sexta-feira, 31 de maio de 2013

Na propaganda do PSDB, lugar de mulher é no tanque


Estrepolias na Procempa

Paulo Muzzel
Finalmente a chamada “grande imprensa“ local acordou após uma longa letargia. Estava praticamente “alheia” a uma verdadeira “chuva” de denúncias de irregularidades que vêm sistematicamente ocorrendo no governo Fo-Fo (Fogaça-Fortunati) desde 2005.
Em praticamente todos os órgãos da administração tivemos problemas muito graves. Na Secretaria da Saúde um grande contrato de serviços de vigilância, suspeita-se, tenha sido a causa da “execução” do ex-secretário Eliseu Santos. No DMLU o diretor-geral no primeiro ano de governo foi afastado por denúncia de irregularidades numa grande contratação de serviços de coleta. Na Carris um diretor-presidente foi afastado por denúncia de “acerto” e superfaturamento na pintura de ônibus da Copa. Um caso de ilícito de pequena monta, foram “desviados” algumas (poucas!) dezenas de milhares reais. Rapinagem barata! Na Secretaria da Juventude desvios no programa ProJovem originaram um CPI. O atual secretário de Obras, ex-secretário da Juventude já foi indiciado criminalmente. Continua na SMOV: “daqui não saio, daqui ninguém me tira”. Na SMAM o secretário foi afastado, acusado pela Polícia Federal pelo suposto recebimento de propina. Na Secretaria de Obras (SMOV), os projetos das obras da Copa foram entregues à iniciativa privada (CIERGS). Deu “cacaca” vistoria do Tribunal de Contas constatou um superfaturamento de 14 milhões, montante que seria pago a mais. No maior projeto da Prefeitura, o SócioAmbiental (PISA), escutas suspeitas da Polícia Federal flagraram secretário da Fazenda em conversas “íntimas e pouco convencionais” com empresário de uma grande empreiteira. Resultado: rompimento do conduto Álvaro Chaves. A antiga Secretaria do Planejamento (SPM), hoje de Urbanismo (SMURB) retaliou o plano diretor da cidade: foram mais vinte leis elevando índices construtivos, alturas, taxas de ocupação. Tudo sem estudos prévios, ao sabor das pressões e dos interesses imobiliários e especulativos do momento. Sindicância da Procuradoria do Município (PGM) constatou também recebimento de propinas por servidores e chefias.. O Departamento de Esgotos Pluviais (o DEP) também está sendo investigado, há fortes indícios de graves irregularidades.
Pelo que se vê, os “pecados” do governo Fo-Fo foram e são muitos, demasiados. Com raras e exceções – o SUL 21 e alguns blogs como o RS Urgente do Marco Weissheimer -, que vêm há anos acolhendo e veiculando as denúncias, a briosa imprensa “farroupilha” manteve-se quase sempre muito pouca aguerrida, pouco viu e ouviu. Manteve-se silente. Para não dar na vista, de quando em vez veiculou uma pequena nota, discreta, sem muito destaque registrando o afastamento de um diretor de autarquia, de um presidente de empresa ou de um secretário municipal.
Embora tardiamente, finalmente a imprensa local acordou. Zero Hora nas edições de 25, 26 e 28 deste mês de maio finalmente deu destaque à denúncia de inúmeras irregularidades que vêm ocorrendo na Procempa, a Empresa de Processamento de Dados de Porto Alegre. Matérias de página, longo comentário na página 10 e até um editorial.
As “barbaridades” foram demasiadas: nepotismo, escandalosos programas de saúde pagos irregularmente, desvios de função, altos salários fixados sem critério A empresa chegou em 2008 a ter 62 Cargos em Comissão para apenas 286 servidores concursados: um CC para cada cinco servidores do quadro .A empresa gasta por ano quase 5 milhões com “eles”, os CCs. A Procempa. foi literalmente “loteada” entre três partidos: o PTB, o PMDB e o PDT, virou “casa de acolhimento.
As explicações do seu diretor presidente à imprensa beiram o ridículo. Não teve resposta para as denúncias de ilícitos e desvios e ainda afirmou que no governo Fo-Fo (Fogaça-Fortunati) a Procempa ganhou destaque, até foi incluída no Conselho Político. Só não soube explicar porque a empresa foi afastada do desenvolvimento do maior projeto de informática da Prefeitura, o SIAT, Sistema Integrado de Administração Tributária, entregue a uma empresa privada (a Consult, de Curitiba), com a qual a Prefeitura firmou contratos que totalizam mais de 11 milhões de reais. E o mais grave: o sistema não está funcionando e há fortes indícios de superfaturamento e outras irregularidades que estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas (TCE). O Ministério Público já solicitou à Justiça que determine a sustação dos pagamentos à Consult. A maior evidência do desprestígio da empresa e do seu presidente é que Fortunati, que está nos Estados Unidos visitando o vale do Silício não o incluiu na sua comitiva.
Cabe um registro final de fato singular, difícil de explicar e certamente nada edificante. O presidente contratou sem qualquer processo público de seleção uma profissional de jornalismo, pagando-lhe elevado salário, pasmem, para cobrir as atividades da empresa à distância. Segundo consta ela mora em Florianópolis. Ao se tornar de conhecimento público, o contrato foi cancelado, depois de terem sido pagos quase trezentos mil reais pelos “serviços prestados”. Cabe ao TCE, por dever de ofício, apurar se os serviços foram efetivamente prestados e qual a sua natureza.
Paulo Muzell é economista.

