sábado, 19 de abril de 2014

PSOL, ultrapassa os limites do bom senso e defende Prisco, o tucano golpista da PM bahiana

O PSOL da Bahia resolveu lançar nota de repúdio à prisão do vereador tucano golpista e líder de motim, Marco Prisco. A sanha antipetista dos psolistas é tamanha, que eles nem se dão ao trabalho de refletir o que significa alguém, protegido por um mandato parlamentar(caso de Prisco), insuflar uma rebelião de soldados armados contra um governo legitimamente constituído. Certo tipo de trotskysmo ( a maior parte) tem uma séria dificuldade em diferenciar mobilizações populares de ações golpistas. Ao desconsiderarem o interesse do tucano em faturar politicamente na ação contra o governo do PT, o PSOL vai reforçando a ideia de ser uma linha auxiliar da direita. Eu evito tratar o PSOL como mera linha auxiliar da direita, mas está cada vez mais difícil; os caras não ajudam. Leia a manifestação do PSOL da Bahia AQUI.

Rebelião da PM na Bahia une forças do PSDB e PSB

De: 247
Após prisão do vereador Marcos Prisco (PSDB), militar que liderou o movimento grevista da polícia na Bahia, a tropa decidiu pelo aquartelamento na madrugada deste sábado (19), atendendo a um pedido do deputado estadual Capitão Tadeu (PSB); assim tucanos e socialistas se unem contra o governo petista de Jaques Wagner, mesmo após a administração atender as principais reivindicações da categoria, que esteve paralisada nesta semana, gerando grande onda de violência; manifestação tem claro teor político; prisão de Prisco foi determinada pela justiça atendendo a um pedido do MPF/BA, que acusa Prisco de "auferir lucros políticos nas últimas eleições municipais" por causa da greve de 2012; agora PSDB e PSB buscam juntos os mesmos dividendos eleitorais

247 - A paralisação dos policiais militares da Bahia vai ganhando contornos cada vez mais políticos. Os dois principais líderes do movimento grevista no Estado são do PSDB e do PSB, que juntos pressionam o governo petista de Jaques Wagner. A situação das grandes cidades baianas está bem crítica. Explodiu a onda de violência com índices assustadores de homicídios. Mesmo após fechar um acordo com o governador Wagner e depois de decisão judicial que determinou o fim da greve, a categoria agora optou pelo aquartelamento, como represália à prisão do líder do movimento, o vereador tucano Marcos Prisco. Enquanto isso, o deputado estadual Capitão Tadeu, do PDB, busca assumir a liderança do movimento.
Toda a manifestação dos policiais na Bahia tem claros contornos políticos. Diante do governo petista de Jaques Wagner, PSDB e PSB tentam enfraquecer a administração a menos de seis meses para a eleição. Com a prisão de Marcos Prisco, decidida pela Polícia Federal por causa do movimento grevista de 2012 (e não por causa dos atos desta semana), o deputado socialista emitiu nota de repúdio que demonstra a forte conotação política-eleitoral das manifestações.
"Ao governo do Estado pela traição aos Policiais e bombeiros militares baianos, pois mesmo tendo um acordo para o final da greve manda prender Prisco. Mesmo após Marco Prisco, vereador de Salvador, ter assinado um acordo aceitando o final da greve, contrariando inclusive parte da tropa, o governo mais uma vez trai a boa vontade dos policiais e bombeiros militares e manda prender Prisco. A prisão ocorre na data que os cristãos comemoram a Sexta-Feira Santa, um dia após o acordo que pôs fim à greve, caracterizando um ato de traição do governo para com os policiais militares. Dessa forma, neste momento, por exigência dos policiais e bombeiros militares, saio da condição de moderador do movimento reivindicatório e assumo a liderança do mesmo. Assim sendo, conclamo toda a tropa para suspender as atividades IMEDIATAMENTE até que o governo providencie a soltura de Prisco. Pede-se que esta moção de repúdio seja encaminhada à cúpula da Secretaria de Segurança do Estado da Bahia", afirma a nota do Capitão Tadeu.
A tropa então ouviu o pedido de Tadeu e durante a madrugada deste sábado (19) decidiu pelo aquartelamento. O comando da PM no Estado ainda não tem dimensão do aquartelamento das tropas, mas confirmou registros "em maior ou menor escala" pelo Estado, inclusive nas duas maiores cidades, Salvador e Feira de Santana. Em Feira de Santana, por exemplo, que somou mais de 40 homicídios no período da greve desta semana, a informação em um posto da Polícia Rodoviária Estadual era que grande parte da categoria estava reunida na sede da Aspra, a associação de praças e bombeiros liderada por Prisco.
Mais cedo, no final da noite de sexta-feira (18), cerca de cem policiais haviam se reunido em frente à Câmara Municipal de Salvador em encontro convocado após a prisão de Prisco. Representantes da Aspra procuravam enfatizar que o encontro fora uma manifestação espontânea de solidariedade a Prisco e que o recado dele era no sentido de não retomar a greve. A tentativa de assembleia se dispersou por volta das 22h30, mas os ânimos não se acalmaram, a julgar pelos desdobramentos das horas seguintes.
A opção pelo aquartelamento tem cunho meramente político, uma vez que o governo atendeu as principais reivindicações da categoria, como reconheceu o vereador Prisco, antes de ser preso. “Quase todas as reivindicações foram atendidas”, disse ele. De mesmo modo, O pedido da prisão dele não partiu do governo, mas sim do Ministério Público Federal da Bahia. No ano passado, o MPF/BA denunciou Prisco e mais seis pessoas por crimes praticados contra a segurança nacional durante a greve da PM, ocorrida em 2012. De acordo com o Ministério Público, os denunciados, entre vereadores, soldados e cabos da PM, auferiram com a greve lucros políticos nas eleições municipais.
Com as manifestações de agora, PSDB e PSB buscam os mesmos dividendos políticos, só que agora com as eleições estaduais. Como é processado por crime político grave pelo MPF, qualquer recurso contra a prisão de Prisco somente pode ser ajuizado no Supremo Tribunal Federal.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Novos leitores: Mais uma tentativa de assassinato de reputação

