sábado, 5 de abril de 2014

Cantores evangélicos não gostaram do filme Noé porque não é fiel à história verdadeira!

Cantores evangélicos criticam filme de Noé


O filme tem erros bíblicos e mostra uma história nada fiel aos relatos do Livro Sagrado
Cantores evangélicos criticam filme de Noé
Cantores evangélicos criticam filme de Noé

Muitos cantores evangélicos se interessaram em assistir o filme “Noé” que estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (3). Ao saírem das salas, eles usaram as redes sociais para comentar o filme desaconselhando seus seguidores a assistirem.
Quem se arrependeu das horas que ficou no cinema foi a cantora Fernanda Brum. Em seu Twitter ela escreveu: “Gente! Só uma palavra! Que filme horrível esse Noé! Nem apócrifo, nem histórico, muito menos bíblico! Que lástima! Não perca seu tempo!”
Mas ela não foi a única, o cantor Rodolfo Abrantes também se arrependeu de ter trocado a programação esportiva de sua TV pelo filme de Darren Aronofky. “Noé, o pior filme dos últimos tempos. Devia ter ficado em casa pra assistir a rodada da Libertadores”, disse.
Outro que comentou negativamente sobre o longa foi o pastor Antônio Cirilo que o classificou como “ruim de mais”. “Assistir o filme ‘Noé’: ruim de mais. Uma distorção grotesca da história bíblica. O diabo tentando se dar bem na história da humanidade”.
Os depoimentos desses cantores mostram que o aviso do bispo Marcello Brayner, da Igreja Universal do Reino de Deus, estava certo ao pontuar os erros bíblicos do filme.
Um deles se refere à crítica do cantor Antônio Cirilo que fala sobre os anjos caídos. Em “Noé” é mostrado que um grupo de anjos foram amaldiçoados por tentarem ajudar Adão e Eva quando estes foram expulsos do Paraíso. Agora esses anjos caídos tentam ajudar a família de Noé e a arca e assim conseguem ser perdoados por Deus.
“Na Bíblia, os anjos caídos se rebelando contra Deus não tiveram nada a ver com eles quererem ajudar a humanidade, e não há oportunidade de redenção nesse caso (Mateus 25:41; Judas 6)”, explica Marcello Braynes.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Inter 2 x 1 Atlético. Um dos gols mais lindos e importantes do colorado

Errata da pesquisa “Tolerância social à violência contra as mulheres”

De: IPEA
Vimos a público pedir desculpas e corrigir dois erros nos resultados de nossa pesquisa Tolerância social à violência contra as mulheres, divulgada em 27/03/2014. O erro relevante foi causado pela troca dos gráficos relativos aos percentuais das respostas às frases Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar e Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas. Entre os 3.810 entrevistados, os percentuais corretos destas duas questões são os seguintes: 

Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar (Em %)

Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas
(Em %)


Corrigida a troca, constata-se que a concordância parcial ou total foi bem maior com a primeira frase (65%) e bem menor com a segunda (26%). Com a inversão de resultados entre as duas questões, relatamos equivocadamente, na semana passada, resultados extremos para a concordância com a segunda frase, que, justamente por seu valor inesperado, recebeu maior destaque nos meios de comunicação e motivou amplas manifestações e debates na sociedade ao longo dos últimos dias.

O outro par de questões cujos resultados foram invertidos refere-se a frases de sentido mais próximo, com percentuais de concordância mais semelhantes e que não geraram tanta surpresa, nem tiveram a mesma repercussão. Desfeita a troca, os resultados corretos são os que seguem. Apresentados à frase O que acontece com o casal em casa não interessa aos outros, 13,1% dos entrevistados discordaram totalmente, 5,9% discordaram parcialmente, 1,9% ficou neutro (não concordou nem discordou), 31,5% concordaram parcialmente e 47,2% concordaram totalmente. Diante da sentença Em briga de marido e mulher, não se mete a colher, 11,1% discordaram totalmente, 5,3% discordaram parcialmente, 1,4% ficaram neutros, 23,5% concordaram parcialmente e 58,4% concordaram totalmente.

A correção da inversão dos números entre duas das 41 questões da pesquisa enfatizadas acima reduz a dimensão do problema anteriormente diagnosticado no item que mais despertou a atenção da opinião pública. Contudo, os demais resultados se mantêm, como a concordância de 58,5% dos entrevistados com a ideia de que se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros. As conclusões gerais da pesquisa continuam válidas, ensejando o aprofundamento das reflexões e debates da sociedade sobre seus preconceitos. Pedimos desculpas novamente pelos transtornos causados e registramos nossa solidariedade a todos os que se sensibilizaram contra a violência e o preconceito e em defesa da liberdade e da segurança das mulheres.

