quinta-feira, 7 de maio de 2009

A fraude no Bolsa-Família e o julgamento da Globo



Ontem, a Globo encheu os tubos com uma reportagem sobre fraudes no Bolsa-Família "do Governo Federal" salientou o Bonner. O probo João Augusto Nardes falou em nome do TCU. A responsável pelo programa no ministério não foi mal, mas faltou dizeruma coisa fundamental: quem cadastra para o Bolsa-Família são as prefeituras e, que foi o caso mostrado na reportagem, o Governo do Distrito Federal. Logo, as prefeituras e o GDF devem responder pelas fraudes. Se houver interesse, a Globo pode ajudar nisso. Se houver interesse...

O pior cego...


O Palácio do Piratini é uma fábrica de escândalos. A proteção do PRBS tem salvado a rainha de copas de situações ainda piores. Segundo os redatores do boletim oficial, ela saneou o estado, mas comete erros na política.... Tudo não passa de um problema de relacionamento. Então ntratem um psiquiatra.

O fato é que as coisas são muito mais sérias do que a gente está conseguindo entender. O tratamento, porém, é muuuuiiiiito diferente. Diante de denúncias, algumas sendo investigadas, a Justiça deteminou o afastamento do Superintendente do INCRA. Isso virou manchete. A demissão, com direito a acusações da demissinária contra o governo, ganhou mancheitnhas e páginas internas, sempre garantindo, além do contraditório, o direito do governo a um comentário "isento" da equipe de articulistas.
O pior cego não é o que não enxerga, mas o que só vê aquilo que deseja.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Eles não desistem

A prisão dos envolvidos em um crime entre facções nazistas no Brasil servem de alerta. Os caras não desistem. Além de matarem-se uns aos outros, não se atemorizam em exterminar seus inferiores. Quem não viu, veja “Um Homem Bom”.



1º de maio: ontem e hoje II

A título de comparação, vamos conferir:
Ontem: Chico Buarque e Gonzaguinha. Hoje: Leonardo
Ontem: MPB 4. Hoje: Grupo de Pagode
Ontem: Dom Hélder Câmara. Hoje: Padre Marcelo Rossi
Ontem: Apoio dos sindicatos e partidos de esquerda. Hoje: Patrocínio das Casas Bahia e Finasa.
Ontem: “Fora o Regime Militar!”. Hoje: “Sai da frente que eu não tô enxergando!”
Ontem: Sonhando com um mundo mais justo. Hoje: sonhando com o sorteio de um carro zero.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

1º de maio ontem e hoje I

Foi-se o tempo em que o 1º de maio era um momento de manifestações politizadas e reflexões. Tirando a Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora, o resto foi de chorar. Perto de casa, os anarquistas fizeram um ato certamente combativo, numa garagem. Não vou utilizar o argumento da “crise de direção”. Acho que tem mais a ver com a atmosfera mental do momento, que parece hostil a atos de massa mias radicalizados. Tirando o MST... Mesmo assim, não se tratam de atos de massa. É uma vanguarda mobilizada. Voltando ao assunto, os atos de 1º de maio foram uma mistura de show popularesco com baú da felicidade. Isso dói no coração da militância de amadurecida da qual eu faço parte.

Nas mãos do ministro


Quem observa a discussão do PT sobre as eleições de 2010 pode pensar que o partido está com a faca e o queijo na mão. São três candidatos registrados mais uma polêmica com o Presidente Nacional do Partido. Ao invés de força, toda essa polêmica mostra a fragilidade do PT-RS. Mais uma vez, definições fundamentais estão na mão do ministro.

Parece que, mais uma vez, a maioria nacional conseguirá unificar o PT-RS contra si. Em 98, essa maioria conseguiu destroçar o PT do RJ, anulando a decisão em favor de Wladimir Palmeira para forçar a coligação que indicou Benedita vice de Garotinho, em nome do projeto nacional. Lula perdeu, Garotinho venceu, mas o PT do Rio nunca mais foi o mesmo.

Em 2002, o então presidente José Dirceu aconselhou Tarso a não concorrer, pois Olívio deveria ser o candidato natural a reeleição. Dirceu estava certo e Tarso estava errado, mas venceu. Já naquele tempo, ir contra a turma do Zé Dirceu dava Ibope aqui no RS. Continua dando.

A declaração de Berzoini desautorizando o PT-RS e querendo forçar um apoio ao PMDB (com Fogaça), não deverá encontrar maior eco, ainda que conte com apoiadores. Diante de uma ameaça de não reconhecimento de uma decisão estadual, é de se esperar que a grande maioria do PT firme uma posição de auto-preservação. Por isso a definição está, mais do que nunca, nas mãos do ministro. Mais do que considerar que é o melhor nome e, por isso, todos devem apoiá-lo, ou pensar que, tendo apoio da maioria será o vencedor e candidato de todos automaticamente, o ministro precisa olhar para baixo e construir-se como o candidato não da maioria, mas de todo o PT. Isso é possível. Não é fácil, mas é possível. Seria prudente, também, olhar para trás e lembrar das campanhas das quais não participou, das pontes queimadas e do excesso de confiança. Isso para não falar das declarações peremptórias que se desfizeram. Tem jeito, tá difícil, mas tem jeito.

Lei de incentivo à Cultura


Assisti à gravação da Audiência Pública com o Ministro Juca Ferreira sobre as mudanças na Lei Rouanet. Deu para ver por que ele já era o cérebro do Minc quando o ministro ainda era o Gilberto Gil. Os argumentos foram bem fundamentados. Uma mudança na Lei Nacional de Incentivo à Cultura será um grande passo no fim do falso mecenato. O fantasma da limitação do direito autoral foi exorcizado pelo ministro da Cultura. Não é nada do que foi divulgado pelos veículos de comunicação patrocinados pelas empresas que faturam com a lei atual. O Minc já está apresentando mudanças nesse ponto.
O ministro aproveitou para receber o termo de adesão do estado ao programa “Mais Cultura”, o que foi muito positivo. A Mônica Leal estava lá e, para variar, não falou coisa com coisa. O Secretário de Cultura de Porto Alegre, se estava, não deu sinal. Deve estar buscando patrocinadores para reformar o Araújo, com recursos da Lei Rouanet.