sábado, 14 de dezembro de 2013

Figueroa: autor do "Gol Iluminado", leitor de Neruda e admirador de Allende.

Figueroa sugere troca de comando na Fifa

Em entrevista, chileno pede respeito a Falcão e diz que pararia Messi

Por Gazeta Press 


Marinho e Figueroa, a muralha do Internacional em 1976
Marinho e Figueroa, a muralha do Internacional em 1976 / Crédito: Foto: Acervo/PLACAR
O chileno Elias Figueroa sempre foi uma exceção. Quando criança, sofreu com asma e problemas cardíacos. Aos 15 anos, já curado, marcou Didi em um jogo-treino contra a seleção brasileira na Copa do Mundo do Chile-1962. Um dos melhores zagueiros da história, aliava técnica e raça em detrimento da violência. Jogou os Mundiais de 1966, 1974 e 1982, mas nunca conseguiu ganhar uma partida. Fã de Pablo Neruda e Gabriela Mistral, costumava escrever poemas enquanto seus companheiros jogavam baralho.

Em eleição com alta abstenção, moradores de bairros pobres do Chile não votam por falta de dinheiro

De: Opera Mundi

Ir e voltar de ônibus em Santiago, dependendo da região, pode custar até R$ 22; não comparecimento em periferias chega a 60%


Enquanto os candidatos presidenciais reclamam da alta abstenção – na casa dos 50% – no primeiro turno da eleição chilena, moradores de bairros mais pobres de Santiago contam moedas para tentar saber como vão chegar aos locais de votação. Como o comparecimento ao pleito não é obrigatório, muitos deixam de votar por falta de dinheiro para usar o transporte público.
Desde que o país implantou o sistema de voto voluntário, nas eleições municipais de 2012, a taxa de abstenção alcançou ou superou os 50%. Nos distritos de baixa renda, a evasão foi muito maior. Em alguns casos, mais de 60% dos inscritos deixaram de votar. Em comparação, neste ano, o comparecimento de eleitores de bairros mais ricos chegou, na média, a 75%.

A reportagem de Opera Mundi visitou três dos bairros mais vulneráveis de Santiago, conversou com moradores e líderes comunitários sobre os problemas na hora de ir votar e viu que, por mais que muitos queiram depositar seu voto neste domingo (13/12), seja para a ex-presidente Michelle Bachelet, seja para a governista Evelyn Matthei, nem todos têm condições de chegar à urna.

Paola Cornejo/Opera Mundi
Cartaz de Michelle Bachelet na favela La Victoria, em Santiago: falta de dinheiro pra votar ajuda em aumento da abstenção
“Para ir e voltar da escola [onde vota], eu gasto 1200 pesos (equivalente a R$ 5,29), e isso para faz diferença para mim e para muita gente. Dos meus filhos, que também estão empolgados, só vão votar aqueles que têm dinheiro para fazer essa viagem”, contou o vendedor.
Por sua parte, o Servel (Serviço Eleitoral chileno) reconhece que existem problemas com o fato de que as pessoas tenham que votar em colégios distantes de suas residências. O presidente do órgão, Patricio Santa María, falou sobre as dificuldades e aproveitou para comentar a solicitação feita pelo comando de Michelle Bachelet, de transporte gratuito em todo o país no dia da eleição – o que foi negado.

Na favela de La Victoria, uma das mais antigas e mais representativas de Santiago, sobretudo por sua história de enfrentamentos com os militares durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), o sol de 33ºC, que não dá trégua desde o começo de novembro, parece transformar as ruas numa continuação do deserto do Atacama, no norte do país.
Paola Cornejo/Opera Mundi
José Medel, representante da Associação de Moradores de La Victoria: "Conversar é fácil. Convencer é que é o problema"
Na comuna de Cerro Navia, também entre as mais pobres regiões da zona sudoeste de Santiago, outro dirigente de bairro trabalha todos os dias tentando evitar a abstenção em seu setor. Ele também reconhece as dificuldades econômicas que afetam a maioria dos seus vizinhos, mas acha que pode conseguir levar mais gente a votar neste segundo turno que no primeiro.


