sábado, 24 de dezembro de 2011

Nova missão da Folha: destruir Eliana Calmon

A Folha.com trouxe a seguinte  manchete na manhã de sábado:"Calmon recebeu R$ 421 mil de auxílio-moradia". É visível a intenção de vincular a Corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a atos condenáveis. O fato é que o auxílio-moradia é pago a todos os juízes.
Trata-se de uma notícia requentada, tirada da geladeira no momento em que a corregedora levanta-se contra "os ladrões de toga". Aliás, o que tem de notícia nisso? Tanto faz, a FSP segue firme seu caminho de exterminadora de reputações.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

É Natal. Compre feito um desesperado

Durante o Natal é impossível escapar do lugar comum segundo o qual a data está cada vez mais consumista e coisa e tal. É uma verdade banalizada pelo uso. 
O lado mais dramático dessa situação, na minha singela opinião, está expresso na jornada desumana a que são submetidos os empregados do comércio. Em São Paulo, as lojas dos shoppings varam a madrugada vendendo. Em Porto Alegre, o comércio ficará aberto até as 20h do dia 24/12. A pergunta é: para quê? A mídia anuncia essas maratonas como se fossem grande coisa. Filas do SUS e filas em aeroportos são inaceitáveis, mas aquele monte de gente se acotovelando para comprar dos patrocinadores da grande mídia é tratado com bom humor. Eu acho repugnante!
Não sou daqueles que compram presentes ao longo do ano, ou com grande antecedência. Compro no tempo que tenho. Se não tiver tempo, não compro. Flexibilizar o horário é uma coisa, estendê-lo ao infinito é absurdo. É dizer aos consumidores (porque as pessoas não são tratadas como cidadãs, mas como consumidoras) que podem ser imprevidentes e que podem deixar tudo para a última hora. Sempre haverá uma loja aberta onde se gastar. 
Quem quiser comprar presentes que arranje tempo até as 22h (que me parece mais que o suficiente). Se não conseguir, azar.

Eliana Calmon. Quem tem medo dessa mulher?

Congresso argentino aprova lei do papel jornal

BUENOS AIRES — O Senado argentino converteu nesta quinta-feira em lei o projeto que declara "de interesse público" o papel de jornal, decisão qualificada pela oposição como uma tentativa de silenciar a imprensa independente.
O texto foi aprovado no Senado por 41 votos contra 26, após passar na Câmara de Deputados na semana passada.
A iniciativa da presidente Cristina Kirchner declara de interesse público o papel de jornal, com o argumento de que é preciso regular sua atividade comercial para permitir a livre concorrência.
Segundo o governo, a lei visa a assegurar para a indústria nacional a fabricação, comercialização e distribuição regular e confiável da pasta de celulose para o papel de jornal, tanto a pessoas físicas como jurídicas com domicílio no país.
A lei estabelece critérios de preços, comercialização e produção para atender à demanda interna dos jornais, através de um aparato regulatório a cargo do ministério da Economia.
Atualmente, a empresa Papel Prensa, controlada por Clarín (49%), La Nación (22%) e pelo Estado (27,46%) é a única fornecedora do país de papel para jornal, com uma produção anual de 170 mil toneladas.
O jornal Clarín publicou nesta quinta-feira um anúncio no qual assinala que "diante do avanço do projeto para controlar a produção e a importação do papel para jornal, as principais organizações jornalísticas da Argentina e da América Latina manifestam sua categórica rejeição".
O legislador governista Aníbal Fernández afirmou que o debate foi lúcido e destacou que "do total produzido pela Papel Prensa 70% vão para Clarín e La Nación, cabendo o restante aos demais 168 jornais do país, a um preço 15% maior".
Uma das cláusulas mais questionadas estabelece que a Papel Prensa deve funcionar plenamente para abastecer o mercado e, se isto não ocorrer, o Estado pode intervir para aumentar sua participação acionárias, reduzindo a dos demais sócios.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

No apagar das luzes, STF golpeia de novo órgão que vigia juízes

Supremo Tribunal Federal proíbe Conselho Nacional de Justiça de investigar enriquecimento de juízes. Liminar foi concedida às 21h do último dia de trabalho do STF antes das férias, a pedido de três entidades corporativas da magistratura. Ministro responsável, Ricardo Lewandowski, nega ter agido em causa própria. Presidente do STF, Cezar Peluso, defende colega.

