sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Blog do Noblat é multado por fazer propaganda eleitoral para Athur Virgílio

De: Amigos do Presidente Lula
http://issuu.com/blogdoholanda/docs/doc_-_19-09-12_18-26_1_/7
A juíza coordenadora da propaganda eleitoral Naira Neila Batista de Oliveira Norte, na quinta-feira (4), condenou com multa por desobediência às leis eleitorais o candidato Arthur Virgílio (PSDB),e três blogs. O UOL/A Crítica não deu nome aos bois, mas um deles é o blog do Noblat, do jornal "O Globo".
A condenação foi pela veiculação de textos e imagens como peças publicitárias negativas, ridicularizando a agressão sofrida pela prefeiturável Vanessa Grazziotin (PCdoB), com ovos e cuspe, ocorrida durante um debate político, no dia 11 de setembro. Os textos e vídeos falavam em "farsa do ovo" e "farsa desmascarada", querendo negar os fatos verídicos e provados, inclusive registrados em ocorrência policial.
A juíza primeiro proibiu aos blogs fazer a campanha eleitoral negativa, ordenando a retirada da propaganda degradante disfarçada de texto ou imagens. Como desobedeceram foram multados.
Conforme a decisão da juíza, a coligação, o candidato Arthur e seu vice, foram condenados a pagar R$ 10 mil, cada um, por desobediência. Os três blogs foram multados em R$ 65 mil.

Quenianos ganham ação contra Reino Unido por tortura colonial

DA REUTERS, EM LONDRES
Três quenianos idosos torturados pelas forças coloniais britânicas podem processar o Reino Unido, decidiu nesta sexta-feira um tribunal de Londres. O veredito pode estimular outros que se sentiram lesados pelo antigo Império Britânico a entrar na Justiça contra o país.
O governo do Reino Unido tentava há três anos bloquear a ação dos quenianos e se disse "desapontado" com a decisão judicial. Seus representantes afirmam que vão recorrer.

Carl Court/AFP
Da esq. para dir., Wambugu wa Nyingi, Jane Muthoni Mara, Paulo Nzili e outro queniano protestam do lado de fora de tribunal de Londres, em 2011
Da esq. para dir., Wambugu wa Nyingi, Jane Muthoni Mara, Paulo Nzili e outro queniano protestam do lado de fora de tribunal de Londres, em 2011