O preço do voto
Dono de uma pequena barraca que vende bebidas, próximo a um terminal rodoviário, Raúl Gómez Pérez é um histórico eleitor da esquerda no Chile. Aos 72 anos e com dificuldades para se locomover, disse, porém, que este ano não pretende participar das eleições, apesar de torcer pela vitória de Bachelet. “Na minha idade, não é fácil sair de casa, enfrentar o sol de mais de 30ºC que vem fazendo, para ir a uma escola onde tenho que subir três lances de escada para chegar à mesa eleitoral”.
Além dos problemas com o clima e com a estrutura do colégio eleitoral, Pérez lembrou o empecilho econômico, que também o impede de votar. O voto voluntário impôs um novo sistema de inscrição automática – antes, o eleitor escolhia se queria se inscrever ou não, e, uma vez inscrito, o voto era obrigatório – e essa reforma utilizou um sistema randômico para apontar onde vota cada eleitor. Nesse sistema, muitos eleitores terminaram sendo colocados em colégios eleitorais distantes de suas residências.
Esse caso ainda é um dos menos complicados, já que ele só precisa de uma locomoção para chegar ao local de votação. Alguns santiaguinos que precisam tomar dois transportes para ir e mais dois para voltar chegam a gastar até cinco mil pesos (R$ 22) para poder votar.
Para o sociólogo Axel Callis, do Instituto Impakta, o “preço do voto” é o que marca a diferença na participação observada nos bairros ricos e nos bairros pobres de Santiago. “Essa barreira econômica faz com que tenhamos que questionar se existe realmente um voto voluntário no Chile, se uma pessoa que quer votar não pode fazê-lo porque não tem dinheiro para isso. Temos um sistema que não dá igualdade de condições a todos os eleitores, e isso também afeta o resultado final das urnas”, analisa.
“Foi um pedido feito de última hora, que não permitiu maior gestão. Mas, no futuro, poderemos aperfeiçoar mais esse sistema. Esta é apenas a segunda eleição com voto voluntário. Com o passar dos anos, nós faremos os ajustes que vamos vendo que são necessários”, reconheceu Santa María.
Trabalho de convencimento
Sob esse clima escaldante e seco, José Medel, representante da associação de moradores, tenta conversar e convencer os vizinhos a não deixar de votar neste domingo (15/12). José caminha com calma, se aproxima de um companheiro, depois vai até um portão, onde conversa com uma dona de casa, e, assim, de parada em parada, vai recorrendo todo um setor do bairro. Sempre pergunta como está o ânimo para o dia das eleições, e aproveita para estimular as pessoas a votar.
“Conversar é fácil, mas convencer é que é o problema. Algumas [pessoas] estão inscritas em locais aonde os ônibus não chegam, precisam tomar “coletivos” [taxis com preço e itinerário fixo] ou taxis convencionais, e é um preço que nem todos estão dispostos a pagar por um voto”, explica ele.
Militante comunista, Medel é um eleitor desconfiado de Bachelet. “A maioria das pessoas aqui em La Victoria vota sempre com a esquerda, e se vão a votar o farão por Bachelet, mas esse voto pode se voltar contra ela se não se sua promessa de reformas não se cumprir”, comenta o dirigente comunitário.
Mapuches
Trata-se de Bernardo Cariceo, líder da comunidade mapuche de Cerro Navia, a maior organização de indígenas da zona urbana – cerca de 32% dos mapuches da capital chilena vivem nessa comuna.
Durante o governo de Sebastián Piñera, Bernardo conseguiu que fosse construído um setor de casas populares especialmente para os mapuches, onde vivem 148 famílias. Por essa razão, o dirigente tem trabalhado pela candidatura da governista Matthei nestas eleições. “As pessoas se surpreendem por ver mapuches de direita, mas eu tenho que ser consequente. A senhora Bachelet já foi presidente e utilizou a Lei Antiterrorista contra os mapuches, e o governo de direita nos construiu isso aqui”, diz.
Bernardo diz, porém, que sua preferência atual pela candidatura de direita não representa a totalidade do mundo mapuche. “Somos mapuches das zonas urbanas, com problema diferentes daqueles que vivem nos territórios históricos, no sul do país. Lá, eles são mais desconfiados de todos, porque todos os governos foram violentos com as aldeias. Aqui, temos outros problemas e votamos de acordo com o que a autoridade nos oferece para resolvê-los”.

Sólo le pido a Dios, com Shakira... Por essa eu não esperava

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

La Bruja

Monique Kessous - Sabiá

Governo da RPDC anuncia que o traidor Jang Song Thaek foi executado



Em nota publicada pela KCNA o governo norte-coreano anunciou que executou Jang Song Thaek, traidor e contrarrevolucionário que fora recentemente desmascarado em reunião do Birô Político do Comitê Central do PTC. Song Thaek foi julgado por um tribunal militar do Ministério de Segurança Estatal. Reproduzimos abaixo a nota divulgada pela KCNA (em Espanhol): 

