sexta-feira, 13 de maio de 2011
Bancada do PT reúne com Manuela e o resultado é... nenhum
Os sete vereadores do PT na Câmara Municipal de Porto Alegre estiveram reunidos com a deputada comunista Manuela D´Avila e com o presidente do PCdoB-RS, Adalberto Frasson, para discutir o futuro da cidade. O bate-papo ocorreu nesta sexta-feira (13/05) durante um almoço, no restaurante Copacabana.
Além de analisar o atual cenário político, os dirigentes apontaram as fragilidades da atual administração, que definitivamente não tem feito a sua parte. Na opinião deles, trata-se de uma gestão omissa, sem unidade e a-crítica que resultou numa cidade paralisada, desorganizada e sem transparência.
“Há um consenso sobre os problemas da cidade. Queremos construir uma opinião comum sobre soluções e alternativas”, disse a deputada federal. Para tanto, ficou acertado que as siglas de oposição ao governo municipal farão uma série de seminários para discutir a cidade para além da Copa do Mundo. “Temos uma cidade mais suja, com praças e áreas verdes mal cuidadas. As ruas estão tomadas de buracos e sujeira. O trânsito está caótico, e as calçadas, cada vez mais quebradas e irregulares, em nada garantem a acessibilidade universal garantida a todos os porto-alegrenses. O problema real, concreto, é de má gestão. Porto Alegre está desamparada”, avaliou o presidente municipal da legenda, Adeli Sell.
Além de analisar o atual cenário político, os dirigentes apontaram as fragilidades da atual administração, que definitivamente não tem feito a sua parte. Na opinião deles, trata-se de uma gestão omissa, sem unidade e a-crítica que resultou numa cidade paralisada, desorganizada e sem transparência.
“Há um consenso sobre os problemas da cidade. Queremos construir uma opinião comum sobre soluções e alternativas”, disse a deputada federal. Para tanto, ficou acertado que as siglas de oposição ao governo municipal farão uma série de seminários para discutir a cidade para além da Copa do Mundo. “Temos uma cidade mais suja, com praças e áreas verdes mal cuidadas. As ruas estão tomadas de buracos e sujeira. O trânsito está caótico, e as calçadas, cada vez mais quebradas e irregulares, em nada garantem a acessibilidade universal garantida a todos os porto-alegrenses. O problema real, concreto, é de má gestão. Porto Alegre está desamparada”, avaliou o presidente municipal da legenda, Adeli Sell.
Participaram da reunião os vereadores Aldacir Oliboni, Adeli Sell, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Mauro Pinheiro, Maria Cleste e Sofia Cavedon.
Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA .De:Blog do Adeli
Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA .De:Blog do Adeli
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Pirataria na "Batalha dos Aflitos"
De: Correio do Povo
Grêmio é condenado por violação de direitos autorais em "A Batalha dos Aflitos"
Clube e duas empresas terão que pagar R$ 150 mil para a produtora do DVD
O Grêmio, a empresa Nova Forma Indústria e Distribuição e a Multisom foram condenadas a indenizar a produtora responsável pela criação do DVD "A Batalha dos Aflitos" por violação dos direitos autorais e pirataria da obra. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira.
A sentença foi proferida nessa quarta-feira pelo Juiz da 15ª Vara Cível, Giovanni Conti, que fixou em R$ 150 mil a reparação por dano moral e determinou também o pagamento de dano material, cujo valor será apurado em liquidação de sentença.
A autora da ação, Iniciativa Produções Cinema e Vídeo, afirmou que a disputa entre Grêmio e o time do Náutico pela ascensão à 1ª divisão do futebol brasileiro, conhecida como "A Batalha dos Aflitos", foi uma das mais dramáticas e emocionantes da história do clube. A partir desse fato, a direção tricolor decidiu produzir um filme contando a história do jogo.
A empresa alega que foi firmado contrato para a produção de um vídeo institucional, gravado em arquivo master e acertado um valor simbólico de R$ 25 mil para a produção de toda a obra audiovisual. No entanto, após a finalização do trabalho, o Grêmio repassou o material a uma terceira empresa, a Nova Forma, que licenciou cópias piratas do vídeo e foram colocadas à venda nas Lojas Multisom.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
O esquema de corrupção do Banrisul
A amante, "a bicha", os shows, os proventos extras e uma "poupança" de milhões
Pessoas que tiveram acesso à transcrição dos telefonemas grampeados e e-mails interceptados que constituem parte da prova documental da ação penal que trata da fraude contra o Banrisul estão impressionadas com a diversificação da atuação dos agentes: os valores iam dos miúdos... aos graúdos.
Acompanhe em potins:
* O esquema provia (modestamente) a amante de um dos operadores da fraude, a ela alcançando uma discreta mesada de R$ 300,00. Num momento da maior generosidade do tesoureiro, ela obteve o pagamento da anuidade de sua faculdade.
* Quando o favorecido era "pessoa importante", o esquema não economizava: o pagamento em dinheiro - depositado por uma terceira empresa - podia chegar a exatos R$ 42.600.
