sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Bebê-diabo nasceu em São Paulo

Quer ler algo sério sobre o "bebê diabo" e as farsas do grupo Folha, leia no RS Urgente.

Infâmia Folha: a mentira na primeira página

O que a Folha está fazendo é algo inédito, que nunca testemunhei em quarenta anos de jornalismo, mesmo com todos os exageros dos anos 90.
Ontem, apresentou um suposto empresário, sócio de uma empresa, a EDRB, que teria pleiteado um financiamento de mais de R$ 9 bilhões no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para implantar um parque eólico,. Segundo o jornal, o financiamento teria sido rejeitado pelo fato do tal empresário não ter concordado em pagar R$ 5 milhões em propinas ao filho da Ministra-Chefe da Casa Civil.
"Não aceitamos pagar nada. Temos investidores, empresas que querem construir, gerar alguma coisa, e não criar vagabundos dessa forma", disse à Folha Rubnei Quícoli.
Em um boxe pequeno, o jornal admitia que esse poço de virtudes - cuja palavra era a única prova que apresentava - tinha dois inquéritos por golps na praça (interceptção de carga roubada e posse de dinheiro falso) e passara dez meses preso em 2007. Essa é a única fonte na qual o jornal se baseou para a denúncia.
No decorrer do dia, apareceram as seguintes informações:
1.     A EDRB negou que o sujeito fosse sócio. O sujeito – um escroque condenado – apareceu na empresa e pediu dados para tentar obter financiamentos e ajuda para o projeto, assim como várias outras pessoas, segundo nota oficial da EDRB.
2.     Ele vai até o filho da Erenice e apresenta uma proposta para que seja consultor do projeto., acompanhando a parte jurídica do projeto No mercado é praxe comissão de 5 a 7% para projetos elaborados para o BNDES. É evidente que, pelas informações até agora veiculadas, Israel Guerra não tem a menor condição de ser consultor de nada.
3.     Aí, foi até o BNDES e encaminhou um pedido de financiamento de R$ 2,3 bilhões, que não tinha NENHUMA condição de ser aceito. A empresa não tinha porte para obter o financiamento e sequer tinha definido o local do projeto. Logo, não tinha como apresentar o laudo do Ibama – condição necessária para a aprovação de qualquer projeto dessa natureza. O projeto foi rejeitado liminarmente em reunião do qual participam todos os superinetendentes do banco. Nem com ordem direta do presidente da República seria possível a aprovação do projeto.
4.     A EDRB é uma pequena empresa de Campinas, subsidiária da Órion Tecnologia, empresa média que trabalha com automação industrial.
As informações acima são públicas, divulgadas através de notas oficiais da EDRB e do BNDES.
Confira o que o jornal faz com as informações:
Na primeira página:
«A empresa EDRB, de Campinas, acusa o filho de Erenice e um assessor dela de pedir R$ 240 mil mais 5% de comissão para intermediar empréstimo no BNDES».
A EDRB negou qualquer contato com quem quer que fosse. Informa que o tal escroque apareceu na empresa e pediu dados sobre a tecnologia desenvolvida, prometendo ajudar.
Rubnei Quícoli, que denunciou esquema de lobby operado por filho de ex-ministra, afirma ter avisado a Casa Civil
Representante da EDRB teria revelado cobrança por e-mail e ameaçou "fazer chegar" o recado ao comando da pasta
RUBENS VALENTE
FERNANDA ODILLA
ANDREZA MATAIS

