quarta-feira, 29 de abril de 2009

Yeda comemora e se solta no pasto


Foi ela mesma que disse: "Passei os dois primeiros anos puxando a carroça Ficou pesado fazer as mudanças sem poder contar com o vice. Agora que a carroça está andando sozinha, posso me liberar mais e fazer política." Se alguém do CPERS ou do PT dissesse que a Governadora devia puxar carroça, seria ameaçado de processo. Fosse o presidente, ganharia manchete, mas sendoa Rainha de Copas, ganhou uma notinha discreta na Rosane Oliveira, que considerou tudo um "desabafo".

É típico da PIG. O Presidente comete gafes, a Rainha de Copas, faz uma metáfora


A burla do ENEM

Saiu o resultado do ENEM. Obviamente as escolas particulares receberam as melhores avaliações. Porém, observando a lista das escolas e suas médias, reparamos uma diferença no processo de realização das provas. A escola que ficou em primeiro lugar em Porto Alegre, apesar de possuir 71 alunos matriculados e aptos à fazerem a prova, aplicou-a em apenas 13 alunos. Com poucas exceções, as escolas particulares participam com um número de alunos bem menor que o total de matrículas, enquanto praticamente todos os matriculados nas escolas públicas prestam o exame. Essa situação distorce o resultado. Sou capaz de apostar que, se as escolas públicas selecionassem seus melhores alunos para prestarem o exame, o resultado seria diferente, um pouco mais equilibrado.
Aviso de antemão que sou favorável a processos avaliativos e não acho que a escola pública seja uma maravilha. Vivemos tempos difíceis. Porém, as escolas particulares, se quiserem mostrar sua superioridade, devem concorrer nas mesmas condições. Vejam só:
Província de São Pedro (1º) - 71 matriculados e 13 participantes;(4º)Farroupilha - 193 matriculados e 42 participantes;Anchieta (11º) - 247 matriculados e 42 participantes.
Enquanto isso, o Colégio Militar, 3º colocado, participou com 127 de seus 137 alunos matriculados. Essa foi a regra nas escolas públicas.
Esse é mais um motivo pelo qual acho positiva a utilização do ENEM para ingresso na universidade. Será um modo de ampliar a adesão ao sistema e verificar com mais rigor a situação do ensino no país.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A parte que te cabe


Saiu novamente na Rosane Oliveira uma notinha sobre as inquietações da base fogacista em relação ao loteamento, ou, como eles gostam, à participação dos partidos na Prefeitura. Há muito já foi anunciado que o Clóvis Magalhães resolveria o assunto "na próxima semana". Um dia eles resolvem.
Pode ser paranóia, mas eu tenho a impressão que, nas gestões da Frente Popular, isso era chamado loteamento, partidarização, aparelhamento do governo. Na atual gestão é tudo tratado como um modo de garantir a participação mais ampla possível, de permitir a colaboração como o projeto e coisa e tal. Dois pesos e duas medidas. Em outros tempos, dava uma boa manchete no boletim do PRBS.
Ninguém desconhece que a composição de um governo é política. Política e partidária. Até aí, não vejo mal nenhum. A composição de um governo deve buscar a capacidade técnica dos ocupantes dos cargos de confiança e, junto com isso, colocar pessoas que façam as coisas andarem. Nada disso acontece no reino encantado da governança. Primeiro, multiplicaram os CCs e mesmo assim não conseguem satisfazer todo mundo. Depois, colocaram um monte de gente sem um mínimo de espírito público, isso pra não falar dos que sequer aparecem para trabalhar, ou acumulam funções na vida privada, incompatíveis com a dedicação integral e esclusiva que deveriam ter. Provas disso? Basta que a Administração faça uma auditoria séria sobre o assunto e isso aparecerá. Antes, é claro, as folhas-ponto de meses anteriores deveriam ser recolhidas para evitar a "corrida ao ponto", cada vez que se pede a efetividade de algum CC. Se fizerem isso, verão. A responsabilidade pelo trbaalho poderia ser... da SMA(?!). Melhor deixar a idéia de lado.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Nova lei de incentivo à cultura



Audiência sobre a reformulação da Lei Rouanet é um bom momento para discutir e esclarecer dúvidas. Não irei, pois estarei trabalhando, mas se qlguém for, me conte como foi.