Filho de Renato Russo condena "faroeste de Lula"

247 - Uma paródia com a canção Faroeste Caboclo, que se espalha pelas redes sociais, pode ser retirada do ar, por iniciativa de Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo. No vídeo, sobram ironias contra o PT, o ex-presidente Lula e o chamado mensalão. Leia, abaixo, na coluna de Mônica Bergamo, da Folha:
O filho de Renato Russo, Giuliano Manfredini, acionou advogados para tentar tirar do ar paródia contra Lula que usa a canção "Faroeste Caboclo", uma das mais famosas do cantor. O vídeo, postado no YouTube, chegou a ser retirado, mas ontem podia ser acessado novamente no site.
SEM CORTES
"Não quero que a obra do meu pai seja usada para atacar as pessoas. E ainda mudaram a letra. A obra dele é completa e eu tenho que preservá-la", diz Manfredini.
LETRA
No vídeo, uma pessoa desenha uma história enquanto a música diz: "Não tinha medo esse tal de Luís Inácio, era o que todos diziam quando ele se elegeu/Deixou pra trás todos os valores de esquerda que como sindicalista ele sempre aprendeu/Quando criança não pensava em ser bandido, ainda mais quando no torno um dedinho ele perdeu". Segue falando que Lula manda em Dilma e fazendo referências ao escândalo do mensalão.
NADA FEITO
Uma seguradora já chegou a fazer proposta de alguns milhões para usar "Faroeste Caboclo" numa campanha em favor do desarmamento. A família de Renato Russo recusou.


quarta-feira, 29 de maio de 2013

PIB cresce 0,6% em relação ao 4º tri de 2012 e chega a R$ 1,11 trilhão


O Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado apresentou variação positiva de 0,6% na comparação com o quarto trimestre de 2012, na série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a agropecuária, com avanço de 9,7%. Os serviços cresceram 0,5%, ao passo que a indústria caiu 0,3%. Na comparação com igual período de 2012, houve aumento do PIB de 1,9% no primeiro trimestre do ano. No acumulado dos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2013, o PIB registrou crescimento de 1,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Em valores correntes, o PIB a preços de mercado alcançou R$ 1.110,4 bilhões, sendo R$ 940,4 bilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 170,0 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/defaultcnt.shtm.