por Luiz Carlos Azenha



Os blogueiros sujos resistiram firmemente a mais uma tentativa de assassinato de reputação. Esta, aparentemente coordenada internamente nas Organizações Globo.
Quem é leitor diário da blogosfera pode abandonar a leitura aqui, já que este artigo é para os milhares de novos leitores que nos procuram, segundos estatísticas de nossa audiência, em função de recentes — e falsas — acusações, que envolvem também o nome do Viomundo.
Os que acompanham mais de perto a disputa judicial entre o bravo blogueiro Luís Nassif e a revista Veja, da Editora Abril, da família Civita, sabem exatamente do que estou falando. Nassif teve a coragem de denunciar as falcatruas da revista em sua série sobre os métodos da publicação. O trabalho de Nassif foi confirmado mais tarde, quando a Polícia Federal desmontou a associação entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres e aliados. Eles entregavam suas “produções” jornalísticas de bastidores, contra adversários, para a publicação da Abril.
As armações tinham o objetivo clássico da mídia empresarial brasileira: o “assassinato de reputação” com objetivos políticos, ideológicos ou comerciais. Tirar vantagem enfraquecendo os outros com denúncias falsas ou artificialmente turbinadas.
Ao deixar a TV Globo, mais tarde, em 2006, o hoje blogueiro Rodrigo Vianna, do Escrevinhador, teve a coragem de fazer o mesmo: denunciar publicamente a emissora. Foi dado por alguns como doido. Porém, abriu os olhos de uma pequena parcela da opinião pública e hoje há, sem medo de errar, dezenas de milhares de brasileiros capazes de identificar com clareza os métodos da cobertura política global, que foram modulados para evitar os casos de manipulação mais evidente — hoje rapidamente denunciáveis — e trabalhar a pauta do que é ou, principalmente, não é oferecido aos leitores, ouvintes e telespectadores das Organizações Globo, dando ênfase às notícias que interessam e escondendo as que não interessam.
Este é hoje o principal motivo de os blogueiros terem se tornado, eles próprios, alvos de contínuas tentativas de “assassinato de reputação” ou “destruição de caráter”.
Eles rompem o tabu dos assuntos proibidos, muitos dos quais envolvem as próprias empresas de mídia, o que ficou bem nítido no recente aniversário de 50 anos do golpe de 1964, por exemplo, aqui aqui.
Se você é um jovem leitor ou chegou recentemente a este espaço, calma! Sabemos que há muitas novidades para você no que escrevo. Despreocupe-se. Vá seguindo os links e acumulando informação. Eventualmente, você vai se dar conta do que lerá, verá e ouvirá repetidamente na blogosfera: a grande mídia tem lado, apesar de se dizer “neutra”, “isenta” e “imparcial”.
O lado dela ficou claro no golpe que instalou a ditadura militar em 1964. Com raríssimas exceções, que pagaram caro por isso, a mídia apoiou os golpistas que agiram com ajuda material dos Estados Unidos e censuraram, torturaram, mataram e sumiram com os corpos de adversários. Alguns dos donos da mídia se envolveram diretamente  na articulação golpista; outros deram publicidade ou apoio material a ações específicas da ditadura; muitos lucraram enormemente durante o período.
São, grosseiramente, os mesmos que sempre se opuseram a governos de caráter trabalhista ou popular, que chamam de “populistas”. Os mesmos que apoiam, sempre, governos elitistas voltados acima de tudo para o lucro das elites, sem que uma migalha sequer seja concedida aos de baixo, aos mais pobres, aos assalariados.

