sábado, 24 de agosto de 2013

O que move as entidades médicas

Por Luciano Martins Costa em 23/08/2013 na edição 760 do Observatório da Imprensa


Uma leitura cuidadosa dos principais jornais brasileiros de circulação nacional mostra que há uma tendência da imprensa a desqualificar o programa Mais Médicos, pelo qual o governo federal procura suprir a falta de profissionais de saúde em bairros periféricos das grandes cidades e nos municípios distantes dos grandes centros.

De modo geral, o noticiário abre com informações aparentemente equidistantes da polêmica central sobre o assunto, mas a hierarquia das notícias e as escolhas das análises priorizam opiniões contrárias à iniciativa do governo.
Nas edições de sexta-feira (23/8), a exceção é a Folha de S. Paulo, que dá espaço para um artigo esclarecedor sobre a questão. No Estado de S. Paulo, o principal destaque vai para dados factuais, como o número de cidades paulistas que vão receber médicos selecionados na primeira fase do programa. Nesse texto está inserida a defesa do projeto, sem um destaque especial. As opiniões contrárias estão separadas em dois outros textos, um deles informando que as entidades representativas dos médicos brasileiros e partidos de oposição vão recorrer ao Ministério Público do Trabalho para impedir que se consolide a contratação de estrangeiros.
Abaixo da reportagem principal também é publicado o resultado de uma pesquisa que supostamente mostra que o programa Mais Médicos é rejeitado pela maioria da população. No entanto, esse texto peca pela falta de precisão e acuidade. Por exemplo, não informa de quem é a iniciativa da consulta, feita por um tal Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade Industrial (ICTQ). Também omite que o ICTQ é uma empresa de educação continuada que é apoiada pela indústria farmacêutica, oferecendo cursos para profissionais do setor.
A “pesquisa” é referendada por um dirigente do Conselho Federal de Medicina, que usa as informações para reforçar a campanha da entidade contra o programa do governo. Trata-se, portanto, de uma daquelas artimanhas do jornalismo segundo a qual um suposto dado objetivo, como o resultado de uma pesquisa, é apresentado como fato comprovador de uma opinião preexistente, omitindo-se do leitor o contexto que lhe permitiria relativizar a informação – no caso, o interesse específico da indústria farmacêutica.
A serviço das farmacêuticas
Globo nem mesmo se dá ao trabalho de dissimular sua posição: abre a página explorando contradições entre integrantes do governo sobre o salário que os médicos cubanos irão efetivamente receber. No quadro em que o jornal costuma emitir sua opinião, fica claro que seus editores se alinham com o viés mais reacionário das entidades médicas: o texto afirma que “como existe um eixo Havana-Brasília, assentado em simpatias ideológicas, é preciso atenção redobrada na qualidade da prestação de serviço dos companheiros cubanos”.
Assim, em linguagem quase chula, o jornal carioca apoia a ideia de que os médicos cubanos estão sendo trazidos para fazer “pregação comunista”, como entende o presidente do Conselho Federal de Medicina.
Folha de S. Paulo se destaca por abrir um pouco mais o leque de alternativas do leitor, informando na reportagem principal que o Ministério Público do Trabalho vai investigar as condições da contratação de médicos cubanos. Em outra página, também com destaque, publica a posição do governo brasileiro, manifestada pelo secretário nacional de Vigilância Sanitária e pelo ministro das Relações Exteriores. Há também um perfil dos médicos cubanos que já atuam no Brasil, material acompanhado por um infográfico que mostra a distribuição desses profissionais em todos os estados.
Mas o diferencial da Folha é uma análise produzida pelo jornalista Marcelo Leite (ver aqui), na qual ele observa que Cuba forma milhares de médicos por mês, “como produto de exportação”. O autor explica que o governo cubano montou uma verdadeira indústria de profissionais de saúde, a maioria deles com especialização em medicina preventiva. Esse seria o segredo principal das realizações do regime cubano na área da saúde, como uma taxa de mortalidade infantil inferior à dos Estados Unidos. A ilha comandada pelos irmãos Castro desde 1959 produziu a partir de então 124.789 médicos e se destaca pela prevenção de doenças, diz o articulista.
Esse é o ponto central da polêmica: ao trazer 4 mil médicos de Cuba, o governo brasileiro está sinalizando que sua estratégia para suprir as deficiência da saúde nos lugares mais pobres vai se basear no atendimento preventivo, que reduz sensivelmente os custos do sistema e diminui a dependência em relação às empresas do setor farmacêutico.
O articulista da Folha dá a pista de onde vêm os interesses contrários ao programa do governo, ao afirmar que “na medicina preventiva, sua especialidade, é possível que [os médicos cubanos] se revelem até mais eficientes que os do Brasil, cuja medicina tem outras prioridades”.
Some-se isso com aquilo e... bingo! O leitor já sabe a serviço de quem estão as entidades que se opõem ao programa Mais Médicos.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Médicos cubanos de 2ª categoria? Olhem a ficha da galera que vem aí…