Em relação ao 4º tri de 2012, agropecuária e serviços crescem; indústria cai
O PIB cresceu 0,6% na comparação com o quarto trimestre de 2012, na série com ajuste sazonal. O destaque foi a agropecuária, com crescimento de 9,7%. Houve aumento de 0,5% nos serviços e queda de 0,3% na indústria.
A queda da indústria foi puxada pela extrativa mineral (-2,1%). Construção civil e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana variaram -0,1%, enquanto a indústria de transformação aumentou 0,3%.
Dentre os serviços, destacou-se o crescimento das atividades de administração, saúde e educação pública (0,8%), atividades imobiliárias e aluguel (0,7%), comércio (0,6%) e serviços de informação (0,3%). Já a intermediação financeira e seguros (0,1%) mostrou estabilidade. Outros serviços e transporte, armazenagem e correio caíram 0,5% e 0,9%, respectivamente.
Sob a ótica do gasto, destaque positivo o crescimento de 4,6% da formação bruta de capital fixo. A despesa de consumo das famílias e a despesa de consumo da administração pública ficaram praticamente estáveis (0,1% e 0%, respectivamente).
Quanto ao setor externo, as importações cresceram 6,3%; já as exportações caíram 6,4%.
Na comparação com o 1º tri de 2012, agropecuária cresce 17,0%
Em relação a igual período do ano anterior, o PIB a preços de mercado apresentou crescimento de 1,9% no primeiro trimestre de 2013. O valor adicionado a preços básicos cresceu 1,8% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios 2,4%.
O destaque foi a agropecuária, que cresceu 17,0%. A taxa pode ser explicada pelo bom desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no 1º trimestre e pelo crescimento na produtividade. Entre os produtos com safras significativas no trimestre e que registraram crescimento estão soja (23,3%), milho (9,1%), fumo (5,7%) e arroz (5,1%).
A indústria apresentou queda de 1,4% contra uma estabilidade de 0,1% registrada no mesmo período de 2012. A indústria extrativa declinou 6,6%, afetada pela queda na extração de petróleo. A construção civil também apresentou queda de 1,3%. A indústria de transformação caiu 0,7%, resultado influenciado pelo declínio da produção de máquinas para escritório e equipamentos de informática; metalurgia; químicos inorgânicos; produtos farmacêuticos, têxtil e artigos do vestuário. A queda nestes setores foi parcialmente contrabalançada pelo crescimento da produção de veículos automotores; outros equipamentos de transporte, máquinas e aparelhos elétricos e mobiliário. Já eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana apresentou crescimento de 2,6%.
Os serviços cresceram 1,9%. Todas as atividades que o compõem registraram variações positivas, com destaque para o crescimento de 2,6% em outros serviços, que, além dos serviços prestados às empresas, engloba serviços prestados às famílias, saúde mercantil, educação mercantil, serviços de alojamento e alimentação, serviços associativos, serviços domésticos e serviços de manutenção e reparação. Os serviços de informação cresceram 2,5%, enquanto administração, saúde e educação pública subiu 2,2%, seguida pelos serviços imobiliários e aluguel (1,9%) e Intermediação financeira e seguros (1,5%). Comércio (atacadista e varejista) e transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros) registraram expansão de 1,2% e 0,3% no trimestre, respectivamente.
Consumo das famílias cresce pela 38ª vez consecutiva
Dentre os componentes da demanda interna, a despesa de consumo das famílias apresentou crescimento de 2,1%, sendo a 38ª variação positiva consecutiva nessa base de comparação. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial real, que teve elevação de 3,2% no primeiro trimestre de 2013. Além disso, houve um aumento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas de 9,5% no primeiro trimestre de 2013.
A formação bruta de capital fixo registrou crescimento de 3,0% em relação a igual período do ano anterior, após quatro quedas seguidas em 2012, justificada pela expansão da importação e produção interna de bens de capital. A despesa de consumo da administração pública, por sua vez, cresceu 1,6% na comparação com o mesmo período de 2012.
A demanda externa apresentou contribuição negativa. Embora as importações tenham crescido 7,4%, as exportações diminuíram 5,7%. Dentre as exportações, houve quedas em máquinas e tratores; produtos alimentares; material elétrico; veículos automotores e refino de petróleo e petroquímicos. Os bens da pauta de importação que contribuíram para o resultado positivo das importações foram material elétrico; farmacêutica e perfumaria; madeira e mobiliário; produtos químicos; plástico; têxtil e refino de petróleo e petroquímicos.
Em quatro trimestres (12 meses), PIB cresce 1,2%
O PIB acumulado em quatro trimestres cresceu 1,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou da elevação de 1,1% do valor adicionado a preços básicos e do aumento de 1,8% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: agropecuária (3,9%), indústria (-1,2%) e serviços (1,7%).
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 3,0%, seguida pela despesa de consumo da administração pública (2,8%). A formação bruta de capital fixo caiu 2,8%. No setor externo, as exportações diminuíram 2,3% e as importações aumentaram 0,6%.
No primeiro trimestre de 2013, PIB chega a R$ 1,11 trilhão
O PIB a preços de mercado totalizou R$ 1.110,4 bilhões no 1º trimestre de 2013, sendo R$ 940,4 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 170,0 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Considerando o valor adicionado das atividades no trimestre, a agropecuária registrou R$ 59,7 bilhões, a indústria, R$ 230,2 bilhões, e os serviços, R$ 650,5 bilhões. Entre os componentes da demanda, a despesa de consumo das famílias totalizou R$ 722,9 bilhões, a despesa de consumo da administração pública, R$ 212,9 bilhões, e a formação bruta de capital Fixo, R$ 204,9 bilhões.
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2013 foi de 18,4% do PIB, inferior à taxa referente a igual período do ano anterior (18,7%). A taxa de poupança alcançou 14,1% no primeiro trimestre de 2013 (ante 15,7% no mesmo trimestre de 2012).
No 1º trimestre de 2013, a necessidade de financiamento aumentou em R$ 29,5 bilhões em relação ao mesmo período de 2012. A renda nacional bruta atingiu R$ 1.090,8 bilhões contra R$ 1.023,3 bilhões em igual período do ano anterior. Nessa mesma base de comparação, a poupança bruta atingiu R$ 156,7 bilhões contra R$ 162,6 bilhões no mesmo período de 2012.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Juíza ratifica decisão que manda Ford indenizar o Estado por desistir de instalar fábrica no Rio Grande do Sul