Rafael Guerreiro Osorio* e Natália Fontoura
Pesquisadores da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc/Ipea) e autores do estudo

* O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea pediu sua exoneração assim que o erro foi detectado.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

PARABÉNS, COLORADO, 105 ANOS!

Sport Club Internacional, só tu pra me fazer perder a razão


Tirado da página do Inter

O princípio do Clube do Povo

Data de fundação do clube: 4 de abril de 1909
A origem do Sport Club Internacional está associada a três irmãos da família Poppe: Henrique Poppe Leão, José Eduardo Poppe e Luiz Madeira Poppe (respectivamente, na foto abaixo). Eles chegaram a Porto Alegre na primeira década de 1900. Acredita-se que foi por volta de 1908.

Os irmãos fundadores do Sport Club Internacional

Henrique Poppe logo arranjou um emprego no comércio da capital, no bazar "Ao Preço Fixo", localizado na Rua da Praia. Em seguida, por influência do tio Thomé Castro Madeira, filiou-se ao PRR (Partido Republicano Riograndense - comandado por Borges de Medeiros) e tornou-se funcionário da Secretaria do Conselho da Intendência (prefeitura), além de escrever para "A Federação" (jornal do PRR). Ainda trabalharia nos jornais "Echo do Povo", "O Diário", "Gazeta do Povo", "O Exemplo" e foi diretor de redação do semanário "A Rua".
Já em 1908, a capital gaúcha se modernizava e progredia rapidamente: bondes elétricos tinham substituído os puxados a burro; acabava-se de instalar iluminação elétrica em todas as ruas do centro; a população havia saltado de 73 mil habitantes em 1900 para 120 mil. O Estado vivia sob forte influência do positivismo. Um dos dogmas da doutrina é que o indivíduo pode eternizar-se enquanto for lembrado por sua criação. O governo havia determinado a criação de novos espaços públicos para práticas esportivas, a fim de formar jovens para o Exército. É nesse contexto que as bases para a fundação do Inter começaram a ser definidas.
Os irmãos mais jovens da familia Poppe, José e Luiz, tinham o desejo de jogar futebol, um esporte muito competitivo e que aprenderam a praticar ainda em São Paulo. Henrique, o irmão mais velho e influente, articulou a criação de um novo clube. Aos 18 anos, João Leopoldo Seferin, que emprestou o porão da casa do pai para a reunião de fundação do Inter, na Rua da Redenção, 141 (atual Avenida João Pessoa, na altura do número 1.025), foi eleito presidente.
Para dar credibilidade ao clube, o capitão Graciliano Ortiz foi escolhido presidente de honra do Inter. Além de militar, Ortiz também era o diretor do Asseio Público e homem de prestígio junto a José Montaury, intendente de Porto Alegre. Foi através de Ortiz que o Inter, recém-fundado, obteve junto à Intendência o seu primeiro campo: a Ilhota (atual Praça Sport Club Internacional). Além de ser o primeiro presidente de honra do novo clube, Graciliano também estava às vésperas de se tornar sogro de Henrique, já que em novembro de 1909, Henrique se casou com sua filha, Maria Conceição Ortiz.
Valores da Fundação do Sport Club Internacional
Os discursos ouvidos nas reuniões sempre giravam em torno de um princípio muito importante para os Poppe e para aqueles que ali estavam. O Internacional estava sendo criado para brasileiros e estrangeiros, uma clara alusão à política de discriminição dos outros dois clubes existentes em Porto Alegre, o Grêmio Foot Ball Porto Alegrense e o Fuss-Ball.
Os demais valores envolvidos entre os jovens que se reuniram para a fundação do Sport Club Internacional eram: a prática do futebol, a celebração da própria juventude e a possibilidade de criarem um 'Club' onde teriam a oportunidade de manter novos contatos sociais.

