sábado, 28 de agosto de 2010

Desculpem companheiros, mas...

Sou engajado, mas sou crítico. Então, aí vai.
Primeiro: por mais que eu não goste da Rosane Oliveira e respeite o Cpers, tenho que concordar com a "abelha rainha". O Cpers perdeu uma chance de deixar a Yeda de saia justa. Ou ia, e ficava nomeio do inferno, espremida entre os outros candidatos e o professorado indignado com ela, ou não ia e teria que ficar se explicando. Que ela é inimiga dos professores a gente já sabe,  não precisava deuxar ela fora do debate pra mostrar isso.
Segundo: não vou levar de barato que o Paim esteja mesmo em terceiro (como vocês bem sabem, não comento pesquisa). Mas ter como estratégia  principal  dizer que é preciso votar em Paim e Abgail não me parece muito eficaz para enfrentar os dois pesos pesados adversários.

O MODELO QUE ESCOLHEMOS

Marcos Rolim
Jornalista

A maior parte dos candidatos proporcionais fala na TV durante 15 segundos, quando muito. O tempo é insuficiente para que apresentem ideias, mas é mais do que o necessário para o bizarro e o melancólico. O resultado patético prejudica os poucos bons candidatos e contribui para a desmoralização da política. O que estamos assistindo, entretanto, é o resultado de uma escolha em favor de um tipo de eleição onde se pede aos cidadãos e cidadãs que escolham pessoas e não partidos. Um modelo que, assinale-se, é cada vez menos encontrado em países com democracia desenvolvida. Na maioria das nações democráticas – e mesmo em vários países latino-americanos – vota-se em listas partidárias fechadas. Quais as diferenças? Todas.
Se o voto para o parlamento é individual, então os partidos procuram candidatos que sejam “populares”. Comunicadores de rádio e TV, pastores, ex-jogadores, “celebridades” de programas como Big Brother e outros são, por isso, muito assediados pelos partidos. Pouco importa que estas figuras sejam, muitas vezes, nulidades conhecidas. São conhecidas e é isso o que importa. Como é fundamental ampliar a votação na legenda, os partidos apresentam tantos candidatos quantos forem permitidos. De novo, não importa a qualidade dos pretendentes. Milhares de campanhas custam uma verdadeira fortuna. O financiamento é obtido junto a empresários, mas o custo será repartido entre todos nós. Ou alguém é ingênuo o suficiente para imaginar que a conta não será repassada? Mas o financiamento privado, vinculará os eleitos aos interesses dos financiadores. Assim, todos nós pagamos a conta, mas o eleito trabalhará na defesa dos interesses dos doadores. Neste modelo, os principais concorrentes de cada candidato estão em seu próprio partido, não nos demais, o que começa a inviabilizar a própria ideia de partido. Chamado a votar em pessoas, os eleitores são dispensados de pensar politicamente e os próprios partidos se transformam mais facilmente em condomínios de interesses cujo ponto comum é a disposição de alcançar o poder.

O voto individual para o parlamento promove o clientelismo com os eleitores. Promessas de emprego, bolsas de estudo, remédios, ternos de camiseta, contas de água e luz pagas, tudo passa a integrar o mercado eleitoral de onde emerge tristemente o futuro parlamento que, por isso, é cada vez pior que o anterior. No sistema de voto individual para o parlamento, quanto mais desonesto for um candidato, quando mais demagogo e mais especializado no tráfico de influências, maiores serão suas chances de financiamento e suas perspectivas eleitorais.
Por isso, a zombaria e o desdém diante dos “Tiriricas” que nos chegam pela TV não resolvem e tendem a encobrir nossas responsabilidades diante do modelo político. O que estamos assistindo é o resultado da nossa própria incapacidade de reformar a política brasileira; o resultado da superficialidade da crítica política no Brasil; a soma de todos os Mervais, Diogos Mainardis e Casoys; a consequência da falta de um debate público qualificado e da reprodução dos chavões com os quais nos contentamos. Os candidatos que vemos na TV são, de alguma maneira, a nossa imagem política, sem retoques ou edição.