cuba2

O Conselho Federal de Medicina entrou de novo na Justiça para impedir a contratação dos médicos cubanos.
Vai perder a ação e vai perder a credibilidade.
Aliás, já devia ter recuado, pois está perdendo.
Primeiro, porque alega que estes médicos são “menos qualificados” que os brasileiros, incluídos aí aqueles que batiam ponto com dedinhos de silicone, que estão com seu registro zeradinho, positivo e operante.
Ora, ainda que fossem menos qualificados – e já vamos ver como não são – seriam menos qualificados do que quem? Do que os inexistentes médicos dos municípios para onde vão? Porque não tem médico neles e nem médico brasileiro que queira ir pra lá ganhando R$ 10 mil, casa e passagem.
Mas hoje o Ministério divulgou o perfil dos primeiros 400 médicos, que chegam em dias por aqui.
Não são garotos, recém-formados e inexperiente: 89% tem mais de 35 anos e 65% ficam entre 41 e 50 anos.
84% têm mais de 16 anos de exercício da medicina.
100% têm especialização em Saúde da Família, 20% mestrado nessa especialidade e 28% têm outros cursos de pós graduação.
Todos já cumpriram missões no exterios, quase a metade mais de uma, estão acostumados a conviver com carências sociais e doenças tropicais.
E, como se não bastasse, ainda acham que o paciente é um ser humano!

Por: Fernando Brito, no Tijolaço

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Templo da Igreja Mundial é fechado por conta do barulho

Templo da Igreja Mundial é fechado por conta do barulho
Templo da Igreja Mundial é fechado por conta do barulho
O pedido foi feito por um cursinho particular que fica ao lado do templo.
por Leiliane Roberta Lopes
 
A prefeitura da cidade de Ponta Grossa, no Paraná, decidiu fechar uma igreja evangélica por conta do barulho dos cultos que estariam atrapalhando as aulas de um cursinho particular que fica no prédio vizinho.
A decisão partiu de um mandato de segurança movido pelos diretores da escola contra a prefeitura alegando perturbação de sossego. Os donos do cursinho afirmam que a prefeitura é responsável pelo alvará de funcionamento que foi expedido sem a verificação do som.
A reclamação é que o som vindo da igreja é muito alto e que acaba atrapalhando as aulas, já que algumas salas fazem divisa com a área do palco da igreja.
A Igreja Mundial do Poder de Deus no Centro da cidade está há poucos dias no local, a sede ficava em outro endereço e o imóvel antigo voltou a ser usado para os cultos até que a prefeitura revogue a decisão.
O pastor responsável pela obra é Jorge Santos que deu entrevista para o Paraná TV dizendo que nem a Prefeitura de Ponta Grossa, nem o Corpo de Bombeiros foram até o local vistoriar as novas instalações. “Ninguém veio notificar antes, olhar as instalações, conferir se estava tudo certo ou não. Mais de 60 dias preparando as instalações do imóvel para poder receber as instalações da igreja e ninguém nos procurou”.
Para poder voltar a usar a nova sede da IMPD em Ponta Grossa a igreja terá que apresentar um laudo de isolamento acústico que comprovaria que o som das reuniões não voltará a incomodar a vizinhança. Com informações G1.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