DE BRASÍLIA

O consultor Rubnei Quícoli diz ter alertado a Casa Civil sobre a existência do esquema de lobby que era operado dentro do órgão pelo filho da então secretária-executiva, Erenice Guerra.
Aqui ele vira consultor, não mais está falando em nome da empresa.
A Folha obteve cópias de dois e-mails, que ele alega ter enviado em 1º de fevereiro, endereçados a assessores e secretárias de Erenice. Na época, a ministra da Casa Civil era Dilma Rousseff (PT).
Dois emails recebidos de uma pessoa que acaba de sair da cadeia, condenado por interceptação de carga roubada e falsificação de dinheiro, serve de prova para o jornal.
Nos textos, o consultor reclamava da cobrança de dinheiro para que a empresa de energia EDRB recebesse um empréstimo no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e pedia que Erenice e Dilma fossem avisadas.
Não tinha nenhuma possibilidade do empréstimo ser aprovado, como informou o banco – sem que sua informação possa ser questionado.
O projeto pleiteado pela EDRB previa a captação de recursos junto ao banco para a construção de torres geradoras de energia solar no Nordeste. Quícoli foi contratado pelos donos da EDRB para, segundo eles, "fazer virar o negócio".
Informação desmentida pelos donos da EDRB em nota oficial, que foi ignoarada pelo jornal
A ideia foi apresentada em audiência na Casa Civil em 10 de novembro. Pela EDRB, estavam um dos sócios, Aldo Wagner, e Quícoli. Ambos dizem que Erenice participou da reunião, o que ela nega.
Não há nenhuma evidência de que o jornal tenha ouvido Aldo Wagner, nenhuma entrevista, nenhuma aspas. Os dois outros sócios da empresa desmentiram categoricamente qualquer participação na armação.
Ontem a Folha revelou que a Capital Consultoria, firma do filho de Erenice, encaminhou à EDRB uma minuta de contrato, cobrando R$ 240 mil e 5% de "comissão de sucesso" sobre o empréstimo, caso fosse aprovado.
Se encaminhou minuta de contrato, é porque houve uma proposta de contratá-la. É nítida a armação visando envolver o picareta Israel Guerra.
As suspeitas de tráfico de influência resultaram na demissão de Erenice, que havia substituído Dilma no comando da Casa Civil em abril.
Quícoli e Wagner confirmaram à Folha o recebimento em 10 de dezembro da minuta de contrato -que o consultor chamou de "extorsão". A EDRB negou-se a assiná-lo. Em março, o BNDES rejeitou o pedido de crédito.
Outra mentira: relacionar a rejeição do pedido de financiamento pelo banco ao não pagamento da consultoria de Israel. E mente-se mesmo após as explicações do banco sobre a absoluta impossibilidade de conceder um empréstimo como o solicitado.
Quícoli disse ontem que, com a recusa, o projeto parou de andar. Ele, então, decidiu avisar a Casa Civil.
Num e-mail, o consultor ameaçou revelar o pedido de dinheiro feito pela empresa Capital. Em outro e-mail, Quícoli escreve não ter "vínculos com bandidos". Ele encerra, em tom de ameaça, com o pedido de que a mensagem fosse encaminhada ao comando da Casa Civil.
"Se vocês não fizerem chegar [a mensagem], eu faço chegar", escreveu.
A armação de um escroque feita em cumplicidade com o jornal e com José Serra – que há dias vem antecipando essa denúncia.
Do site NovaE

Editorial Carta Maior: Sofreguidão udenista: Restam apenas duas capas de Veja

Depois da sinergia entre um ladrão de carga e o 'jornalismo' da Folha, o que mais vem por aí?
A coalizão demotucana e seu dispositivo midiático atiram-se com sofreguidão em qualquer 'língua negra' que desponte no solo ressequido da semeadura eleitoral demotucanao. Como tem anunciado todos os seus colunistas de forma mais ou menos desabrida, às vezes escancarada, a exemplo de Fernando Rodrigues, da Folha, há uma 'encomenda' em licitação aberta no mercado de compras do denuncismo lacerdista: "...é necessário um escândalo de octanagem altíssima (com fotos e vídeos de dinheiro) ...', especificou o jornalista em seu blog do dia 14-09. Na ausencia de oferta equivalente, usa-se por enquanto o que aparecer.
Apareceu um 'empresário' indignado com supostas práticas de lobby, segundo ele, encasteladas na engrenagem da Casa Civil do governo, comandada pela agora ex- iministra Erenice Guerra. A Folha elevou-o à condição de paladino da honestidade. Esponjou-se no material pegajoso derramado da obscura tubulação. Claro, há o Manual de Redação, sobretudo as aparências de uma redação. Muito lateralmente, então, informa-se na 'reportagem-derruba Dilma' que a fonte da indignação cívica que adiciona um novo tempero à mesmice do cardápio diário apregoado pelos Frias inclui em sua folha corrida o envolvimento comprovado com roubo de carga, falsificação de 'notas de cinquenta reais e crime de coação, não detalhado.

Há pouco tempo e espaço para detalhes. Nem o mínimo cuidado com a averiguação de valores se observa.O escroque que já cumpriu pena de 10 meses de cadeia, lambuzou a Folha com cifras suculentas e isso era o bastante: a negociata envolveria a 'facilitação' para um empréstimo de R$ 9 bilhões junto ao BNDES , desde que em contrapartida fossem desviados quase R$ 500 milhões a intermediários de uma cadeia supostamente iniciada com parentes ou subalternos da ministra Erenice Guerra para desembocar em caixas de campanha de candidatos do governo.
Se a sofreguidão da Folha fosse menor, o jornalista, quem sabe seu editor, quiça o próprio diretor do jornal teriam tido a cautela de verificar a existência no BNDES de projeto e valores mencionados, já que o acepipe oferecido pelo ladrão de carga de tempero remetia à liberação de financiamento barrado na instituição.

