sábado, 29 de outubro de 2011

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Derrubando 5 mitos sobre os homossexuais

Os gays têm sido acusados de serem pais impróprios, mais susceptíveis de serem pedófilos, incapazes de manter relações duradouras e dai para pior.  Mas a pesquisa mostra que esses e outros mitos, não tem base na realidade.

1ANIMAIS SÃO SEMPRE HETEROSSEXUAIS
Apesar da percepção popular de que pares masculino-feminino são a única maneira “natural”, o reino animal é realmente cheio de exemplos de casais do mesmo sexo. Penguins, golfinhos, bisões, cisnes, girafas e chimpanzés são apenas algumas das muitas espécies que, por vezes, tem relações sexuais com parceiros do mesmo sexo.  Os investigadores ainda estão ponderando sobre as razões evolutivas, se houverem, para a homossexualidade animal, uma vez que não produz descendência.  Algumas idéias são de que isso possa ajudar a fortalecer os laços sociais ou incentive alguns indivíduos a concentrar os seus recursos na consolidação de seus sobrinhos e sobrinhas, assim, aumentando seus próprios genes indiretamente.
Ou pode ser simplesmente divertido. “Nem todo ato sexual tem uma função reprodutiva”, disse Janet Mann, um biólogo da Universidade de Georgetown.
  
2 – RELACIONAMENTOS ENTRE GAYS NÃO SÃO DURADOUROS
Outro estereótipo, é que as relações homossexuais não são tão reais ou de longa duração como os heterossexuais. A investigação descobriu que isso é falso.  Os estudos a longo prazo de casais homossexuais indicam, que seus relacionamentos são tão estáveis como casais heterossexuais.
“Há evidências consideráveis de que tanto as lésbicas, quanto os gays, querem ter um relacionamento estável e comprometido, e são bem sucedidos na criação destas parcerias, apesar das dificuldades criadas pelo preconceito social, o estigma e a falta de reconhecimento legal para as relações do mesmo sexo”, disse a psicóloga Anne Peplau, co-autora de um capítulo do livro Annual Review of Psychology, sobre o assunto, publicado em 2007.
Por exemplo, John Gottman, um professor emérito de Washington, da Universidade de psicologia, e seus colegas coletaram dados de casais homossexuais em 12 anos, e descobriu que cerca de 20 por cento tinham se separado nesse período.  Essa taxa projetada sobre um período de 40 anos, é ligeiramente inferior à taxa de divórcio para os primeiros casamentos entre casais heterossexuais, sobre o mesmo período de tempo, de acordo com o estudo publicado em 2003 no Journal of Homosexuality.
“A implicação geral desta pesquisa é que temos que afastar todos os estereótipos do relacionamento homossexual e ter mais respeito por elas como relações de compromisso”, disse Gottman.
Na verdade, o mesmo estudo descobriu que os casais gays tendem a ser melhor em resolução de conflitos e estimular emoções positivas.

3 – A MAIORIA DOS PEDÓFILOS É GAY
Um mito particularmente pernicioso é que a maioria dos adultos, que abusam sexualmente de crianças são homossexuais.  Um número de investigadores analisaram esta questão, para determinar se os homossexuais são mais susceptíveis de serem pedófilos do que os heterossexuais, e os dados indicam que não é o caso.
Por exemplo, num estudo de 1989 conduzido por Kurt Freund, do Instituto Clarke de Psiquiatria no Canadá, os cientistas mostraram imagens de crianças, a adultos do sexo masculino homossexuais e heterossexuais e mediu a excitação sexual. Os homossexuais não reagiram mais fortemente à imagem de meninos do que os heteros à de meninas.
Um estudo de 1994, liderado por Carole Jenny da University of Colorado Health Sciences Center, pesquisou 269 casos de crianças que foram molestadas sexualmente por adultos.  Em 82 por cento dos casos, o alegado autor foi um parceiro heterossexual de um parente próximo da criança, relataram os investigadores na revista Pediatrics. Em apenas dois dos 269 casos, o agressor foi identificado como sendo gay ou lésbica.
“A investigação empírica não indica que homens gays ou bissexuais são mais prováveis do que homens heterossexuais para molestar crianças”, escreveu Gregory M. Herek, um professor de psicologia na Universidade da Califórnia em Davis, em seu site.

4 – CASAIS GAYS NÃO SÃO BONS COMO PAIS OU MÃES
Muitos daqueles que se opõem ao casamento gay e adoção por casais homossexuais, alegam que pais do mesmo sexo, não são uma boa escolha para essas crianças, e que a criança precisa de pai e uma mãe para crescer e ser um adulto saudável.  Entretanto, pesquisas mostram que filhos de pais homossexuais, tendem a se sair muito bem.
Por exemplo, um estudo recente analisou cerca de 90 adolescentes, metade vivendo com casais do mesmo sexo e os outros com os casais heterossexuais, mostrando que ambos os grupos se saíram da mesma forma na escola. meninos de famílias do mesmo sexo tiveram médias de notas de cerca de 2,9, em comparação com 2,65 para os seus homólogos nos lares heterossexuais. As meninas adolescentes mostraram resultados semelhantes, com um 2,8 para famílias do mesmo sexo e de 2,9 para meninas de famílias heterossexuais.
Outro estudo descobriu que crianças com duas mães ou dois pais eram menos propensas, do que suas contrapartes de famílias “tradicionais”, a participar de atividades delinqüentes, tais como danos materiais, furtos e entrar em brigas.
“A questão de fundo, é que a ciência mostra que crianças criadas por dois pais do mesmo sexo, tem um comportamento tão bom ou melhor, que as crianças criadas pelos dois pais sexo diferente”, disse Timothy Biblarz, um sociólogo da Universidade de Southern California.  “Isto é obviamente, incompatível com a tese generalizada de que as crianças devem ser criadas por uma mãe e um pai, para terem um bom comportamento.” Ambos os estudos foram descritos em um documento de revisão de literatura publicada em Fevereiro de 2010, no Journal of Marriage and Family.

5 – SER GAY É UMA ESCOLHA
Enquanto alguns afirmam que ser gay é uma escolha, ou que a homossexualidade pode ser curada, há evidências de que a atração pelo mesmo sexo, é pelo menos, parcialmente genética e de base biológica.
Para testar se os genes desempenham algum tipo de papel, os pesquisadores compararam os gêmeos idênticos (em que todos os genes são compartilhados) para gêmeos fraternos (em que cerca de 50 por cento dos genes são compartilhados).  Na revisão de 2001, tais estudos com gêmeos relataram que quase todos os gêmeos idênticos encontrados, eram significativamente mais propensos a compartilhar uma orientação sexual, isto é, ser tanto gay, hetero ou ambos, do que gêmeos fraternos, que são geneticamente mais distantes. Tais achados indicam que os genes são um fator de orientação, para a sexualidade de uma pessoa.
Outros estudos dizem que os efeitos biológicos, tais como a exposição hormonal dentro do útero, também podem desempenhar um papel na definição da orientação sexual.
“Os resultados apóiam a teoria de que as diferenças no sistema nervoso central existem entre os indivíduos homossexuais e heterossexuais e que as diferenças são possivelmente relacionados a fatores no início do desenvolvimento do cérebro”, disse Sandra Witelson, da Universidade McMaster, em Ontário, publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences.