sábado, 6 de novembro de 2010

Serra vive dia de Chávez e ouve “Por que não te calas?”

 O candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (PSDB), viveu um dia de Hugo Chávez em visita à Europa. Ao discursar no encerramento do XI Fórum de Biarritz, na França, o ex-governador ouviu um “Por que não te calas?” vindo da plateia.
De acordo com o Jornal do Brasil, a manifestação partiu de um integrante da Fundação Zapata, do México, quando o tucano criticava a política externa governo Lula, acusado de fazer um “populismo” de direita. A cena lembrou o ocorrido em 2008 durante encontro no Chile. Na ocasião, quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticava a Espanha, o rei deste país, Juan Carlos, levantou-se e gritou “Por que no te callas?”, frase que ficou mundialmente famosa.
Agora, Serra, que durante os últimos anos dedicou-se a criticar o processo de integração latino-americano, sentiu-se durante alguns instantes na pele do venezuelano. Durante sua exposição, o candidato derrotado afirmou que o Brasil está “fechado para o exterior” e que passa por um claro processo de desindustrialização devido à alta carga tributária e à falta de investimentos do governo federal – este ano, a carga de investimentos públicos deve atingir o maior nível da história em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
"É um governo populista de direita na área econômica", atacou Serra, que afirmou ainda haver um “populismo cambial” e reclamou de não ter tido a oportunidade de debater esses temas durante a campanha eleitoral. "A democracia não é apenas ganhar as eleições, é governar democraticamente.”
De: Rede Brasil Atual

Veja. Mais um exemplo do jornalismo estúpido

MP aciona militares acusados de tortura

O MPF em São Paulo ajuizou ação civil pública visando à declaração da responsabilidade civil de quatro militares reformados sobre mortes ou desaparecimentos forçados de pelo menos seis pessoas, além de tortura contra outras 19 pessoas. Os crimes teriam sido praticados durante a Oban (Operação Bandeirante), criada e coordenada pelo Comando do II Exército no auge da repressão, em 1969 e 1970.
A ação pede ainda que os acusados sejam condenados a pagar indenização à sociedade, tenham as aposentadorias cassadas e ajudem a cobrir os gastos da União com indenizações para as vítimas.
A Oban pretendia agrupar num único destacamento o trabalho de repressão política estadual e federal, até então disperso entre as Forças Armadas e as polícias civis, militares e federal. Criado em São Paulo após a edição do AI-5 (Ato Institucional nº 5/68) e sob o comando do Exército, o projeto ficou conhecido pelo uso da tortura como meio rotineiro de investigação e de punição de dissidentes políticos.
A ação narra 15 episódios de violência estatal que vitimaram fatalmente pelo menos seis militantes políticos, entre eles Virgílio Gomes da Silva, o Jonas, apontado como líder do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick.
O trabalho do MPF se baseou em depoimentos dados a tribunais militares por diversas vítimas da Oban (compilados no Projeto Brasil Nunca Mais) e informações mantidas em arquivos públicos, além de testemunhos de algumas vítimas.
São citados os casos de Frei Tito, que se suicidaria quatro anos depois por sequelas da tortura, e da presidente eleita Dilma Rousseff, presa e torturada em 1970.
Dos gravíssimos episódios narrados na ação, destaca-se a violência sofrida pela família de Virgílio Gomes da Silva. Sua esposa Ilda, seu irmão Francisco e três dos quatro filhos do casal foram presos pela Oban. Ilda não só foi torturada como obrigada a assistir a aplicação de choques elétricos em sua filha Isabel, então com quatro meses de idade.

Lei de Anistia

O MPF esclarece na ação que a Lei de Anistia e o julgamento da ADPF 153 pelo STF, que reafirmou a validade da lei, não inviabilizam medidas de responsabilização civil como as propostas na nova ação.
Primeiro, porque a Lei de Anistia não faz menção a obrigações cíveis decorrentes de atos ilícitos anistiados. No julgamento, os ministros do STF que julgaram procedente a ADPF destacaram a importância de se buscar medidas visando à reparação, ao esclarecimento da verdade e a outras providências relacionadas ao que se passou no período abrangido pela lei, ainda que a punição criminal esteja vedada.
Os procuradores lembram, ainda, que o caso está sujeito às obrigações internacionais assumidas pelo Estado brasileiro de apuração de graves violações aos direitos humanos. Em especial, a Justiça brasileira deverá seguir o que vier a ser decidido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que está julgando a ação apresentada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA contra o Brasil no caso Julia Lund – Guerrilha do Araguaia. Estima-se que a CIDH decidirá a matéria ainda neste ano.
Os episódios de tortura e morte narrados, assinalam os autores da ação, configuram crimes contra a humanidade, considerados imprescritíveis, tanto no campo cível, como no penal. (Com informações do MPF-SP)