Paulo Nzili, 85, Wambugu Wa Nyingi, 84, e Jane Muthoni Mara, que tem cerca de 73 anos, sofreram castração, espancamentos e estupro enquanto estiveram detidos, nos anos 1950. Os crimes aconteceram durante conflitos entres as forças britânicas e seus aliados quenianos e o movimento Mau Mau, que lutava por liberdade política e por posse de terras no Quênia. Na época, o país era uma colônia do Reino Unido na África.
O trio quer que autoridades britânicas se desculpem oficialmente e que paguem indenização às vítimas quenianas por tortura na época colonial.
Eles não estiveram presentes no julgamento, mas são esperados para uma coletiva de imprensa em Nairóbi, ainda nesta sexta-feira.
O juiz Richard McCombe, responsável pelo caso, pronunciou-se dizendo ter chegado à conclusão de que "um julgamento justo sobre os eventos ainda é possível, e que os dois lados têm evidências convincentes, de maneira que o tribunal pode julgar satisfatoriamente a ação."
O governo britânico disse, num primeiro momento, que a responsabilidade sobre os eventos das revoltas Mau Mau passaram para o Quênia quando o país obteve sua independência, em 1963. McCombe rejeitou esse argumento em 2011.
O Reino Unido então passou a defender que as reclamações foram levadas à Justiça muito depois do limite legal, mas, de acordo com McCombe, a ampla documentação do caso torna possível um julgamento justo.
O advogado dos quenianos, Martyn Day, declarou que o governo deveria parar de usar técnicas para evitar enfrentar o caso e, em vez disso, negociar com os autores da ação, porque já são "idosos e frágeis."
"Sem dúvidas, outras vítimas de tortura colonial irão acompanhar esse julgamento com muito carinho, da Malásia ao Iêmen, do Chipre à Palestina", acrescentou.
"Não discutimos que os autores da ação não tenham sofrido tortura e outros maus tratos nas mãos da administração da colônia", comunicou o ministério das Relações Exteriores britânico. Mesmo assim, as autoridades irão recorrer.
HISTÓRIA
Nzili, forçado a se juntar ao Mau Mau em 1957, foi preso enquanto voltava para casa, já tendo abandonado o movimento. Ele foi castrado enquanto estava detido.
Nyingi, que jamais foi membro do movimento Mau Mau, foi preso em 1952 e ficou nove anos em detenção, sem acusações. Ele sofreu diversos espancamentos, inclusive um em que 11 detentos morreram e ele, muito machucado, foi deixado para morrer numa pilha de cadáveres por três dias.
Mara, então uma garota de 15 anos, sofreu abuso sexual e estupro com uma garrafa de água fervente.
Entre 1952 e 1961, o movimento Mau Mau atacou alvos britânicos no Quênia, causando pânico e alarmando até mesmo a sede do governo em Londres.
LONDRES, 5 Out 2012 (AFP) -Um tribunal britânico aceitou nesta sexta-feira a demanda apresentada contra o Reino Unido por três quenianos do movimento "Mau Mau" que afirmam ter sido vítimas de crimes durante a era colonial no Quênia. O juiz do Tribunal Superior de Londres, Richard McCombe, considerou que "um julgamento justo nesta parte do caso continua sendo possível e que as provas das duas partes continuam sendo consideravelmente convincentes para que o tribunal possa desenvolver sua tarefa de maneira satisfatória". A decisão foi anunciada três meses depois da ação ter sido examinada em uma audiência de 15 dias. Jane Muthoni Mara, Paulo Muoka Nzili e Wambugu Wa Nyingi, que não compareceram nesta sexta-feira ao tribunal, afirmam ter sofrido torturas e abusos sexuais em campos de detenção durante o levante Mau Mau contra os colonizadores britânicos nos anos 1950. Segundo os advogados, Mara foi vítima de abusos sexuais, Nzili foi castrado e Nyingi duramente agredido. Os três querem um pedido de desculpas do governo britânico e a criação de um fundo para as vítimas. O julgamento pode estabelecer jurisprudência para quase mil quenianos que foram vítimas de repressão e continuam vivos. A brutal repressão da revolta Mau Mau provocou mais de 10.000 mortes entre 1952 e 1960, três anos antes da independência do Quênia. Dezenas de milhares de pessoas foram presas, incluindo o avô do presidente dos Estados Unidos Barack Obama.

Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2012/10/05/justica-britanica-aceita-acao-de-quenianos-por-crimes-da-era-colonial.jhtm

Eleições em Porto Alegre: mais uma pesquisa


Divulgada pesquisa Ibope para a prefeitura de Porto Alegre

Em clicrbs

05 de outubro de 2012 0
José Fortunati, do PDT, tem 50% das intenções de voto. Manuela D'Ávila, PC do B, tem 24%. Adão Villaverde, PT, 10%. Wambert di Lorenzo, PSDB, 2%. Roberto Robaina, PSOL, 1%. Jocelin Azambuja, PSL, e Érico Correa, PSTU, não pontuaram. Brancos, nulos, 5%. Indecisos, 8%. A pesquisa Ibope ouviu 1001 eleitores na capital entre 3 e 5/10. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pelo Grupo RBS e registrada no TRE com o número 00 442/2012.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Hollywood entre a Esquerda e a Direita