Se tal fosse a prática, o leitor teria a oportunidade de saber, em primeiro lugar, que os valores relatados são absurdos (equivalem a meia usina de Belo Monte para fornecer 6% da energia que ela prevê); ademais, há discrepância de cifras entre o relato do meliante eo o projeto que deu entrada no BNDES, cujo corpor técnico jamais o aprovaria. Diz a nota do banco divulgada 5º feira,"[o referido projeto]...foi encaminhado por meio de carta-consulta, solicitando R$ 2,25 bilhões (e não R$ 9 bilhões como afirma a reportagem) para a construção de um parque de energia solar.
O BNDES considerou que o montante solicitado era incompatível com o porte da referida empresa. Vetou a solicitação. Naturalmente, isso comprometeria um pouco a 'octanagem' da manchete de seis colunas com duas linhas bombásticas saídas da sinergia estabelecida entre a Folha e um ladrão de carga de condimento.
Não há tempo para minúcias. Restam apenas duas capas de VEJA para detonar a vantagem de Dilma e tentar uma sobrevida que leve Serra ao 2º turno. Essa é a lógica do que vem por aí.
A esposa do candidato, Monica Serra, já diz em campanha de rua que "ela [Dilma] quer matar as criancinhas". Nas redações circulam rumores de que o comando demotucano estaria interessado em depoimentos de parentes de militares mortos em confrontos com grupos da esquerda armada, nos anos 70. Em especial se houver, ao menos, leve insinuação de suposto comprometimento de Dilma Rousseff. 

Antipetismo criou veneno, mas não tomou atídoto

Durante anos, o antipetismo alimentou-se da crítica à suposta arrogância e propriedade da verdade dos petistas gaúchos. A veemência na defesa de ideias e as denúncias aos governantes eram interpretadas como intolerância e denuncismo. Cá pra nós, há um tanto de arrogância nos argumentos da esquerda. Por conta disso, a ideia de que, no segundo turno, todos iriam contra o PT, acabou estabelecendo uma lógica eleitoral perversa: só o PT perdia eleições. Os demais, passada a disputa, compunham um governo em que só o PT ficava de fora.
Em 2002, Lula inaugurou um outro modo de disputar. É verdade que o preço do sucesso foi o rebaixamento programático. Mas, de fato, a relação do PT com os demais partidos e com a sociedade modificou-se. Em 2010, o PT gaúcho entra nessa onda e aparece com a possibilidade de seu candidato fazer mais de 50% dos votos válidos em um primeiro turno.
Nesta eleição, Serra e Yeda estão fazendo o papel de intolerantes e irados. É incrível o modo raivoso como a Rainha de Copas se dirige aos que discordam dela. Serra destila raiva e ressentimento. Eles aprenderam a usar o veneno contra o PT, mas esqueceram de proteger a si próprios.
Muita coisa mudou, inclusive o PT, qual o preço dessa mudança? Pode ter sido alto do ponto de vista dos objetivos de longo prazo, mais generosos e grandiosos que modesta utopia de “governar bem, para melhorar a vida de quem vive mal”. Valeu a pena? Apesar de tudo, eu acho que valeu.
Quem não tiver paciência histórica desista de ser de esquerda no Brasil.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sugestão para trabalhar com Zero Hora e crianças