Notícia sobre a fundação do Sport Club Internacional veiculada no jornal Correio do Povo de 1909

As cores do Venezianos, o alvi-rubro do Inter surgiu do Carnaval
Nem todos ficaram de acordo com a cor da futura camisa do Clube. Subdividiram-se em dois grupos como fora o carnaval daquele ano – a decisão veio do carnaval de rua entre Venezianos e Esmeraldinos, um vermelho, outro verde. Justamente as cores pretendidas, ou uma, ou outra. O resultado da votação tirou da ata de fundação os que defendiam o verde. Mas o racha não esvaziou a reunião, muito menos o Clube. Ficou vermelho e branco para o resto da vida.
Como nasceu o símbolo colorado?
O primeiro símbolo do Sport Club Internacional era formado com as iniciais - SCI - bordadas em vermelho sobre o fundo branco, sem a borda também vermelha, que apareceu logo em seguida. Já na década de 1960 aconteceu a inversão, com a combinação de letras passando a ser branca sobre o fundo vermelho. 

O primeiro distintivo do Clube



A morte do fundador e o legado para a história



Antes da morte, Henrique viu o Inter crescer, ser campeão da cidade, em 1913, e derrotar pela primeira vez o Grêmio, em 1915, tudo isso dez meses antes de morrer. O primeiro clube a ser desafiado pelo Inter, e que havia seis jogos mostrava-se imbatível, enfim, caía. Após seis jogos, com duas derrotas por 10 gols, o Inter goleava o Grêmio por 4 a 1, na Baixada, a casa do adversário. Vencia o rival pela primeira vez e iniciava um novo ciclo na sua vida.
A edição do jornal “A Rua”, de 1916, guardada por Carlos Bandeira Poppe, filho de Luiz Madeira Poppe, confirma a obra de Henrique. A edição foi publicada três dias após a sua morte, aos 35 anos, por uremia (doença provocada pelo mau funcionamento dos rins, incapazes de filtrar as impurezas do sangue). Henrique não teve filhos. Foi enterrado no cemitério da Santa Casa, na sepultura número 68 do 3° quadro, conforme descrevem registros da época.

Foto da capa do jornal que conta a história do fundador do Inter

Ministro Gilmar Mendes: devolve logo este processo

gilmar mendes kotscho Ministro Gilmar Mendes: devolve logo este processo

O modelo legal vigente alimenta a promiscuidade entre agentes econômicos e a política, contribuindo para a captura dos representantes do povo por interesses econômicos dos financiadores, disseminando com isso a corrupção em detrimento dos valores republicanos (Ministro Marco Aurélio Mello, presidente do Superior Tribunal Eleitoral).

A gente não pode nem comemorar uma notícia boa, que já vem outra ruim junto.
Em votação histórica, e por goleada (6 a 1), o Supremo Tribunal Federal aprovou nesta quarta-feira (2) uma das medidas mais importantes para o saneamento da política brasileira, ao proibir a doação de recursos de empresas para campanhas eleitorais, principal causa da corrupção endêmica que assola as nossas instituições.
Graças, porém, ao pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes, sempre ele, o País vai ter que esperar o meritíssimo devolver o processo para que o resultado possa ser proclamado e entrar em vigor já para as eleições deste ano.
O grande problema é que, como não há prazo para Mendes fazer esta gentileza com a democracia brasileira, vamos ficar na dependência da boa vontade dele para cortar pela raiz a influência do poder econômico no processo eleitoral (em 2010, como lembra a Folha, 98% das receitas das campanhas de Dilma e Serra vieram de empresas).
Quando o placar já estava 4 a 1 pela proibição destas "doações desinteressadas" dos grandes grupos econômicos, o ministro alegou que como o tema era complexo precisava de mais tempo para estudar o processo e tomar sua decisão, que já é conhecida, a favor da participação das empresas nas campanhas. Mesmo assim, os  ministros Marco Aurélio Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (ver matéria de Carolina Martins, do R7 em Brasília) e Ricardo Lewandowski adiantaram seus votos e garantiram a maioria pela proibição de doações empresariais nas campanhas.
Pergunta-se: 1) se não há mais como reverter este resultado, qual é o sentido de pedido de vistas de Gilmar Mendes, já que seu voto só vale um voto? 2) Por que os demais ministros tiveram tempo suficiente para estudar o processo e dar seus votos sobre este "tema complexo" e só um deles precisa de mais prazo para tomar sua decisão? Em situações semelhantes, ministros do STF chamam de "chicanas jurídicas" recursos de advogados que só servem para atrasar os processos e a promulgação dos seus resultados.
Por isso, solicita-se encarecidamente ao ministro Mendes devolver este processo o mais rápido possível, já que o presidente do TSE assegurou ontem que, caso isto aconteça, as novas regras de financiamento estarão valendo nas eleições marcadas para daqui a seis meses.
Qual a opinião do caro leitor do Balaio sobre o financiamento de campanhas eleitorais, a decisão do STF e a atitude do ministro Gilmar Mendes?

terça-feira, 1 de abril de 2014

NUTOPIA - A Sociedade Alternativa de John Lennon


"Nutopia" foi um país conceitual anunciado por John e Yoko. 