por em 03 de out de 2012 às 02:56
“Guerra Fria, Macarthismo e Hollywood. O senador e sua política repressiva contra jornalistas, militares e todo o meio artístico hollywoodiano. A destruição da carreira de muitos por uma lista que marcou a história do cinema mundial. Um Oscar honorário criticado por muitos artistas e o retrato de um dos jornalistas mais influentes de uma época conturbada."
Guerra Fria é o termo utilizado para designar o período histórico que se iniciou após a Segunda Guerra Mundial (1945) e durou até a extinção da União Soviética (1991). Foi marcado pela disputa política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre os Estados Unidos da América (capitalista) e a União Soviética (comunista).
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A Guerra Fria teve um impacto em todos os setores enquanto existiu, criando uma onda de terror pelos Estados Unidos e seus aliados em relação a comunistas e simpatizantes do mesmo. Toda e qualquer pessoa que estivesse relacionado a política soviética era visto com maus olhos por todos.
Partindo desse principio, surgiu uma política chamada Macarthismo. Essa política foi implantada pelo Senador Joseph McCarthy e começou nos anos 40 persistindo até os anos 50. A política foi marcada pela grande repressão a qualquer atividade que ligasse algum cidadão ao Partido Comunista ou qualquer atividade relacionado ao mesmo, tratando todos os investigados como um risco para a segurança nacional do país. A política possuía uma grande falha, onde suas acusações eram sempre baseadas em argumentos de pouca força, como boatos, rumores e provas ultrassecretas que não podiam ser liberadas para o réu, para impressa e para a nação, sendo um dos mais fortes motivos para considerarem uma violação dos direitos humanos e até mesmo uma forma de censura.
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Mesmo com essas falhas a política do senador foi empregada impiedosamente por ele. Atingindo todos os setores, como os militares, a mídia televisiva e o cinema hollywoodiano. Durante esse período de repressão, foi criada uma lista chamada de “A Lista Negra de Hollywood”, onde o nome de roteiristas, atores, jornalistas, diretores e outros artistas eram colocados pela indústria do entretenimento como forma de negar emprego aos supostos comunistas e simpatizantes.
Não era preciso muito para entrar para a lista, apenas defender alguma ideia de esquerda ou simplesmente ter acesso a algum jornal considerado de esquerda pelo governo. A carreira de grandes artistas foi destruída por conta dessa lista. Alguns dos nomes que integraram essa lista foram Charles Chaplin, que foi proibido de voltar ao país após uma viagem a Europa; a atriz Barbara Bel Geddes, conhecida pelo seu trabalho na primeira versão do seriado Dallas; John Cromwell um cineastas americano, e inúmeros outros nomes que foram esquecidos pelo publico devido a lista.
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A Lista Negra recebeu ajuda de um artista, Elia Kazan, um ex-membro do partido comunista que acabou fazendo um acordo com o governo americano, divulgando nomes que faziam parte do CPUSA (Communist Party of the United States of America, em português Partido Comunista dos Estados Unidos da América). Enquanto fazia parte do partido teve acesso a inúmeros nomes e documentos que serviram como prova para o governo. Elia se tornou um cidadão americano e foi homenageado com uma medalha pelo governo. Sua atitude foi condenada pelo meio artístico e considerada até uma traição por muitos. Em 1999, recebeu um Oscar pelo conjunto da obra, um prémio honorário. Artistas como Ed Harris, Holly Hunter, Ian McKellen, Ed Begley Jr. Se recusaram a aplaudi-lo enquanto outros levantavam. O pai do ator Sean Penn foi vitima dessa lista, por conta disso foi a publico e se declarou abertamente opositor a decisão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (órgão realizador da premiação), outros artista também fizeram declarações.
Defensores de Elia Kazan dizem que o acusa-lo de ter destruído carreiras é sem fundamento, pois os nomes já integravam a lista do governo. Em contra ponto, reafirmam que a atitude dele demonstrou seu apoio a política repressiva. Elia também foi homenageado com um lugar na Calçada da Fama, no numero 6800 do Hollywood Boulevard.
O macarthismo é um assunto até hoje polémico que foi retratado em um filme de 2005, estrelado por George Clooney (como Fred Friendly, coprodutor com Murrow do “See It Now”) e David Strathairn (como Edward R. Murrow, jornalista e personagem do programa de TV da CBS “See It Now”). Clooney também é diretor e roteirista do filme. “Boa Noite, e Boa Sorte” conta a história de Edward R. Murrow, um jornalista que foi famoso pelas transmissões de rádio durante a Segunda Guerra Mundial e que sempre se manteve contra a política imposta pelo Senador Joseph McCarthy. O filme retrata exatamente esse período de conflito com o senador. O filme recebeu o título Boa Noite, e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck) devido ao fato de ser a frase com que Edward R. Murrow sempre terminava seus programas.
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A Guerra Fria gerou épocas de muito horror e desrespeito, mas também causaram grandes revoluções em inúmeros setores, fatos que até os dias atuais podem ser percebido, e não apenas no cinema hollywoodiano, em inúmeros outros setores, como a própria política e socialmente com um grande avanço do respeito mutuo de crenças e opções pessoais. Os direitos humanos também receberam um impulso após esse período.