BRASÍLIA – Na undécima hora antes de sair defintivamente de férias e só reabrir as portas em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu mais um golpe no órgão de controle externo da conduta de juízes e tribunais, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A corregedoria do CNJ está proibida de investigar o recebimento de salário e o enriquecimento de juízes pelo país, graças a uma liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski.
Às 21h da segunda-feira (19), último dia de trabalho do STF neste ano e no qual a corte funcionou só para empossar uma nova ministra, Rosa Weber, Lewandowki aceitou mandado de segurança apresentado ao STF por três entidades corporativas de juízes que queriam barrar apurações do CNJ: Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).
As três entidades sentiram-se encorajadas para acionar o STF no dia 19 pois a última decisão da corte, paralelamente à posse de Rosa Weber, tinha sido justamente impedir o CNJ de investigar o comportamento de juízes.
Uma liminar concedida pelo ministro Maro Aurélio Mello suspendera resolução baixada pelo CNJ para disciplinar as investigações. Valerá até que o STF volte das férias e seus ministros julguem o caso. A menos que, durante as férias, um ministro plantonista resolva dar uma outra liminar, cassando a primeira.
O estopim do mandado de segurança de AMB, Ajufe e Anamatra tinham sido investigações abertas pelo CNJ no Tribunal de Justiça de São Paulo. No total, 22 juízes de todo o país estão na mira do Conselho.
Quem primeiro deu a notícia sobre a liminar de Lewandowksi foi o jornal Folha de S. Paulo, nesta quarta-feira (21). A reportagem dizia que o ministro aceitou dar a liminar porque ele mesmo, que é egresso do TJ de São Paulo, estaria na mira do CNJ.
Em nora divulgada nesta quarta, o ministro do STF rebate a afirmação. “A decisão de minha autoria não me beneficia em nenhum aspecto, pois as providências determinadas pela Corregedoria do CNJ, objeto do referido mandado de segurança, à míngua de competência legal e por expressa ressalva desta, não abrangem a minha pessoa ou a de qualquer outro ministro deste Tribunal [STF], razão pela qual nada me impedia de apreciar o pedido de liminar em questão”, disse.
O presidente do STF, Cezar Peluso, que também preside o CNJ mas está em conflito com a corregedora do Conselho, Eliana Calmon, também divulgou nota para defender Lewandowski. Para ele, houve “insinuações irresponsáveis” sobre as motivações do ministro ao conceder a liminar.
O próprio Peluso faz insinuações na nota, de que teria havido “covardes e anônimos 'vazamentos'” de informações fiscais e bancárias de Lewandowksi protegidas por sigilo.

A percepção do brasileiro sobre a pobreza - leia na íntegra

Para brasileiros, desemprego e falta de acesso à educação são principais causas da pobreza
Para a maior parte da população brasileira, desemprego e falta de acesso à educação são as principais causas da pobreza. Essa constatação está no Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS): Assistência Social - percepção sobre a pobreza: causas e soluções, divulgado nesta quarta-feira, 21, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O SIPS ouviu 3.796 pessoas em todo o país, entre os dias 08 e 29 de agosto deste ano, sobre causas da pobreza e possíveis soluções. As opiniões colhidas mostraram ainda se os brasileiros percebem ou não uma redução nos níveis de pobreza nos últimos anos e como eles classificam a importância deste problema em relação a outros como violência, desemprego, educação, saúde, etc.
O desemprego foi apontado por 29,4% dos entrevistados como o fator que mais influencia os níveis de pobreza, seguido pelo item educação sem qualidade/acesso ao ensino, com 18,4%. Outras causas muito citadas foram corrupção (16,8%) e má distribuição de renda (12%).
“As razões apontadas pela população indicam que existe a percepção de que o problema da pobreza é estrutural e não uma questão individual, apenas 2,8% dos entrevistados mostraram acreditar que as pessoas são pobres por preguiça ou comodismo”, analisou Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.
Violência e saúde
O SIPS revelou ainda que fome e pobreza não são consideradas os principais problemas do país. Os entrevistados pela pesquisa indicaram violência/insegurança e saúde como preocupações que mais os afligem (23% e 22,3%, respectivamente). Apenas 6% apontaram pobreza/fome.
Essa percepção, no entanto, variou de acordo com a renda. Entre os mais pobres, saúde e violência continuaram com os mais importantes, e a pobreza teve 7,5% das indicações. Nas faixas mais ricas, a corrupção foi mais citada, e a pobreza teve referências residuais.
O diretor do Ipea acredita que a redução dos níveis de pobreza nos últimos anos contribui para a menor percepção dela como problema nacional. “Essa questão perdeu importância relativa em função do aumento do poder aquisitivo do assalariado e dos programas sociais, tivemos um crescimento recente que gerou muitos empregos e reduziu a desigualdade”.
De acordo com a pesquisa, 41,4% dos brasileiros acreditam que a pobreza teve uma redução nos últimos anos, enquanto 29,7% creem que houve aumento. Para os entrevistados, pode ser considerada pobre uma família com renda familiar per capita inferior a R$ 523,00, valor próximo ao salário mínimo atual (R$545,00).