Fotografias espíritas no século XIX

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Quando, na segunda metade do século XIX, a fotografia se tornou acessível ao grande público das grandes metrópoles, não eram só os vivos que corriam a tirar os seus retratos nos estúdios da moda. Fantasmas, auras e mesmo imagens criadas pela mente foram também presença habitual em algumas das fotografias da época.
Estas imagens espíritas enriqueceram vários fotógrafos, que se gabavam de conseguir captar, para a posteridade, fotografias de parentes queridos, já falecidos. Os retratos, que chegaram até aos dias de hoje, são um marco na história social e cultural da época, muito antes de o Photoshop ter revolucionado a nossa relação com a fotografia.
As primeiras fotografias espíritas conhecidas remontam a Boston, por volta de 1862. Foi lá que William Mumler montou um estúdio de fotógrafo/médium, onde dava vida fotográfica a defuntas celebridades, amigos e familiares de clientes endinheirados. A fotografia mais famosa de Mumler mostra a viúva de Abraham Lincoln, Mary Todd, com o suposto fantasma do marido em segundo plano. Enquanto uma simples fotografia custava, geralmente, alguns cêntimos de dólar, Mumler cobrava 10 dólares por cada um dos seus retratos.
Alguns anos mais tarde, apesar de muitos dos clientes confirmarem que os seres que apareciam no fundo das fotografias eram realmente os seus falecidos familiares, Mumler foi acusado de fraude e levado a tribunal. Embora não tenha sido declarado culpado, por falta de provas, o fotógrafo nunca mais conseguiu retomar o negócio.
O fenómeno da fotografia espírita, posteriormente fomentado por diversos seguidores de Mumler, teve o seu auge nesse período do século XIX. O entusiasmo pelo espiritualismo na primeira metade do século, com destaque social dado a alguns médiuns de renome, e a novidade dos primeiros aparelhos fotográficos levou a que alguns estúdios especializados em fotografia espírita ganhassem enorme projecção. Especialmente com a vontade de rever os mortos da guerra civil norte-americana, que terminou em 1865.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

IDH do Brasil avança quatro posições

O Brasil subiu quatro posições de 2009 para 2010 e ficou em 73º no ranking de 169 nações e territórios da nova versão do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que passou por uma das maiores reformulações desde que foi criado, há 20 anos. O índice brasileiro, de 0,699, situa o país entre os de alto desenvolvimento humano, é maior que a média mundial (0,624) e parecido com o do conjunto dos países da América Latina e Caribe (0,704), de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano. O documento, intitulado A verdadeira riqueza das nações: caminhos para o desenvolvimento humano, foi divulgado nesta quinta-feira em Nova York.
Em razão da mudança de metodologia, não se pode comparar o novo IDH com os índices divulgados em relatórios anteriores. Mas seguindo a nova metodologia, em comparação com os dados recalculados para 2009, o IDH do Brasil mostra uma evolução de quatro posições.
Leia mais no PNUD

A História faz justiça a Marighella

Decorridos 41 anos - completados hoje - do covarde assassinato de Carlos Marighella, cresce no país o respeito por sua coragem, determinação e militância e o sentimento de que seu nome já se situa, tranquilamente e como medida de justiça, entre os patriotas que mais lutaram pela melhoria de vida, ascensão social, a liberdade e o respeito a todos os direitos do nosso povo.
Marighella - ou Carlos como o chamavam os mais próximos, os familiares e os amigos -  morreu em uma emboscada montada pelas forças de repressão da ditadura militar, à frente o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo. Ele foi inequivocamente um dos quadros políticos mais atuantes de nossa História. Só a reação, e com o assassinato, foi capaz de conter a chama que o animou sempre, a vida inteira, em sua luta pela liberdade e justiça para o nosso povo.
Defensor das causas populares até o limite de pagar mesmo com a vida, como lhe aconteceu, Marighella foi um batalhador por reformas de base como as da educação e agrária e pela soberania nacional. Foi o que o motivou a filiar-se aos 18 anos ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Tarso já está escalando secretários