Pyongyang, 13 de diciembre (ACNC) -- Cuando estremecen todo el país los gritos de indignación del ejército y el pueblo de la República Popular Democrática de Corea quienes reclaman la severa sentencia de la revolución a los fraccionalistas antipartidistas y contrarrevolucionarios desde que supieron la información sobre la reunión ampliada del Buró Político del Comité Central del Partido del Trabajo de Corea, tuvo lugar el 12 de diciembre el juicio militar especial del Ministerio de Seguridad Estatal (MINSEE) de la RPDC sobre el traidor Jang Song Thaek.
    El juicio realizó la pesquisa sobre los crímenes del acusado que siendo caudillo de la fracción de versión moderna, formó su secta agrupando a las fuerzas malsanas durante largo tiempo y cometió el complot de derrocamiento del Estado con intrigas y métodos sucios con la ambición de usurpar el máximo poder de nuestro partido y Estado.
    Todos los crímenes de Jang acusados en el juicio han sido probados y reconocidos por él.
    Fue leída la sentencia de la corte militar especial del MINSEE de la RPDC.
    Cada frase del veredicto significó el castigo severo de los indignados militares y habitantes coreanos sobre Jang, fraccionalista antipartidista y contrarrevolucionario, ambicioso político y conspirador.
    El acusado es el traidor a la patria de pésima calaña que cometió actos fraccionarios contra el partido y la revolución con el propósito de derrocar la Dirección del partido y el Estado y el régimen socialista.
    Desde hace mucho tiempo, Jang ha sido nombrado en cargos importantes del partido y el Estado gracias a la alta confianza política del Presidente Kim Il Sung y el Dirigente Kim Jong Il y recibió más que nadie las benevolencias dispensadas por estos Generalísimos.
    En particular, ascendió al cargo más alto y recibió la confianza más grande que antes en la época del Mariscal Kim Jong Un.
    Fueron demasiadas para él la confianza política y las benevolencias de los grandes hombres del monte Paektu.
    Responder con obligación moral a la confianza y pagar con fidelidad las benevolencias es la ética elemental del ser humano.
    Pero, la escoria humana Jang traicionó la gran confianza y amor paternal del partido y el líder y perpetró imperdonables actos traidores.
    Aunque tenía desde hace mucho tiempo la sucia ambición política, ese tipejo no se atrevió a actuar con prepotencia cuando estaban vivos los Generalísimos y se limitó a portar con hipocresía y dos caras.
    Pero, comenzó a exponer su naturaleza verdadera pensando que llegó su tiempo en el actual período histórico de cambio de las generaciones de la revolución.
    Cuando se discutió el asunto importante de elegir al Mariscal Kim Jong Un como único sucesor del Dirigente Kim Jong Il según el unánime deseo y voluntad de todo el partido, todo el ejército y todo el pueblo, Jang cometió el imperdonable crimen traidor de obstaculizar de una manera u otra el problema de sucesión de la dirección.
    Al fracasar su astuto intento, en la histórica III Conferencia del PTC fue anunciada la resolución sobre la elección del Mariscal Kim Jong Un como Vicepresidente de la Comisión Militar Central del PTC según la voluntad general de todos los militantes del partido, los oficiales y soldados del Ejército Popular de Corea y los habitantes.
    En aquel momento cuando la sede de esa conferencia hervía de aclamaciones y aplausos, Jang se levantó a desganas de su asiento y aplaudió sin querer y esta conducta grosera había causado gran indignación de nuestros militares y habitantes.
    Jang reconoció que se portó así en aquel momento pensando que si se consolida la base de dirección y mando sobre el ejército del Mariscal, se creará gran obstáculo para la usurpación del poder del partido y el Estado.
    Después del fallecimiento tan repentino, temprano y lamentable del Dirigente Kim Jong Il, Jang comenzó a moverse en etapa crucial para realizar su añejada ambición del poder.
    Aprovechando la oportunidad de acompañar a menudo al Mariscal en la dirección sobre el terreno, Jang intentó sembrar ilusiones de sí mismo demostrando al interior y exterior que él es figura especial emparejada con el Mariscal.
    Para agrupar a los reaccionarios que usaría él en el derrocamiento de la Dirección del partido y el Estado, ubicó con métodos astutos en los departamentos del CC del PTC y las unidades adscritas a los elementos malsanos y extraños que habían sido destituidos por haberle adulado y seguido rehusando las instrucciones del Dirigente.
    Cuando trabajaba en el sector de trabajo con la juventud, Jang causó enormes perjuicios al movimiento juvenil del país colaborando con los sobornados por los enemigos y los traidores.
    Aun después de que fueran descubiertos y liquidados esos tipejos según la medida rotunda del partido, Jang siguió andando con sus acólitos y los infiltró en cargos importantes del partido y el Estado.
    Desde la década de 1980, cada vez que se cambiaba su cargo, se llevaba siempre al adulón Ri Ryong Ha, quien había sido destituido por el acto fraccionalista de rechazar la dirección única del partido, y lo ascendió gradualmente hasta al cargo de primer subjefe de departamento del CC del PTC.
    Con métodos astutos, ubicó en unos años en su departamento y las unidades adscritas a sus hombres cercanos y aduladores que habían sido expulsados por el grave incidente contra la dirección única del partido.
    El acusado agrupó en torno de sí mismo a los tipejos con antecedentes delictivos y malos y los quejones y devino la figura intocable en ellos.
    Al aumentar en gran escala los aparatos de su departamento y unidades adscritas, intentó extender sus garras en los ministerios y órganos centrales tomando el control de las labores estatales en general y convirtió su departamento en un intocable "reino pequeño".
    Impidió atrevidamente la construcción del mural de mosaico de los Generalísimos en la Fábrica de Azulejos Taedonggang y el monumento a sus instrucciones dadas durante su visita de orientación.
    Al cabo de desaprobar la unánime propuesta de los oficiales y soldados de una unidad del Ejército de Seguridad Interior del Pueblo de Corea de grabar en el granito natural el mensaje autógrafo enviado por el Mariscal e instalarlo frente al edificio de la comandancia de la unidad, la aceptó finalmente a desganas y les obligó a colocarlo en una esquina sombría.
    Jang perpetró en el pasado los actos antipartidistas que niegan sistemáticamente la línea y la política del partido, voluntad organizada del PTC, lo cual fue la manifestación de su malsano intento de crear ilusiones y culto a sí mismo al hacer creer que él es figura especial capaz de invertir los asuntos y las orientaciones decididos por el partido.
    Para sembrar ilusiones de sí mismo, repartió a sus lacayos los materiales preparados por los militares y habitantes con su fidelidad y devoción hacia el partido y el líder.
    Como resultado, los adulones y los seguidores infiltrados en el departamento y las unidades adscritas llamaban a Jang como "camarada no.1" e para congraciarse con él, hicieron todo lo posible hasta rehusar la indicación del partido.
    Al establecer en su departamento y sus órganos el heterogéneo sistema de trabajo de apreciar más sus palabras que la orientación del partido, hizo a sus acólitos y seguidores cometer el acto contrarrevolucionario de desobedecer la orden del Comandante Supremo del Ejército Popular de Corea.
    Las fuerzas armadas de la revolución no perdonarán jamás a los que desacaten la orden del Comandante Supremo y sus cadáveres no tendrán sepultura siquiera en esta tierra.