Em 2009, magistrada já havia determinado o ressarcimento, mas sentença foi anulada

 
A juíza Lílian Cristiane Siman, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, voltou a condenar a Ford a ressarcir o Estado do Rio Grande do Sul em R$ 130 milhões por conta de investimentos realizados para a implantação de uma filial da empresa em 1998. Corrigido, o ressarcimento chegaria a R$ 1,4 bilhão em 2010. O cálculo em valores atuais não foi divulgado.

Em dezembro de 2009, a magistrada já havia determinado o ressarcimento, mas a sentença foi anulada pelo tribunal, no julgamento de um recurso da Ford. A empresa alegou que a ação movida pela Procuradoria-Geral do Estado no governo de Olívio Dutra deveria ser julgada junto com uma ação popular que pedia a indenização mais a responsabilização, por improbidade administrativa, do ex-governador Antônio Britto, dos ex-secretários Cezar Busatto e Nelson Proença, do ex-presidente do Banrisul Ricardo Russowski e do ex-prefeito de Guaíba Nelson Cornetet, já falecido.

Em novo julgamento, a juíza Lílian Siman reafirmou os termos da condenação anterior em relação ao ressarcimento e considerou descabida a pretensão de responsabilizar por improbidade administrativa os responsáveis pelas negociações com a Ford. A ação popular foi extinta. No processo movido pelo governo do Estado, a Ford pode recorrer da decisão da Juíza.

Na época em que desistiu de se instalar no Rio Grande do Sul, em 1999, a Ford já havia recebido recursos para o início das obras de instalação da fábrica em Guaíba. Além de o governo doar o terreno e fazer obras de terraplenagem, foi assinado um contrato de financiamento com o Banrisul, que liberaria R$ 210 milhões à empresa.

Pelo acordado, o dinheiro seria liberado aos poucos, mediante prestação de contas das etapas. No entanto, após o pagamento da primeira parcela, a Ford se retirou do negócio alegando que o Estado estava em atraso no pagamento da segunda parcela. Também alegou motivos de ordem política com o novo governo que assumia.

