quinta-feira, 23 de abril de 2009

Comunicassão

Tá no site da Prefeitura. Rebatizaram o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) para Pacto de Aceleração pelo Crescimento. Confiram vocês mesmos: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?reg=106324&p_secao=3&di=2009-04-23

Debate sobre Lei Rouanet

Quinta-feira, dia 30/4, às 14h,o Ministro da Cultura vem a Porto Alegre falar sobre as mudanças na Lei Rouanet. Será na Assembléia Legislativa. Esses dias li a Época (o braço da Globo no mundo das revistas). Caíram de pau em coma das propostas de mudança. Faço uma sugestão: verifiquemos quantos dos patrocinadores da Época são beneficiados com as renúncias fiscais possibilitadas pela Lei Rouanet. Independência editorial é isso.

Dá-lhe Joaquim Barbosa



Dá-lhe Joaquim Barbosa!

Passagem para a crise



É verdade que o Congresso Nacional abusa de nós. Porém, acho que há uma inflação da crise por parte dos meios de comunicação. A sempre lúcida Céli Pinto comentou que: "vigiar, denunciar, criticar: sim, mas não dá para ficar criando um clima de fim de mundo, de caos político". Foi mais ou menos o que ela disse é o que eu penso. A crítica e a vigilância fazem parte da democracia, mas questionar a maturidade da democracia brasileira em função das práticas do parlamento é exagerado.

Dia desses vi um documentário sobre o suicídio de Getúlio. Aquilo sim foi crise. De crise em crise, chegamos ao golpe, dez anos depois. O que me preocupa, é que alguns falam a mesma coisa, usam a mesma conversa para esconder suas intenções. Outros, como fez o PCB naquele tempo, fazem coro com o falso moralismo.

O fato é que, gostem ou não gostem, o Brasil é outro, o Lula não é o Getúlio e o Carlos Lacerda já morreu (felizmente).

Um pouco de cultura


Ontem (22/4) fui na Temática de Cultura do OP. Tá tudo cada vez pior. É bem verdade que eu me atrasei, mas cheguei a tempo de ver a fala de encerramento da secretária de cultura (a verdadeira, a que manda no negócio) e da Clênia Maranhão. O Ségius Gonzaga não foi. Pilatos também não foi. Não foi , mas deixou suas representantes bem orientadas. Não comentaram nada do que foi dito. Aliás, esse é o estilo Pilatos, não comenta o que é dito, não responde o que é perguntado.

Ano passado, tive que ouvir a conversa de que as obras do Araújo seriam inicadas em sessenta dias! Esse ano, ao menos não contaram essa mentira.

Votei na chapa um; perdi. O pior é que ganhar a eleição do conselheiro do OP tornou-se algo simbólico. O esvaziamento político do OP é evidente e a prefeitura faz o que acha que deve fazer. Pelo menos não têm a minha concordância.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Imprensa investigativa

Gostaria que o esforço para saber quem pagou a passagem do Protógenes fosse utilizado para saber como anda o caso Marcelo Cavalcante. O problema é que a capacidade investigativa do PIG vai até onde o Google o leva. A não ser que haja um interesse forte. Aí não há limites

Chega de destruição e impunidade!


A organização DEFENDER, dedicada à proteção do patrimônio histórico está em uma campanha de recolhimento de assinaturas em defesa do Patrimônio Cultural do Rio Grande do Sul. Clique no link abaixo e junte-se à petição eletrônica que eles estão encabeçando. É uma instituição séria e a causa é nobre.
Chega de destruição e impunidade!

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Somos todos iguais nesta noite


Agora, resolveram pegar no pé da Luciana Genro. Tudo por causa das passagens cedidas ao Protógenes. Em princípio, não vejo maiores problemas, mas... considerando o moralismo estrito e o ranço udenista do discurso do PSOL, acaba sendo um caso parecido com o dinheiro da Gerdau. A deputada diz que recebeu muito menos que os outros partidos que concorreram, mas... esse é o melhor argumento? A festa que a mídia faz sobre esse tipo de ação do PSOL é uma resposta ao ativismo moral(ista) do partido. é difícil ficar livre de alguma acusação. A partir de qual valor, por exemplo, passa a ser inaceitável receber doação de uma empresa?
Sobre as passagens, não sei bem o que diz o regulamento, mas deveriam ser para atividades parlamentares e utilizadas por parlamentares e servidores. Até que ponto ceder passagem para alguém não parlamentar tem a ver com a atividade e deve ser pago por recursos públicos. Há diferença entre dar passagem para a Adriane Galisteu, ao Protógenes, a um líder comunitário que busca a implantação de uma estrada, ou a militantes sociais de alguma causa? Sinceramente, acho que sim. Há diferenças que um regulamento da Câmara não seria capaz de prever. Há uma diferença entre convidar amigos para passear em Brasília (tem gosto pra tudo), ou nos estados de origem dos parlamentares e promover a viagem de lideranças, ou representações que busquem algum interesse público, mesmo que não seja um interesse universal. Há diferença entre viajar com a esposa para Paris (caso do deputado Ivan Valente), ou colaborar para que um representante partidário vá a um encontro no exterior (caso do deputado Daniel Almeida)
Não é tão simples diferenciar as "causas justas", como diz a deputada, dos interesses particulares. É a história da pornografia e do erotismo. É mais fácil diferenciar um do outro quando vemos, do que explicar a diferença.
Por tudo isso, quando se fala no desgastado termo "prática republicana" deve-se pensar que ele precisa valer para todos. Não sei se é um caso exclusivamente brasileiro, mas onde há uma brecha na regra, aparece alguém para tirar proveito. Daí, a profusão de leis e regras e os relativismos e absolutivismos éticos que tomaram conta da política brasileira.
A deputada do PSOL está provando do veneno. Acontecerão mais casos, alguns justos, outros injustos. Enquanto isso, assistimos grandes debates sobre temas periféricos e pouca discussão sobre temas profundos e centrais da nossa vida política.