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terça-feira, 2 de outubro de 2012

MP investiga suspeita de uso da máquina pública para fins eleitorais em Porto Alegre

De: Sul 21

Líderes partidários ligados à coligação de Manuela D'Ávila apresentaram publicamente a denúncia em coletiva | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Samir Oliveira
O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul irá investigar uma denúncia de utilização da máquina pública para fins eleitorais em Porto Alegre. O promotor eleitoral Mauro Rochemback iniciou a investigação nesta segunda-feira (1), após receber a denúncia da coligação Juntos por Porto Alegre (PCdoB, PSD, PSB, PSC e PHS), da candidata Manuela D’Ávila.
Na sexta-feira (28), todos os 36 vereadores receberam um envelope contendo uma denúncia anônima de uma moradora do bairro Rubem Berta, que estava indignada com a forma como havia sido conduzida uma reunião do Orçamento Participativo (OP) na região. O encontro havia acontecido na quarta-feira (26) e, na ocasião, conselheiros do OP e assessores da prefeitura prometeram o encaminhamento de obras na região e pediram votos ao prefeito José Fortunati (PDT) e a Cássio Trogildo (PTB) – que se licenciou da Secretaria de Obras e Viação (Smov) para concorrer a uma vaga na Câmara Municipal.
A moradora encaminhou aos parlamentares uma gravação de mais de 40 minutos de toda a reunião. Nesta terça-feira (2), os líderes partidários da coligação de Manuela D’Ávila concederam uma coletiva à imprensa para anunciar o caso e entregar cópias da gravação aos jornalistas.
“Vivemos de política a cada dois anos”, diz assessor da Smov
O chefe da Assessoria Comunitária da Smov, Antônio Olímpio Guimarães Filho, conhecido como Toninho, esteve na reunião do Orçamento Participativo do dia 26 de setembro para pedir votos para o prefeito José Fortunati e para seu chefe, o secretário Cássio Trogildo – que está licenciado da pasta para concorrer ao cargo de vereador.
Na reunião, com cerca de 60 moradores do Rubem Berta, Toninho promete o asfaltamento de uma rua do bairro. “Vocês podem ter certeza que na semana que vem vamos estar trabalhando”, assegurou. De fato, a obra em questão começou nesta terça-feira (2).
Em seu pronunciamento, Toninho fez referência a várias obras que, segundo ele, teriam sido tocadas por determinação do “secretário Cássio”. Ele não poupou elogios ao chefe. “Ele atende a todos que vem procurar. Vivemos de política a cada dois anos. Quem está no governo, quem não é concursado, se disser que não vive de política, é mentira”, diz o assessor comunitário da Smov, acrescentando que é por esse motivo que ele foi na reunião “anunciar um serviço que em alguns dias vamos estar realizando”.
"Se é asfalto por voto, o caderno do OP pode ser rasgado", diz carta anônima que acompanhava material entregue a vereadores de Porto Alegre: "Mesmo no anonimato, peço muito a ajuda de vocês" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Toninho demonstra bastante confiança na reeleição do prefeito José Fortunati. “Daqui a dois anos vamos voltar aqui para poder dizer para vocês que vamos continuar fazendo mais. Tanto o Fortunati como prefeito, como o Cássio, que vai retornar para a Secretaria de Obras. É que nem se diz: quando o cliente é bem atendido, ele retorna para a casa. E nós vamos ser bem reconhecidos pela sociedade, vamos retornar para a Smov e vamos fazer mais por vocês”, assegurou.
No encerramento de sua fala, o assessor da prefeitura demonstra ainda mais confiança e diz que o prefeito vencerá no primeiro turno. “Quando vocês menos esperarem, as máquinas vão estar aqui trabalhando. Fortunati fez e está fazendo. E, juntamente com o Cássio, vão fazer muito mais. As pesquisas já estão mostrando mais de 47% de aprovação do eleitorado. Isso quer dizer que vai ter vitória no primeiro turno. As eleições vão acabar logo, logo”, conclui Toninho. As últimas palavras do seu pronunciamento são os números eleitorais de Fortunati e de Cássio Trogildo.