Segundo o processo, movido pelo governo do Estado, o negócio trouxe prejuízos ao erário. Foi ajuizada ação para devolução da primeira parcela do financiamento no valor de R$ 42 milhões, gastos com aquisição de máquinas e equipamentos para as obras no valor de cerca de R$ 93 milhões e perdas e danos pelos gastos com a colocação de servidores públicos à disposição do desenvolvimento do projeto, despesas com publicações de atos na imprensa e com estudos técnicos e análises para disponibilização de infraestrutura; custos com publicações de decretos de desapropriação e indenização aos proprietários expropriados com juros compensatórios; despesas com taxas, emolumentos e registro de atos do contrato; honorários advocatícios decorrentes de discussões quanto à imissão provisória na posse; despesas no Porto de Rio Grande não incluídas no financiamento; e custos com licitações.

Segundo a magistrada, ficou demonstrada a inadequação do procedimento da Ford ao retirar-se do empreendimento na pendência da prestação de contas. Entre a data prevista para a liberação da segunda parcela do financiamento e a notificação da empresa informando sobre sua retirada do empreendimento decorreram somente 29 dias.

Vaticano corrige Papa Francisco: ateus vão para o inferno


papa francisco ateus
Papa Francisco havia dito que mesmo os ateus podem se salvar,
desde que realizem boas ações (Foto: AFP)
Após o papa Francisco dizer ao mundo que mesmo os ateus podem ir para o céu, o Vaticano divulgou um comunicado: ateus ainda vão para o inferno.
 
O Vaticano emitiu esta semana “nota explicativa sobre significado de ‘salvação”, após a mídia noticiar que o papa Francisco “prometeu o céu a todos engajados em boas ações”, incluindo os ateus.
Em resposta às matérias publicadas em sites e jornais, o Rev. Thomas Rosica, porta-voz do Vaticano, disse que pessoas que conhecem a Igreja Católica “não podem ser salvas” se “recusarem-se a entrar nela ou fazer parte dela”.
(Ou seja: ateus ainda estão indo para inferno se não aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador.)
O porta-voz também disse que o papa Francisco não tinha “intenção de provocar um debate teológico sobre a natureza da salvação” na sua homilia na última quarta-feira.
De: Pragmatismo Político

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Agildo Ribeiro entre dois fadistas; hilário

Atualizada - Presidente da Caixa diz que houve imprecisão de informação sobre pagamento antecipado do Bolsa Família | Agência Brasil