Cultura da Reforma Agrária

Andrea Lombardi | quinta-feira, 26 agosto 2010
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), produziu uma extensa pesquisa sobre a cultura temática relacionada à questão da reforma agrária e à realidade dos sem-terra no Brasil.
Acompanhado da professora da UFMG e coordenadora do projeto, Heloisa Starling, o ministro Guilherme Cassel convidou o Ministério da Cultura para ser parceiro em um projeto que pretende levar o conteúdo desta pesquisa para a população brasileira, por meio de um caminhão itinerante. “Achamos muito importante disponibilizar e compartilhar toda essa riqueza pesquisada”, explicou.
O projeto também tem por objetivo mostrar à sociedade brasileira, principalmente para a parte da população que ainda não tem envolvimento com o tema, o valor deste projeto para o desenvolvimento do país, bem como sua influência da diversidade e na identidade cultural do Brasil.
O ministro Juca Ferreira aceitou a parceria e acrescentou a necessidade de se criar um portal que abrigue o conteúdo, para que o acesso seja ainda mais abrangente e para que a população possa usar esse material como acervo de pesquisa.
Ele também propôs que kits fossem entregues nas escolas ou bibliotecas das cidades por onde o caminhão passe, na forma de registro dessa passagem pelo local e também para que esse conteúdo seja utilizado educacionalmente. Segundo o ministro da Cultura, eventos como esses tendem a ser muito rápidos e a se perder na memória local. “Por isso, é importante deixarmos uma marca, especialmente porque se trata de um trabalho de conscientização da população”, disse.
A intenção é que o projeto fique pronto até o final do ano. Tanto o MinC quanto o Ministério do Desenvolvimento Agrário acreditam que essa parceria é apenas o começo de muitas que ainda podem vir.
*Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério da Cultura.

Cala a boca, William Waack!


Depois do William Bonner, esse é o melhor apresentador que a Globo possui.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Simon é o rei do Pequeno Príncipe

O inspirador do Senador Simon
Em "O Pequeno Príncipe", o personagem central encontra um rei que só ordenava o que as pessoas queriam fazer. É o caso do Senador Simon que "liberou os filiados a escolherem seus candidatos na disputa presidencial".
Os prefeitos do PMDB já estão se liberando a muito tempo, apoiando Dilma e, alguns, no embalo, Tarso Genro. 
Simon não determinou nada, está se entregando às evidências, mas faz de conta que é ele quem manda.

Investigação, sim. Golpe não!

Ninguém deve ficar surpreso com a denúncia de espionagem de tucanos através da Receita Federal. Vamos aguentar, no mínimo, duas semanas de reporcagens sobre o "Estado Policial  do PT". E dá-lhe entrevista da oposição que se uniu contra o PT, declarações de Ministros do Supremo (já foi o Marco Aurélio, ainda não vi o Gilmar Mendes).
O PT está mantendo a serenindade e respondeu como deve ser respondido. Porém, não acredito que as coisas vão parar nisso.
Outra novidade para o mês final da campanha será a liberação da gozação a políticos na TV. Minha expectativa é que, depis de tanta discussão, os caras sejam mais comedidos e gozem igualmente de todo mundo, aí o jogo fica zerado. Porém, o potencial de criar um ambiente antipolíticos e anti Lula/Dilma através das piadas, sob a proteção da liberdade de opinião é grande. É um outro caminho para tentar levar o jogo para a prorrogação, fazendo palhaçada, aliás, humor da mais alta qualidade, no padrão "Zorra Total".

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O lamaçal do Acampamento Farroupilha

Reproduzo Artigo do operoso Adeli Sell, pois também me preocupo com essa situação. Em nome de uma suposta tradição, uma entidade privada aproveita-se de benefícios governamentais e se coloca acima dos sistemas de controle público.

Apesar de existir verba prevista no Orçamento municipal, no valor de R$ 500 mil, a Prefeitura não conseguiu fazer a drenagem do Parque Harmonia antes da instalação do Acampamento Farroupilha deste ano.
Isto significa que, assim que caírem as chuvas, que nunca faltam nesta época, o lamaçal estará formado, com todos os seus inconvenientes. Quem quiser circular pelos piquetes, pelas bailantas e pelas áreas de comércio, ou pretender apreciar um bom carreteiro ou churrasco num piquete, vai ter que trotear pela lama.
Mas esse lodaçal ainda é pequeno se comparado à falta de estatura ética e moral de alguns dirigentes do Acampamento e da Semana. Não estamos falando da Prefeitura nem do Governo Estadual, que podem ter lá seus problemas, mas sim numa meia dúzia de figuras indignas de conduzir qualquer processo cultural na cidade e no Estado.