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Não me peçam pra elogiar os Kim ...

Kim Il-sung, Kim Jong-il, King Jong-un... e quem venha depois deles não me provocam nenhuma simpatia. Podem pedir que eu entenda o papel geopolítico da República Democrática Popular da Coréia (RDPC), vulgo Coréia do Norte; o contexto da luta antimperialista que levou à independência e à Guerra entre as coreias; os interesses estadunidenses... enfim. Mas não tentem me convencer que o culto aos Kim faz parte da consciência revolucionária do povo da RDCP. A personificação de um suposto ideal revolucionário; a submissão à memória de alguém; a louvação sem limites; a sacralização da imagem não fazem parte de nenhuma consciência revolucionária. Pelo contrário, são a expressão mais acabada de opressão mental.
A sacralização de pessoas - o chamado "culto à personalidade" - nunca aparece como fenômeno isolado, tampouco brota naturalmente da população. Costuma acompanhar os regimes autoritários/totalitários. Faz parte das estratégias de legitimação de uma causa, de um ideal, que precisa personificar em alguém valores abstratos. É a expressão irracional de uma estratégia racional de legitimação.
Por isso, não me venham com "veja bem...". A reverência da população da RDPC às imagens de seus dirigentes é repugnante. O reverso dessas imagens costuma ser a tragédia.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O mito "Barcelona"

O Barcelona Futebol Clube deixou de ser um clube de futebol para tornar-se uma instituição mítica. Não se comenta apenas a vitória acachapante sobreo Santos, comenta-se que o Barcelona FC joga melhor porque possui uma outra filosofia. Valorização da base, administração diferenciada, ousadia, relação com sua terra e seu povo... e por aí vai.
Na história da rivalidade Barcelona x Real Madrid, há raízes históricas profundas. No processo da Guerra Civil Espanhola, o Real Madrid encarnou a Espanha franquista, institucional, enquanto o Barcelona que já era ligado à luta do povo catalão, vinculou-se à causa republicana. Vamos convir que, um rivalidade assim é muito mais apaixonante que a maioria das rivalidades que conhecemos no futebol brasileiro.
Toda essa história confere ao Barcelona uma aura diferenciada. Não é só o melhor time do mundo, mas é um time no qual identificamos valores que gostaríamos de ver nos times brasileiros: garra; amor à camiseta; continuidade d eum trabalho; jogadores que se divertem jogando e, ao mesmo tempo, fazem bem feito o que são pagos para fazer. O Barcelona dá aos seus torcedores e admiradores do futebol aquilo que mais se deseja: jogo bonito com vitória no final. Na pior das hipóteses,  assiste-se a um jogo jogado e com vontade de vencer. Não é à toa que, após a vitória do Barça, as pessoas saíram com a camiseta do time como se fosse o time "da casa". O Barcelona tornou-se uma bandeira, uma causa, um mito.
Talvez, em algum momento apareça alguém para desfazer tudo isso. Talvez a explicação de como um clube consegue pagar salários tão altos em um país assolado pelo desemprego não seja nada romântica. O fato é que os caras jogam muito e, em um mundo envolvido em escândalos, mesquinharias, despido de qualquer apego a uma causa nobre, ver gente suandoa camiseta, jogando bonito e ganhando dê um alento. É como se nos dissessem, é possível vencer estando do lado do bem e do belo. É a vingança da Hungria de 54, da Holanda de 74, do Brasil de 82; do futebol brilhante, mas derrotado. Ainda que o mito venha a ser desfeito, vale a pena ver o Barcelona jogar. E para nós, colorados, resta o singelo orgulho de poder dizer: "já ganhamos desses caras".