* Uma funcionária pediu "uma força" e teve atendido seu pleito de "proventos extras" de R$ 4.868,00 mensais com direito a 13º salário. Por isonomia, um assessor teve a mesma benesse financeira.
* Os partícipes gostavam de ir aos melhores shows, indiretamente pagos pelo caixa da fraude. Do dinheiro que - via superfaturamento - ia parar nas mãos dos estelionatários, um pequeno percentual era destinado a comprar ingressos para ver Julio Iglesias, Ivete Sangalo, Ben Harper, Disney On Ice, Festa Johnny Walter (em Gramado) etc.
* Para um evento destinado ao público jovem (Planeta Atlântida), os operadores deixaram expressas instruções à secretária: "comprar um camarote vip".
* Alguns personagens eram conhecidos por codinomes: "o bobo", "a bicha", "o mister", "a gorducha". E "gordinho" era o epíteto que designava um "delegado metido a poderoso", que mediante o pagamento de R$ 40 mil, poderia dar "uma pressão" numa testemunha que "estava incomodando".
* Uma das eminências pardas do esquema tinha informações privilegiadas sobre as cidades (de Santa Catarina) para onde o Banrisul se expandiria. Tratou, então, de comprar, por preços reduzidos, imóveis locais, que seriam destinados à locação ao banco, por valores mensais elevados. À mesma época, o pensador do esquema comprou um apartamento em Punta del Este e um prédio na Av. Cairu, em Porto Alegre.
* No cumprimento de dois dos mandados de busca e apreensão, foram encontrados numa residência R$ 65.000,00 + U$ 22.960,00 + 50.000 euros + 5.640 libras. E no local de trabalho da mesma pessoa, mais R$ 2.571.520,00 + U$ 122.350,00 + 20.800,00 euros + 4.500 libras - "valores sem qualquer comprovação de origem lícita" - segundo o Ministério Público. "É dinheiro que poupei!..." - disse um dos operadores da fraude, tentando se defender.
* Durante a "safra", dois operadores trocam e-mails. Um deles, festeja: "Nosso banco querido aprovou R$ 1 milhão de mídia pra veicular o balanço apenas nesta sexta feira. Quem tem Banrisul tem $$$$$$$." (Proc. nº 21100417549).
Acompanhe em potins:
* O esquema provia (modestamente) a amante de um dos operadores da fraude, a ela alcançando uma discreta mesada de R$ 300,00. Num momento da maior generosidade do tesoureiro, ela obteve o pagamento da anuidade de sua faculdade.
* Quando o favorecido era "pessoa importante", o esquema não economizava: o pagamento em dinheiro - depositado por uma terceira empresa - podia chegar a exatos R$ 42.600.
* Uma funcionária pediu "uma força" e teve atendido seu pleito de "proventos extras" de R$ 4.868,00 mensais com direito a 13º salário. Por isonomia, um assessor teve a mesma benesse financeira.
* Os partícipes gostavam de ir aos melhores shows, indiretamente pagos pelo caixa da fraude. Do dinheiro que - via superfaturamento - ia parar nas mãos dos estelionatários, um pequeno percentual era destinado a comprar ingressos para ver Julio Iglesias, Ivete Sangalo, Ben Harper, Disney On Ice, Festa Johnny Walter (em Gramado) etc.
* Para um evento destinado ao público jovem (Planeta Atlântida), os operadores deixaram expressas instruções à secretária: "comprar um camarote vip".
* Alguns personagens eram conhecidos por codinomes: "o bobo", "a bicha", "o mister", "a gorducha". E "gordinho" era o epíteto que designava um "delegado metido a poderoso", que mediante o pagamento de R$ 40 mil, poderia dar "uma pressão" numa testemunha que "estava incomodando".
* Uma das eminências pardas do esquema tinha informações privilegiadas sobre as cidades (de Santa Catarina) para onde o Banrisul se expandiria. Tratou, então, de comprar, por preços reduzidos, imóveis locais, que seriam destinados à locação ao banco, por valores mensais elevados. À mesma época, o pensador do esquema comprou um apartamento em Punta del Este e um prédio na Av. Cairu, em Porto Alegre.
* No cumprimento de dois dos mandados de busca e apreensão, foram encontrados numa residência R$ 65.000,00 + U$ 22.960,00 + 50.000 euros + 5.640 libras. E no local de trabalho da mesma pessoa, mais R$ 2.571.520,00 + U$ 122.350,00 + 20.800,00 euros + 4.500 libras - "valores sem qualquer comprovação de origem lícita" - segundo o Ministério Público. "É dinheiro que poupei!..." - disse um dos operadores da fraude, tentando se defender.
* Durante a "safra", dois operadores trocam e-mails. Um deles, festeja: "Nosso banco querido aprovou R$ 1 milhão de mídia pra veicular o balanço apenas nesta sexta feira. Quem tem Banrisul tem $$$$$$$." (Proc. nº 21100417549).
De: Espaço Vital
A visita de Boaventura Sousa Santos
Boaventura Sousa Santos gosta mesmo de Porto Alegre, toda hora aparece por aqui. Ele é um dos grandes intelectuais da atualidade, por isso fui assistir sua fala na Assembleia Legislativa. Foi um bom evento, mas confesso que achei o discurso dele um tanto repetitivo.