Devolva a fita, José Serra

A duração das fitas e o tipo de prática que isso lembra são só coincidência
O Amigos do Presidente Lula e o Conversa Afiada já comentaram, mas não posso deixar de registrar o que os repórteres Breno Costa e Cátia Seabra (competentíssima, aliás) publicam hoje na Folha de S. Paulo: a campanha de José Serra exigiu e levou os originais da gravação onde ele bateu boca com a apresentadora Márcia Peltier. Numa palavra, confiscou material jornalístico de uma emissora de televisão, permitindo que ficasse apenas parte do material, o editado, onde apenas um trecho da discussão está apresentado.
Leia o que está na Folha:
“Depois de editado, o material bruto, com imagens e áudio da discussão, foi entregue à assessoria de Serra, a pedido da campanha.
O objetivo, segundo a assessoria da emissora, era evitar vazamento do material. A assessoria de Serra afirma que levou a fita para fazer a transcrição da entrevista e que imaginou que a emissora tinha ficado com uma cópia.
Serra tem mostrado irritação durante a campanha com perguntas de jornalistas, na maioria dos casos quando abordam pesquisas de opinião.”
Ôpa! Quer dizer que a liberdade de imprensa no Brasil está ameaçada? A fitas – ou arquivos de computador, no caso de ser, provavelemente, uma gravação digital, não pertence è emissora. Houve uma aproprição indébita. Trancrição? Cadê? Com que finalidade?
Agora imagine se Dilma ou Lula tem um bateboca com um repórter e a campanha ou o Planalto exigem a entrega da fita? Censura! Chavismo! Ditadura! Hitler, Mussolini!
Devolva a fita, José Serra. Não só pela apropriação de uma bem físico que não lhe pertence, como, aí sim, por roubar o direito da opinião pública de saber o que realmente se passou numa atividade que não é privada, mas pública, porque se tratava da entrevista de um candidato à presidência.
A Folha, que exige até os arquivos dos processos da Ditadura para saber tudo sobre o que se passou há 30 anos com Dilma e que manda gente á Bulgária para tratar das aventuras de seu pai nos anos 20, não vai exigir que o candidato devolva as fitas e restaure aos brasileiros o direito de ver o que se passou.
Bendita seja a repórter do Terra que gravou o áudio. Sem isso, nem mesmo saber o que tinha se passado, saberíamos. Palmas para a imprensa que mostra a verdade. Vergonha para o candidato que a sequestra e para a imprensa que silencia diante disso, ao ponto da matéria não ter sido nem posta na intenet

EL PAIS:"jogo sujo está ofuscando o debate político no Brasil".

O jornal espanhol El País diz na sua edição desta quinta-feira (16) que o "jogo sujo está ofuscando o debate político no Brasil". Para o jornal, a aparecimento de escândalos às vésperas das eleições está se tornando um costume que os cidadãos brasileiros assistem com impotência.
"Milhares de brasileiros sonhavam com uma campanha eleitoral sem sobressaltos e centrada nas propostas dos candidatos, mas mais uma vez o jogo sujo está eclipsando o debate político."
O El País diz que, apesar das acusações de corrupção e tráfico de influências no círculo de confiança da candidata petista Dilma Rousseff, "tudo parece indicar que a novata de Lula pode mais que qualquer acusação jogada aos quatro ventos".
Escândalos
O jornal lista vários escândalos envolvendo o Partido dos Trabalhadores, incluindo o da quebra do sigilo fiscal da filha de José Serra e das acusações envolvendo a Chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. A estratégia do partido de Lula, segundo o El País, é a de evitar que os casos mudem a trajetória ascendente de Dilma Rousseff.
O diário diz que Serra aproveitou o espaço da propaganda eleitoral para atacar "a jugular" do PT, enquanto Dilma, com sua ampla vantagem nas pesquisas, pediu que os fatos sejam investigados com rapidez.
BBC Brasil - BBC BRASIL.com

VERÔNICA DESNUDA – APRESENTAMOS O SITE DA EMPRESA DA FILHA DE SERRA

Se você ainda não leu reportagem de Leandro Fortes, na Carta Capital, em que é denunciada a violação, pela empresa Decidir Brasil (de Verônica Serra e Verônica Dantas) dos sigilos fiscal e bancário de milhões de brasileiros, clique aqui.
Para saber quais os serviços prestados pela Decidir Brasil, na ocasião, graças à violação dos sigilos, clique aqui.

Os links da Decidir Brasil foram recuperados graças à boa memória do Wayback Machine.
Copiado do Cloaca News