Relatório da CIA vazado pelo WikiLeaks diz que Estados Unidos "exportam" terrorismo

Um relatório sigiloso sobre terrorismo vazado pela WikiLeaks e criado pela unidade especial "Red Cell", da CIA, cita diversos casos em que cidadãos americanos financiaram atividades terroristas. O documento também analisa os efeitos para Washington caso os Estados Unidos passassem a ser vistos como um "exportador de terrorismo". Datado de 5 de fevereiro de 2010, o relatório aponta que a própria CIA já admite que cidadãos americanos financiam, planejam ou participam ativamente de atentados terroristas e manifesta preocupação caso a comunidade internacional passe a ver o país como patrocinador de atividades terroristas.
"Ao contrário do senso comum, a exportação americana de terrorismo ou terroristas não é um fenômeno recente, e nem tem sido associado unicamente com radicais islâmicos ou pessoas de origens étnicas do Oriente Médio, África ou Sul da Ásia. Esta dinâmica desmente a crença americana de que nossa sociedade multicultural livre, aberta e e integrada diminui o fascínio dos cidadãos americanos pelo radicalismo e pelo terrorismo", diz o primeiro parágrafo do relatório da CIA. A equipe do site WikiLeaks, que já anunciara na terça-feira à noite o vazamento de um relatório secreto da CIA para esta quarta-feira, diz que a agência de inteligência americana cita diversos casos em que ataques perpetrados por terroristas judeus, muçulmanos e ligados ao nacionalismo irlandês eram baseados em território americano ou financiados por cidadãos dos Estados Unidos. O texto da própria CIA nas primeiras páginas do relatório aponta graves consequências para Washington caso os Estados Unidos passem a ser vistos como um exportador de terrorismo. Entre elas: parceiros internacionais poderiam ter menos disposição em cooperar com os Estados Unidos em atividades envolvendo extradições jurídicas, incluindo a detenção, transferência e interrogatórios de suspeitos em outros países; alterando o status de "vítima de terrorismo", o que concede aos Estados Unidos grande espaço de manobra para pressionar outras nações a extraditar cidadãos suspeitos, para "exportador de terrorismo", outros países poderiam exigir uma política recíproca de Washington. Outros países poderiam exigir que os Estados Unidos concedessem informações sobre terroristas ou até extraditassem cidadãos ligados a atividades terroristas.

E agora, não é censura?

Por Rogério Christofoletti em 24/8/2010, no Observatório da Imprensa

O 8º Congresso Brasileiro de Jornais terminou na semana passada com a sinalização de que a entidade maior do setor, a ANJ, criará até o final do ano um conselho de autorregulamentação. Segundo a presidente da Associação Nacional de Jornais, Judith Brito, o órgão deve ter sete integrantes e vai se ocupar da aplicação do código de ética da entidade. A notícia faz lembrar a ruidosa discussão de seis anos atrás, quando a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) defendeu a criação de um Conselho Federal de Jornalistas. Em 2004, a proposta causou grande polêmica, dividindo a categoria e espalhando mal-estar no mercado.

A hora do Tarso!

Estamos acompanhando o crescimento da candidatura Dilma e a confusão dos adversários. Há tempos não se via coisa assim. Ainda que haja tempo, parece difícil, mas nunca impossível, que o PIG consiga bolar um plano consistente para empurrar a eleição para um segundo turno.
Espionagem, incompetência, gafes, corrupção, polêmicas sobre as relações exteriores, sangue... nada pode ser descartado. Até agora, porém, as coisas não estão boas para eles.
No Rio Grande do Sul a coisa já foi pior, mas também já foi melhor. A perspectiva de um segundo turno de "todos contra nós", ainda é real, embora as tropas adversárias acusem deserções diárias e confusão geral.
Segurança nunca é demais, mas a eleição nacional parece estar com todo o vento a favor. Até no RS parece que estamos superando as barreiras dos primeiros anos do Governo Lula.
Agora é a vez do Tarso.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Descobriram um jeito do Serra subir

A confusão no exército adversário

O PMDB cobra participação dos prefeitos na campanha de Fogaça. Osmar Terra já deu ordem unida na Secretaria da Saúde para fazer os CCs apoiarem Pilatos. Os prefeitos do PMDB estão encantados com Dilma e dispostos a ajudar o candidato da Dilma. Com o PDT acontece algo parecido.
Há prefeitos da base fogacista que estão a fim de apoiar Yeda e retribuir os "favores".
As coisas não estão fáceis, mas já foram mais difíceis.O fato é que há muito tempo o PT não entrava em uma campanha vendo os adversários em tantas dificuldades.
O PMDB reclama animação dos seus filiados, mas como cobrar animação com um candidato tão desanimado? Cobra lealdade e voto, mas como, se Fogaça não cumpre a decisão do PMDB nacional e fica se fingindo de neutro pra votar em José Serra.
Tô torcendo para a Yeda ir ao segundo turno. Aí, a briga vai ficar boa!