No dia da mentira, primeiro de Abril de 1973,  os dois se reuniram com a imprensa para anunciar o nascimento do país conceitual, Nutopia, e adoram  a cor branca como bandeira nacional. 
A concepção do país é fundamentada na idéia do som "Imagine" de 1971, música que descreve um mundo idealizado. 
Além disso, no dia 16 de Novembro de 1973, eles lançaram o disco "Mind Games", onde introduziram a música "Nutopian International Anthem", composta por uma faixa sem letra e sem melodia, apenas 6 segundos de silêncio.
Eles propuseram um país sem terras, sem bordas, sem passaportes, apenas pessoas. Nutopia não possui leis, a não ser as cósmicas. Todas as pessoas são embaixadores desse país. E como dois embaixadores desse país, John e Yoko pediram imunidade diplomática e reconhecimento oficial das Nações Unidas ao novo país e seus cidadãos.

Segue a declaração original da NUTOPIA:

DECLARATION OF NUTOPIA
We announce the birth of a conceptual country, NUTOPIA.
Citizenship of the country can be obtained by declaration of your awareness of NUTOPIA.
NUTOPIA has no land, no boundries, no passports, only people.
NUTOPIA has no laws other than cosmic.
All people of NUTOPIA are ambassadors of the country.
As two ambassadors of NUTOPIA, we ask for diplomatic immunity and recognition in the United Nations of our country and its people.
John Ono Lennon
Yoko Ono Lennon
Nutopian Embassy
One White Street
New York, N.Y. 10013
April 1st, 1973



Under Creative Commons License: Attribution

segunda-feira, 31 de março de 2014

La Habanera; Signore Ascolta e Summertime na voz de Lila Downs

Como estava a economia do Brasil no tempo da ditadura? Bem pior

Golpistas

Indicadores Econômicos e Sociais 1960-2010Indicadores Econômicos e Sociais 1960-2013FHC-Lula-Dilma
Antonio Delfim Netto é economista e professor-emérito da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), onde formou-se, em 1951. Foi secretário de Finanças de São Paulo, ministro da Fazenda, ministro da Agricultura,  ministro-chefe da Secretaria de Planejamento da Presidência da República e embaixador do Brasil na França. Tudo durante o regime militar ditatorial que vigorou durante vinte e um anos no País (1964-1984). Participou da elaboração da Constituição de 1988 como deputado de um partido conservador.
Apesar desse passado tenebroso, o economista-decano tem ainda influência na formação da opinião pública, além do respeito devido na opinião especializada. Lembram-no como “o milagreiro” e não como o arquiteto do arrocho salarial e/ou da concentração de renda, o manipulador de índices de inflação, ou o detonador do regime de alta inflação no País com duas maxidesvalorizações cambiais. Assim, quando ele afirma algo como a declaração abaixo (Valor, 18/03/14), é o caso de “parar para pensar a respeito de sua credibilidade”…
“É um pouco ridícula a disputa quase infantil que estamos assistindo sobre quem foi “melhor”: os oito anos de FHC, os oito de Lula ou os três de Dilma. Cada um teve seus méritos e sua herança. O primeiro estabilizou, os segundos distribuíram. Do ponto de vista dos resultados objetivos, e não da propaganda, nivelam-se, com o crescimento no governo Dilma ficando, na margem, cada vez mais parecido com o de FHC. A tabela acima revela esse fato. É por isso que para os recíprocos e calorosos autoelogios, tanto no PSDB quanto no PT, é preciso recomendar como fazia o professor Raimundo na sua célebre escolinha: “Menos, Batista, menos…”.
No entanto, ele também deveria refletir ao emitir sua opinião: será que o eleitor observa o passado, o presente ou a perspectiva do futuro quando deposita seu voto na urna? Mesmo que avalie as três dimensões, parece-me que o bem-estar social presente — refletido nos indicadores sociais de baixo desemprego, garantia da renda-mínima (inclusive aumento real do salário mínimo), aumento da escolaridade por matrículas no Pronatec (escolas técnicas), ProUni/Fies (nas Universidades Particulares) e nas Universidades Federais, Programa Mais Médicos na área da saúde pública, Programa Minha Casa Minha Vida no financiamento da aquisição da própria moradia, etc. –, não aparece na sua tabela restrita a indicadores econômicos acima, aliás, como é comum na reflexão de economista ortodoxo.
Isto sem falar nas perspectivas futuras com a maturação do investimento na infraestrutura (energética: Belo Monte e Pré-Sal) e em logística (estradas, hidrovias, portos e aeroportos): a economia brasileira se tornará grande exportadora de petróleo e commodities minerais e agrícolas. O Fundo Social de Riqueza Soberana (FSRS) propiciará grandes investimentos em Educação e Saúde, Ciência e Tecnologia. A qualidade de vida de seu povo melhorará ainda mais!
Esse cenário socioeconômico otimista ocorrerá se o Governo Social-Desenvolvimentista não for derrotado e não houver regressão sociopolítica e econômica. A ignorância dos saudosos do regime militar — aqueles fieis leitores da Veja e de outros golpistas, que consideram a si próprios os únicos “fixas (sic) limpas” —  terá de ser derrotada nas urnas mais uma vez! E eles terão de respeitar a Democracia!