    Partiendo de su ilusión irrisoria de ocupar el cargo de premier como primera etapa de la usurpación del máximo poder del partido y el Estado, Jang intentó inhabilitar el Consejo de Ministros subordinando a su departamento todos los sectores claves de la economía nacional y llevar así a la catástrofe irrecuperable la economía nacional y la vida del pueblo.
    Despreciando el nuevo sistema de aparatos estatales establecido por el Dirigente Kim Jong Il en el primer período de sesiones de la X legislatura de la Asamblea Popular Suprema, subordinó a su mando los órganos de supervisión y control adscritos al Consejo de Ministros.
    Gestionando a su antojo todos los asuntos sobre los aparatos, encargados anteriormente por el Consejo de Ministros, inclusive el de organizar y disolver los comités, ministerios, órganos centrales, los de nivel provincial, urbano y distrital, el de organizar las unidades de comercio y adquisición de divisas y los aparatos en el extranjero y el de aplicación de salarios. De esta manera, impidió que el Consejo de Ministros cumpliera su función y papel como comandancia económica.
    Intentó presentar al partido el informe falso sobre el asunto relacionado con el aparato de control estatal de las construcciones sin debatirlo siquiera con el CM y el ministerio competente.
    Cuando los funcionarios correspondientes habían presentado la justa opinión de que eso violaba la ley de construcción elaborada por los Generalísimos, Jang replicó: "si es así, enmienden esa ley".
    Al perturbar abusando del poder el sistema de trabajo de la construcción urbana establecido por los Generalísimos, convirtió en unos años las bases de construcción y de producción de sus materiales casi en ruinas y debilitó astutamente las filas de técnicos y obreros calificados de las unidades vinculadas.
    Además, obstaculizó intencionalmente la construcción de la ciudad de Pyongyang entregando a sus súbditos las unidades importantes de construcción para los fines comerciales.
    Hizo a sus acólitos vender desmesuradamente el carbón y otros valiosos recursos subterráneos del país.
    Engañados por los intermediarios, sus acólitos contrajeron muchas deudas y bajo el pretexto de pagarlas, Jang cometió sin vacilación alguna el acto traidor a la patria de vender en mayo pasado a otro país por un plazo de 50 años el terreno de la zona económica y comercial de Rason.
    En 2009, instigó al traidor Pak Nam Gi a emitir excesivamente cientos de miles de millones de moneda nacional, de modo que se crearan gran disturbio económico e inquietud entre la población.
    Para obtener los fondos necesarios a la realización de su ambición política, Jang fomentó las labores lucrativas bajo varios rótulos y dedicándose a los actos injustos y corruptos, se puso en la delantera de divulgar en nuestra sociedad el vicio de vivir relajado e indisciplinado.
    Vino recogiendo los metales preciosos desde el tiempo de construcción de la avenida Kwangbok en la década de 1980.
    Tras instaurar un órgano secreto bajo su control, creó gran disturbio en el sistema de administración financiera del Estado al comprar los metales preciosos con enormes fondos extraídos del bando violando la ley estatal.
    Desde el año 2009, distribuyó a sus súbditos las fotos obscenas para introducir el modo de vida capitalista en el interior del país y llevó una vida degenerada y lujuriosa derrochando por doquier el dinero.
    Sólo en el año 2009, Jang malgastó más de 4 millones 600 mil euros sacados de su arca secreta y frecuentó hasta al casino en el extranjero, lo cual permite conocer cuán corrupto y degenerado era él.
    Partiendo de su extremada ambición del poder, intentó obstinadamente echar sus garras hasta en el Ejército Popular pensando estúpidamente que movilizándolo, podría ejecutar con éxito el golpe de Estado.
    En el proceso de interrogatorio, expuso su siniestra intención de traidor de peor calaña diciendo así: "pretendí que el ejército y el pueblo se pongan descontentos con el actual poder haciéndoles pensar que éste no toma ninguna medida aunque se tornan catastróficas la actual situación económica del país y la vida del pueblo" y el "blanco de golpe de Estado es el Máximo Dirigente".
    En cuanto a los medios y métodos de golpe de Estado, declaró sin escrúpulos como sigue:
    "Pensé ejecutar el golpe movilizando a los cuadros militares que conozco bien o las fuerzas armadas controladas por mis hombres cercanos. No conozco bien a los cuadros militares recién nombrados, pero conozco a los nombrados anteriormente. Pensé que si se empeoran más las condiciones de vida de los habitantes y militares, el ejército puede sumarse también al golpe de Estado. Creí que me seguirían los súbditos como Ri Ryong Ha y Jang Su Gil, que trabajaban en el departamento donde yo estuve, y quise convertir en mi colaborador al encargado de la institución de seguridad del pueblo. Supuse que yo podría utilizar a otros hombres."
    A la pregunta sobre el tiempo de golpe y qué quiso hacer después de eso, Jang confesó: "No tuve una fecha exacta del golpe de Estado. Pero, quise tomar el cargo de premier cuando fuera arruinada totalmente la economía y esté a punto de colapso el Estado. Pensé que si lograba ser premier, resolvería ciertos problemas de vida con enormes fondos acumulados hasta ahora por varios conceptos para que los habitantes y militares me vitoreen, y se ejecutaría así sin complicaciones el golpe de Estado."
    Él tuvo la estúpida idea de que después de la usurpación del poder, el "nuevo régimen" podría obtener en corto tiempo el "reconocimiento" de los países extranjeros aprovechando su sucia imagen de "reformista" dada en el exterior.
    Todos los hechos demuestran fehacientemente que Jang Song Thaek es el traidor y vendepatria sin par que en adhesión a la política de "paciencia estratégica" y "estrategia de espera" de EE.UU. y la banda de traidores surcoreanos, vino recurriendo desde hace mucho tiempo a los medios y métodos más astutos y siniestros para descomponer y derrumbar desde adentro la RPDC y tomar el máximo poder del partido y el Estado.
    En el curso de pesquisa de la Corte Militar Especial del Ministerio de Seguridad Estatal de la RPDC quedaron revelados los abominables y asquerosos crímenes cometidos por él contra el partido, el Estado y el pueblo.
    La época y la historia registrarán para siempre y no olvidarán nunca los horribles crímenes de Jang, enemigo del partido, la revolución y el pueblo y peor traidor a la patria.
    El linaje del monte Paektu no se cambiará jamás aunque transcurra mucho tiempo y se sucedan muchas generaciones.
    Nuestro partido, Estado, ejército y pueblo reconocen únicamente a Kim Il Sung, Kim Jong Il y Kim Jong Un.
    Nuestro ejército y pueblo no perdonarán jamás a los que quieran sustituir el linaje del Paektu por algún individuo rehusando la dirección única del Mariscal Kim Jong Un y desafiando a su autoridad absoluta.
    Sean quien sean y dondequiera que estén escondidos esos sujetos, los encontrarán todos para someterlos a la sentencia severa de la historia y castigarlos implacablemente en nombre del partido, la revolución, la patria y el pueblo.
    La Corte Militar Especial del MINSEE de la RPDC comprobó que el complot, cometido por el acusado Jang para derrocar el Estado y el poder popular de la RPDC siendo cómplice ideológico de los enemigos, constituye el crimen correspondiente al artículo 60 del código penal de la RPDC.
    Condenando y denunciando categóricamente en nombre de la revolución y el pueblo a ese ambicioso político, conspirador y traidor sin par, la Corte le condenó a la pena capital en virtud del artículo 60 del código penal de la RPDC.
    La sentencia fue ejecutada en el acto.