Ele voltou

Parece que o Fórum Social Mundial vai voltar a Porto Alegre. A idéia é interessante, além da capital, outras cidades também sediarão debates do FSM. Acho bom. Eu e mais umas nove ou dez pessoas pensamos que o Fórum está se tornando uma espécie de feira de idéias de ongs e apresenta um ar decadente pela incapacidade de encaminhar qualquer coisa concreta. Mesmo assim, acho bom. Quem não gosta de uma feira? Quem sabe, as coisas não estejam mudando e eu, daqui de longe, não tenha percebido? Quem sabe?
O que fica de tudo isso é a declaração do candidato a Prefeito, a partir de maio de 2010, José Fortunati. Ele acha o Fórum super-importante para o turismo da cidade. Quem sabe a Prefeitura não cria uma secretaria extraordinária para o Fórum, já que tem um extraordinária para a Copa? O método Pilatos mostra mais uma vez a sua força. Cmo quem não quer nada, pavimenta sua candidatura com mais um título: o prefeito que trouxe o FSM de volta a Porto Alegre. E nós, felizes e entusiasmados, iremos na caminhada, tomaremos cerveja Colônia (que eu aprecio), gritaremos vivas ao Chaves e a outros tantos que lutam por um outro mundo possível, patrocinados pela Prefeitura. Prefeitura comandada por um homem que, um dia, comparou o FSM a uam "Disneylândia das esquerdas".

Tarso será o candidato do PT


A inscrição foi agora e ainda temos a hipótese Vanazzi, mas duvido que Tarso não seja o candidato do PT ao governo do estado, com direito a apoio da DS e tudo o mais. A idéia de renovação que chegou a correr pelo PT não se sustenta. Diante de um nome bem posicionado nas pesquisas não tem novidade que resista.
Muita coisa mudou e tudo continua igual. Tarso é o mesmo, capaz de muita coisa para atingir seus objetivos. A Maria do Rosário sabe bem disso. Apoiou Tarso em situações difíceis, mas nunca teve uma palavra favorável do ministro, pelo contrário. Nada de ingratidão ou traição; puro cálculo político. A DS, que tanto queimou o Tarso e a Maria do Rosário nas vezes em que apoiou Tarso, definiu a disputa interna a favor do ex-adversário. Devolve a deferência que recebeu ao obter o apoio de Tarso para Miguel Rossetto em Porto Alegre.
Não vejo alternativa melhor para o PT gaúcho. Porém, se não houver coligação com algum partido que faça votos, até mesmo a ida ao segundo turno fica a perigo. A corrida começou cedo. O assédio ao PTB é defendido por todas as correntes que têm algum peso nas decisões do PT. Só falta eles aceitarem. Se aceitarem, levarão muita coisa.
Já na situação interna do PT, conhecendo-se os personagens em cena, dou-me ao luxo de arriscar uma previsão. Os que não deram apoio de primeira hora, terão aquilo que merecem. E quem decide o que eles merecem? Chega de previsões.

O fim da ciclofaixa

Se eu fosse o Paulo Santana, diria que a Prefeitura vai acabar com a ciclofaixa em função do que eu já escrevi neste blog. Felizmente não sou o Paulo Santana. O fato é que a morte da ciclofaixa "Caminhos dos Parques" já estava acontecendo ao natural. O boletim do PRBS informa que "a falta de conservação da sinalização e o desrespeito dos motoristas" que estacionavam na ciclofaixa foi decisivo para o fim do Caminho dos Parques. O fato é que tanto a conservação quanto a fiscalização do trânsito caberiam à Prefeitura. Porém, o método Pilatos recomenda que, diante de determinadas situações não se tome nenhuma providência. Em algum momento (neste caso, quatro anos depois) a solução aparecerá ao natural. A Prefeitura matou o Caminho dos Parques de inanição e, agora, informa que irá desativá-lo.
O secretário da imobilidade, em mais uma palestra, já informou que o plano diretor cicloviário está na Câmara, com grandes inovações e que já tem orçamento previsto em 2009. Nenhum compromisso. Tudo depende da Câmara e, para quem não sabe, estar no orçamento não quer dizer nada. Ao final do ano, depois de nada ter sido feito, a culpa será da Câmara ou da burocracia.
Mais uma do secretário palestrante: segundo ele, o projeto da ciclofaixa era muito ruim. Devia ser mesmo. Boas são as coisas que ele faz.