sexta-feira, 6 de março de 2009

Empregados estão na Meta


Cooperativa que presta serviços à Prefeitura de Porto Alegre já teve problemas para garantir o atendimento de terceirizados no Posto Santa Marta. Conta-se que coisa pior está por vir

Fenoooomeno


Acompanhava o jogo do campeão do primeiro turno do gauchão contra o brioso time do União, da gloriosa cidade de Rondonópolis. Portanto um confronto de gigantes, vencido pelo representante de Porto Alegre na Copa do Brasil. Lá pelas tantas, a imagem encolhe e a terra se divide para acompanharmos nada mais nada menos que o aquecimento do Ronaldinho! Era o que faltava. Não tinha gol não tinha nada. O outro jogo sequer havia começado. Mas não podíamos acompanhar o jogo do campeão da sul-americana para ver o reserva do campeão da segundona.

Mas o abuso não acabou por aí. No dia seguinte, a Globo apresentou os lances que Ronaldinho não fez.

Ronaldinho foi um dos maiores jogadores do mundo. Sabe jogar muito, mas precisa mostrar mais que uma barriguinha para merecer tanta manchete. O problema é que Ronaldinho não é mais um jogador, é uma mercadoria e a exposição da imagem é mais importante que a exposição do seu futebol. A implicações éticas e antieducativas da submissão aos interesses do mercado são muitas e sempre negativas.

Pontal do Estaleiro


Assiti pela TV Câmara a Audiência Pública sobre o chamado Pontal do Estaleiro. Sou cético. Acho que estamos prestes a perder até mesmo a possibilidade de um referendo sobre o tema. A verdade é que, um referendo pode mobilizar, mas pode, também, acabar sendo comprometido pela utilização do poder econômico das construtoras. Aí, a história registrará que foi a vontade do povo, e não da Câmara, que consagrou a entrega da orla. É o risco. O fato é que estamos nas mãos da bancada fogacista.

Como já comentei, a derrota começa no fato de todos tratarem o lugar como "Pontal do Estaleiro" e não como Ponta do Melo, que é o nome oficial. Poucos oradores fugiram disso.

Momento tragicômico foi a manifestação de um senhor. Era tão conservador e anti-PT que responsabilizou a Administração Popular pela destruição da cidade. É o típico cidadão que olha para um lado e vota para outro. Sua obsessão antiesquerdista é tal que tem a visão bloqueada.

Essa classe média conservadora politicamente e ao mesmo tempo contrária aos danos que a especulação imobiliária provoca em sua qualidade de vida (a vida dos pobres não os preocupa, desde que não durmam à porta de seus prédios) pode ser a nossa esperança para derrotar a especulação em uma votação aberta.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Faltou o Leslie Nielsen no ato do Governo Yeda


A entrega das quinhentas viaturas que estavam paradas esperando espaço na agenda da governadora acabou se transformando num espetáculo risível. Três carros colidiram e terão de ir para a oficina antes de serem encaminhados para o interior. Cerca de cem metros do mega show, uma senhora teve sua bicicleta roubada por ladrões e ainda foi ironizada pelos policiais, que atenderam-na dez minutos depois da ocorrência. Cena de Loucademia de Polícia, ou Corra que a Polícia vem aí.

Essa notícia saiu no boletim do PRBS, mas o destaque foi menor que a declaração do pai da BBB gaúcha, que prometeu manter-se mais próximo da filha. Se ela ganhar um milhão ficará mais próximo ainda.

Estudantes prometeram surpresas, mas só entregaram uma carta



Olha, eu também estou cansado da Yeda e acho o governo (!?) dela um fiasco, mas prometer novidades e entregar uma carta ao Presidente da Assembléia pedindo o afastamento da governadora foi, na minha singela opinião, um anticlímax.
Todo o movimento é válido, diante do nível de politização e mobilização que (não) vivemos, mas nesse caso concreto o Movimento Estudantil vendeu gato por lebre.