Bomba! Sonegação da Globo já está na Polícia Federal!

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A denúncia sobre a sonegação bilionária da Rede Globo, e posterior sumiço do documento da Receita Federal, que o núcleo fluminense do Barão de Itararé, junto com o blog Megacidadania, protocolou no Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, seguiu os trâmites internos da instituição e virou o Ofício 13344/2013. O documento foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde se encontra agora.
A PF apurará dois crimes: 1) contra a Ordem Tributária, que é o crime da sonegação propriamente dita, e que pode envolver evasão de divisas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro; e 2) ocultação de bens, diretos ou valores, que corresponde ao misterioso desaparecimento dos documentos originais, nos quais os auditores da Receita decidem pela condenação da Rede Globo pelo crime de sonegação.
Confira o documento:
ScreenHunter_3099 Dec. 13 16.25
Segundo apurado pelo blog, este ofício está sendo analisado pela Corregedoria da PF, procedimento preliminar à abertura de um inquérito policial. Fontes da própria PF nos informaram que a praxe é que o procedimento seja concluído de 60 a 90 dias. Ou seja, já está atrasado.
O Barão de Itararé, na próxima semana, enviará uma comitiva às dependências da Superintendência da PF-RJ para pressionar pela abertura desse inquérito, no mais curto prazo possível. Iremos lembrar às autoridades da magnitude do valor em questão, e da importância que ele adquire como exemplo contra a sonegação de impostos.
sonegômetro atualizado esta semana pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) deve chegar a R$ 415 bilhões em 2013. Trata-se de uma das maiores chagas nacionais, ainda mais grave que a corrupção. A corrução sangra os cofres públicos em R$ 50 a 80 bilhões por ano, a sonegação em mais de R$ 400 bilhões.
*
Abaixo, um fác-símile do protocolo que deu origem ao ofício que está na PF:

ScreenHunter_3100 Dec. 13 16.40

Para saber mais sobre a sonegação da Globo, clique aqui.
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- See more at: http://www.ocafezinho.com/2013/12/13/sonegacao-da-globo-ja-esta-na-policia-federal/#sthash.LRjoo9Mz.dpuf

Mídia e PSDB noticiam: Petrobras tem “32% de chances de falir”. É? Então a Vale tem 59%. Que burros!

Fernando Brito, em: Tijolaço

vale
A irresponsabilidade da imprensa para com a Petrobras só não é maior que seu ódio pela empresa.
E, acabo me convencendo, que a sua burrice e despreparo.
1Boa parte dos sites de economia está publicando a asneira do ano e, claro, o PSDB, idiota, foi atrás e tascou no seu site.
É a notícia de que a Petrobras tem 32% de chances de falir nos próximos dois anos, segundo “um estudo” da consultoria Macroaxis.
Não há estudo algum, seus patetas!
A Macroaxis é apenas um site de “cálculos de investimento” automatizado, que pega dados financeiros brutos, aplica uma fórmula e “tira conclusões”. Uma “maquininha” de previsões que pega o sobe e desce das ações e projeta mecanicamente.
E chega a conclusões, obviamente, burras.
Menos burras, claro, que quem as divulga dessa forma.
A história é a seguinte:
Há um brasileiro que “contribui” com a Forbes, como centenas que escrevem em seu site. Antunes, um “famous who”, que se divertiu ano passado fazendo um texto sobre as possibilidades de Neymar, gastando demais, falir.
Este ano, descobriu o site Macroaxis e foi buscar entretenimentocalculando as possibilidades de falência da Petrobras, certo de que bater na estatal brasileira é porta de entrada escancarada para obter espaço na mídia.
E os “complexo de vira-lata” copiam tudo o que sai na Forbes…
Bom, este modesto blogueiro aqui, descobrindo como foi feito o tal “estudo da consultoria Macroaxis”, pensou, simplório como é: pau que dá em Chico, dá em Francisco.
Não deu outra: 59% de chances de falência nos próximos dois anos! Está lá em cima a imagem e o amigo e a amiga podem fazer os cálculos na página de  brincadeirinha financeira, que nem sequer o nome da equipe ou dos dirigentes da “empresa” traz.
Que ridículo!
E que imbecis os meus colegas de profissão que dão “notícias” baseados numa baboseira destas.
Tomara que nenhum chefe de família que tenha posto um dinheirinho em ações da Petrobras, ao ler, tenha saído correndo para vender.
Estes palhaços fazem isso com a maior empresa brasileira, responsável pela extração do mar de riquezas que a providência nos deu no pré-sal.
E se dizem jornalistas de economia. Ah, e os tucanos, gente que entende de negócios.
Palermas.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

"Torcidas Organizadas": quem financia essa praga do futebol?

Mesmo sendo colorado, não desejo a maldição das organizadas nem mesmo para o Grêmio. É possível que no Internacional exista coisa parecida, mas é no Grêmio, principalmente por conta da tal "Geral do Grêmio", que se consagrou o financiamento dos clubes a gangs organizadas. É correta a aplicação de normas de segurança preventiva e punição aos arruaceiros, porém, é fundamental cortar a fonte que irriga essas ditas torcidas. Sem dinheiro fácil concedido sabe-se lá com que intenções, será bem mais complicado a turba se deslocar para lá e para cá. 

Cabe, também, aos conselhos deliberativos e fiscais dos clubes zelarem pela boa aplicação dos recursos. Ninguém faz farra sozinho. 

O interessante é ver gente que faz discurso pela ética na política e outras coisas do tipo bancar o financiamento dessa praga que são as ditas "Torcidas Organizadas".

Entre tantas coisas que a gente critica na Zero Hora, essa reportagem, cumpre o papel de informar algo que é de interesse não só dos gremistas, mas de todos os que gostam de futebol (e até dos que não gostam).