Wellton Máximo Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, negou hoje (27) que erros no sistema da instituição tenham provocado a liberação antecipada do pagamento do Bolsa Família. Segundo ele, o banco não informou antes a antecipação da data de saques devido a uma imprecisão de informações.
No último dia 18, um boato sobre o fim do Bolsa Família provocou uma correria de beneficiários às agências da Caixa para sacar o dinheiro. Na segunda-feira (20), o banco informou que antecipou a liberação do pagamento para evitar tumultos devido aos boatos. No entanto, no último dia 25, a Caixa, em comunicado, disse ter liberado os saques antecipados do programa na véspera do início dos boatos, no dia 17, em função de melhorias no cadastro de informações sociais.
Hoje, Hereda argumentou que a informação equivocada ocorreu em uma situação de crise. “A Caixa não mentiu. Tivemos uma informação equivocada com relação à data em que se abriu o sistema [de pagamento]. Foi uma informação imprecisa da Caixa, mas essa imprecisão só se justifica pelo momento que estávamos vivendo”, declarou Hereda.
O presidente negou ter ocorrido erro no sistema de pagamento do banco. Ele explicou que a instituição alterou o sistema de pagamento no dia 17 por causa da atualização do sistema de cadastro de informações sociais do governo federal, que fornece um número personalizado para cada cidadão inscrito em qualquer programa social da União. Em atualização desde março, o novo sistema substituiu o cadastro anterior, em vigor desde julho de 2000.
De acordo com o presidente da Caixa, o banco identificou 692 mil beneficiários com mais de um número no novo cadastro. Para impedir que essas famílias ficassem sem receber o Bolsa Família, por causa dos dois números de inscrição, a Caixa decidiu liberar o saque antecipado, sem informar aos beneficiários.
“O cartão é associado a um número de NIS [número de identificação social]. Como os números adicionais foram cancelados, isso poderia criar um transtorno para as famílias que teriam o dia de pagamento alterado. Então decidimos liberar o calendário”, explicou Hereda.
Ele ressaltou ainda que a decisão foi técnica e operacional, sem envolver o Conselho Diretor da Caixa. Segundo o presidente, o banco não pôde avisar as famílias com antecedência porque só soube do problema no dia em que rodou a folha de pagamentos.
Hereda negou que as famílias tenham recebido duplo benefício. “Não tivemos erro de sistema. A renovação do sistema do NIS não tem nada a ver com o sistema do pagamento do Bolsa Família. Pagamos todo mundo na folha. Ninguém recebeu mais do que tinha previsto nem deixou de receber”, ressaltou.
No último sábado (25), o banco informou que todos os benefícios do Bolsa Família relativos a maio tinham sido liberados na sexta-feira, 17 de maio, independentemente do calendário de saques. De acordo com o comunicado, a corrida de saques motivada por boatos sobre o fim do programa social só começou por volta das 13h de sábado (18). Na segunda-feira (20), o banco revogou os saques antecipados e retomou o calendário normal de pagamento.
O presidente da Caixa negou que a divulgação de um comunicado admitindo a liberação do saque antecipado, no último dia 25, tenha sido motivada por reportagem do jornal Folha de S.Paulo, sobre beneficiários que conseguiram sacar o Bolsa Família no dia 17, antes da data programada.
Segundo Hereda, nem ele nem o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano, haviam sido informados pela área técnica do banco de que havia sido autorizado o saque antecipado do benefício por causa de atualizações no sistema de cadastro social do governo federal. Ele disse que, ao tomar conhecimento na tarde de segunda-feira (20), determinou a apuração precisa dos fatos, que levou cinco dias.
Na manhã de segunda-feira (20), Urbano concedeu entrevista dizendo que o saque antecipado só tinha sido liberado no fim de semana (dias 18 e 19) para não agravar os tumultos nas agências por causa dos boatos. “Por incrível que pareça, tudo não passou de coincidência. Tive a informação [de que o saque antecipado estava autorizado no dia 17] na segunda à tarde. Mandei fazer um levantamento no resto da semana e então produzimos a nota oficial”, justificou o presidente da Caixa.

Edição: Carolina Pimentel e Juliana Andrade

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'Eu mereci', diz cantor Amado Batista sobre tortura na ditadura

Batista contou à jornalista que antes de se tornar músico trabalhava em uma livraria
Em entrevista ao programa "De Frente com Gabi", do SBT, que foi ao ar na madrugada de hoje, o cantor Amado Batista revelou ter sido torturado durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), mas disse não se sentir vítima do Estado e comparou seus torturadores a "uma mãe que corrige um filho".
Batista contou à jornalista Marília Gabriela que antes de se tornar músico profissional, quando tinha entre 18 e 19 anos, trabalhava em uma livraria. O emprego facilitou o acesso de intelectuais a livros considerados subversivos na época.
O artista disse também ter aceitado enviar somas de dinheiro a um professor universitário do Maranhão. Mais tarde, Batista descobriu que o professor estava envolvido em ações clandestinas de grupos esquerdistas.
De acordo com o cantor, quando os militares investigaram seus clientes na livraria, acabaram chegando até ele. Batista foi preso por dois meses e torturado. "Me bateram muito. Me deram choques elétricos", disse.
"Um dia me soltaram, todo machucado. Fiquei tão atordoado. Queria largar tudo e virar andarilho."
Questionado se teria vontade de confrontar seus torturadores, o cantor foi enfático. "Não. Eu acho que mereci. Fiz coisas erradas, eles me corrigiram, assim como uma mãe que corrige um filho. Acho que eu estava errado por estar contra o governo e ter acobertado pessoas que queriam tomar o país à força. Fui torturado, mas mereci."
O músico revelou, ainda, ter sido procurado pela Comissão da Verdade, que investiga violações de direitos humanos praticados durante a ditadura. Atualmente, Batista recebe uma indenização do governo. "Recebo um salário de cerca de R$1 mil, há algum tempo, mas acho desnecessário."
Fonte - Folhapress

domingo, 26 de maio de 2013

Lila Downs Y La Misteriosa (Live Paris)