Conselheiro do OP distribui material de campanha durante a reunião
O conselheiro Maurício Melo, do Orçamento Participativo, foi o mais empolgado cabo eleitoral do prefeito e de Cássio Trogildo na reunião de quarta-feira (26). Apesar de ser uma reunião para discutir as demandas dos moradores no OP, ele disse que estava lá como “amigo” do secretário licenciado da Smov. “Estamos aqui como amigos do Cássio”, argumentou, citando, em sua fala, o chefe da Assessoria Comunitária da Smov, Antônio Guimarães Filho, o Toninho.
O pronunciamento de Maurício Melo foi, o tempo inteiro, dedicado à eleição de Cássio Trogildo. “Com a ajuda de vocês, o Cássio vai se eleger o vereador mais votado dessa cidade”, conclamou.
Em seguida, Maurício Melo fez referência ao material de campanha do candidato, que estava sendo distribuído na reunião do OP. “Aqui tem uma prestação de contas, como secretário, do que o Cássio fez. É a política diferenciada, primeiro eu vou fazer, primeiro eu vou plantar para colher na comunidade. Então é isso, é uma política diferente”, elogiou.
O tom de ato de campanha prevaleceu o tempo inteiro na reunião. “Quero pedir para vocês, pessoal, saiam daqui hoje e entrem nessa campanha do Fortunati e do Cássio. Entrem nessa campanha a fundo, com os parentes, levem o material, que vocês vão fazer parte de uma história de mudança aqui no Rubem Berta. O Cássio vai voltar para a Secretaria de Obras, se Deus quiser e se a comunidade quiser”, exaltou.
"Estão usando máquina pública como nunca antes em Porto Alegre", denunciou Nelcir Tessaro (PSD), vice na chapa de Manuela | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
O conselheiro do OP terminou seu discurso pedindo que os moradores do bairro colocassem materiais de campanha do secretário licenciado da Smov em suas casas. “Aqui tem a faixinha para aqueles que puderem colocar na frente da sua casa. Ou vão pedir para botar no vizinho. Levem as faixinhas. Tem aqui o materialzinho, nos ajudem”, solicitou.
Comerciante também faz campanha durante reunião e oferece alimentos à população
A reunião com integrantes do OP ocorreu a pedido do comerciante Alcindo Lintener. Em seu discurso, ele se mostrou um animado cabo eleitoral do prefeito José Fortunati e de Cássio Trogildo.
“Precisamos nos mobilizar, convocar os familiares, precisamos nos mobilizar de verdade para trazer essas duas figuras para o desenvolvimento de Porto Alegre, para o crescimento da nossa cidade”, conclamou.
Conhecido como Lu, Alcindo disse, no pronunciamento, que colocou salsichão e pãozinho à disposição dos moradores na reunião. “Para encerrar, muito obrigado pela presença de vocês aqui, muito obrigado pela presença de todos. E quem quiser participar, eu botei ali um salsichãozinho, eu botei ali um pãozinho, para sair daqui com o estômago forrado. E depois é só alegria”, animou-se.
“Há indícios de uso da máquina administrativa” reconhece promotor eleitoral
O promotor eleitoral Mauro Rochemback já ouviu toda a gravação da reunião do Orçamento Participativo denunciada ao Ministério Público e reconhece que há indícios de utilização da máquina pública para conquista de votos. “Os indícios do uso da máquina administrativa estão ali. Foi uma reunião envolvendo funcionário de uma secretaria pedindo votos”, observa.
O promotor já instaurou um procedimento investigativo e garantiu que começará nesta quarta-feira (3) a expedir ofício intimando as pessoas que participaram da reunião a deporem. Mauro Rochemback disse que não tem como avaliar, ainda, se a denúncia pode atingir a candidatura de José Fortunati à reeleição. “Ainda não tenho a dimensão da investigação. Há referência ao prefeito, as pessoas pedem votos para os dois”, explicou, em referência ao secretário licenciado de Obras e Viação, Cássio Trogildo.
O promotor disse que não há tempo para impedir a candidatura de Cássio, mas assegurou que, se for comprovado o uso da máquina pública, sua investigação poderá impedir a diplomação do petebista, caso ele consiga ser eleito.