Dinheiro farto para as torcidas organizadas

Na Geral do Grêmio, houve quem deixasse de trabalhar para viver do dinheiro repassado pela administração de Paulo Odone, presidente do clube até o fim do ano passado. As torcidas organizadas receberam R$ 1,1 milhão em 23 meses. Nenhuma foi mais beneficiada do que a Geral, cujos líderes assinaram os recibos espalhados por estas páginas ao buscar verba no Estádio Olímpico.
Paulo Germanopaulo.germano@zerohora.com.br
(Arte ZH)

Semifinal da Copa do Brasil: R$ 60 mil

A maior quantia que Alemão da Geral buscou no Olímpico entre 2011 e 2012 foi de R$ 60 mil para contratar ônibus que levariam torcedores a Barueri (SP). O Grêmio enfrentaria o Palmeiras, em 21 de junho de 2012, pela semifinal da Copa do Brasil. Responsável por organizar viagens na época, Zóio afirma que oito ônibus partiram de Porto Alegre, cada um locado por R$ 6 mil. Portanto, teriam sobrado R$ 12 mil. ZH ouviu gremistas que pagaram entre R$ 20 e R$ 40 para viajar com a torcida na ocasião, rendendo mais dinheiro à Geral. Alemão contesta: garante que 10 ônibus foram a Barueri e que todo o dinheiro foi investido na viagem.
(Arte ZH)

De avião para Belo Horizonte: R$ 19 mil

Para acompanhar o Grêmio em Belo Horizonte, em um jogo contra o Atlético-MG, em 23 de setembro de 2012, a Geral recebeu R$ 19 mil. Daria para fretar pelo menos dois ônibus, com 44 gremistas em cada veículo.
- Só cinco integrantes da torcida foram para lá, de avião. A passagem de cada um, ida e volta, custou uns R$ 700 - conta Zóio, ressaltando que nunca soube dos R$ 19 mil retirados no Olímpico por Alemão.
Zóio afirma ter visto apenas R$ 6,5 mil. Alemão diz que, além dos gremistas de avião, foram ônibus a BH.
Entre 19 de janeiro de 2011 e 21 de dezembro de 2012, a direção do Grêmio entregou R$ 1,1 milhão para líderes de torcidas organizadas. Mais de 85% do montante foi para os cofres da Geral, dividida no ano passado em dois grupos que se mantêm em guerra até hoje.

Documentos obtidos por Zero Hora comprovam pela primeira vez que um clube gaúcho abasteceu torcidas com subsídios que, em média, passavam de R$ 45 mil por mês. O dinheiro era suficiente para que alguns expoentes da Geral abdicassem de trabalhar e vivessem à custa do repasse de verbas. Afinal, nunca a direção do Grêmio - comandada na época por Paulo Odone - exigiu qualquer prestação de contas ao entregar dinheiro vivo às torcidas.

- Ao oferecer valores às organizadas, o clube fomenta entre os líderes das torcidas uma disputa pelo dinheiro. E com frequência esses líderes apelam para a violência como forma de impor sua autoridade - afirma o promotor José Francisco Seabra Mendes Júnior, da Promotoria do Torcedor do Ministério Público.

Embora na tesouraria do Grêmio a justificativa para os gastos fosse "despesa de viagem da torcida", os chefes da organizada tinham liberdade para usar o dinheiro como quisessem. Parte dos recursos, em vez de ser destinada à contratação de ônibus que transportariam torcedores para acompanhar o time fora de Porto Alegre, costumava ser embolsada por líderes da Geral.

- Era a nossa forma de viver. Achávamos justo que uma parte da grana ficasse conosco, até para podermos nos sustentar - assume Cristiano Roballo Brum, o Zóio, 33 anos, que até o ano passado ocupava o posto de número 2 na hierarquia da organizada.

Em entrevista no dia 6 de dezembro, Zóio afirmou que o lucro era partilhado entre dois líderes de cada grupo da Geral: de um lado, Rodrigo Marques Rysdyk (o Alemão, 35 anos, líder maior da torcida) e seu braço direito, Bruno Pisoni Garcia, o Bruno Cabeludo, 31 anos. De outro, o próprio Zóio e seu aliado mais próximo, Rodrigo Furtado Pedroso, o Dicaprio, 32 anos.

Alemão e Bruno, embora admitam que recebiam dinheiro do Grêmio com frequência, negam ter usado para fins pessoais alguma verba do clube. Ao consultar documentos referentes à última gestão de Odone na presidência, ZH apurou que R$ 310,4 mil foram repassados às organizadas em 2011 e outros R$ 787,2 mil foram entregues em 2012.

Às vésperas de jogos do Grêmio fora de casa, Alemão se apresentava na Central de Relacionamento do Estádio Olímpico para buscar maços de reais acomodados em envelopes pardos. Antes de deixar o estádio com quantias que podiam variar de R$ 2 mil até R$ 60 mil, ele assinava recibos - nove deles ilustram esta reportagem.

Foi Paulo Odone quem inaugurou no Grêmio a política de entregar dinheiro vivo às torcidas. Nas gestões anteriores, no máximo o próprio clube contratava ônibus para as organizadas se deslocarem. Atualmente, na administração de Fábio Koff - eleito no fim do ano passado sob forte oposição da Geral, que fez campanha pela reeleição de Odone -, o repasse de verbas está cortado.

- Nos parece claro que a distribuição indiscriminada de benefícios estimula a criação de feudos poderosos dentro das torcidas - avalia Nestor Hein, vice-presidente de Koff responsável pelo relacionamento com as organizadas.

Boa parte das excursões da Geral para fora do Estado era planejada por Zóio, que mais tarde se tornaria inimigo público de Alemão - em janeiro deste ano, um mês após a pancadaria entre os dois grupos rivais na inauguração da Arena, Zóio invadiu a casa do adversário, em Canoas, para um acerto de contas à base de socos e cadeiradas.

