Li o boletim do PT Amplo, corrente que abriga as ideias de Tarso Genro no RS. Bem feito e coisa e tal. O que me impressionou foi a virulência do ataque à CNB. Acho que esse negócio de propor a cabeça de chapa para o PMDB não prospera, mas é possível enfrentar o debate político sem ridicularizar o adversário, ou rebaixar os argumentos.
Tarso tem estatura política e apoios suficientes para fazer um debate maior que o boletim de sua campanha está fazendo. Tarso será o candidato do PT. Não tenho dúvidas. O único problema é ver se ele consegue ser candidato não apenas porque tem maioria, mas porque conseguiu construir um consenso majoritário.
O costume do PT construir alternativas internas na base de um embate ácido demais sempre deixou sequelas negativas. Tarso já sofreu esse tipo de ataque quando foi o candidato em 2002. Alguém lembra? Circulava um adesivo que dizia: Olívio, sim; PL não, contestando a coligação feita em nível nacional. Naquele tempo, PTA e CNB eram a mesma coisa e a DS defendia (com razão) a candidatura de Olívio à reeleição. Na política e na vida, é comum mudar de opinião. O problema é mudar de opinião e adotar um modo de enfrentamento político que se condenou em outra ocasião.
Retorno a uma pergunta já feita em outra postagem: E se o intelectual orgânico fosse candidato à presidência? O que pensaria do apoio do PMDB do RS?