Campanha de Fortunati diz que denúncia é “última tentativa da oposição”
Coordenador da campanha de José Fortunati, o deputado federal Vieira da Cunha (PDT) assegura que não há utilização da máquina pública para fins eleitorais por parte da prefeitura. Ele diz que a denúncia feita pela candidatura de Manuela D’Ávila é “infundada”.
Vieira da Cunha: "a denúncia é infundada e tem motivações políticas" | Foto: Leonardo Prado /Ag.Câmara
“A denúncia é infundada e tem motivações políticas. É uma última tentativa da oposição, que sabe que será derrotada. O Toninho estava no direito de fazer campanha, tenho absoluta convicção de que não houver uso da máquina pública para arrecadar votos”, declarou em entrevista ao Sul21.
Em nota divulgada pela campanha do prefeito, Vieira disse que o asfaltamento da rua em questão no bairro Rubem Berta seguiu os trâmites legais do Orçamento Participativo. “A obra em questão foi solicitada pela Associação Comunitária dos Moradores do Residencial Rubem Berta em agosto de 2011, passou por todas as instâncias de participação popular e desde 30 de setembro está programada para ser realizada, inclusive com publicação no portal da prefeitura”, justificou.
A reportagem tentou contato com Cássio Trogildo, mas seu telefone estava desligado

Antes de toda grande obra de arte

por em 01 de out de 2012 às 23:51
As 'verdadeiras' histórias da arte
Lançado na França, o "Les (vraies!) histoires de l’art" conta de forma bem humorada quais são as histórias ocultas por trás das pinturas de mestres do ocidente. No livro, Sylvain Coissard e Alexis Lemoine mostram como as obras de pintores como Leonardo da Vinci, Monet e Renoir, entre outros, chegaram ao seu resultado, através das imagens do que haveria se passado antes da (famosa) cena final. Eis algumas dessas releituras:
"O Grito", de Edvard Munch:
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"O Desesperado", de Gustave Coubert:
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"O Almoço dos Remadores", de Auguste Renoir:
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"Napoleão abdicando em Fontainebleau", de Paul Delaroche:
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"O Quarto", de Vincent van Gogh:
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"A ressurreição de Lázaro", de Rembrandt:
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O livro, publicado pela editora Palette (2012), reconta a história de 23 pinturas.

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Vestidos de Frida Kahlo são expostos pela primeira vez

Roupas usadas pela pintora Frida Kahlo serão expostas na Cidade do México
Roupas usadas pela pintora Frida Kahlo serão expostas na Cidade do México


DA REUTERS
Os coloridos vestidos da pintora mexicana Frida Kahlo serão expostos pela primeira vez em novembro, após passarem meio século escondidos por solicitação do marido dela, o aclamado muralista Diego Rivera.
Curadores da "Casa Azul", museu dedicado a Kahlo na Cidade do México, descobriram 300 vestidos, trajes de banho, acessórios e fotos em 2004, e agora estão preparando a exposição de 22 itens de um guarda-roupa que fez da artista um ícone de estilo.
"Devemos lembrar que Frida, como Diego, queria que as cores, o traje e a cultura das mulheres mexicanas fossem públicas e conhecidas", disse Carlos Philips, diretor dos museus que expõem a obra de Kahlo e Rivera.
Kahlo, que morreu de pneumonia em 1954, aos 47 anos, teve uma vida conturbada por causa de problemas físicos e relacionamentos amorosos. Ela foi ligada ao Partido Comunista Mexicano e defendia ardorosamente a cultura tradicional do seu país.