A Zero Hora, simpatizantes da organizada que viajavam com a torcida garantiram ter pago entre R$ 20 e R$ 40 por um lugar nos ônibus - o preço variava de acordo com a importância do jogo. Seria, portanto, mais uma forma de a Geral lucrar. As vendas de assentos ocorriam no antigo Bar dos Borrachos, na Avenida da Azenha.
(Diego Vara/Agencia RBS)

Entrevista

Paulo Odone: "Não era para fazerem o que quisessem com o dinheiro"

Presidente do Grêmio entre 2011 e 2012, período em que as organizadas receberam do clube R$ 1,1 milhão - mais de 85% desse valor foi repassado à Geral -, Paulo Odone diz que preferia dar dinheiro a contratar ônibus para a torcida viajar. O motivo: não envolver o Grêmio em eventuais incidentes nas excursões. Ele admite, no entanto, que recebia denúncias alertando sobre a forma como líderes da Geral usavam os recursos.

os recibos

(Reprodução/Reprodução)
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Recibos obtidos por ZH são assinados por Alemão da Geral e Bruno Cabeludo, líderes da torcida
Eu tinha de me preocupar com o macro do Grêmio e com o esporte. Já chega o que a gente se incomoda com esse troço de torcida. Agora, vou fiscalizar se o cara desviou 200 pilas, 200 mil, 600 mil?
Uma vez, (os líderes da Geral) me pediram dinheiro para oito caras irem de avião a Minas Gerais. Alguém depois veio dizer: ?Não foram oito, foram só dois líderes,e o dinheiro de seis (passagens) eles pegaram.
(Interrompendo) Não tenho esses dados, não tenho esses números. Não fiz nada além de repetir o que era feito na gestão do Duda (ex-presidente Duda Kroeff, que comandou o Grêmio no biênio anterior).
Olha aqui. Em vez de o Grêmio locar um ônibus para a torcida viajar - e assumir a responsabilidade sobre eventuais danos ao veículo -, preferia que o dinheiro fosse dado a eles (líderes das organizadas), para que a responsabilidade ficasse por conta deles. Então, essa diferença é um detalhe. Não vou concordar com a informação de que eu dava dinheiro e o outro (Duda Kroeff) não dava. A questão é a seguinte: a gestão anterior dava condições para a torcida viajar ou não?
Não era para eles fazerem o que quisessem com o dinheiro. Às vezes, me diziam: "Olha, os caras pegaram o dinheiro dos ônibus e não usaram". Mas é a mesma coisa com viagem de avião. Uma vez, (os líderes da organizada) me pediram dinheiro para oito caras irem a Minas Gerais, em uma semifinal que ocorreu lá. Alguém depois veio dizer: "Não foram oito, foram só dois líderes, e o dinheiro de seis (passagens) eles pegaram". Houve essa acusação.
Isso eram denúncias que chegavam a posteriori. Nunca ninguém me disse "olha, está acontecendo isso" ou "vai acontecer". Mas, (contratar ônibus para transportar a torcida) em nome do Grêmio, eu não quis mais fazer. Porque houve uma vez em que a polícia parou um ônibus (que transportava a Geral e foi apedrejado) lá em Curitiba. Eu disse: "Não envolvo mais o Grêmio. O Grêmio não aluga mais ônibus".
Vou dar um exemplo. Quando tem Gre-Nal no estádio do Inter, o Grêmio recebe cortesias (ingressos gratuitos) e repassa para suas organizadas. Quando o Gre-Nal é no estádio do Grêmio, o Inter ganha cortesias e faz a mesma coisa. Eles (líderes da Geral) pediam mil ingressos - e eu não aceitava, eu dava menos, dava 400. O que eles faziam? Eles vendiam parte dos ingressos para pagar a banda que toca com a torcida. Não sei se tu sabes, mas os caras que tocam instrumentos cobram dinheiro, tanto nas torcidas do Inter quanto nas do Grêmio.
Quando dava bronca, eles diziam: "Pô, mas nós temos que pagar a banda". Eu dizia: "Mas como assim?" E isso sempre ocorreu na gestão anterior (de Duda Kroeff) também. Por isso que ocorrem essas brigas. Na inauguração da Arena, eles brigaram com os caras da banda. (Zero Hora apurou que a briga ocorreu entre os dois grupos rivais da Geral; um liderado por Alemão, outro por Zóio). Foi uma briga interna deles.
Mas acho que isso, de darmos dinheiro e eles não usarem (na contratação dos ônibus), ocorreu muito poucas vezes. Eles (líderes da Geral) nos apresentavam os valores dos ônibus para viajar, e a gente pesquisava preços menores. Acabávamos dando metade do que eles pediam. Sempre foi feito isso.
Briga acontece por tudo. Disputa de poder, de liderança, de tudo. Pelo amor de Deus, faz uma matéria completa. Mergulha lá dentro que tu vais ver.
Se eles ficaram com algum dinheiro, foi muito pouco. Porque ninguém dava dinheiro a rodo para eles comprarem as coisas.
Tu estás trazendo um número que eu não conheço. Queres que eu me meta lá dentro, na direção do Grêmio, para olhar? Os caras (da atual gestão, do presidente Fábio Koff) me acusam de tanta coisa, e eu vou lá olhar isso? Entrevista o contador do Grêmio.
Não sei dessas coisas! Eu tinha que me preocupar com o macro do Grêmio e com o esporte. Já chega o que a gente se incomoda com esse troço de torcida. Agora vou fiscalizar se o cara desviou 200 pilas, 200 mil, 600 mil? E tu dizes: "Foi R$ 1,1 milhão, presidente". Porra, eu passei 10 anos tirando o Grêmio do buraco! Eu não conheço esses números.

Liverpool x Grêmio, 26/1/2011

(Diego Vara/Agencia RBS)
No início da gestão Odone, Geral ganha R$ 32,5 mil para viajar ao Uruguai: confronto com a polícia

Grêmio x Canoas, 24/1/2013

(Reprodução/Reprodução)
Os dois grupos que disputam o comando da Geral promovem tumulto no entorno do Olímpico

Gre-Nal, 28/8/2011

(Valdir Friolin/Agencia RBS)
Na arquibancada do Olímpico, membros da Geral brigam com outra organizada gremista, a Máfia

Grêmio x Fluminense, 28/7/2013

(Diego Vara/Agencia RBS)
Após membro da Geral ser agredido pela BM, conselheiros ligados à torcida partem para o ataque

Inauguração da Arena, 8/12/2012

(REPRODUÇÃO TV/REPRODUÇÃO TV)
Zóio, na época o número 2 na hierarquia da torcida, lidera pancadaria contra o grupo do líder Alemão
Quebraram tudo. Eu fiquei em estado de choque, minha pressão baixou muito. E ouvi os caras comentando que aquilo era só o começo.
Funcionária do Bar Preliminar relata confusão envolvendo membros de torcidas organizadas do Grêmio na noite de 6 de novembro.
(Débora Silveira, Especial)

Entrevista

"Me sustento com trabalhos temporários" diz Alemão, líder da Geral

Rodrigo Rysdyk, líder da Geral conhecido como Alemão (à direita na foto), reconheceu sua assinatura nos recibos do Grêmio que comprovam o repasse de verbas à organizada durante a gestão Odone. Garantiu, no entanto, jamais ter embolsado parte do dinheiro. Acompanhado de Ney Martins Neto - que, como ele, é conselheiro do clube, além de membro da Geral -, Alemão comentou os confrontos com o grupo de Zóio (à esquerda).