No México, Zapotecas criam sua própria operadora de celular

Ni Telcel ni Movistar; comunidad zapoteca implementa su propia red de telefonía celular

MÉXICO, D.F. (proceso.com.mx).- Un pueblo de la Sierra Norte de Oaxaca opera su propio sistema de telefonía celular comunitaria, único en México, ante la negativa de las grandes empresas nacionales de introducir este servicio en el lugar.
La Red Celular de Talea (RCT), implementada en el poblado zapoteco Villa Talea de Castro, se basa en un modelo de administración equiparable a las radios comunitarias.
Dicho modelo proviene de la Radio Comunitaria Dizha Kieru. La comunicación se realiza a través de un equipo de sistema global (GSM) de bajo costo, un software libre y tecnología Volp (Voice over IP), que hace posible la transmisión de voz de forma digital a través de Internet, reporta la agencia noticiosa AFP.
Pedro Flores, coordinador del proyecto y quien es parte Rhizomatica, gestora del plan, dijo al portal desInformemonos que la idea es que la comunidad administre su propio sistema basado en los modelos de las radios comunitarias, además de fomentar la comunicación a larga distancia e impulsar un servicio para las poblaciones.
Indicó que durante más de una década las grandes empresas de telefonía celular se negaron a introducir el servicio a Telea de Castro –ubicada a 115 kilómetros de la capital de Oaxaca– con el argumento de que no era viable invertir en la sierra y las zonas alejadas.
Flores agregó que el propósito de la organización encargada del proyecto es dedicar más tiempo a las asambleas de otras comunidades que ya aprobaron este modelo.
Señaló que en Villa Talea de Castro, donde existe una alta migración hacia Estados Unidos, está satisfecha porque no solamente ya cuenta con el servicio, sino porque es propio.
Detalló que alguien que anteriormente gastaba seis pesos en una llamada, ahora únicamente desembolsa 50 centavos.
Según información de AFP, los usuarios pueden realizar todas las llamadas locales que quieran, aunque la condición es que éstas no deben durar más de cinco minutos para evitar que las 11 líneas se saturen.
Explicó que a través del sistema es posible comunicarse a todo el mundo pues se cuenta con números públicos que se conectan a una computadora y ésta a un conmutador, que a su vez ubica el teléfono de la persona a quien se desea hablar.
Incluso existe un número en la comunidad y otros para Los Ángeles y Seattle, en Estados Unidos.
Flores dijo que otra intención del proyecto es evitar el consumismo, fomentando un uso responsable de la tecnología.
Aseguró que luego de que las grandes compañías se enteraron de que el pueblo ya contaba con su propia red de telefonía, les propusieron lanzar su servicio pero la respuesta de los habitantes fue que no les interesaba y “no querían que vinieran a hacer dinero”.
Comentó que la Comisión Federal de Telecomunicaciones (Cofetel) otorgó a los indígenas un permiso de dos años para probar el equipo. Sin embargo, destaca que dicha instancia federal pide que el proyecto abarque a cuatro estados para poder continuar con la operación de la red.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Desigualdade Global. Um vídeo curto e esclarecedor