Maria do Rosário e os estranhos modos do TRE gaúcho

Enquanto aguardo o desfecho sobre a homologação definitiva da candidatura da Maria do Rosário pelo TSE, resolvi escutar como foi o andamento do processo. Achei muito estranho. Não sou da área, eu sei, mas se o TRE já havia dado certidão de quistação eleitoral para ela, se as contas já haviam sido aprovadas, porque o juis tirou da gaveta um processo que estava guardado há um ano e meio? Por que recusar o seguimento do recurso ao TSE em uma sexta-feira e publicar a notícia no domingo, dificultando, inclusive a resposta pública. Afinal, o recurso foi ao TSE, através de um agravo.
Honestamente, não entendo, ou não quero entender. Só sei que o nome dela está na lista dos candidatos, estará na urna e eu vou votar nela. Aliás, acho que diante de um absurdo tão grande (não homologar uma candidatura porque ficou devendo) ela deveria ser a mais votada. Afinal, em um tempo de tanto caixa dois e gente saidno de campanha eleitoral com mais dinheiro do que entrou, ficar devendo deveria ser um mérito. Além do mais, a dívida estava sendo paga e,agora, está quitada.

Lula no programa de Serra e as manchetes sem-vergonhas

Muitos jornais, inclusive o Correio do Povo deram uma manchetezinha sem-vergonha sobre a decisão judicial que não proibiu a utilização da imagem de Lula no programa do Serra.
Manchete do Estadão.com , assim como a do Correio é: TSE libera Serra a usar imagem de Lula. A matéria, no entanto, diz algo diferente. Segundo o juiz Henrique Neves "No caso, o direito é personalíssimo e, como tal, somente pode ser exercido por seu titular. Dessa forma, ausente uma das condições da ação (legitimidade), não cabe decidir se a imagem foi bem ou mal veiculada". Se eu entendi bem, o juiz não proibiu a utilização da imagem de Lula porque a proibição foi pedida pela pessoa errada. Lula já disse que não vai pedir. Não sei o que é melhor, mas acho que é uma humilhação e uma ridicularia o PSDB usar o Lula. 
Acho que o PT deveria entrar com uma ação no TSE exigindo a exibição de imagens do FHC no programa tucano.

A primeira morte de Getúlio Vargas

Hoje, 24 de agosto, lembramos a morte de Getúlio Vargas, em 1954. O suicídio de Getúlio provocou comoção nunca vista e teve como efeito imediato, adiar o golpe que se tramava contra o nacionalismo getulista. O golpe veio dez anos mais tarde, mas o outro efeito do suicídio do Presidente foi torná-lo uma figura imortal na história  e no imaginário político brasileiro.
Falei sobre a primeira morte de Getúlio porque FHC, quando presidente, decretou o "fim da Era Vargas". Ou seja, o tucano abandonou qualquer verniz nacionalista, classificado como atrasado e jogou o Brasil na aventura neoliberal. O país quase quebrou, junto com os inspiradores do mito do estado mínimo. O que acabou rapidamente, como uma tragicomédia, foi a era FHC.
O fato é que há ideias que não morrem totalmente. Não sou getulista, mas é inegável o alcance histórico de seus governos. Em sua primeira longa gestão (1930/45), autoritária e com inclinações fascistizantes, estabeleceram-se as bases de um estado brasileiro unificado, o Estado Novo, contraponto à visão das elites paulistas. Em sua segunda gestão, aí sob a égide da democracia, ainda que com limites, a força do nacionalismo getulista contrastou com os apelos pró-americanos de seus adversários, principalmente os entreguistas e falso-moralistas da UDN.
É incrível como, passado tanto tempo, certos debates se mantém e certas posturas políticas se reciclam para permanecerem iguais. O udenismo tucano-pefelista,(DEM) que comemorou prematuramente o fim da Era Vargas, continua atacando. Porém, a resposta que tem encontrado não é o suicídio de um estadista, mas o sisolamento diante da opinião pública.
Devagarinho e, às vezes, imperceptivelmente a olho nu, algumas coisas têm mudado no Brasil.
Espero que a mudança prossiga.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Última música do dia

Qual socialismo?

Por Antônio Ozaí da Silva, de Maringá, Paraná, 
publicado no Via Política.

Se tudo é socialismo, então, o que é socialismo? Breve crônica de um debate com representantes dos partidos de esquerda no Brasil, em que a bela Nicole Kidman não estava presente.