Torcida ganha força política a cada eleição do clube

Nunca uma torcida organizada foi tão influente no Estado como a Geral do Grêmio. Capaz de decidir votações no Conselho Deliberativo, o crescimento político da Geral desperta cada vez mais interesse entre postulantes à presidência do clube.

Os dois principais líderes da torcida, Alemão e Bruno Cabeludo, se elegeram conselheiros do Grêmio em setembro - outros 13 membros da organizada também têm cadeira no colegiado. Eles formam o Movimento Grêmio da Torcida (MGT), idealizado por expoentes da Geral que buscam poder de decisão dentro do clube. No último pleito, o grupo definiu a votação para a presidência do Conselho: Milton Camargo só venceu César Pacheco por 13 votos graças ao apoio do MGT.

Atual presidente do Grêmio, Fábio Koff sofreu oposição contumaz da organizada ao se candidatar ao cargo, no fim do ano passado, quando a torcida fez campanha pela reeleição de Paulo Odone. Em 14 de outubro de 2012, antes de um jogo contra o Botafogo, integrantes da Geral impediram que Koff circulasse pelo pátio do Olímpico para interagir com eleitores.

Líderes da organizada contam que a estratégia era segurar o candidato no pórtico de acesso ao estádio, onde provocaram uma troca de socos com apoiadores do futuro presidente. Seis dias depois, na véspera da eleição, cartazes ofensivos contra Koff espalhados pelo entorno do Olímpico acirraram o clima. Bastou o novo presidente assumir para os subsídios repassados à Geral nos tempos de Odone serem cortados.

- Não usamos dinheiro do caixa do Grêmio. Em algumas ocasiões, aproximamos as organizadas de patrocinadores que oferecem ônibus em troca de banners nos veículos - diz o vice-presidente Nestor Hein.
Rodrigo Rysdyk, o Alemão ? Sim, óbvio.
Ney Martins Neto ? Se sobrasse alguma coisa, a gente comprava cerveja, lanche. Ou deixava no caixa da torcida, mandava fazer material, arrumava uma bandeira.
Trabalhei desde pequeno na empresa do meu avô: separava e carregava sucata o dia todo. Até que, em 2004, um assaltante entrou lá e matou meu avô. Os amigos que fiz na torcida nunca me deixaram na mão. Me ajudaram com um bico aqui, um trampo ali, até com dinheiro. Me sustento com trabalhos temporários.
É mentira, não tem como fazer isso. Eu seria afastado da torcida. Se ele (Zóio) fez isso, então foi má-fé dele, não minha. Eu sempre fiz o correto.
Se houve disputa por dinheiro, foi por parte deles. Da minha parte, nunca houve.
Quando o clube não nos dava subsídio para viagens, usávamos para acompanhar o Grêmio. Parte do dinheiro era para confeccionar materiais e gerar um fluxo de caixa para manter a torcida. A direção sabia.
A gente cobrava um valor simbólico, uns R$ 20, para o cara não faltar. Porque, se ele botasse o nome na lista e faltasse, tirava o lugar de outro. Precisávamos encaminhar a lista com antecedência para a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Mas, no fim das contas, todo mundo entrava sem pagar.
O Grêmio usa a imagem da torcida. Fotos da Geral estampam produtos, como cadernos. A campanha para associar torcedores, passando de 3 mil para 40 mil sócios, foi a torcida que fez. A receita do Grêmio aumentou. Gastos com torcida têm retorno para o clube.

Após trégua, grupos voltaram a se enfrentar

Esse mergulho na política do clube contribuiu para a Geral rachar em dois grupos. Enquanto Alemão se dedicava desde 2005 a uma campanha interna para integrantes da organizada se associarem ao Grêmio - e, dessa forma, fortalecer o grupo votante nas eleições -, o número 2 da torcida, Cristiano Roballo Brum, o Zóio, não queria saber de política e continuava reivindicando ingressos gratuitos da direção.

- A nossa rapaziada, liderada pelo Alemão, nem precisava mais dos ingressos porque a maioria já era sócia. E os nossos conselheiros começaram a enfrentar dificuldades dentro do clube. "Vocês já ganham pilhas de ingressos e vêm reivindicar mais coisas no Conselho?", diziam. Só que a turma do Zóio, que é um pessoal mais pobre, de vila, não queria pagar mensalidade, queria viver dos ingressos para sempre - conta um membro da Geral.

O ápice da desavença eclodiu na inauguração da Arena, em 8 de dezembro de 2012, quando Zóio comandou uma pancadaria na arquibancada. Em janeiro deste ano, ele invadiu a casa de Alemão - e, três semanas depois, os dois grupos se enfrentaram no entorno do Olímpico, em uma selvageria que terminou com 31 torcedores proibidos de frequentar estádios.

Embora Zóio esteja afastado da organizada, as duas alas da Geral seguem promovendo tumultos. Na noite de 6 de novembro, antes de Grêmio x Atlético-PR, dezenas de torcedores entraram em confronto e destruíram, com garrafadas e pedradas, parte da fachada do Bar Preliminar, onde se reuniam os aliados de Zóio. Uma funcionária do estabelecimento, na época grávida de oito meses, passou mal:

- Quebraram tudo. Eu fiquei em estado de choque, minha pressão baixou muito. E ouvi os caras comentando que aquilo era só o começo.