Claudia Daut/Reuters

Vinte anos depois, massacre no Carandiru ainda aguarda julgamento



A ação policial que matou 111 presos na Casa de Detenção de São Paulo em 1992 - episódio conhecido como "massacre do Carandiru" - completa 20 anos nesta terça-feira sem que nenhum de seus responsáveis tenha sido punido.
Apenas na semana passada, poucos dias antes do 20º aniversário da carnificina, a Justiça de São Paulo decidiu agir.
Foi marcado para 28 de janeiro de 2013 o julgamento de 28 dos mais de 100 policiais militares acusados por homicídios e lesões corporais no episódio.
Até então, o comandante da operação, o coronel Ubiratã Guimarães, havia sido julgado e absolvido por ter agido no "estrito cumprimento do dever". Ele foi assassinado em seu apartamento em 2006.
Contudo, a Justiça não autorizou a realização de exames de balística nas mais de 390 armas usadas pelos policiais no caso para serem usados como prova no julgamento, segundo a advogada Ieda Ribeiro de Souza, defensora de 79 policiais acusados.
Isso dificultará o trabalho da promotoria para ligar os assassinatos a policiais específicos. O juiz do caso entendeu que a realização dos exames não seria possível por questões técnicas.
O aniversário do massacre será lembrado em um ato ecumênico organizado por entidades de defesa dos direitos humanos às 15h desta terça-feira em frente à catedral da Sé, no centro de São Paulo.
A Casa de Detenção de São Paulo foi implodida em 2002, dando lugar a um parque público.

Banho de sangue

O massacre do Carandiru começou na tarde de 2 de outubro de 1992, quando dois detentos provocaram uma briga no pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo.
O desentendimento rapidamente se transformou em tumulto e depois rebelião.
Temendo que o motim se alastrasse para o resto do complexo, o diretor do presídio, José Ismael Pedrosa, pediu ajuda da Polícia Militar e o local foi cercado por uma tropa de choque.
No fim da tarde, Guimarães foi autorizado a invadir o local e liderou uma tropa de policiais que usou munição letal, facas, cães e bombas para conter a rebelião.
"Não pensamos que iam entrar e matar todo mundo, até porque nem todos os presos tinham aderido à rebelião", disse à BBC Brasil o pastor evangélico Jacy de Oliveira, de 47 anos, que, na época, cumpria pena no Carandiru por roubo a uma mansão.
"Os policiais começaram a matar todos que estavam pela frente. Atiravam nas pessoas e depois as jogavam no poço do elevador. Muitos também morreram atacados por cachorros. Os cães foram soltos na barbearia, para onde estavam sendo levados os feridos", afirmou.
Oliveira afirmou que os policiais fizeram uma espécie de corredor humano para retirar os detentos dos cinco andares do edifício.
"Eu estava no quinto andar. As pessoas passavam entre os policiais. Quem olhava para eles era morto. Os presos tinham espalhado óleo nas escadas. Quem escorregava e caía durante a descida também era assassinado", afirmou o ex-detento.
Oliveira, que há 15 anos se tornou pastor, atribui o fato de ter sido espancado, porém não assassinado, a um milagre. "Deus não queria que eu morresse porque sabia que eu me entregaria a ele", disse.
Ele afirmou que, à época, cumpria uma sentença injusta e até hoje aguarda indenização do Estado.

Defesa

Souza, a advogada dos policiais, afirma que alguns deles admitem ter disparado munição real contra os presos. Contudo, sua defesa deve se basear no fato de que eles cumpriam ordens ao invadir o presídio - agindo assim de forma supostamente legítima.
Também servirá de argumento para a defesa a não realização da perícia nas armas dos policiais - o que em tese impede que a Justiça ligue tecnicamente cada assassinato a seu autor.
"Devo pedir a absolvição deles por falta de provas", afirmou a advogada.
Ela disse ter sido favorável à realização dos exames de balística e afirmou que as ações da defesa não contribuíram para a lentidão do processo.
O padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, afirmou estar indignado com a não realização da perícia e a demora para a marcação do julgamento.
"Isso é resultado da falta de interesse do Estado e do Judiciário", afirmou.
Silveira disse esperar que o julgamento resulte no afastamento dos cargos públicos dos envolvidos no massacre e facilite o pagamento de indenizações para as famílias das vítimas.
"Mandar todos eles para a cadeia não resolveria o problema", disse.
O caso será julgado no Tribunal do Júri e, mesmo em caso de eventual condenação, a defesa dos policiais pode recorrer.
Para o religioso, o aniversário do massacre também servirá para uma reflexão sobre o problema da superlotação do sistema prisional brasileiro. Atualmente, o país tem mais de 500 mil presos - a quarta maior população carcerária do mundo - e um deficit de quase 200 mil vagas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Crianças pré-escolares pensam e aprendem como cientistas



