sábado, 29 de março de 2014

Give Peace a Chance-John Lennon

Ronaldo Vainfas me encheu de vergonha

O comprometimento com o ofício do historiador

Chamar ex-presos e perseguidos políticos de 'falsos perseguidos, que ganham bolsas-ditadura' é um desrespeito que beira os limites éticos da profissão.









Caroline Silveira Bauer (*), em Carta Maior
Arquivo
Nas últimas semanas, em função das rememorações dos 50 anos do golpe e da implantação da ditadura civil-militar brasileira, inúmeros eventos têm sido realizados para avaliar interpretações historiográficas, refletir sobre as políticas de memória implantadas pelo Estado, denunciar a impunidade dos agentes da repressão, e homenagear e lembrar resistentes e aqueles que foram mortos e desaparecidos.

Da mesma forma, proliferam-se lançamentos editoriais e reimpressões de obras clássicas, oferecendo ao público desde abordagens revisionistas, visões consagradas e novas abordagens que problematizam conceitos, cronologias e protagonismos. Não faltaram, também, manifestações editoriais de militares, militantes, e também de historiadores, sobre a efeméride. Este texto faz referência a um pronunciamento em especial, feito pelo professor Ronaldo Vainfas, da Universidade Federal Fluminense, em sua página pessoal no Facebook, e compartilhado em outros espaços na rede.

O texto inicia com uma crítica à cobertura midiática sobre os 50 anos do golpe, considerada pelo historiador como “patética”. Sem explicitar os motivos de seu julgamento, passa a criticar a postura de algumas personalidades que depuseram sobre sua percepção sobre a ditadura, como Tom Zé, que acreditava estar condenado à morte, ou Fernanda Montenegro, que sofreu uma ameaça de morte. Segundo o autor, esses medos poderiam ser inteligíveis à época – “porque todos viviam apavorados” –, mas não em 2014 – “mas em pleno 2014 alguém levar isto a sério [...] é de chorar”.

Viver em 64 ou em 68 não significava viver apavorado, mas sim em um regime de terrorismo de Estado, em que a ameaça de sequestro, tortura, morte e desaparição era uma constante, quando o “inimigo”, classificado como o “subversivo”, nunca estava claramente estabelecido – parte da estratégia repressiva da ditadura. Assim como o medo não cessa com o fim da ditadura, não obedece a mesma cronologia, e permanece como algo residual, latente na memória daqueles que viveram o terror.

Ainda, caberia um questionamento sobre quem o autor considera digno de sentir medo. Apenas aos militantes das organizações de esquerda armada? Somente eles eram as vítimas da ditadura? Esta consideração é altamente questionável, em primeiro lugar, através da análise dos novos dados sobre os atingidos pela repressão: camponeses, indígenas, trabalhadores, etc. Posteriormente, pois a noção de “vítima” precisa ser problematizada: foram vítimas apenas aqueles que foram mortos e desaparecidos? Gostaria de entender a linha de raciocínio do autor, que invalidou a percepção do Tom Zé, questionando-o: “ele foi militante de alguma organização? Os tropicalistas foram militantes da luta armada?” Parece que o historiador, neste caso, assumiu uma função de juiz, estabelecendo quem pode falar e se manifestar como vítima, ao invés de compreender as falas dos dois artistas.

Sobre as considerações de Fernanda Montenegro, considera-as inverossímeis e, para construir seu argumento, remete aos crimes cometidos pelo fascismo italiano e pelo nazismo que aconteciam “na calada”. “Só pode ser piada o que dizem uns e outros sobre as ações da ditadura brasileira. Os agentes da repressão no Brasil devem dar gargalhadas. Quem sabe ficam indignados por serem tratados como idiotas”, afirma Vainfas, que não leva em consideração que o terror, por sua ilegalidade, caracteriza-se, sim, pela clandestinidade; porém, necessita de um mínimo de publicidade, para que suas ações sejam conhecidas e, assim, o medo disseminado pela sociedade. Vainfas parece esquecer ações espetaculares da ditadura, como o assassinato de Marighella, o massacre da Chácara São Bento ou a Chacina da Lapa, ou ainda o atentado do Rio-Centro.

Concordo que muitos historiadores endossam mitos, ou assumem memórias como explicações históricas. Porém, questiono se as considerações feitas sobre a ditadura e o ensino baseiam-se em pesquisas empíricas, pois são diversos os estudos que comprovam a militarização do ensino – em todos os níveis – e a repressão nos espaços escolares, principalmente nas universidades. Estes trabalhos permitem duvidar de considerações como “a maior parte do professorado era esquerdizante, ignorante” ou, então, “os militares não estavam nem aí para que os estudantes liam na universidade”, feitas pelo professor em seu texto. Aliás, a crítica que Vainfas faz a estes supostos mitos baseia-se em uma experiência pessoal: “fui aluno de graduação da UFF nesta época e nunca vi censura nenhuma.” Sabemos como é complicado sustentar uma argumentação a partir de sua própria memória como contraponto ao que apontam as pesquisas sobre a ditadura.