Caco Barcellos: as mortes citadas no ‘Rota 66’ deveriam ser divulgadas, “não o jornalista famoso ameaçado”

Envolvido em reportagens que dão voz às minorias, Caco Barcellos trabalha por volta de treze horas por dia e viaja constantemente. Nesta quarta, 15, o repórter participou do debate “Segurança para quem fala: Liberdade de expressão em toda a mídia”, realizado pelo Consulado-Geral Britânico de São Paulo, na USP. De camisa branca, calça jeans e mala preta de rodinhas, o jornalista chegou cerca de cinco minutos atrasado. Quando entrou, os olhares se voltaram para o profissional “que dispensa apresentações”, como havia anunciado, momentos antes, a gerente de comunicação e diplomacia pública do consulado, Barbara Reis. “Não foi no ritual britânico [pontualidade], mas ainda há tempo”, brincou ela, arrancando risos da plateia, composta por cerca de 90 estudantes.
Caco considera que imprensa esquece seu papel e prioriza minorias privilegiadas (Imagem: Reprodução/Quem)Caco ficou indignado com a postura da imprensa brasileira na década de 1990 e ressalta que jornalismo “não é profissão para defender o que está ao redor do seu umbigo”. A indignação se deve à cobertura sobre o livro de sua autoria, Rota 66 – A história da polícia que mata. Lançada em 1992, a obra conquistou o Prêmio Jabuti e revela casos de assassinatos cometidos pelo “esquadrão de morte” da Polícia Militar de São Paulo.
Gaúcho de Porto Alegre, o jornalista não gosta de falar sobre as intimidações recebidas, “porque no geral as ameaças voltam”. “Quando lancei, o livro teve repercussão zero na mídia. Quando fui ameaçado, a imprensa inteira começou a denunciar. Fiquei indignado. O que tinha que ser divulgado eram as 4.200 mortes e não o jornalista famoso ameaçado”.
Ele critica a atuação da mídia e considera que os profissionais estão atuando como integrantes da classe dominante. “Nosso dever é tratar os assuntos que têm relevância nacional. Falta consciência de que não estamos cumprindo o nosso papel com o devido rigor. Estamos exageradamente voltados para a realidade de nós mesmos, como profissão que pertence às elites brasileiras, estamos pensando como classe dirigente, como integrantes de um sistema, de um poder”.
O debate sobre a redução da maioridade penal, por exemplo, é “desnecessário, não faz o menor sentido”. Caco defende um “arrocho da penalização contra o maior, o adulto”, que é “o grande responsável pela violência no Brasil”. “Se as cadeias fossem maravilhosas, recuperassem os indivíduos, talvez eu fosse a favor, mas como sei que ali o cenário é quase medieval, de absoluta desumanidade e nenhuma contribuição positiva para o indivíduo crescer em todos os seus valores, não tem por que a sociedade ter essa expectativa como se a cadeia fosse a grande solução”.
Sempre se incluindo quando faz crítica à imprensa, o jornalista usa “nós” ou “a gente” para sugerir que os profissionais repensem seus papeis. “Os repórteres, estou incluso - embora quase sempre esteja circulando, - não estamos cumprindo nosso papel”. Idealizador do ‘Profissão Repórter’, da TV Globo, Caco sugere que a imprensa pense no “preconceito de classe”. “Somos mais eficientes quando retratamos e defendemos os interesses das minorias privilegiadas e menos eficientes e cumpridores dos nossos deveres quando retratamos ou deixamos de retratar a realidade da maioria que sofre a violência”, conclui.