Por em 1.10.2012 as 18:00
Uma pesquisa da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA) revelou que crianças muito novas pensam como “cientistas”.
Elas “analisam” padrões estatísticos, fazem “experiências” e aprendem observando colegas. O que elas estão aprendendo? A viver.
A principal pesquisadora do estudo, Alison Gopnick, que estuda a aprendizagem e o desenvolvimento infantil, explica que as crianças aprendem sobre o mundo ao seu redor de forma semelhante a que os cientistas conduzem estudos.
Claro que eles não fazem isso conscientemente. Mas também não fazem de forma aleatória.
Os experimentos das crianças são as brincadeiras. A partir desses “experimentos”, elas são capazes de “analisar” probabilidades e fazer inferências causais, além de aprender por observação de terceiros. Experiências mostram que crianças tão novas quanto 2 anos podem inconscientemente captar padrões estatísticos e usar essa informação para resolver problemas.
Por exemplo, em um experimento conduzido por Gopnick, crianças a partir de 2 anos observaram que uma máquina acendia e tocava música quando certos objetos eram colocados sobre ela.
As crianças viram que, quando colocado sobre a máquina, um bloco ativava luzes e música duas a cada três vezes. Um segundo bloco ativava luzes e música duas a cada seis vezes que era colocado na máquina.
Em seguida, os experimentadores pediram que as crianças fizessem a máquina acender suas luzes e tocar música. “Elas viram a máquina ativar duas vezes em ambos os casos, mas se elas estivessem calculando a probabilidade da máquina ativar, deveriam preferir o primeiro bloco, que a ativou duas a cada três vezes”, explica Gopnick. E foi exatamente isso que elas fizeram.
Outras pesquisas indicam que “brincar” é a maneira das crianças “experimentarem”. “No caso do experimento da máquina, as crianças espontaneamente passaram a ‘brincar’ com ela, como se fizessem um monte de experiências que lhes deram as informações de que precisavam para descobrir como o brinquedo funcionava”, argumenta Gopnick.
Outra forma que crianças pequenas têm de aprender é observando as ações dos outros e as suas consequências.

Ensinar x experimentar

Segundo Gopnick, a pesquisa mostra que é importante deixar a criança descobrir certas coisas sozinha quando está crescendo.
Ser ensinado de como fazer alguma coisa tem vantagens tanto para as crianças quanto para os cientistas, mas também tem desvantagens. “Ser ensinado sobre algo, em vez de explorá-lo por conta própria, desencoraja exploração que pode levar a novas conclusões”, diz Gopnick.
Isso significa que, ao invés de fazer os primeiros anos escolares mais acadêmicos, os educadores deveriam expor as crianças a um ambiente mais lúdico, que proporcione experiências em que elas tenham que pensar para chegar a conclusões, sem obter instrução direta.
“Eu acho que esta nova pesquisa mostra que as crianças têm habilidades cognitivas incríveis aos 2, 3 e 4 anos. Elas devem tocar, experimentar, explorar. Se o ambiente pré-escolar for muito acadêmico, mais como escola, nós realmente não estamos incentivando as crianças a fazer o trabalho de profundidade científica e cognitiva que elas são capazes de fazer”, conclui.[LiveScience, NSF, ScienceIllustrated

Morreu Eric Hobsbawm!

Faleceu hoje, 1º de outubro, o historiador Eric Hobsbawm. Lamentável, mas a hora chega para todo mundo.
Formado nas sendas do "materalismo histórico", Hobsbawn não ficou preso a esquemas dogmáticos de interpretação da realidade.
Autor de obras históricas de fôlego,atualmente, Hobsbawm dedicava-se a escrever artigos mais curtos e conceder entrevistas analisando a complexa realidade do mundo de hoje pela ótica do historiador. Marxista consagrado, não agradava à direita e ao buscar a interpretação da realidade sem a ideia da "missão histórica do proletariado", passou a não agradar certa esquerda mais preocupada em provar que Marx estava sempre certo do que em ser marxista de acordo com a realidade concreta do mundo de hoje.
Foi-se Hobsbawm e não me parece haver nenhum historiador vivo com sua estatura moral e intelectual.
Leia uma significativa e recente entrevista do historiador AQUI