Acampamento Farroupiha

Não tenho tempo para escrever muito, pos isso, apenas reproduzo as informações do Vereador Adeli Sell.
ACAMPAMENTO FARROUPILHA (I)
Seguimos analisando a prestação de contas do Acampamento 2009 que nos foi apresentada. A primeira coisa que causa estranheza é que a dita prestação de contas se refere apenas aos R$ 200 mil repassados pela Secretaria de Cultura de Porto Alegre e às despesas gastas com a arrecadação da feira de artesanato, praça de alimentação e estacionamento pago. As notas fiscais apresentadas coincidem com estes valores.
ACAMPAMENTO FARROUPILHA (II)
Agora, quanto ao valor recebido via patrocinadores, através da LIC e sem LIC, e do governo do Estado, falta prestar contas de R$ 1.590.310,48. Há apenas uma listagem de “gastos”, mas sem qualquer comprovação, sem nota fiscal, sem nada.
Onde é que já se viu uma prestação de contas assim?
ACAMPAMENTO FARROUPILHA (III)
Os valores gastos são espantosos: Para pôr um tapume sobre o laguinho do Parque Harmonia, foram gastos R$ 28 mil. Em segurança privada R$ 62 mil, além de R$ 55 mil pagos à Brigada Militar pelo mesmo serviço. Só para o desfile, foi pago em segurança R$ 21.776. Palco e arquibancada: R$ 49.400. Além disso, e não deu para entender, é pago R$ 5.500,00 à Coontravipa pela limpeza, apesar de o serviço ser feito por funcionários do DMLU.
ACAMPAMENTO FARROUPILHA (IV)
Além disso, consta pagamento ao ECAD referente a 2007.
Tem alguma coisa muito estranha nisso tudo!
ACAMPAMENTO FARROUPILHA (V)
Na prestação de contas do MTG diz que foi arrecadado R$ 123.368,40 com o estacionamento pago. Já a EPTC, em resposta a pedido de informações, informa que foram R$ 102,120.00, referentes ao estacionamento de 10.212 veículos com o pagamento de R$ 10,00 por cada um. 
Como é que se explica isso? Dinheiro que não se sabe de onde veio, gasto que não se explica. Parece tudo “conversa pra boi dormir”!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ouça mais um chilique de Serra

É proibido discordar do Jênio.

Em Porto Alegre, saúde do escolar é deixada de lado

Me contaram que os Núcleos de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Nascas), espaço que articulava a rede de saúde com a rede de escolas públicas de Porto Alegre estão sendo fechados. Com isso, milhares de crianças deixarão a lista de espera. Não haverá mais listas, pois não haverá mais atendimento.
A ideia de criar esses serviços, se não me engano, surgiram na época do Governo Olívio, e mexeram  na rede estadual e municipal de atendimento à saúde. O funcionamento não era grande coisa, mas havia uma esperança de encaminhamento. Agora, os encaminhamentos feitos pelas escolas estão suspensos e as famílias deverão recorrer diretamente aos serviços de saúde.
Em 2010, o orçamento para o programa de atendimento à saúde do escolar é de R$ 63 mil. É um valor irrisório, mesmo que fosse executado integralmente. Agora, com o fim dos Nascas, a situação de atendimento à saúde dos estudantes de Porto Alegre ficará ainda mais crítica. 
Herança do Fogaça.

Câmara mantém veto e Acampamento continua na lama

Em votação realizada nesta quarta-feira (15/9), os vereadores de Porto Alegre mantiveram veto parcial do Executivo a projeto de lei que visa disciplinar a realização do Acampamento Farroupilha. Apresentado pelo vereador Aldacir Oliboni (PT) e aprovado pela Câmara Municipal em junho, o projeto prevê obrigatoriedade de prestação de contas pela comissão organizadora do evento em 30 dias após seu encerramento. Estabelecia ainda – item vetado – que 10% dos recursos arrecadados por meio de parcerias fossem investidos em obras no parque Maurício Sirotsky Sobrinho, qualificando sua infraestrutura.
O veto parcial tirou a força da lei. Embora mantida a obrigatoriedade da prestação de contas, foi eliminada a pena para o caso de seu não-cumprimento, que seria a perda dos recursos previstos no orçamento municipal para a organização do Acampamento Farroupilha no ano seguinte. Assim, torna-se inócua a necessidade de publicação da prestação de contas no Portal Transparência Porto Alegre e no Diário Oficial do Município.

Pesquisa da PUC: “a Veja e o anti-jornalismo”

