urbanista era defensora de áreas mistas como melhor forma de desenvolvimento urbano. Esse é um dos casos em que a descontextualização mata o sentido da declaração original. Lendo todo o livro Morte e Vida de Grandes Cidades, o sentido do pensamento de Jacobs é bem o inverso do que se quer fazer na Ponta do Melo. Caberia ler o que ela pensa sobre a especulação imobiliária e como a concentração de investimentos em uma área está realcionada com o abandono de outras, que teriam prioridade, além da visão da urbanista sobre a importância do sentido de continuidade urbana, sem rupturas agressivas, construída progressivamente. A velhinha deve estar se revirando.
Aliás, nesse debate sobre questões urbanas é interessante a quantidade de pessoas (incluídos os vereadores) que adora falar que o outro lado fala do que não entende. Vai ver é por isso que ninguém se entende.

Comendo mosca


O assunto do dia é a palermice da bancada yedista. Se vetar a anistia dos dias parados ( e já repostos) na greve do magistério é uma prioridade, o mínimo que se espera é que a bancada yedista compareça. O tratamento do PRBS, mais uma vez, foi primoroso. Pelo que ouvi, não cedeu a tentação de culpar a oposição, mas foi incapaz de dizer, como diz sobre o Congresso Nacional, que os parlamentares não estavam trabalhando. Sim, porque se havia 28 presentes, significa que 27 estavam ausentes não só do Plenário, mas da Assembleia. Alguns justificaram a ausência: estavam acompanhando o próprio julgamento no TSE. A bancada dos albergueiros viajou para Brasília onde, provavelmente hospedou-se no albergue do Pompeu de Mattos.
O PT foi esperto e o Presidente Ivar fez o que tinha que ser feito. Mas aí, um dos luminares da Gaúcha pergunta ao lider governista se o Presidente não teria agido politicamente! Bem, tratando-se do presidente da Assembleia, ele deveria agir de que maneira?
Acredito que, da próxima vez, os parlamentares cuidarão mais quando forem ao banheiro.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Visita ao camelódromo


Dia desses estive no Centro Popular de Compras(CPC). Pouco depois, os vendedores realizaram uma manifestação de protesto (juro que a culpa não foi minha). Eles estão insatisfeitos com a queda nas vendas e os altos preços dos aluguéis.

O camelódromo não é de todo mau. É um trambolho encravado no centro, mas internamente é passável. Minha acurada observação prognostica que, a médio prazo, vai virar um novo Guaspari, ou Hipo-fábricas. Por isso, quem quiser conhecer vá logo como eu fui.

Pois aí é que entra uma observação um tanto cínica do boletim do PRBS. Segundo o jornal, o CPC é um sucesso de público, mas não de vendas. Daí a insatisfação dos neo-lojistas. Ao mesmo tempo, o comércio situado na região do antigo camelódromo parece estar vendendo mais.

Bem, podemos concluir que, assim como este que vos escreve, muitas pessoas foram ver como era o bicho, mas não estão interesadas em comprar nada lá. Aliás, muito do que se vendia no antigo espaço não está mais sendo vendido no espaço novo. Outra conclusão possível é que, se as lojas da Praça XV aumentaram as vendas, gente que comprava dos antigos ambulantes não compra mais. Como o dinheiro não se multiplicou, se uns ganham, alguém vai perder. Por fim, se a renda diminui, como pagar os cerca de R$ 400,00 reais de aluguel dos cubículos, digo, das lojas do camelódromo. Menos receita e mais despesa...o resultado é previsível. O CPC possui um dos m² mais caros de Porto Alegre (por volta de R$ 100,00 o m²). Comparem o valor dos aluguéis em qualquer classificados e constatem por si mesmos.

Não acho que tudo esteja errado. A liberação do espaço da Praça XV foi uma coisa boa. O problema é que já encheram de carros. A ideia não era liberar o centro e diminiuir o fluxo de automóveis? Também não acho que o CPC esteja condenado ao fracasso. Porém, assim como eu, muita gente foi lá só prá ver e camelódromo não é ponto turístico. É por isso que os neo-lojistas estão preocupados. Já eu... estou só olhando, de longe.

Botando pra quebrar


Pois é. Não é que o Ronaldinho marcou? Literalmente botou pra quebrar, derrubando a tela de proteção (levinho o moço, não?) Muita gente gosta do Luxemburgo, mas vejamos... Compra o Marcão, que tava sobrando no colorado, e bota o cara pra marcar o Ronaldo? Teve o que merecia. Na sequência, o Ronaldo foi dar entrevista ao Faustão (eu assisti, confesso). De gordo para gordo, o Faustão não poderia nos deixar sem um toque de humor. Para ele, o que importa é "o cidadão Ronaldo", não o que acontece nas farras para as quais o pobrezinho é arrastado pelas más companhias. Mas, afinal, o que o "cidadão Ronaldo" fez na vida?

Protógenes, o homem mais polêmico da República. Veja, a revista mais escrota do Brasil


Pois é. Agora a Veja resolveu caçar o Protógenes. Não vou muito com a cara dele, mas me parece um sujeito muito trabalhador. Não foge da confusão, pelo contrário. Porém, se a Veja fala mal, eu começo a pensar bem dele. Investigador corajoso (uma espécie de Eliot Ness), ou rei dos arapongas? O fato é que, ao atacar Protógenes, a revistinha deu o sinal para que a direita toda resolva dizer que estamos diante de um "Estado Policial". Aí já é demais!

O que mais me deixa indignado é ver os cardeais da ARENA e do PDS (isso mesmo, esse negócio de PFL e DEM é só fachada) protestarem contra os supostos abusos da "comunidade de informações".

Uma coisa que ninguém pode negar é que vivemos em um estado de direito democrático pleno. O que atrapalha a vigência de um estado democrático ainda mais pleno é a proteção aos arquivos da ditadura e a insistência em não declarar que os torturadores foram/são torturadores e continuam entre nós. O que a Veja tem a dizer sobre isso?

E querem saber mais? Acho que esses caras estão ficando com medo da Dilma. Deixem a Dilma namorar em paz!

"Cidade Curtura"


Pois é, a minha querida Santa Maria já está vivenciando os experimentos da dupla Schirmer-Farret. Umas das minhas cinco leitoras, que é minha irmã, repassa a seguinte mensagem para divulgação:

"O governo Municipal de Santa Maria, ao invés de nomear 3 ou 4 arte-educadores aprovados no concurso de 2008, está pressionando os professores da Escola Municipal de Artes a sairem e assumirem outras escolas, o que implicaria no fechamento de metade dos cursos oferecidos, e, talvez, no gradual fechamento total da Escola...É mais um cúmulo do desleixo com a cultura de uma chamada "Cidade Cultura"...A Escola Municipal de Artes é uma conquista da comunidade.. . É a possibilidade de cursos gratuítos nas áreas das Artes Visuais, Artes Cênicas e Música... São poucas as cidades, Brasil afora, que possuem lugares assim... Por esses e outros motivos, não podemos perder esse espaço!!!Assim, estamos pedindo o apoio (da maneira que for possível) de todos aqueles que simpatizam com a EMAET, para que possamos reunir forças no sentido de pressionar a prefeitura a manter a Escola funcionando na sua integralidade.A partir de segunda-feira estaremos abrindo inscrições, mesmo sem garantias..."