Parentes de vítimas criticam Comissão da Verdade, e Rosa Cardoso admite falha


| Foto: Amelinha (d) afirmou que o colegiado agora comandado por Rosa (e) age de maneira errada | Foto: Assembleia Legislativa/Divulgação
Amelinha (d) afirmou que o colegiado agora comandado por Rosa (e) age de maneira errada 
Por Eduardo Maretti, da RBA,
A ex-companheira do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto nos porões do DOI-Codi, Angela Maria Mendes de Almeida, disse na segunda-feira (19), em audiência da Comissão da Verdade Rubens Paiva, na Assembleia Legislativa de São Paulo, ser “inaceitável” a maneira como foi feita a oitiva da Comissão Nacional da Verdade que colheu o depoimento do coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, em maio passado. “Naquela audiência, não foi convidado ninguém torturado pelo Brilhante Ustra. Só o vereador (de São Paulo) Gilberto Natalini (PV), que foi mas sem ser convidado.”
Na sessão de segunda-feira, as comissões estadual e nacional da Verdade receberam os processos das famílias Merlino e Teles, que processaram o coronel Brilhante Ustra. O jornalista Luiz Eduardo Merlino foi morto em 19 de julho de 1971, quatro dias após ser preso, nas dependências do DOI-Codi.
Maria Amélia Almeida Teles, a Amelinha, também presente à oitiva no parlamento paulista, foi presa com o marido César e seus filhos, de 5 e 4 anos de idade. Eles foram levados para assistir aos pais sendo torturados. Amelinha disse no depoimento de ontem ser difícil aceitar que, na Comissão Nacional da Verdade, Ustra tenha sido tratado como “suspeito”. “Ele é condenado em primeira e segunda instâncias e é o único torturador no Brasil já condenado.”
Em agosto de 2012, Ustra foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em ação movida pela família Teles. Na ação por danos morais do caso Merlino, o torturador foi condenado a indenizar a família em R$ 100 mil. Na sentença, a juíza Cláudia de Lima Menge mencionou “a elevada brutalidade dos espancamentos a que foi submetido o companheiro e irmão das autoras (Angela e Regina, respectivamente), que o levaram a morte, ora sob comando, ora sob atuação direta” de Ustra.
Angela Mendes de Almeida disse no depoimento que “a Comissão Nacional da Verdade se comporta como se fosse uma comissão acadêmica feita para estudar a história brasileira e depois apresentar um relatório”. Ela criticou o funcionamento do colegiado, que, ao contrário do paulista, não tem audiências abertas à sociedade. “A Comissão Nacional foi criada pela presidenta Dilma para prestar contas à sociedade e à família dos mortos e desaparecidos”.
Presidente da comissão estadual, o deputado Adriano Diogo (PT) afirmou, sobre o depoimento de Ustra na Comissão Nacional da Verdade, que “todos nós nos sentimos humilhados e ultrajados quando o general e torturador Ustra ofendeu a presidente Dilma e o povo brasileiro”. Na ocasião, o torturador declarou: “Sempre admitimos que houve mortos (durante a ditadura). No meu comando ninguém foi morto dentro do DOI. Todos foram mortos em combate. Dentro do DOI, nenhum.” Sobre Dilma, ele afirmou: “Ela pertenceu a quatro organizações terroristas que tinham isso de implantar o comunismo no Brasil. Estávamos conscientes de que estávamos lutando para preservar a democracia e contra o comunismo”.
Angela Mendes de Almeida disse no depoimento de ontem que “a Comissão Nacional da Verdade se comporta como se fosse uma comissão acadêmica feita para estudar a história brasileira e depois apresentar um relatório”. Ela criticou o funcionamento do colegiado, que, ao contrário do paulista, não tem audiências abertas à sociedade. “A Comissão Nacional foi criada pela presidenta Dilma para prestar contas à sociedade e à família dos mortos e desaparecidos”.
Presidente da comissão estadual, o deputado Adriano Diogo (PT) afirmou, sobre o depoimento de Ustra na Comissão Nacional da Verdade, que “todos nós nos sentimos humilhados e ultrajados quando o general e torturador Ustra ofendeu a presidente Dilma e o povo brasileiro”. Na ocasião, o torturador declarou: “Sempre admitimos que houve mortos (durante a ditadura). No meu comando ninguém foi morto dentro do DOI. Todos foram mortos em combate. Dentro do DOI, nenhum.” Sobre Dilma, ele afirmou: “Ela pertenceu a quatro organizações terroristas que tinham isso de implantar o comunismo no Brasil. Estávamos conscientes de que estávamos lutando para preservar a democracia e contra o comunismo”.
A ex-companheira de Merlino cobrou investigação para apurar a participação, nas torturas do jornalista e outras vítimas, do delegado Dirceu Gravina. Ela defende que sejam objeto de investigação também o enfermeiro-torturador que examinou Merlino antes de ele morrer, e três agentes que foram buscar Merlino na casa da mãe, em Santos, em 1971, e que, “cinicamente”, foram à missa de 30° dia pela morte de Merlino.
A advogada Rosa Cardoso, coordenadora da Comissão Nacional da Verdade, admitiu as críticas e disse que os depoimentos das vítimas não foram colhidos no colegiado “mais por inexperiência do que por má-fé”. Ela prometeu trabalhar por uma nova audiência com Brilhante Ustra, desta vez em conjunto com a comissão estadual de São Paulo. Rosa esclareceu que o novo depoimento, se for realizado, será em Brasília, onde mora Ustra, porque é um benefício a que o depoente tem direito.
A deputada federal Luiza Erundna, presente à audiência na Assembleia Legislativa, elogiou a coordenadora Rosa Cardoso. “Deve estar enfrentando dificuldades diante do que se espera da comissão nacional. Mas Rosa Cardoso se soma aos que querem justiça, e não conciliação com os torturadores.” A coordenadora da CNV estaria em meio a um racha com outros integrantes da comissão, capitaneados por Paulo Sérgio Pinheiro, que são contra a divulgação de relatórios parciais e a defesa de uma linha explícita favorável à condenação de agentes do regime.
A deputada defendeu a “reinterpretação” da Lei da Anistia. “Senão esses facínoras continuarão a ser anistiados.”