Em certo momento, Boaventura arrancou apalusos ao dizer que "a melhor definição de socialismo, se é que pode se ter uma definição de socialismo é: a democracia ao infinito". Não entendi onde ele quer chegar com essa frase. Se ele é um socialista, e parece-me que ele deseja ser um, é estranho defender algo que não se pode definir. Por outro lado, "democracia ao infinito" parece mais uma frase poética do que a definição de uma formação social e econômica superior ao capitalismo.
A meia dúzia que me lê pode se perguntar "quem é esse cara pra ficar dizendo esse tipo de coisa sobre o Boaventura?" Prafraseando John Lennon, você pode dizer que sou um chato, mas não sou o único. E tenho opinião.
terça-feira, 10 de maio de 2011
O Governo Escuta debate o uso de expressões estrangeiras nesta quarta
A segunda edição do fórum O Governo Escuta reúne professores e linguistas para debater o uso de expressões estrangeiras na Língua Portuguesa. A atividade se inicia, nesta quarta-feira (11), às 8h30min, no Palácio Piratini, e contará com a presença do governador Tarso Genro e de secretários de Estado. O site www.governoescuta.rs.gov.br transmitirá o debate, e possibilitará a participação de internautas através de um canal de bate-papo.
O coordenador da Assessoria Superior do Governador, secretário Flávio Koutzii, que conduzirá o início das palestras, explica que a matéria-prima de O Governo Escuta é propiciar, por meio de múltiplas relações entre o Governo e sociedade, "um canal de discussão aberto sobre projetos ou temas cruciais para a sociedade". Sobre a pauta do encontro, o uso dos estrangeirismos, Koutzii apenas sintetiza como "instigante e útil, em uma etapa de aceleradas mutações em nosso meio social".
Convidada como uma das palestrantes de O Governo Escuta, a professora e coordenadora pedagógica do vestibular da PUCRS, Marisa Magnus Smith, afirma que o debate é indispensável, em se tratando da Língua Portuguesa. Questionada se há, por parte da universidade, um cuidado especial quanto à utilização de expressões estrangeiras, Marisa explica que "a instituição visa, sobretudo, o preparo e a formação do aluno para o uso correto da língua portuguesa para que este, quando necessário, incorpore as expressões ditas como intraduzíveis". O jornalista e escritor Juremir Machado da Silva, a professora da UFRGS, Éda Teixeira Pilla e o publicitário e presidente da Associação Riograndense de Propaganda, Daniel Skowronsky, também serão palestrantes no evento.
A escolha do tema ocorreu a partir da aprovação, pela Assembleia Legislativa, do Projeto de Lei 156/2009, que estabelece a obrigatoriedade da tradução de expressões ou palavras estrangeiras. O projeto aguarda parecer do governador.
Texto: Marcelo Nepomuceno
Edição: Redação Palácio Piratini (51) 3210.4305
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Tradicionalismo: patrimônio ou patronagem?
A possibilidade de tombamento do tradicionalismo como patrimônio imaterial de Porto Alegre me preocupa. Já publiquei artigo do historiador Tau Golin sobre o tema neste modesto blog. Minha preocupação aumentou ao ver artigo do Secretário Municipal de Cultura na Zero Hora de seis de maio. Aumentou porque o Secretário escreve dando por favas contadas algo que deveria estar sob apreciação do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico Artístico e Cultural (Comphac). O secretário está tão certo da aprovação da proposta do MTG, que indica, inclusive, o período em que a situação estará definida: "até o início dos festejos farroupilhas".
A banalização do tombamento do patrimônio material ou imaterial é uma das moedas da especulação política. Ao invés do critério rigoroso, opta-se pela "demagogia patrimonial". Desse modo, valoriza-se de artificialmente certas expressões culturais, olhando-se menos para a manifestação em si e mais para os seus manifestantes. No caso concreto, o MTG e sua vasta rede de patrões e capatazes.
No decorrer de seu arrazoado, o secretário confunde as estações. Trata do tombamento do nativismo, quando o que está em discussão é o tombamento do tradicionalismo. Sabedor dos matizes deiferenciados entre essas duas referências, o secretário tenta amainar o impacto do tombamento do tradicionalismo dando uma roupagem diferente. Mas é o próprio MTG que afirma que o que se deseja tombar é "o tradicionalismos e suas manifestações culturais". E aí é que está o maior problema, já apontado no artigo de Tau Golin. O Tradicionalismo é um movimento de caráter privado e que merece respeito nas suas formas de organização. O que não dá para aceitar é que se ele seja o proprietário das manifestações culturais. Ou seja, tombar o tradicionalismo por causa de hábitos como o chimarrão e o churrasco, é como tombar a Igreja Católica por causa da Procissão de Navegantes.
A voracidade patronal do MTG não tem limites. No âmbito da política é difícil por freios nas suas ambições. Espero que o Comphac tenha rigor suficiente para evitar a completa banalização e a manipulação política do instituto do tombamento.
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