quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A gente acha que Alexandre Frota e Dado Dolabella são baixaria, pior é o Vice do Aébrio

Estarrecedor! Relatórios do governo Aécio somem do site do TCE-MG

Por , postado em outubro 16th, 2014 | 64 comentários

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Os coxinhas chamam Dilma de “comunista”, o que é uma bobagem.
Dilma é centro-esquerda democrática, a mesma que transformou as principais nações da Europa em economias poderosas, modernas e socialmente justas.
Quem está parecendo a Coréia do Norte é o estado de Minas Gerais, governado pelo grupo de Aécio desde 2002.
O aparelhamento aecista no estado é absolutamente estarrecedor.
Estou chocado. Nem sei por onde começar. Vou trabalhar com itens numerados para não me perder.
1) Quando era governador de Minas, o candidato nomeou a mulher de seu vice, Adriene Andrade, para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG).
Só aí já temos uma tremenda falta de ética.  O Tribunal de Contas é o órgão que aprova ou desaprova o uso do dinheiro público pelo governador.
Vai vendo.
2) No último debate, Dilma mencionou relatórios presentes no site do TCE. Pois bem, o TCE tirou o site do ar em seguida, e quando voltou, os relatórios tinham desaparecido! Não sou eu que estou dizendo. É a ultratucana Folha de São Paulo.
Acho que nem a Folha tinha ideia do quão provinciano e autoritário é o governo do PSDB em Minas Gerais.
3) Logo após a declaração de Dilma, o TCE-MG, como se estivesse participando da campanha de Aécio, publicou comunicado informando que as contas do governo Aécio Neves (2003-2010) foram aprovadas. Minutos depois, o fato foi divulgado pela assessoria de campanha do tucano.
4) Um detalhe: o vice de Aécio era Clésio de Andrade, dono do instituto Sensus, o mesmo que tem divulgado pesquisas bandidas para favorecer o tucano.
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Marcos Feliciano, o arauto do obscurantismo, também vai de Aécio. Não me representam!

Aécio recebe apoio de Feliciano e outros líderes evangélicos

Aécio recebe apoio de Feliciano e outros líderes evangélicos
O candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) esteve, nesta quarta-feira, em um encontro com líderes evangélicos no Centro de São Paulo. Entre os participantes estava Marco Feliciano (PSC), conhecido por, em meio a acusações de racismo e homofobia, ter presidido a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados no ano passado. As informações são do Estado de S. Paulo.


"Não sei porque não foi divulgado. Foi um mero acaso. Pode ter sido decisão de última hora", explicou aoEstado de S. Paulo José Agripino (DEM-RN), coordenador-geral da campanha tucana à presidência.




quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Estudantes incendeiam Palácio do Governo de Guerrero, no México

De: El País

Os alunos de magistério, colegas dos 43 estudantes desaparecidos, invadem a sede estatal e ateiam fogo a um dos gabinetes centrais. Não houve feridos


O Palácio Municipal de Chilpancingo em chamas após o ataque. / Y. C. (AFP)