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ajuris critica excessos verbais do presidente do STF

O presidente da Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Pio Giovani Dresch, criticou a postura do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, que durante sessão de julgamento da Ação Penal 470, o caso do mensalão. Na quinta-feira (15/8), Barbosa acusou o ministro Ricardo Lewandowski de fazer “chicana” para beneficiar os réus. A expressão é utilizada para definir argumentos meramente protelatórios.
Segundo o presidente da Ajuris, trata-se de conduta incompatível com o cargo e em desacordo com os deveres impostos pela Lei Orgânica da Magistratura. "Há tempo víamos no Supremo debates que ultrapassavam os limites da divergência civilizada, depondo contra o prestígio do Judiciário e da magistratura, mas chegamos a tal nível de desrespeito que já não é possível tolerar a falta de compostura de quem deveria dar o exemplo aos demais juízes e à cidadania", diz.
A postura do ministro já havia sido criticada por outras associações nesta sexta-feira (16/8). A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB,) a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgaram nota afirmando que a insinuação de Joaquim Barbosa “não é tratamento adequado a um membro da Suprema Corte”, além de não contribuir para o debate.
Além disso, a nota afirmou que tal frase pode influenciar negativamente na conceito do STF por parte da sociedade. "Os magistrados precisam ter independência para decidir e não podem ser criticados por quem, na mesma Corte, divirja do seu entendimento. Eventuais divergências são naturais e compreensíveis num julgamento, mas o tratamento entre os ministros deve se conservar respeitoso, como convém e é da tradição do Supremo Tribunal Federal", diz trecho da nota. Com informações da Assessoria de Imprensa da Ajuris. 
Revista Consultor Jurídico, 17 de agosto de 2013