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Mulher israelense ignora ultraortodoxos e se nega a sentar atrás em ônibus

Tanya Rosenblit. | Foto: Arquivo pessoal Tanya RosenblitGuila Flint,de Tel Aviv para a BBC Brasil
História da engenheira levou discussão sobre segregação de mulheres ao gabinete israelense
Uma mulher israelense negou-se a ceder às imposições de ultraortodoxos que queriam obrigá-la a ficar na parte traseira de um ônibus e tornou-se símbolo da luta contra a segregação das mulheres em áreas religiosas do país.
Na última sexta-feira, a engenheira Tanya Rosenblit, 28 anos, tomou um ônibus em sua cidade, Ashdod (sul de Israel), com destino a Jerusalém.
Tanya diz que, logo depois de sentar-se atrás do motorista, vários homens ultraortodoxos começaram a xingá-la, mandando-a se deslocar para a parte traseira.
"Disse a eles que não estava fazendo nenhuma provocação, e que, se tratando de um ônibus público, todos os cidadãos têm o direito de viajar nele", afirmou Rosenblit.
"Também lhes disse que comprei minha passagem exatamente como eles e que não tinham o direito de me dizer onde sentar."
Os homens afirmavam, segundo a engenheira, que "não poderiam sentar atrás de mulheres" no veículo.
Em Israel, existem 70 linhas de ônibus, predominantemente utilizadas por ultraortodoxos, nas quais é praticada a separação entre homens, que ficam na parte dianteira, e mulheres, que ficam na parte de trás do veículo.
Apesar de protestos de grupos feministas e de grupos de direitos humanos, o fenômeno tornou-se comum em várias regiões do país.

Intervenção policial

Devido à resistência de Rosenblit, os homens impediram o ônibus de prosseguir sua viagem.
O motorista acabou chamando a polícia, que também tentou convencer a mulher a se deslocar para a parte traseira.
Homens ultraortodoxos tentam impedir o ônibus de seguir viagem em Israel. | Foto: Arquivo pessoal Tanya RosenblitApós a discussão, os policiais instruíram o motorista a prosseguir e disseram que quem não concordasse com a decisão "poderia descer do ônibus". Vários dos passageiros ultraortodoxos saíram do veículo, e o ônibus finalmente partiu para Jerusalém.
Fotos do incidente no ônibus foram divulgadas pela engenheira no Facebook e na imprensa
Depois que a engenheira divulgou a história no Facebook, o incidente rapidamente virou notícia nos principais veículos de comunicação no país.
A imprensa comparou Tanya à ativista americana Rosa Parks, que, em 1955, negou-se a ceder seu lugar no ônibus a um branco, episódio que virou símbolo da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos.
A história de Tanya ocorre em meio a uma polêmica crescente em Israel, causada pela exclusão das mulheres de espaços públicos, imposta por ultraortodoxos.
Em Jerusalém, onde grande parte da população é religiosa, não se vê mulheres em outdoors, nem mesmo em propagandas de roupas femininas.
Várias estações de rádio religiosas não transmitem vozes femininas cantando, pois, segundo os preceitos ultraortodoxos, a mulher tem uma voz "obscena", podendo cantar apenas dentro de sua própria casa.
Algumas estações de rádio também pararam de transmitir vozes de mulheres falando.
Na semana passada, homens ultraortodoxos impediram mulheres de participar em uma eleição de lideranças comunitárias, no bairro religioso de Mea Shearim.
Depois que a história de Tanya Rosenblit chegou à mídia, a questão da segregação das mulheres foi discutida na reunião semanal do gabinete israelense.
O primeiro ministro, Binyamin Netanyahu, declarou que "o espaço público deve permanecer aberto e seguro para todos os cidadãos".

domingo, 18 de dezembro de 2011

Não acredito em deus, mas acredito na justiça, na paz e na verdade. É o suficiente.