A vingança bate na porta do Estado mexicano de Guerrero. O desaparecimento e provável assassinato de 43 estudantes de magistério em Iguala desencadeou uma onda de fúria de colegas, os normalistas, cujas consequências poucos se arriscam a prever. O resultado aconteceu nesta tarde em um ataque frontal ao símbolo da autoridade do Estado: o Palácio do Governo, na cidade de Chilpancingo. Depois de um cerco de seis horas, o ataque, que terminou sem feridos mas com uma das salas de trabalho centrais incendiada e dezenas de janelas quebradas, confirma a escalada de violência que as autoridades temiam desde o início da crise.
Os contínuos chamados por calma lançados pelo governador, Ángel Aguirre, e suas declarações fora de hora de que os cadáveres encontrados nas valas comuns não correspondiam aos normalistas desaparecidos de nada adiantaram.A incapacidade do Governo de identificar rapidamente os corpos ou de dar uma resposta clara e inequívoca a um enigma que provoca o sofrimento dos pais e colegas dos estudantes há mais de duas semanas, levou a “panela de pressão” a estourar.
Chilpancingo, a capital do Estado de Guerreiro, foi testemunha dessa explosão. Ali, ao meio-dia, cerca de 500 normalistas, acompanhados de alguns padres, estenderam correntes em volta do Palácio do Governo e exigiram um encontro com o governador. Frustrado esse pedido, e depois de serem despejados do prédio com alguns incidentes, a violência se intensificou: os estudantes começaram a atirar pedras e foguetes, depois atearam fogo a carros e, no fim, invadiram algumas salas de trabalho, onde derramaram gasolina e depois puseram fogo. Um dos sete prédios do complexo oficial, correspondente à Secretaria do Governo (do Interior), foi destruído pelo incêndio. Quinhentos agentes da polícia antimotim acompanharam o ataque desde longe. Ao anoitecer, concluída a vingança, os estudantes foram embora em seus ônibus. Em seus movimentos, tiveram o apoio da Coordenadora Estadual de Trabalhadores da Educação de Guerrero e, após o ataque ao Palácio do Governo, atacaram a prefeitura de Chilpancingo. Os bombeiros apagaram o fogo poucas horas depois.
As autoridades temem a possibilidade de novos ataques. Os normalistas formam uma estrutura altamente organizada. De ideologia radical, durante décadas foram fonte de recrutas das guerrilhas do sul. A morte de seus companheiros em Iguala às mãos da polícia municipal e dos pistoleiros do cartel de Guerreiros Unidos, assim como o desaparecimento de outros 43, os mobilizaram como não acontecia havia anos. Nas últimas semanas, enquanto acompanhavam os pais das vítimas nas tarefas de busca, suas “ações” não passaram de montar barreiras em estradas e tomar postos de pedágio. Agora escalaram na escolha dos objetivos.
O alvo escolhido pelos normalistas, o Palácio do Governo, representa para eles a soma dos males que acometem o Estado de Guerrero. Os estudantes acusam o governador, se não de conivência com o narcotráfico, pelo menos de leniência no combate aos traficantes. O governador Aguirre, conhecido como o Cacique de la Costa Chica, representa como ninguém o modo como certos políticos se aferram a seus cargos. Durante 30 anos militou no PRI, onde, como senador, deputado federal e até governador interino, desfrutou das mordomias do poder. Mas a decisão do PRI de descartá-lo como candidato nas eleições de 2011 o levou a passar para o PRD (de esquerda), com todo seu cortejo. Um salto do qual ele saiu vencedor, demonstrando seu enorme conhecimento do terreno político local. Desde então, a deterioração acelerada vivida por Guerrero, o Estado mais violento do México, onde o narcotráfico impôs sua lei, erodiu sua figura profundamente. O massacre de Iguala levou essa degradação ao extremo.
Consciente de que está sentado sobre um barril de pólvora que qualquer palavra ou gesto pode fazer explodir, o próprio Aguirre se manteve em silêncio. Ele deixou a resposta oficial aos incidentes a cargo do secretário do Governo, Jesús Martínez Garnelo, que mostrou atitude conciliadora em relação aos normalistas, insistindo que a prioridade é localizar os desaparecidos.
Diante da possibilidade de que ocorram incidentes novos e maiores hoje, devido à chegada de milhares de normalistas de Michoacán, o Governo estadual distribuiu a tropa antimotim por toda a capital de Guerrero.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A memória seletiva e sem-vergonha de Aécio. Wilson Gomes, mais uma vez, brilhante