Estrangeiros vêm ao Brasil aprender o idioma nacional

Para atender o crescente aumento de estrangeiros interessados em aprender o idioma, a FAAP dobrou o número de professores nos últimos dois anos. Os alunos chegam de mais de 30 países e saem falando e interagindo em português
Com o aumento da visibilidade do Brasil no cenário mundial, cresce o número de estrangeiros interessados em aprender a língua portuguesa e amplia o mercado profissional para professores brasileiros com formação em Letras.
“Em dois anos, o número de professores de português no Núcleo de Idiomas da FAAP praticamente dobrou”, destaca a Coordenadora Pedagógica Profa. Silvia Burim, lembrando que há alguns anos, esses professores completavam sua carga horária com aulas de inglês ou espanhol, por exemplo, e aulas de língua portuguesa para brasileiros. “Hoje o cenário é outro. É possível afirmar que alguns docentes têm entre 80 e 100% de sua agenda preenchida com aulas de português para estrangeiros”, comemora.
A FAAP recebe alunos de diversas partes do mundo, como Alemanha, Zimbábue, China, Coreia, França, EUA, Canadá, Colômbia e Venezuela, entre outras. Todos chegam ávidos por aprender a língua e conhecer a cultura brasileira. “Funcionários de empresas multinacionais, jornalistas, comentaristas esportivos, esposas de executivos e alunos de intercâmbio vivenciam a nossa cultura através da música, da dança, da culinária e da história do Brasil”, observa a professora.
Em sua opinião, os resultados do aprendizado são surpreendentes. Em média, após um ano de estudo de português, em imersão completa, que fale inglês como primeira ou segunda língua, pode chegar ao nível intermediário, B1, de acordo com o Quadro Europeu de Referência para Idiomas (CEFR – Common European Framework of Reference). Já um falante de espanhol pode chegar ao B2 ou C1 (intermediário- avançado ou avançado), no mesmo período.
O português é a 6ª língua mais utilizada nos negócios
O idioma português está em moda e vem atraindo cada vez mais o interesse dos estrangeiros, que vislumbram oportunidades profissionais. Com aproximadamente, 280 milhões de falantes, o português é a 5ª língua mais falada no mundo, a 3ª no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul da Terra. Em relação aos negócios, é a 6ª língua do mundo mais utilizada, segundo ranking da Bloomberg de 2011. É ainda adotada em 8 países, como língua oficial permanente, ganhando uma dimensão na web que chega a atingir 82 milhões de pessoas.
Em 2004, a FAAP já vislumbrava o crescimento do interesse pelo idioma português, tanto que criou o Núcleo neste mesmo ano, oferecendo o curso para estrangeiros. Até 2012, já formou mais de 1.300 pessoas. Além dos formatos intensivo e extensivo, o Núcleo também oferece aulas personalizadas para empresas multinacionais, oriundas de vários países, que precisam habilitar seus funcionários na língua do local em que eles vão trabalhar.
Para vivenciar a língua, a FAAP vale-se de um contexto bem variado. O programa inclui atividades educativas sobre o país, como a introdução à cultura e à literatura brasileiras, com passeios, gastronomia, futebol e música, por exemplo. “Queremos que o aluno saia do curso entendendo a nossa cultura e interagindo em português”, diz a professora Silvia Burim.

Lila Downs - Sale Sobrando

Los hombres barbados vinieron por barco y todos dijeron mi Dios ha llegado ahora pa'l norte se van los mojados pero no les dicen, welcome hermanos. Si el dolar nos llama la raza se lanza si el gringo lo pide al paisa le cuadra los narcos, la migra y el border patrol te agarran, y luego te dan su bendición En Chiapas, mujeres y niños rezando machetes y balas, con sangre bañaron la patria su sangre al progreso ha clamado pero esa es tu raza que sacrificaron. El indio, el negro, el mestizo, el güerito todos manifiestan al México lindo pero, dónde fue la justicia y la pena? si sangre que corre en el limbo se queda La sangre que corre por los sacrificios mestizo has de ser, por tus vicios No vayas muy lejos y mírate al espejo porque cuando mires no te va a gustar tu cara es morena y quieres ser güera y bien que te comes tu taco y memela Ay yay ay yay, canta y no llores porque cantando se alegra México lindo, los corazones. Mexicanos al grito de guerra cantamos pero a la montaña ni locos nos vamos turistas y extraños, se acercan en vano pa' que se preocupan? derechos humanos si aquí la justicia sale sobrando

domingo, 18 de agosto de 2013

Brasileiro namorado de jornalista que denunciou espionagem é detido em Londres

O jornalista que divulgou os documentos vazados por Edward Snowden disse que a detenção do namorado é uma tentativa de intimidação ao seu trabalho