Entendeu agora o motivo de nos detonarem?
A ocasião mais recente foi a entrevista do ex-presidente Lula a blogueiros de esquerda, ou “progressistas”, por apoiarem uma série de medidas políticas e econômicas que representariam progresso social e material para os trabalhadores, os assalariados, os mais pobres — como o Bolsa Família, as cotas para negros e sociais nas universidades, o Sistema Único de Saúde.
Como jornalista com mais de 40 anos de experiência, sendo pelo menos 30 em emissoras de televisão, sustento que uma entrevista vale pelas notícias que produz. No caso de que tratamos aqui, a entrevista de Lula produziu numerosas manchetes, inclusive em toda a chamada mídia corporativa, ou seja, ligada ou defensora dos interesses das corporações que a patrocinam.
Lula falou de todos os assuntos relevantes daquele momento: as denúncias contra o deputado André Vargas, contra a Petrobras, a campanha para que ele seja candidato a presidente em 2014, os rumos da economia no governo Dilma, a Copa do Mundo, os protestos na rua do Brasil, a lei antiterrorismo, o financiamento da saúde pública, etc.
Ou seja, os entrevistadores atingiram seu objetivo sem usar grosserias, sem ofensas e sem embarcar no que chamamos de “antipetismo” movido pelo ódio. É um sentimento promovido por adversários políticos do PT, que querem negar direito de existência ao partido de Lula da mesma forma que os golpistas de 1964 negavam existência política a seus adversários. Depois do golpe, mesmo políticos que apoiaram a derrubada de João Goulart foram “extirpados” pelo militares, como o direitista Carlos Lacerda, que perdeu o direito de se candidatar.
Entenderam o paralelo entre os ditadores do passado e os “ditadores”  de hoje? De formas distintas, tentam atingir os mesmos objetivos: negar o direito de expressão e organização àqueles dos quais discordam.
É nessa categoria que, em 2014, se encaixam os blogueiros, nove dos quais participaram da entrevista com o ex-presidente Lula. Para a mídia corporativa, são não-pessoas. A eles são negadas a individualidade, as características pessoais, os saberes específicos.
Você já andou por aí na blogosfera? Viu como concordamos em algumas coisas e discordamos em muitas? O Viomundo, por exemplo, apoia todas as manifestações de rua, inclusive as que estão sendo organizadas para o período da Copa do Mundo. O Eduardo Guimarães, do blog da Cidadania – para dar apenas um exemplo, discorda. Isso não nos impede de conviver democraticamente, ainda que expressando posições claramente distintas.
Não concordo com a postura do Eduardo em muitos outros pontos, porém defendo que ele participe, sim, de entrevistas com autoridades e políticos. Desde quando se convenciou que estas atividades devem ser exclusivas de jornalistas? Como representante comercial, exportador de autopeças e fã do Lula, o blogueiro não deixa de expressar o que pensa parte da opinião pública brasileira em relação ao ex-presidente.
Por outro lado, estavam presentes na mesma entrevista jornalistas com grande experiência, como a Conceição Lemes, deste site, com 33 anos de carreira. O que houve de errado com a pergunta que ela fez ao Lula sobre o financiamento da saúde pública? Lula culpou a extinção do imposto de cheque, promovida pelos adversários dele, pela falta de dinheiro para financiar o SUS. Acho que foi uma boa pergunta e que cabe ao leitor/ouvinte/telespectador decidir se concorda ou não com o ex-presidente.
Porém, os que negam direito de existência aos blogueiros no mundo da informação apagam a individualidade de cada um e o pluralismo da blogosfera, apelando para rótulos e acusações infundadas: seriam todos financiados pelo governo, hipnotizados por Lula ou defensores pagos do PT. Em uma palavra, “vendidos”.
Enfatizo: condenar “antipetismo” irracional não é o mesmo que ser petista. Não somos. Quer ler críticas ao PT/governos Lula e Dilma neste site? Comece por aquiaquiaquiaqui ou aqui.
Minha sugestão? Frequente os blogs abaixo citados. Com o tempo, baseando-se na sua leitura e não no que dizem para você, estou certo de que você perceberá as nuances, as diferenças que existem entre todos eles, indistintamente: Blog do Miro, CafezinhoSul 21Carta MaiorEscrevinhadorTijolaçoBlog da CidadaniaDiário do Centro do Mundo (há muitos outros, mas estes estavam representados na entrevista).
Estou certo de que, ao fazer isso, você vai encontrar uma pluralidade de opiniões que não vê na chamada mídia corporativa!
Quando no título deste texto, falei em “assassinato de reputação”, é por acreditar que as críticas feitas aos blogueiros nas Organizações Globo tinham este objetivo.
Primeiro, na rádio CBN, que pertence às Organizações Globo, em rede nacional, o âncora Carlos Alberto Sardenberg (o mesmo do Jornal da Globo, na TV) e o comentarista Merval Pereira (o mesmo do jornal O Globo, do Rio) sugeriram que os blogueiros que participaram da entrevista com Lula eram “vendidos”.