Por Juliana Sada, do site NovaE
Criada em setembro de 1968, a revista “Veja” é a publicação semanal brasileira de maior tiragem, teoricamente com cerca de um milhão e duzentos mil exemplares. Criada por Mino Carta, atualmente diretor de redação da Carta Capital, e Victor Civita – estadunidense filho de italianos, fundador do Grupo Abril – a revista foi por um longo período paradigma para o jornalismo brasileiro. Por sua redação, passaram nomes importantes da profissão; e, por suas páginas, grandes personagens da história – entre seus entrevistados estão Vinícius de Moraes, Yasser Arafat, Salvador Dalí, Tarsila do Amaral e Sérgio Buarque de Holanda.
Mas, em anos recentes, a revista tornou-se alvo de intensas críticas. Na internet, disseminam-se pequenas e grandes iniciativas de informação e contraponto ao tipo de jornalismo feito por lá. Esse mesmo Escrevinhador denunciou a entrevista que nunca existiu, mas que a revista publicou; e mostrou a história do professor que foi alvo de manipulação pelo veículo, além da peculiar análise do semanário sobre a Bolívia .
O jornalista Fábio Jammal Makhoul decidiu debruçar-se sobre a revista Veja para formular sua tese de mestrado em Ciência Política para a PUC de São Paulo. A dissertação analisou a publicação durante o primeiro mandato de Lula , de janeiro de 2003 a dezembro de 2006. Fábio constatou que houve, de modo deliberado, uma cobertura tendenciosa com o objetivo de desestabilizar o governo. Os números são impressionantes: “40,6% da cobertura de Veja sobre o primeiro governo petista noticiou os escândalos do Planalto e, conseqüentemente, Lula e o PT de forma negativa”. O governo ocupou “54 capas de Veja, das 206 publicadas no período”, destas “32 tratavam de escândalos, segundo classificação da própria Veja, ou seja, 59,3% do total”.
Segundo Fábio, esse sistemático ataque levou ao surgimento de inúmeras críticas que “abalaram a própria revista, que se sentiu na obrigação de reafirmar sua ‘imparcialidade e independência’ a todo o tempo em 2005 e 2006”.
O Escrevinhador entrevistou Fábio Jammal Makhoul para expor e debater seu estudo e o papel desempenhado pela revista. Confira a seguir.

Serra tenta se explicar em relação ao uso da imagem de Lula

Serra tenta se explicar e só se enrola. O PIG não vai dizer que ele gaguejou?

IDS – Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010

O país mantém o ritmo de crescimento econômico e evolui nos principais indicadores sociais, mas persistem desigualdades sociais e regionais. Apesar de melhorias importantes em alguns indicadores ambientais, ainda há longo caminho a percorrer para a superação da degradação de ecossistemas, da perda de biodiversidade e da melhora significativa da qualidade ambiental nos centros urbanos. Em linhas gerais, é esse o diagnóstico dado ao Brasil pelos 55 Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010 (IDS 2010), produzidos ou reunidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dando continuidade à série iniciada em 2002 (com edições também em 2004 e 2008), a publicação tem o objetivo de, ao entrelaçar as dimensões ambiental, social, econômica e institucional, mostrar em que ponto o Brasil está e para onde sua trajetória aponta rumo ao desenvolvimento sustentável. A quarta edição do IDS revela, assim, ganhos importantes, mas indica que ainda há grandes desafios pela frente para o Brasil atingir o ideal previsto em 1987 pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Comissão Brundtland): o desenvolvimento que atenda às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.
De: Fernando Nogueira Costa

terça-feira, 14 de setembro de 2010

"Teste do preconceito" causa condenação da RBS

 
Mais uma condenação por uso idevido de imagem começa a se desenhar contra a RBS TV com a sentença proferida pela juíza Vera Lúcia Fritsch Feijó, do 4º  Juizado Especial Cível de Porto Alegre (RS), nos autos de ação reparatória de dano moral ajuizada por Rodrigo Silva Medeiros contra a emissora.
O caso tem como pano de fundo um peculiar quadro chamado de "teste do preconceito" exibido pelo programa televisivo Teledomingo. Neste, o autor da ação teria sido filmado sem saber e tido sua imagem exibida na tevê - sem autorização - em um contexto que sugeriria homofobia.
A matéria mostrou dois atores simulando, em locais públicos da Capital gaúcha, ser um casal homossexual, enquanto as imagens e o narrador retratavam a reação das pessoas expostas aos gestos de afeto entre os dois, como mãos dadas e abraços.
O autor da ação conta ter tido sua imagem captada em um bar no bairro Cidade Baixa, podendo ser claramente identificado pelos espectadores em um contexto que sugeriria ser ele homofóbico, o que - segundo diz - não corresponde à realidade.
A RBS, em contestação,  se defendeu caracterizando o programa Teledomingo por veicular matérias "inusitadas", tendo como mote o comportamento das pessoas diante de diversas situações da vida cotidiana. Segundo a emissora, a câmera não estava oculta e o autor não foi identificado.
A juíza Vera Feijó, ao iniciar a sentença de procedência do pedido, fixa que a imagem do autor foi mostrada enquanto o locutor dizia que o bairro Cidade Baixa foi um dos locais em que “o público demonstrou mais repúdio às atitudes dos atores”.
Para a magistrada, não importa se a imagem foi captada de forma oculta ou não, pois a controvérsia se soluciona pelo fato de o conjunto de cenas gravadas ter sido exibido sem autorização, simplesmente.
"Imagem é um dos atributos da personalidade. Portanto, integra o patrimônio da pessoa e só a ela diz respeito, sendo-lhe assegurado o direito de não vê-la exibida se assim entender", explicou a juíza. Ela externou entendimento rígido no que toca à possibilidade de uso da mesma por terceiros: "mesmo diante de uma situação absolutamente corriqueira, sem qualquer circunstância que possa beneficiar ou denegrir a imagem, é direito da pessoa não querer vê-la exposta em um programa de televisão."
De acordo com a julgadora, ter atribuída a pecha de homofóbico "atinge a dignidade humana, a honra, a boa-fama, a respeitabilidade" e é "meio hábil para causar situações embaraçosas e constrangedoras".
No entendimento judicial, até os pensamentos "mais inconfessáveis" estão resguardados constitucionalmente.
A reparação para o autor foi arbitrada em R$ 5.100,00, com correção monetária pelo IGP-M a partir da publicação da sentença e juros de 1% ao mês a contar da citação. Da sentença, cabe recurso às Turmas Recursais.

