quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Na faixa


Pilatos lançou a campanha para que a faixa de segurança seja respeitada. Não há como não apoiar a iniciativa. É disso que se fazem muitas das adminstrações e atuações parlamentares que buscam notoriedade: lançar ou acompanhar campanhas midiáticas simpáticas. Assim matam dois coelhos com uma cajadada. Botam dinheiro nos meios de comunicação e criam consensos em torno de si. Não acho isso errado em absoluto. O problema é ficar nisso.
No caso da campanha pela faixa de pedestres, seria útil que a Prefeitura, primeiro, pintasse as faixas e, além disso, toda vez que remendasse o asfalto, fizesse as faixas de pedestres imediatamente. Não é o que acontece.
Por que a Prefeitura não gasta dinheiro para consertar os abrigos de ônibus nos corredores? Por que não centra fogo na fiscalização aos carros que se amontoam e atrapalham o trânsito e o sossego das noites da Lima e Silva e João Alfredo, por exemplo? Por que os azuizinhos não vão pra rua em dias de chuva. Isso não requer campanha, requer admistração efetiva. Gasta-se menos, tem-se menos visibilidade pública, mas é só assim que se faz o que tem que ser feito.
Todavia, há quem prefira ouvir as palestras do Senna.

O terceiro segredo de Fátima


O processo movido contra a governadora “e outros” parece ter o poder dos segredos de Fátima. Particularmente do terceiro segredo. Quem vê fica admirado, mas não pode contar. Segundo dizem os entendidos, trata-se do fim do mundo. Foi o que se tira da forma como Ivar Pavan tratou o assunto. Não pode falar, mas e coisa gravíssima.

O líder do governo na Assembleia chegou a dizer que “gente morreu” por saber o que se tratava no processo. Diante de tal afirmação, o Macedo (do PRBS) teve que reinquirir o deputado. Pedro Westphalem tentou fugir do assunto, pois viu que tinha falado bobagem. Ao fim, ainda tentou inventar uma versão de assassinato de Marcelo Cavalcante por alguém interessado em produzir uma vitima. Coisas do estado mais politizado do Brasil.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A memória do Jornal Nacional


O JN faz quarenta anos. A velha mania de autoelogio da Rede Globo está funcionando a todo o vapor. Porém, há sérios problemas de memória no jornalismo global. Falam sobre profissionais e matérias que marcaram época. Onde estão Eliakim Araújo e Leila Cordeiro, Carlos Nascimento, Hemano Henning, Luiz Carlos Azenha? Onde estão as matérias que transformaram o atentado à bomba no Riocentro em atentado aos militares, o comício das Diretas Já transformado em comemoração do aniversário de São Paulo, a edição do debate Lula x Collor? A Globo tem um forte problema de memória seletiva. Só lembra do que quer, do que interessa. Isso vale para o passado e para o presente. O Jornal nacional está quarentão e eu também, mas a minha memória está melhor.