Depois, o jornal O Globo, do mesmo grupo, onde escreve Merval, pretendeu fazer uma “investigação” sobre quem eram os entrevistadores. Coincidência, não?
O método foi o mesmo utilizado na primeira entrevista de Lula a blogueiros, quando ainda estava na presidência da República, em 2009. Naquela ocasião, o jornal O Globo estampou, junto com uma foto de Lula com os entrevistadores, o título “Lula recebe Cloaca e outros amigos no Planalto”. Cloaca é um blogueiro do Rio Grande do Sul, que não participou da entrevista de 2014 e a cloaca a que ele se refere ao nomear seu blog é a mídia representada pelos grupos Folha-Abril-Globo-Estadão, ou seja, a mídia conservadora, de direita, que faz propaganda dos interesses da elite brasileira.
O Globo negou, então, credibilidade à entrevista. Agora, faz o mesmo usando métodos parecidos. Também usou uma foto dos blogueiros ao lado de Lula. E tascou, baseado em uma única declaração (a que aparece entre aspas), de um dos nove presentes: Café e bolotas de queijo, Conversa de Amigo‘Ninguém teve a intenção de ser isento’, Conversa de Camaradas.
É algo comum no jornalismo acusatório: tomar a parte pelo todo. Pega a opinião de um, destaca e com isso tenta desqualificar o todo.
Porém, onde foram publicadas as críticas específicas de O Globo às perguntas feitas pelos blogueiros? Quais as impropriedades jornalísticas cometidas durante a entrevista? Faltou notícia na entrevista de Lula?
A resposta, como as manchetes dos dias subsequentes na mídia corporativa deixaram claro: Não!
O que Lula antecipou aos blogueiros, inclusive, começou a acontecer: Dilma assumiu a defesa da Petrobras e anunciou ajustes futuros na economia brasileira. Tudo isso apenas confirma a relevância da entrevista em si.
Como jornalista com ampla experiência, percebi que O Globo montava uma armadilha para os blogueiros ao ler as perguntas endereçadas à Conceição Lemes. Se a entrevistadora do Viomundo não tivesse formação de jornalista ou não tivesse currículo, a inexperiência para enfrentar uma raposa politica como Lula seria destacada. Se tivesse tido qualquer despesa paga pelo Instituto Lula para ir até a entrevista, seria mencionada por isso. Seriam formas de desqualificar o trabalho de Conceição, já que o Viomundonão recebe propaganda oficial, seja de governos federal, estaduais ou municipais, seja de empresas públicas/estatatais — incluindo aí o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
Fazemos isso porque batalhamos pela extinção de tais gastos públicos, a não ser em casos de estrita necessidade, como campanhas de vacinação, para que o dinheiro seja aplicado em creches, hospitais e salários de funcionários públicos, não necessariamente nesta ordem. Quando governador do Paraná, o hoje senador Roberto Requião, do PMDB, fez isso e deu muito certo.
Finalmente, acrescento minha própria experiência como vítima de tentativa de assassinato de reputação, obviamente mal sucedida, caso contrário você não teria vindo ler o Viomundo.
Foi na campanha eleitoral de 2010, quando eu já havia pedido a extinção antecipada de meu contrato com a TV Globo.
Na ocasião, o jornal O Globo envolveu meu nome de forma infundada numa falsa denúncia contra a TV Brasil, que havia prorrogado — dentro de todas as normas legais — um contrato com a produtora Baboon, de São Paulo, que produzia o programa Nova África depois de ter ganho uma concorrência pública. Que eu saiba, foi o primeiro e único programa de TV no Brasil que foi resultado de uma concorrência pública!
Eu era empregado da Baboon, assalariado, para cumprir função em minha área de especialidade! No entanto, O Globo juntou meu nome com a cifra milionária de um contrato do qual eu não era parte e não tinha assinado — não sendo dono, nem sócio, nem gerente da Baboon, que pertence aos empresários Henry Ajl e Markus Bruno.
Viu como funciona? O Globo juntou meu nome com um valor milionário que nunca recebi e conseguiu produzir uma falsa denúncia contra um jornalista assalariado de uma produtora que havia ganho uma concorrência pública! No entanto, foi tudo tão transparente que, subsequentemente, a Baboon se classificou para disputar uma segunda concorrência e perdeu, ocasião em que o blogueiro Reinaldo Azevedo voltou a usar meu nome para me acusar… de perder a concorrência!
É assim que a direita age, entendeu?
Se você ficou curioso sobre o programa, clique aqui.
Portanto, expresso aqui minha solidariedade aos nove blogueiros vítimas da tentativa de assassinato de reputação movida pelas Organizações Globo por conta da mais recente entrevista do presidente Lula.
Sugiro a você, finalmente, jovem ou novo leitor do Viomundo, que dê uma olhada na tabela abaixo, publicada por Fernando Rodrigues em seu blog do UOL e na íntegra da entrevista do ex-presidente aos colegas blogueiros:

Agora nos diga: quem é mesmo que embolsa bilhões em dinheiro público?

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Lila Downs:Creo firmemente en ofrecer la cultura en forma gratuita

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lila downsZacatecas, Zac.- Unas horas antes de su presentación en la edición 28 del Festival Cultural Zacatecas, la cantautora oaxaqueña Lila Downs dijo que era “un honor estar en estas tierras sagradas, siento yo que es un lugar donde hay un misterio, hay una belleza en el cielo profundo que no se respira en cualquier lugar de nuestro país, e históricamente para mi habla bastante”.
Señaló estar contenta de regresar a Zacatecas, “de estar aquí, en un momento en el que se ofrecen estos conciertos gratuitos, cosas en las que creo firmemente, y que así podemos cambiar lo que está ocurriendo en nuestro país”.
“Considero que la cultura es muy importante, así que los felicito a ustedes y al Gobierno del Estado de Zacatecas por tomar en cuenta y darle importancia a la cultura”.

Gabriel Garcia Marquez visitado por Shakira. Quem imaginaria um encontro tão improvável?

SHAKIRA SE ENCUENTRA CON GABRIEL GARCIA MARQUEZ

La cantante colombiana Shakira, aprovechando la ocasión de su gira en México, ha encontrado el connacional y Premio Nobel de Literatura Gabriel Garcia Marquez, que reside desde hace décadas en la zona sur de Ciudad de México. Lo ha hecho público la misma cantante en un mensaje vía twitter ("Momentos inolvidables con Gabriel Garcia Marquez en México, Shak").
SHAKIRA SE ENCUENTRA CON GABRIEL GARCIA MARQUEZ
La artista ha colgado una fotografía en que se abraza con el autor de "Ciento años de soledad". Shakira, que, el pasado fin de semana ha tenido dos abarrotados espectáculos en la capital, y que esta tarde repetirá en Guadalajara y, mañana, en Monterrey, también ha visitado el Museo Soumaya, recientemente inaugurado por el empresario Carlos Slim.
Publicado el 06 Abril 2011 da La Redacción

domingo, 13 de abril de 2014

Lila Downs, Soledad Pastorutti y Niña Pastori le cantan a la Raíz de un folclor tradicional







Juntas. La mexicana Lila Downs, la argentina Soledad Pastorutti y la española Niña Pastori presentan una fusión de ritmos folclóricos.


Publicado em La Crónica

“Busco de dónde vengo que me perdí, busco de dónde vengo que aquí está mi raíz”, cantan la mexicana Lila Downs, la argentina Soledad Pastorutti y la española Niña Pastori al inicio del disco Raíz, proyecto musical con una fusión de ritmos folclóricos y tres nacionalidades que plasman un cancionero cultural y tradicional.