Poderia ter ficado em casa e acompanhado a espetacular vitória do Palmeiras sobre o time baiano. Poderia ter ido ao CINEUEM assistir ao filme Os outros – só ver a atuação da bela Nicole Kidman já teria valido a pena. Ainda havia a opção da palestra “Veredas marxistas no pensamento social brasileiro: Caio Prado Jr. e o Grupo de Estudos do Capital (USP)”. Também podia ter permanecido no lar e dar sequência às leituras, navegar pela rede, assistir a um filme no computador, ao programa político na TV, ou, simplesmente, gozar o ócio na esperança de que se revelasse criativo.

Mas decidi ir ao debate “Socialismo em perspectiva”, promovido pelo Instituto Paranaense de Estudos Geográficos, Econômicos, Sociais e Políticos (Ipegesp), com a participação de representantes do PT, PV, PCB, PSOL e PSTU – o PC do B foi convidado, mas não compareceu. Ouvi atentamente a fala dos convidados e fiz anotações. Salvo o representante do PV, os outros são velhos conhecidos e mantemos relações acadêmicas e fraternais. Procurei abstrair este fato e analisar do ponto de vista meramente político. Fiz algumas perguntas.

O candidato à presidência pelo PCB afirmou que transformação neste país só mesmo com revolução. Diante disso, perguntei aos companheiros do PCB, PSOL e PSTU: por que participar do processo eleitoral? Se a democracia é burguesa, a mídia exclui as candidaturas da esquerda e a disputa não se dá em condições iguais, não seria mais eficaz fazer campanha crítica pelo voto nulo? Se estes partidos não têm chances eleitorais e, inclusive, nem conseguem se unir e apresentar candidato único, faz diferença votar nulo ou num deles?

Insensatez

Uma música, apenas uma música.

O que o PIG ainda pode fazer para salvar Serra?

O arsenal de meios do PIG para agir sobre a opinião pública é quase ilimitado.
Porém, minha sagaz imaginação pode conjecturar algumam coisa. Vejamos:
  • Uma ocupação do MST, ou de algum movimento sem nome, depredando fazendas e, de preferência, colocando em risco a vida de alguém (se houver sangue, melhor);
  • Uma pessoa não identificada dizendo que conviveu com Dilma no período da clandestinidade, relatando as atrocidades cometidas pela ex-guerrilheira. A pessoa não poderá ser identificada por medo da retaliação dos petistas:
  • Alguma coisa que o filho do Lula fez, ou pensou em fazer;
  • A morte da iraniana;
  • A conta secreta de algum filiado ao PT;
  • A tramitação de processos contra dirigentes e parlamentares petistas (essa é fácil de fazer, é só noticiar onde andam os processos contra eles e fazer parecer que é algo novo);
  • Alguém dizendo que recebeu proposta de pagamento para espionar José Serra (ah não, essa já fizeram...).
Parei por aqui, não quero dar mais ideias. 

SBT vai indenizar autor de "Sílvio Santos vem aí!"

Agora é hora de alegria
Vamos sorrir e cantar!!
Do mundo não se leva nada
Vamos sorrir e cantar!!

Lalalala!! Lalalalaaaaa!!
Lalalala Laaalalalalalala!!

Sílvio Santos vem aí, olê olê oláá!!

O juiz Sidney da Silva Braga, da 18ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, fixou o valor de R$ 1.414.400,00 para indenização por danos materiais que o SBT deverá pagar a Archimedes Messina, autor da música “Silvio Santos vem aí”. A decisão foi proferida esta semana em fase de liquidação da sentença. 
Por usar indevidamente a música de Archimedes, o SBT foi condenado a indenizá-lo por danos morais e materiais. Os danos morais foram fixados em 500 salários mínimos.
Quanto aos danos materiais, a sentença determinou que o valor fosse apurado na fase de liquidação, correspondendo à quantia que o autor deixou de ganhar nos últimos 20 anos com a utilização da obra e ao lucro obtido pela emissora com sua utilização. 
Para chegar à quantia, o juiz levou em conta o custo da publicidade no “Programa Silvio Santos”, que usa o “jingle”. Em sua decisão, o juiz afirma que o critério é “a tradução mais próxima da realidade daquilo que significa a expressão econômica da utilização de uma obra artística na mídia”.   
O valor corresponde a 1% do montante que teria sido arrecadado com 30 segundos de espaço publicitário em todos os domingos que o programa foi exibido nos últimos 20 anos - 1.040 domingos x R$ 136.000,00 (valor de 30 segundos de publicidade no programa em junho de 2009). 
Além disso, o SBT também deverá pagar R$ 359.000,00 de multa, uma vez que continuou a veicular a canção mesmo depois de decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo determinando a não execução. Da decisão, cabe recurso apenas para contestação do valor determinado na fase de liquidação. (Proc. nº 583.00.00.645338-9 com informações do TJ-SP e da redação do Espaço Vital)