No entanto, o que mais choca no texto do colega historiador são suas considerações sobre os ex-presos e perseguidos políticos; considera muitos deles “falsos perseguidos, que ganham bolsas-ditadura!”. Trata-se de um desrespeito que beira os limites éticos da profissão, além de endossar uma versão sobre as políticas indenizatórias – as quais possuem muitas críticas, é claro – feitas pelos setores mais autoritários e negacionistas sobre o passado recente brasileiro.

Isto, sem falar na comparação que reabilita o agente Paulo Malhães, ao compará-lo com Adolf Eichmann. Para o professor, diante do nazista, Malhães não é mais que “uma formiga, um verme, uma barata”. Mas a quem interessa comparar os dois regimes? Qual a finalidade desta comparação? Seria instituir uma “escala” para medir os maiores ou menores terrores? Ou as ditabrandas e as ditaduras?

Por fim, uma última consideração: “O que a maioria dos pesquisadores produz hoje sobre o golpe de 64 é de embrulhar o estômago de historiadores comprometidos com o ofício, e não com ideologias ou mitologias interesseiras e interessadas.” Caberia um questionamento ao autor se seu texto poderia ser considerado de um historiador comprometido com o ofício, pois considerar “idiotas” pontos de vistas opostos ao seu, chamar os professores à época de “esquerdizante, ignorante”, reabilitar Malhães ao compará-lo com Eichmann ou se perguntar “who knows, who cares”, é de uma postura que não contribuiu absolutamente em nada para os debates políticos e historiográficos sobre os 50 anos do golpe. E, quando a se comprometer com o ofício, eu me importo.


(*) Caroline Silveira Bauer é professora de História Contemporânea na Universidade Federal de Pelotas. Doutora pela Universidade Federal do Rio Grade do Sul e pela Universitat de Barcelona, é autora do livro "Brasil e Argentina: ditaduras, desaparecimentos e políticas de memória".

Bolsonaro,com hipocrisia sem limites, quer proibir armas a agentes ambientais


 Meio Ambiente rejeita proibição para uso de arma de fogo por fiscais ambientais
A proibição vale para os servidores do Ibama e do ICMBio


A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável rejeitou hoje o Projeto de Decreto Legislativo 916/13, do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que proíbe aos agentes de fiscalização ambiental o uso de armas de fogo. A proibição vale para os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A proposta revoga o Decreto 6.817/09, que permite o uso de armas de fogo por fiscais ambientais, e a Portaria 11/09 do Ibama, que regula a fiscalização do órgão.

O relator na comissão, deputado Sarney Filho (PV-MA), afirmou que o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03) permite o porte de armas previsto em outras leis. Ele afirmou que a Lei 5.197/67, que trata da proteção da fauna já permite o porte de armas para fiscais de caça.

"A interpretação da lei não pode conduzir ao absurdo de que agentes do Ibama e do Instituto Chico Mendes não possam portar armas para a fiscalização da caça e o exercício legal de polícia ambiental", criticou Sarney Filho.

Ele rebateu a explicação do autor da proposta de que os órgãos ambientais poderiam ter apoio dos órgãos de segurança estaduais e federais. "Isso geralmente só ocorre em operações especiais. Não é plausível imaginar que cada agente do Ibama tenha um policial armado para realizar o trabalho de fiscalização."

Tramitação
A proposta ainda será analisada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, o texto segue para o Plenário.

Íntegra da proposta:


(Tiago Miranda/ Agência Câmara)

quinta-feira, 27 de março de 2014

Hoje, Renato Russo completaria 54 anos.






Em 1993, ele e Marisa compuseram “Celeste”, gravada pelo Renato em seu álbum “A Tempestade” com o título de “Soul Parsifal”.
Em 2010, a demo da composição com os dois cantando juntos foi garimpada e lançada no álbum póstumo “Duetos”. 

Vocês já ouviram? 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Ucrânia aumentará preço do gás em 50% para a população

Medida foi exigida pelo FMI, para ajuda financeira a Kiev.