CANTOS MÁGICOS. El álbum aterriza su objetivo en las historias y los cantos de la comunidad indígena, la española y la mestiza: “Seleccioné mis canciones por intuición, primero aquellas con las que me identificaba musicalmente, después cuando escuché el disco completo entendí los mensajes y tomé los más importantes pero cambian con el tiempo”, contó Lila Downs en entrevista con Crónica.

“Es muy especial el sentido de interpretar con autenticidad, es el folclor, tienes que ponerle garra porque tiene que ver con lo que es en la vida, con lo que tú eres, es algo muy profundo que habla de tradiciones milenarias dentro de la música. Con los temas vives un viaje de emociones”, enfatizó la cantante oaxaqueña.

“La música es terapia, magia, puedes estar deprimido, escuchar una canción y revivir con ella; la música ofrece una manera de sacar el miedo o tal vez no sé, porque las metáforas son tan grandes que tal vez lloras por otra cosa que no es tristeza; esa es la belleza del canto”, se refirió para expresar lo que puede suceder con una persona cuando escuche Raíz.

Sentada al lado de Lila, la argentina Soledad Pastorutti afirmó que los retos en la manera de cantar y en las letras estuvieron presentes: “el desafío era transformar las canciones a nuestro estilo, tomar aspectos de mis compañeras, la idea al inicio era que cada una cantara sus temas, decidimos que las tres cantaríamos los temas y pondríamos nuestro granito de arena”, señaló.

Un mismo idioma y una forma similar de apreciar y vivir la vida es lo que se reflejó en el disco y las armonías del trío vocal: “Tenemos un lenguaje en común, el amor a la vida y a su valor con alegría a pesar de las cosas malas; hay personas en el mundo que viven con ilusión, esperamos que el disco sea superador”, refrendó la también llamada Sole.

Por su parte, la española Niña Pastori habló de la unión que caracterizó su convivencia al grabar: “El proyecto fue como el amor: uno elige el todo y no sólo las pequeñas partes de un ser humano; convivimos y nos vimos  sufrir o reír al interpretar un tema y algo es claro, las personas no van a encontrar lo que no buscan”, indicó.

LAS RAÍCES. María Rosa García García es el nombre real de Niña Pastori, quien nacida en San Fernando, España retrocedió en el tiempo para hablar de su raíz como persona: “Mis raíces son fuertes, lo más importante es el amor, vengo de una familia humilde y unida; viví con mi madre, mi padre y cuatro hermanos varones, soy la única hembra como se dice en España”, rememoró.

“Era la más pequeña y mi madre nunca quería dejarme sola, aún soy un tesoro para ella, mis padres nos dieron lo mejor con mucha sencillez y honradez, estoy orgullosa de ello. Me crié entre flamencos, voces y guitarras,  tuve la música desde que estaba en el vientre de mi madre, quien me cantaba; tengo una raíz potente”, aseguró con risas.

La intérprete argentina con raíces italianas, Soledad Pastorutti, ahondó su mente en el exilio de su abuela y en su amor por Argentina: “La situación de Europa mandó a mi abuelita en un barco para Argentina, escapó de la guerra en el peor de los lugares; mi abuelo materno era carpintero, fue un hombre muy inteligente en la vida puesto que no recibió la educación que nosotros tuvimos”, señaló.

“Mi padre fue muy trabajador, constante, lo recuerdo siempre con una sonrisa, para él nunca hubo problemas; yo siempre sacaba discos de su taller, eran de folclor. A pesar de las raíces italianas me siento muy argentina, en la primaria escribía poemas de los soldados de Malvinas que no volvieron y de la bandera, tal vez inculcado por mi padre; amo la tierra”, remarcó.

Ana Lila Downs Sánchez compartió sus vivencias en Tlaxiaco, Oaxaca, donde admitió que tuvo el honor de comenzar a ser “una hija de tres culturas, con un padre izquierdista y respetuoso de su país”, recordó la intérprete de “Cumbia al mole”, tema incluido en el disco y que inicia con la frase: “Cuentan que en Oaxaca se toma mezcal con café”.

“De pequeña tuve confusión con mi identidad pero nunca con la música, esa siempre fue la ranchera, desde que escuchaba   “La cama de piedra” (Cuco Sánchez). A veces recuerdo que las personas se burlaban de mí y me decían: ‘Oye niña, esas canciones las cantan los borrachos, por qué las cantas tú, mejor apréndete un bolero’. Finalmente por mis raíces estoy aquí y hago lo que más amo: cantar”, concluyó.


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