domingo, 30 de março de 2014

Brasil não se abalará com julgamentos apressados sobre a economia, diz Dilma


Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade
Apesar do rebaixamento da nota do Brasil pela agência Standard & Poor's, o país tem compromisso com o controle da inflação e a diminuição da dívida pública, disse hoje (29) a presidenta Dilma Rousseff. Em evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Bahia, ela ressaltou que a economia do país continua com bons fundamentos, mas tem o desafio de melhorar os serviços públicos e aumentar a produtividade.
Sem se referir diretamente à decisão da agência de classificação de risco, Dilma declarou que os números mostram que a economia brasileira continua sólida. “Não nos abalaremos com julgamentos apressados, com conclusões precipitadas que a realidade desmentirá. Todos sabemos que, em economia, a realidade sempre se impõe”, disse.
A presidenta lembrou que, nos últimos dez anos, a inflação tem ficado dentro da meta. Segundo ela, a dívida líquida do setor público, atualmente em 33,7% do Produto Interno Bruto (PIB), encerrará o ano em queda e o país tem reservas de quase US$ 380 bilhões, que fornecem lastro para lidar com qualquer volatilidade internacional.
“Em alguns momentos, expectativas, especulações, avaliações e até mesmo interesses políticos podem obscurecer a visão objetiva dos fatos. Para nós, o que importa é que continuaremos a agir para manter o pais no rumo certo, sem abdicar em nenhum momento do nosso compromisso fundamental com a solidez da economia e com a inclusão e o desenvolvimento social e ambiental do país”, acrescentou.
Apesar de reiterar a confiança na economia, a presidenta admitiu que o país tem novos desafios a enfrentar após o aumento da renda na última década. Segundo ela, o principal desafio consiste em aumentar a produtividade e melhorar a infraestrutura, a educação e a eficiência dos serviços públicos. “Temos o desafio de acolher e atender às reivindicações que surgiram na população. Criamos um imenso contingente de cidadãos com melhores condições de vida e mais conscientes dos direitos”, declarou.
A presidenta comentou os desafios da economia brasileira na cerimônia de abertura da 55ª Reunião da Assembleia dos Governadores do BID, na Costa do Sauípe, na Bahia. No encontro, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, assumiu a presidência da Assembleia de Governadores da instituição. Para Dilma, o apoio do banco de fomento é importante para financiar investimentos sociais, projetos de infraestrutura e de integração regional num momento de recuperação da economia internacional.
O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, disse que tanto o Brasil como a América Latina têm o desafio de conciliar crescimento com desenvolvimento social em meio a uma população cada vez mais exigente em relação aos serviços públicos e à educação. Segundo ele, com menos recursos fluindo das economias avançadas para os países em desenvolvimento, a América Latina e o Caribe podem crescer 3,5% ao ano, mas essa taxa, declarou, é insuficiente para que a região se beneficie das mudanças tecnológicas globais.
“A discussão hoje não é se chegaremos a esse destino [desenvolvimento social], mas como chegaremos num contexto global mais resistente. Os países desenvolvidos estão se recuperando, mas os ventos internacionais agora estão menos favoráveis”, disse ele. Para o presidente do BID, a América Latina precisa de uma agenda que ataque as deficiências tecnológicas, educacionais, financeiras e ambientais.