Aumento para os industriais será de 40%

Ucrânia irá aumentar em 50% o preço do gás à população a partir do dia 1º de maio, uma medida impopular exigida pelo FMI para fornecer ajuda financeira a Kiev, indicou nesta quarta-feira (26) o operador de gás nacional.
Para os industriais, o aumento será de 40% e se aplicará a partir de 1º de junho, informou Yuri Kolbuchin, um dos diretores da companhia de gás nacional Naftogaz, citado pela imprensa ucraniana. O governo espera firmar ainda nesta quarta-feira um acordo com o Fundo Monetário Internacional.
Em: G1

Lila Downs e Carlos Santana. Vídeo demorado, mas vale música

terça-feira, 25 de março de 2014

Standard & Poor’s é o urubu que fala inglês

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Aproveitando que a Standard & Poor’s virou notícia no Brasil, por ter rebaixado nossas notas, vale trazer à baila algumas informações sobre o histórico recente da agência.
Ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA acusou a Standard & Poor por crimes contra o sistema financeiro. O governo americano acusou a agência de manipular informações entre 2004 e 2007, ajudando a botar fogo na crise financeira.
Entretanto, a voz mais autorizada para falar da Standard & Poor é Paul Krugman, prêmio Nobel de economia.
Abaixo, trechos de artigo que o economista escreveu há algum tempo sobre a agência:
(…) Standard & Poor’s tem ainda menos credibilidade; esta agência é a pior instituição à qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país.
(…)
Comecemos pela falta de credibilidade da Standard & Poor’s. Se existe uma única expressão que melhor descreve a decisão da agência de classificação de risco de rebaixar os Estados Unidos, esta palavra é chutzpah (cara de pau) – tradicionalmente definida pelo exemplo do jovem que mata os pais e depois suplica por clemência pelo fato de ser órfão.

(…)
E a má avaliação não parou aí. É notório o fato de a Standard & Poor’s ter dado ao Lehman Brothers, cujo colapso provocou um pânico global, uma classificação A no mês em que aquele banco faliu. E como foi que a agência de classificação de risco reagiu depois que a instituição financeira de nota A foi à falência? Ela emitiu um relatório no qual negava ter cometido qualquer erro.

*
O artigo, na íntegra:

Standard & Poor’s não tem credibilidade para avaliar dívida dos EUA
Por Paul Krugman, no New York Times, e no UOL.
Para entender todo o furor em torno da decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor’s de rebaixar os títulos da dívida do governo dos Estados Unidos, é preciso que se leve em consideração duas ideias aparentemente (mas não realmente) contraditórias. A primeira é que os Estados Unidos não são de fato mais aquele país estável e confiável que era no passado. A segunda é que a própria Standard & Poor’s tem ainda menos credibilidade; esta agência é a pior instituição à qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país.
Comecemos pela falta de credibilidade da Standard & Poor’s. Se existe uma única expressão que melhor descreve a decisão da agência de classificação de risco de rebaixar os Estados Unidos, esta palavra é chutzpah (cara de pau) – tradicionalmente definida pelo exemplo do jovem que mata os pais e depois suplica por clemência pelo fato de ser órfão.
O grande déficit orçamentário dos Estados Unidos é, afinal de contas, basicamente o resultado da queda econômica que se seguiu à crise financeira de 2008. E, a Standard & Poor’s, juntamente com as outras agências de classificação de riscos, desempenhou um papel importante no que se refere a provocar aquela crise, ao conceder classificações AAA a papeis lastreados em hipotecas que acabaram se transformando em lixo tóxico.
E a má avaliação não parou aí. É notório o fato de a Standard & Poor’s ter dado ao Lehman Brothers, cujo colapso provocou um pânico global, uma classificação A no mês em que aquele banco faliu. E como foi que a agência de classificação de risco reagiu depois que a instituição financeira de nota A foi à falência? Ela emitiu um relatório no qual negava ter cometido qualquer erro.
Então, são essas as pessoas que agora decretam que os Estados Unidos da América não são mais dignos de crédito?
Mas esperem, essa história fica ainda melhor. Antes de rebaixar os papeis da dívida dos Estados Unidos, a Standard & Poor’s enviou um esboço preliminar do seu novo relatório ao Departamento do Tesouro. Os funcionários do departamento identificaram rapidamente um erro de US$ 2 trilhões nos cálculos da Standard & Poor’s. E o erro era daquele tipo que nenhum especialista em orçamento poderia cometer. Após discussões, a Standard & Poor’s admitiu que estava errada – e rebaixou os Estados Unidos assim mesmo, após remover uma parte da sua análise econômica do relatório.
Conforme eu explicarei daqui a pouco, não se deveria dar muito crédito, de qualquer maneira, a tais estimativas de orçamento. Mas o episódio não gera exatamente confiança na avaliação da Standard & Poor’s.
De forma mais geral, as agências de classificação de risco jamais nos proporcionaram qualquer motivo para que nós levássemos a sério as suas avaliações sobre solvência nacional. É verdade que nações que declararam moratória geralmente foram rebaixadas antes que isso acontecesse. Mas em tais casos as agências de classificação de risco estavam simplesmente seguindo os mercados, que já haviam repudiado esses devedores problemáticos.
E, nos casos raros em que as agências de classificação de risco rebaixaram países que, como os Estados Unidos neste momento, ainda gozavam da confiança dos investidores, essa decisão por parte delas se revelou consistentemente equivocada. Vejamos, particularmente, o caso do Japão, que foi rebaixado pela Standard & Poor’s em 2002. Bem, nove anos depois o Japão ainda consegue pegar dinheiro emprestado livremente e a juros módicos. De fato, na última sexta-feira, a taxa de juros sobre os títulos de 10 anos do Japão era de apenas 1%.
Portanto, não existe motivo para levar a sério o rebaixamento dos Estados Unidos ocorrido na sexta-feira passada. As últimas pessoas em cuja avaliação deveríamos confiar são os analistas da Standard & Poor’s.
No entanto, os Estados Unidos têm de fato grandes problemas.
Esses problemas têm muito pouco a ver com a aritmética orçamentária de curto prazo ou mesmo com a de médio prazo. O governo dos Estados Unidos não está tendo problemas para pegar dinheiro emprestado para cobrir a sua dívida atual. É verdade que nós estamos acumulando dívida, sobre a qual teremos que pagar juros. Mas se fizermos de fato as contas, em vez de ficarmos repetindo os números enormes com voz sinistra, descobriremos que até mesmo déficits muito elevados no decorrer dos próximos anos terão um impacto pequeno sobre a sustentabilidade fiscal dos Estados Unidos.
Não, o que faz com se tenha a impressão de que os Estados Unidos não são confiáveis não é a matemática orçamentária, mas sim a política. E, por favor, não vamos repetir as declarações usuais de que ambos os lados são culpados. Os nossos problemas são quase que inteiramente provocados por um dos lados – eles são causados, especificamente, pelo crescimento de um extremismo de direita que está preparado para criar crises repetidas em vez de ceder um centímetro sequer em relação às suas exigências.
O fato é que, no que se refere à economia básica, os problemas fiscais de longo prazo dos Estados Unidos não devem ser tão difíceis assim de se resolver. É verdade que uma população em processo de envelhecimento e o aumento dos custos dos serviços de saúde provocarão um aumento mais rápido – sob as atuais políticas – dos gastos do que das receitas tributárias. Mas os Estados Unidos têm custos com saúde bem mais elevados do que os de qualquer outra nação desenvolvida, e impostos muito baixos segundo os padrões internacionais. Se nós pudéssemos nos aproximar, ainda que parcialmente, das normas internacionais nessas duas frentes, os nossos problemas orçamentários seriam resolvidos.
Então, por que é que não podemos fazer isso? Porque temos neste país um movimento político poderoso que gritou “comitês da morte” ao se deparar com tentativas modestas de utilização mais efetiva das verbas do Medicare, e que preferiu que nós corrêssemos o risco de uma catástrofe financeira do que concordar com a cobrança de um único centavo em impostos adicionais.
O verdadeiro problema enfrentado pelos Estados Unidos, mesmo em termos puramente fiscais, não é determinar se nós cortaremos um trilhão aqui ou um trilhão ali do nosso déficit. O problema é saber se os extremistas que estão atualmente bloqueando qualquer tipo de política responsável podem ser derrotados e marginalizados.
Tradutor: UOL
Artigo publicado em 09/08/2011
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domingo, 23 de março de 2014

Para de hoy en adelante ya el amor no me interesa cantare por todo el mundo mi dolor y mi tristeza

Una gota perfura la roca, no por su fuerza, sino por su constancia

Os que foram à "Marcha pela Família", não são burros; são reacionários e inimigos da liberdade de que desfrutam, hoje

A tal "Marcha pela Família" foi um fracasso retumbante do ponto de vista da mobilização. Todavia, está cumprindo a função de criar um clima de ódio e confrontação, juntamente com os colonistas hidrófobos. A mim parece que o papel dessa gente é exibir uma direita tão raivosa, preconceituosa e inimiga dos Direitos Humanos, que torne aceitável uma direita "séria e responsável".
É divertido exibir postagens comprando essa direitalha com burros, mas, de burros, eles não têm nada. São reacionários, inimigos da liberdade e se pudessem, prenderiam e torturariam de novo.

No es que yo esté llorando, el río se desbordó.