Atua em nome do autor o advogado Eduardo Silva medeiros. (Proc. nº 3.10.0018222-9).
Assista à matéria.

O sintoma

Vale a pena ler, mesmo que não se concorde com tudo o que ele diz. Eu concordo com praticamente tudo e acho que os defensores, ou melhor, os cultuadores do modelo cubano poderiam ter mais humildade e pararem de achar que quem não concorda com o modo como as coisas acontecem em Cuba é de direita.

Cuba precisa de prosperidade para manter o regime, o que significa investimento estrangeiro e mais (bem mais) espaço para o capitalismo. Mas Havana não tem o peso específico de Pequim. A estabilidade e o progresso da China são essenciais para toda a humanidade

E um revivido Fidel Castro segue na trilha das autocríticas, misturando as explícitas com as nem tanto. É um desfile de surpresas. Dias atrás pediu desculpas pela discriminação e perseguição dos homossexuais na Cuba pós-revolucionária. Agora vem a público dizer que o modelo cubano não deve ser exportado, pois não funciona nem na própria ilha.
Aguardam-se os próximos capítulos, sob os olhares aterrados de quem se habituou a defender qualquer coisa relativa ao status quo cubano, em nome da luta contra o imperialismo ou de sei lá o quê. Estaria então Fidel “capitulando” diante das pressões capitalistas e imperialistas? Penso que os áulicos espantados não chegariam a tanto. Vão preferir esperar em silêncio, até saber onde a coisa vai parar.
O establishment cubano busca caminhos para romper os nós que amarram a vida dos ilhéus, mas sem deixar o poder.
Quando Fidel adoeceu escreveu-se, aqui inclusive, sobre uma certa transição desejada pelo Partido Comunista de Cuba, mais ou menos nos moldes da China pós-Mao Tsé-tung. A construção política legada por Teng Hsiao-ping alicerçou-se na rotação de poder intrapartidária como mecanismo essencial para manter o leme firme nas mãos do partido.

Demandas atrasadas chegam a 858 na Capital

Fernanda Bastos
A prefeitura está finalizando a análise das demandas atrasadas do Orçamento Participativo (OP). Ao longo de 20 anos de OP, foram aprovadas 6.632 obras. Segundo relatório do Executivo, 858 ainda estão pendentes. Os dados são parciais e ainda podem sofrer alterações.
O estudo é coordenado pela Secretaria de Coordenação Política e Governança Local, a pedido do prefeito José Fortunati (PDT), e irá apontar a viabilidade de executar as demandas solicitadas pela população que nunca saíram do papel.
Na primeira apuração, em maio deste ano, o número oficial era de 1.224 demandas atrasadas. Agora, são contabilizadas 858. "Falávamos em mais atrasos, mas, com alegria, constatamos que há bem menos", diz o secretário de Governança, Cézar Busatto.
De acordo com ele, a análise foi aperfeiçoada com dados e balanços das secretarias municipais. O relatório divide as demandas não realizadas em dois blocos: regiões e temáticas.