David Miranda (esq.) ficou detido por nove horas em aeroporto de Londres neste domingo
Foto: The Guardian / Reprodução
O brasileiro David Miranda, namorado do jornalista Glenn Greenwald, responsável por publicar uma série de denúncias sobre a espionagem americana, ficou detido por aproximadamente nove horas neste domingo no aeroporto Heathrow, em Londres, enquanto tentava embarcar de volta para o Rio de Janeiro. Segundo o jornal britânico The Guardian, o brasileiro estava retornando de uma viagem à Alemanha e foi parado por oficiais por volta das 8h30 (horário local).
A Scotland Yard informou ao Guardian que a detenção aconteceu com base num artigo da lei antiterrorismo do Reino Unido, uma controversa legislação aplicada em aeroportos e portos que permite prender suspeitos sem mandado judicial e sem permitir que se chame um advogado. O jovem de 28 anos ficou detido por nove horas, o máximo permitido pela lei. Mesmo depois de liberado, Miranda teve todos os seus equipamentos eletrônicos confiscados – telefone celular, laptop, câmera, pen drives, DVD’s e um videogame.
Desde o dia 5 de junho, o jornalista Glenn Greenwald vem publicando uma série de reportagens no jornal britânico para revelar as ações de espionagem da National Security Agency (NSA), a partir de documentos vazados pelo ex-funcionário da CIA Edward Snowden, que está exilado na Rússia.
Na viagem à Europa, Miranda esteve em Berlim visitando Laura Poitras, uma documentarista que trabalha juntamente com Greenwald e o Guardian nos arquivos repassados por Snowden.
"Esse é um ataque profundo à liberdade de imprensa", disse o jornalista sobre o episódio. "Deter meu companheiro por nove horas inteiras e negar-lhe um advogado, e depois tomar grandes quantidades de suas posses, é claramente uma tentativa de mandar um recado de intimidação", afirmou.
Brasília – O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, divulgou nota hoje (18) em que classifica como "medida injustificável" a retenção de um brasileiro no Aeroporto de Heathrow, em Londres, por nove horas, período em que ficou incomunicável. Segundo o documento, o governo brasileiro manifesta "grave preocupação" em relação ao episódio, ocorrido neste domingo.
A nota não informa a identidade do brasileiro, mas, de acordo com jornal britânico The Guardian, trata-se de David Miranda, companheiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, autor de diversas reportagens sobre o programas de ciberespionagem promovidos pela Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA).
As reportagens, baseadas em documentos fornecidos por Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços à NSA, foram publicadas no mesmo The Guardian. Em artigo publicado hoje no site do jornal, Greenwald avalia o episódio com uma tentativa fracassada de intimidação e diz que produzirá efeito oposto ao esperado.
A ação, de acordo com o Itamaraty, foi baseada na legislação britânica de combate ao terrorismo e envolveu uma pessoa "contra quem não pesam quaisquer acusações que possam legitimar o uso de referida legislação". Ainda segundo a nota, "o governo brasileiro espera que incidentes como o registrado hoje com o cidadão brasileiro não se repitam".
Também por suspeitas de ligação com terrorismo, policiais de Londres mataram, em 2005, o mineiro Jean Charles de Menezes, de 27 anos. Ele foi confundido com um terrorista em um trem do metrô da capital britânica. A morte de Jean Charles ocorreu depois de uma série de atentados ao sistema de transporte público de Londres.