Acho que ainda estamos dependentes da Polícia Federal e do Ministério Público.Tem manifestação marcada para o dia 26 de março. Vamos ver.
Antes que me perguntem o que eu estou fazendo para aumentar a mobilização e a politização do povo (o que, convenhamos, não depende de mim), alerto que faço o que posso e este blog foi feito para dar a minha opinião singela aos meus 5 leitores, não é um instrumento de mobilização e agitação das massas.


quarta-feira, 4 de março de 2009

Sobre ratos e homens



Há muitos anos li "Ratos e homens" de John Steinbeck. Pequeno e emocionante, é um excelente livro. Resumindo, o romance nos mostrava o processo de animalização das pessoas, mais especificamente, de trabalhadores agrícolas dos EUA.

Pois lendo o boletim o PRBS desta quarta-feira, me deparei com uma manchete incrível. Dizia ela: "Homem é quase morto a pauladas e pedradas por moradores de rua no cruzamento de avenidas em Porto Alegre." Sabemos que um homem foi violentamente agredido, mas quem é a espécie que o agrediu? São moradores de rua. Devo entender que, para o tablóide, os moradores de rua não são homens (e mulheres)?

Por que sabemos que Dado Dolabela agrediu Luana Piovani, que uma escrivã matou dois homens, que um motoqueiro atirou no Doutor Becker, enfim, que pessoas cometem os mais diferentes tipos de violência contra outras pessoas, ou animais, mas, no caso descrito, "moradores de rua" atacam "homem". Homens que moram debaixo da ponte, atacaram outro homem, que ainda não se sabe quem é ou onde mora. Assim ficaria melhor. Ratos são ratos, homens são homens, por mais violentos que esses homens sejam.

Praia do Guaíba


Assiti, ano passado, documentário sobre a reação ao projeto conhecido como “Praia do Guaíba”. Seria uma espécie de Camboriú na margem do Guaíba. O movimento contrário foi intenso e radicalizado. A votação na Câmara foi suspensa. Para minha surpresa, o documentário informava que, na surdina, o projeto foi aprovado, em dezembro de 1988. Nunca foi implementado. A Administração Popular não viabilizou o projeto, felizmente. Disso tudo, cabe uma reflexão: há compromissos diferentes, assumidos por governos diferentes. O poder político, ainda que nos limites locais, não significa, simplesmente, gerenciar a cidade, mas definir os rumos dessa cidade. Penso isso quando vejo gente engajada na luta contra o Pontal e outras atrocidades contra o ambiente urbano da capital, mas incapaz de relacionar o voto que deu nas últimas eleições à essa realidade.

Novamente o Pontal


A primeira vitória da especulação imobiliária no caso do Pontal do Estaleiro já foi garantida. Todo mundo passou a chamar a “Ponta do Melo” de Pontal do Estaleiro. Parece pouca coisa, mas a força dos signos é tão importante quanto o concreto das obras. Imagine que alguém desejasse construir um hotel ao lado da Usina do Gasômetro e o chamasse de “Hotel X”. Após isso, começaríamos a chamar a Ponta do Gasômetro de “Ponta do Hotel”. Seria uma derrota. Até porque o nome antigo do local é “Ponta da Cadeia”. A antiga cadeia era um prédio arquitetonicamente mais representativo e belo que a Usina. Virou poeira. Eram outros tempos, infelizmente. Voltando à Ponta do Melo, sou cético. Já fomos longe. O Prefeito vetou o projeto. Condicionou transformações no regime urbanístico daquele local à uma consulta popular. A consulta foi proposta pela oposição na época da votação do projeto e foi derrotada pela bancada fogacista. Depois, vendo a reação negativa da sociedade à proposta, os vereadores do governo reuniram-se com seu prefeito e propuseram a realização da consulta. Fogaça fez. Agora, os fogacistas querem fazer uma consulta meia-boca, ou consulta nenhuma.Dia 5 de março haverá uma audiência pública, vamos ver. Sou cético, mas sou esperançoso. Quem sabe a gente consegue impedir o início do fim da orla?

terça-feira, 3 de março de 2009

Yeda busca consolo com amigos


Faça um esforço e identifique os amigos da governadora.

Yeda esteve reunida com profissionais do golpe. Veja a foto


Porto Alegre - RS - A governadora Yeda Crusius(C), recebe a visita dos atletas da Sogipa que participarão dos Jogos Olímpicos de Pequim. Da esq/dir: Os judocas João Derly e Mayra Aguiar, Gustavo Trainini, convocado para a modalidade esportiva tiro com arco e o judoca Tiago Camilo.