"Um vinho antes da queda"

 
Título de uma matéria da Folha de S. Paulo de hoje, 14 de setembro:
 
Após debate, Dilma toma "um vinho antes da queda".
  A matéria assinada por Ana Flor e Anna Virginia Balloussier é um amontoado de futilidades e maledicências, pura campanha publicitária, chega a ponto de citar o tal vinho Romanée Conti pago por Duda Mendonça num jantar ao Lula em 2006, não traz nenhuma notícia em parte alguma, enfim, o padrão normal da antiga imprensa serrista.
 O que me chamou a atenção desta vez foi o “entre aspas” da manchete: “um vinho antes da queda”. Por que as aspas? É citação de alguém? Seria alguma expressão proverbial? Uma ironia?
 Não é uma expressão proverbial, também não é uma citação, ninguém no texto comenta a queda que, pelo que se supõe na fofoca travestida de jornalismo da Folha de S. Paulo, teria acontecido na manhã seguinte ao jantar. Sobra, como justificativa das aspas, a ironia.
A matéria informa que seis pessoas – Dilma entre elas - tomaram uma garrafa de vinho na noite de domingo, “antes da queda”, portanto, que aconteceu na manhã seguinte. A Folha de S. Paulo insinua claramente uma relação entre o pé torcido e o copo de vinho que Dilma tomou na véspera.
 Depois de uma jornalista da Folha ter alegremente reproduzido o comentário de um tucano que se referia aos eleitores do PSDB, em contraste com os eleitores petistas, como uma “massa cheirosa”, depois de todos os descalabros produzidos nestes últimos anos (ficha falsa, ditabranda, grampo sem áudio, declarações do delegado Edmilson, estupro do menino do MEP, etc...) podemos esperar qualquer coisa da Folha nesta reta final da eleição.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vote Paim e Rigotto e eleja Ana Amélia e Rigotto

Não tive acesso às sofisticadas pesquisas sobre a complicada eleição de dois senadores. Esse negócio de votar duas vezes para eleger algo que a gente não sabe bem o que faz é muito estranho. Minha intuição me diz que tem muito eleitor do Paim que vai dar o segundo voto no Rigotto. Não querem a Ana Amélia, mas não querem perder o voto. O problema é que, se os eleitores do Paim votarem no Rigotto, mas os do Rigotto não votarem no Paim... vai faltar voto pro Paim.
No início, achava que Paim disputaria a segunda vaga com a musa do agronegócio e que o Rigotto tava garantido. Mas, de novo, Rigotto mostra que só chega na frente quando larga atrás. As pesquisas (que eu não comento) dizem que a nossa Katia Abreu tá disparando e deixando os outros pra trás, brigandopela segunda vaga. Numa situação dessas, é até um deboche um eleitor do Paim dar seu rico votinho para o Rigotto. Acredito na sensibilidade dos eleitores (eu acredito na humanidade!). Acredito que, percebendo o modo como as coisas estão acontecendo, não deixarão o Paim de fora do Senado, dando seu segundo voto ao Rigotto. Como a minha crendice não acaba, acredito, também, que os eleitores do PDT votarão no Paim.
Tem tempo, mas tem que ser logo.
Quanto a mim, voto no Paim e na Abgail. Assim, perco só um voto e não os dois.

Sangue na lama

Uma pessoa foi morta e outra ferida a faca no Acampamento Farroupilha. Não vou generalizar o comportamento de todos os que habitam o Parque da Harmonia na Semana Farroupilha. Ocorre que o tal Acampamento é lugar onde andar com uma faca atravessada na cintura é algo natural e beber todas é o principal esporte. Pode-se esperar algo muito elevado dessa mistura?
A cultura da macheza, acaba sendo acompanhada da violência. Por ocasião do referendo sobre o desarmamento, o MTG tirou posição oficial pelo não. A imagem do gaúcho inventado pelo Movimento é visceralmente dependente da exibição dos símbolos de "valentia" e "coragem". Andar armado não é uma contingência, mas uma necessidade.
Se o tal Acampamento fosse um daqueles restaurantes do centro da cidade já teria sido fechado. Mas as coisas continuam como antes. Na página do MTG não vi nenhum comentário sobre o acontecido.
As autoridades da segurança já declararam que não reforçarão o policiamento. A alegação é que os conflitos ocorrem dentro dos piquetes. Só que o parque é público.
Proibir pessoas de desfilarem fantasiadas de carniceiros... nem pensar. A isso, chamam "cultura gaúcha".