É difícil ganhar uma eleição, ainda mais no primeiro turno. Agora, porém, começa a parte mais complicada: governar. Tarso ganhou bonito, mas não vai ser fácil governar. Na Feira do Livro, tinha deputado que parecia segurança, de tão grudado no nosso governador.
Eu sou petista de carteirinha, mas não deixo de ser crítico. Por isso, me dou o direito de dar opinião (sempre singela) aos nomes já indicados para o secretariado estadual.
Estilac Xavier na Secretaria Geral. A lealdade do Estilac merce recompensa. O cara é organizado e trabalhador. Na Secretaria Geral é uma garantia de que as coisas devem andar no governo. Caso não andem, os responsãveis vão ter que aguentar o Estilac.
Marcelo Danéris no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. É um lugar bom pra ele. Vamos ver o que sai.
João Motta no Planejamento. O Motta é um cara sério e respeitado. Faz um pouco de tudo. Acho que vai dar certo.
Carlos Pestana na Casa Civil. O limitador do Pestana é não ter retaguarda eleitoral, mas tem perfil para a função. É um negociador incansável e honesto. Acho que vai se dar bem na Casa Civil e quem o critica por não ter densidade eleitoral vai reconhecer que na política nem tudo pode ser resumido ao número de votos. Que o diga o Tiririca.
Beto Albuquerque na infraestrutura. O Beto ainda tá esperando o convite para o Ministério, mas se confirmar, é um cara que tem experiência em conviver com os grandes empreiteiros.
Abgail Pereira no Turismo. Pois é, encontraram um lugar para ela. Se ela convidar gente que entenda do assunto, pode até funcionar. 
Mauro Knijnik na Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento. A noemação de um ex-arenista é a contribuição de Tarso à conciliação estadual. Deve funcionar.
Luiz Antônio Assis Brasil na Cultura. O Assis Brasil é um grande escritor e intelectual, nem se compara ao desastre que foi a Mônica Leal. Assis Brasil já foi da Cultura nos tempos do Jair Soares (brrrrrr!!!). Não sei se é um bom gestor das políticas culturais. Posso errar, mas tudo indica que a secretaria adjunta será o verdadeiro motor da secretaria.
Ao sair indicando nomes antes mesmo do fim do segundo turno, Tarso mostra que quem vai mandar no governo é ele. Acho que foi prevendo isso que, dessa vez, não proliferaram aquela infinidade de reuniões das setorias do PT.
Agir dessa maneira poupa tempo, não sei se tornará as coisas mais fáceis no decorrer do governo. A opção do PT é pela governabilidade a partir de uma coalizão que sustente o governo. Segue o exemplo do Lula. Com Olívio, a governabilidade foi buscada de outra maneira e gerou conflitos internos e externos.
Vamos ver como as coisas acontecem dessa vez.
Aliás, com Afonso Motta no secretariado, tem espaço até para o PRBS no governo. Vivendo e aprendendo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O seu iPhone pode matar



  A fábrica da empresa Foxconn em Shenzhen, China, é também a casa de metade de seus 420 mil funcionários. Após o trabalho, eles vão direto para seus dormitórios num campus com 2,1 quilômetros quadrados.
Lá há prédios de dormitórios para homens e mulheres separados e também para trabalhadores de cargos mais baixos.
Depois da sequência de onze suicídios entre funcionários da empresa no início do ano, cada prédio no campus da Foxconn é envolto por uma rede. Após a mórbida providência, tudo indica que não houve mais casos de suicídios desde que as redes foram instaladas, em maio.
Os corredores dos prédios ficam institucionalmente vazios e sem luz para economizar energia, manter a temperatura baixa e permitir que os trabalhadores do turno noturno possam dormir sem interrupções durante o dia.
Em um dos quartos, oito trabalhadores dormem em quatro beliches numa área equivalente a uma garagem para dois carros. Os objetos do banheiro ficam numa prateleira, dentro de canecas.
Há uma sala de televisão em cada andar e equipamentos de ginástica nos espaços entre os prédios.
Num dormitório mais moderno, a pia é colocada perto da varanda, onde os trabalhadores podem lavar suas roupas e a si próprios.
Recentemente, a gestão dos alojamentos foi terceirizada para uma empresa de operações locais, numa tentativa de dar respostas aos empregadores sobre as condições de vida de seus funcionários.
Ainda não está claro, no entanto, como o gerenciamento externo irá alterar a natureza do campus.

As incríveis linhas do tempo de ward shelley

Ward Shelley usa os desenhos como tentativas de descrever a nossa percepção de informações verdadeiras e da forma como as coisas evoluem e se relacionam ao longo do tempo. Trata-se quase de um estudo acerca da forma como a nossa mente absorve vários tipos de informação: forma no seu sentido mais literal.
Para isso, Shelley usa assuntos da História e da cultura, provavelmente porque lhe são próximos. Temos a evolução da carreira de Frank Zappa, as ligações de vários movimentos estéticos e o percurso de Carolee Schneemann, uma artista plástica americana. Tudo numa imagem ampla com a maior quantidade de informação possível para que possamos perceber as conexões com o olhar. Desta forma, o conteúdo de cada trabalho não é apenas moldado por factos concretos: existe também uma interpretação por parte do artista, da forma como ele vê os factos e como os relaciona. Estes desenhos são o resultado desse processo de modelação.
Assemelhando-se a páginas de agenda, estas pinturas foram feitas a óleo, demorando meses a angariar e organizar a informação de uma simples página. Só depois de existir uma versão final a lápis, é que Shelley transforma o esboço em pintura.
Shelley é um artista de Brooklyn especializado em projectos mistos de escultura e instalações. Além destes diagramas, nos últimos anos tem se dedicado também a trabalhos de arquitectura. Já expôs em mais de 10 países e já trabalhou também em publicidade, construção, teatro, música e foi ainda professor.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Momento de reflexão

Meus prezados e minhas prezadas leitores e leitoras. Não esperem reflexões geniais tão cedo. Vou pensar um pouquinho anters de opinar sobre o futuro de nosso estado e nossa pátria.