PF vai investigar denúncias do PSOL. Declarações da deputada Luciana Genro e do vereador Pedro Ruas serão o ponto de partida para as investigações



Saiu na ZH, vamos ver no que vai dar...

A partir de uma requisição do procurador Vitor Hugo Gomes, do Ministério Público Eleitoral, a Polícia Federal (PF) vai investigar as denúncias que o PSOL fez, há quase duas semanas, contra o governo do Estado. De acordo com o superintendente da PF, delegado Ildo Gasparetto, a Polícia Federal precisava ser acionada para verificar irregularidades eleitorais. O ponto de partida será as declarações da deputada Luciana Genro e do vereador Pedro Ruas. Eles disseram que tiveram acesso a gravações que comprovariam doações irregulares de recursos por empresários para a campanha da governadora. Também teria ocorrido repartição de verbas desviadas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), negociações irregulares envolvendo a casa da governadora Yeda Crusius e pagamento de contas pessoais da governadora por parte de empresas. De acordo com Gasparetto, a PF não tinha essas informações: — São fatos novos que serão investigados, caso haja comprovação de que essas denúncias estão documentadas ou constem no processo da Operação Rodin. Se comprovadas serão solicitadas à Justiça Federal de Santa Maria. A Polícia Federal irá requisitar ao Ministério Público Federal os documentos e provas existentes. Isso inclui a possibilidade de receber as gravações que teriam sido feitas segundo o que declararam os integrantes do PSOL. — Nem sabemos se esse material existe — explica.

FICA YEDA!



Na contramão de outros movimentos, estou lançando o movimento Fica Yeda. Trata-se de uma iniciativa de cidadãos de bem e politizados,dentro do espírito de conciliação e de pacificação da "Guerra Civil" que, como todos sabem, ronda o Rio Grande.
As principais reivindicações do movimento são:
que a Governadora Yeda fique no estado em vez de andar pelo Brasil dando liçoes de gestão pública aos outros governadores do PSDB;
que conceda entrevistas aos jornalistas, esclarecendo os grandes feitos de sua gestão;
que intime, através da justiça, os caluniadores a apresentarem provas contra ela;
e que, dentro do espírito de conciliação, resgate seu casamento.
Só assim evitaremos que pessoas inescrupulosas coloquem o Rio Grande de cabeça pra baixo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Certezas do tempo presente


Em um serviço de utilidade pública, listei abaixo algumas dfas certezas mais certas do tempo presente, divulgados pela mídia isenta e investigavtiva:

1) O boxeador cubano foi extraditado para Cuba durante os Jogos Pan Americanos, mesmo querendo permanecer no país;

2) O Governo Lula foi o responsável pelo caos aéreo;

3) O Governo Yeda zerou o déficit público do RS;

4) Cesare Battistti é um assassino protegido pelo ministro Tarso Genro;

5) Marcelo Cavalcante cometeu suicídio.

CHEGA de ilusionismo


O segredo dos ilusionistas é atrair a atenção do público para algo, enquanto realizam a "mágica". Quanto mais o ilusionista mostra, mais esconde. Nem mesmo Mister M conseguiu abalar o gosto das pessoas pela magia. Diante de um bom mágico, até os mais céticos têm suas convicções abaladas, ainda que por breves instantes. Pois o artigo do Senhor Alabarse produziu esse efeito. Publicado pelo jornal do PRBS e "repercutido" nos demais veículos, serviu de tema para debates infindávei sobre as características dos gaúchos e coisa e tal. O discurso era requentado e os argumentos eram de uma total pobreza intelectual; tanto faz, foi o tema do PRBS por quase toda a semana.

O fato de ser escrito por um "não político", dava mais legitimidade, como se fosse uma mágica rtealizada por um não mágico. Além disso, o autor tem no currículo, o derradeiro argumento utilizado pela direita: "trabalhou nos governos do PT". É verdade que ninguém perguntou por que ele foi saído do governo do PT, mas isso é outra história.

Pois bem, o ilusionismo do PRBS rendeu e deve render mais, enquanto as sérias suspeitas sobre a governadora aguardam as tais provas. O truque foi um sucesso, até os mais céticos passaram a falar da magia. Esse era o efeito esperado.

Incrível o poder dessa gente, a partir de poucas linhas, conseguem dar a linha dos seus aliados e pautar o debate so seus críticos. E todo mundo cai na conversa; inclusive eu.