Engraçado como é a memória da gente, né? Sempre pregando as suas peças. Aécio fala em "crescimento econômico", minha memória volta aos anos noventa e lembra "arrocho salarial". Aécio fala em "tornar o Estado menos aparelhado, valorizando um governo de técnicos e de funcionários públicos", mas o que a danada da minha memória recolhe dos anos 1990 é "corte no orçamento", "demissão de funcionários públicos", "suspensão de aumento salarial do funcionalismo". Aécio fala de "avanço em Ciência e Tecnologia", mas na minha memória se forma a lembrança de um CNPq à beira da falência, de Universidades com a luz e o telefone cortados por falta de pagamento e de todos os meus colegas professores-pesquisadores irremediavelmente pendurados no cheque especial. Aécio fala em "fim da corrupção" e eu lembro dos escândalos da compra de votos para a emenda da reeleição de FHC.
Aécio continua falando, falando e falando...enquanto na minha indócil memória a lateja a palavra-chave mais anos noventa dentre todas, para quem estava no Serviço Público naquela época, "contingenciamento, contingenciamento, contingenciamento".
Acho que esse é o grande problema da candidatura de Aécio para pessoas como eu: a memória. Aécio me lembra a propaganda de um candidato a prefeito de Salvador que adotou o slogan "quem conhece fulano, vota em fulano", quando, na verdade, quem o conhecia não votou nele de jeito algum. Se eu fosse Aécio, não fica remexendo nos "gloriosos" anos 1990, em que, segundo a nova lenda, FHC inventou o mundo e todas as suas virtudes. Meus amigos, não faz mais que duas semanas que FHC foi canonizado; quando terminou o seu segundo mandato, a popularidade não lhe garantiria nem eleição para deputado estadual. Na verdade, nem houve segundo mandato, porque FHC chegou nele tão fraco politicamente e tão anêmico em termos de popularidade que não conseguiu fazer absolutamente nada. Se Serra e Alckmin tivessem podido usar o governo tucano de FHC como vitrine, por que vocês acham que o esconderam esses anos todos? Só agora, que o tempo esmaeceu as lembranças e eleitores que eram muito jovens nos anos 1990 entraram no jogo, é que FHC foi transformado, retoricamente, em um gigante sobre cujos ombros se encontra Aécio.
Eu, infelizmente, tenho esta memória que me castiga. E assim como o PT está sitiado pelo antipetismo, os tucanos enfrentam, uma eleição após a outra, o obstáculo dos eleitores que se lembram dos anos 1990. Eu lembro. Aécio vai ter que se esforçar muito se votos como o meu lhe interessam. O pior é que lhe parece suficiente ser candidato dos antipetistas que decidiram, por alguma revelação divina, que a corrupção é fruto da "vontade política" e que, uma vez empossado um tucano, ela cessará automaticamente no início de janeiro. E para quem tem tristes memórias dos anos 1990 e não crê em estultices como esta, Aécio vai dizer o quê?

Marcos Rolim: Sobre o 2º turno: Aécio não.

O processo eleitoral selecionou a polarização entre PT e PSDB, a mesma dos últimos 20 anos. O resultado impede que a política brasileira seja renovada, obrigando os eleitores a uma opção conservadora. Por conta disto, penso que Marina e a Rede fariam melhor caso se mantivessem a par desta disputa, antecipando uma postura de oposição ao próximo governo. Há, seguramente, muitos aspectos a serem considerados e não parto do princípio de que minha posição esteja correta. O fato é que, neste momento, divirjo em um ponto essencial da posição tomada por Marina que anunciou apoio a Aécio a partir de um diálogo em torno de pontos programáticos importantes, mas que não serão assumidos efetivamente pelo PSDB e por sua composição política.
Pessoalmente, embora com uma visão essencialmente crítica a respeito do governo Dilma, não considero que Aécio seja uma alternativa, nem que represente compromissos mais avançados. Pelo contrário, penso que um governo do PSDB poderá abrir espaços para retrocessos importantes em temas cruciais como as políticas de segurança – com a abordagem do tipo “Lei e Ordem”, o estímulo à violência policial e o incremento da demanda por encarceramento. O tema da redução da idade penal sintetiza uma visão essencialmente repressiva sobre segurança, constituindo um mantra com o qual Aécio e o PSDB articulam o apoio dos setores mais reacionários na área. Apenas isto já seria o suficiente para recusar o caminho proposto por Aécio.
Com esta breve avaliação, registro que votarei em Dilma no 2º turno, como já o fiz em 2010. Os motivos são os mesmos. Temos de um lado uma proposta que, a par dos seus limites políticos e morais, possui um sentido claramente inclusivo que tem beneficiado setores historicamente fragilizados. De outro, temos um campo que é muito mais claramente orgânico aos grandes grupos econômicos e que tende a reduzir o impacto das políticas sociais ao invés de aprofundá-lo: trata-se, então, de evitar o pior. Ponto.