quinta-feira, 25 de junho de 2009

Caim e Abel

Tarso vencerá a disputa no PT, mas o PT deverá sair machucado. O esporte predileto dos petistas tem sido o acirramento dos conflitos. Uma vida sem conflitos não é uma boa vida, uma vida só de conflitos é um inferno. O PT especializou-se em superdimensionar as refregas internas e, depois, disfarçar as cicatrizes sob o discurso da unidade. Tarso deverá ganhar, porque tem mais prestígio social e interno e porque reuniu duas grandes correntes internas: o PT Amplo e a DS. Isso foi um feito. Para quem não lembra, o PT amplo reúne os simpatizantes de Tarso que ficaram olhando de longe todo o primeiro turno da campanha de Olívio em 98. A DS reúne outra parte, que ficou olhando de longe todo o primeiro turno da segunda campanha de Tarso à Prefeitura, em 2000. Ambos, olharam de ladinho toda a campanha de Maria do Rosário à Prefeitura, em 2008. Agora, juntos e com um candidato, vão ir para cima de todo mundo que não rezar pela cartilha "Para unir o PT". Espero estar errado, mas acho que não vai dar certo. Olhando os programas e os discursos, não há grande diferença entre os três postulantes. Cada um é mais Lula e mais Dilma que o outro. Apenas um é ministro, mas isso são circunstâncias. Todos defendem a ampliação das alianças, mas ninguém consegue abrir mão de nada para acomodar os aliados. E por aí vai.
A maior diferença, na minha singela opinião, está no plano intenro, ou seja, quanto cada grupo ocupará na campanha, no futuro (e hipotético) governo e na estrutura partidária. Quem tem maioria, acha que deve ter maioria em tudo; quem tem minoria acha injusto ter minoria em tudo e assim por diante. Já falei e vou repetir, Tarso ganharia muito mais se fizesse moviemntos concretos em favor de uma real unificação, de um consenso de maioria e não de uma maioria pela derrota da minoria. Mas.. quem sou eu para ser ouvido pelo intelectual orgânico?
Como disse Millor Fernandes, é melhor ser pessimista que otimista, pois o pessismista fica feliz duas vezes, quando acerta e quando erra. Espero estar errado, ficarei muito mais feliz

terça-feira, 23 de junho de 2009

Mais incompetência no Bolsa-Família de Porto Alegre

Tema comentado nesse modesto blog já apareceu em um noticiário televisivo.
A incompetência da governança está tirando dinheiro de Porto Alegre.

Caiu a casa no baile funk

Faz tempo que não falo da governança. Não por falta de assunto, mas por falta de tempo. O funcionamento de um estabelecimento utilizado para, entre outras coisas, realização de bailes funk sem fiscalização da Prefeitura é mais um acontecimento que desmascara a governança de Porto Alegre. O dever da Prefeitura é fiscalizar permanentemente esse tipo de estabelecimento. São estabelecimentos de grande trânsito e totalmente expostos. No caso que estamos falando, o tal ginásio/funkódromo ficava na Protásio Alves. O baile foi divulgado amplamente, inclusive com propaganda colada em áreas públicas, o que a lei já proíbe. O que fez a governança? Nada. Aliás, fiscalização não é o forte do governo municipal. Esse foi apenas um exemplo trágico e de grande visibilidade. Há outros menores e sem divulgação.

A crise no Irã

Li, na Carta Maior, uma análise que me pareceu equilibrada sobre a crise política no Irã. Embora o mundo espere o meu pronunciamento sobre o tema, a entrevista me pareceu bem adequada ao momento, quando muita gente, por horror aos EUA, abraça os aiatolás.
Leia em http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16041&boletim_id=564&componente_id=9653