sábado, 18 de agosto de 2012

Nara Leão canta Rolling Stones

Aqui, eles próprios

O sonho de Manuela e a realidade de Porto Alegre

Manuela sonha ser prefeita de Porto Alegre. Até aí, nada demais. O problema começa quando o sonho dela está em descompasso com a realidade de Porto Alegre e, penso eu, de qualquer cidade do mundo. Recebi um material da candidata Pcdobista na rua. Era um genérico do Diário Gaúcho. Li, como de costume.
Tá certo que eleição sem promessa não é eleição, mas acho que a candidata abusou na promessa. Algumas das propostas são simplesmente mirabolantes e inexequíveis. Não vou citar todas,  o site da candidata os informará melhor que eu.
Sobre a regularização das moradias, ela deve ter uma boa explicação, afinal, seu vice foi diretor geral do DEMHAB. Se ele não fez quando era diretor, deve haver motivos para crer que agora será possível. Tem outras tantas tipo, um netbook ou tablet para cada aluno e professor da rede municipal (são quase 60 mil pessoas); tem a promessa de "Concluir as obras do Metrô e BRT’s para a Copa do Mundo" (grifo meu), quando as obras sequer começaram. Tá tudo lá, clique AQUI e leia. Não pode ser erro de redação.
Dito isso, vou a um exemplo de demagogia explícita. Qualquer um concorda que o acesso à educação infantil é essencial e, em relação a ela há uma defasagem no atendimento municipal que precisa ser enfrentado. Mas isso não se faz milagrosamente; a não ser para a candidata Manuela. O atendimento em escolas infantis (conveniadas e próprias) está em torno de 20 mil crianças. Manuela propõe abrir 23 mil vagas novas (!!). Ou seja, vai mais que duplicar o atendimento em 4 anos! Considerando uma creche (estabelecimento de educação infantil) com 120 vagas, que é um tamanho bem razoável, basta fazer contas simples para chegar à conclusão que, se eleita, a candidata promete construir, em seus quatro anos de mandato, uma creche por semana! Como diria o Macaco Simão: "mais ética na demagogia".

Opinião

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O tortuoso caminho da democracia - Edson Teles

 Blog da Boitempo
Dia 14 de agosto último, em decisão surpreendente, sob vários aspectos, o Tribunal de Justiça de São Paulo, por meio de sua 1ª Câmara, confirmou a sentença emitida pelo juiz Gustavo Santini, de 2008, na qual havia declarado: “que entre eles [autores] e o réu Carlos Alberto Brilhante Ustra existe relação jurídica de responsabilidade civil, nascida da prática de ato ilícito, gerador de danos morais”. Em um dos testemunhos registrados no processo, pode-se ler: “disse que foi pessoalmente interrogado pelo réu, o qual o ameaçou, o espancou e lhe aplicou choques elétricos”.
Portanto, após 40 anos dos crimes, confirma-se, por meio de uma declaração civil condenatória, a relação jurídica do coronel Ustra como comandante e autor das torturas sofridas pela família Teles nas dependências do DOI-CODI (Departamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), órgão submetido ao Comando do II Exército. Tendo sido o principal oficial do órgão, entre os anos de 1970 e 1974, Ustra coordenou a instituição já responsabilizada pelo Estado brasileiro (via processos administrativos indenizatórios) como local de morte e desaparecimento de dezenas de opositores à ditadura e centro de tortura de outras centenas de pessoas.
No dia 28 de dezembro de 1972, quando acompanhavam o dirigente do Partido Comunista do Brasil, Carlos Nicolau Danielli, Cesar Teles e Amelinha Teles (meus pais) foram presos. Já nos carros nos quais eram transportados para o DOI-CODI começou a série de sessões de tortura física contra os três. Enquanto os três passaram a noite nas salas de tortura, eu, minha irmã e minha tia viríamos a ser presos na manhã seguinte, em nossa residência. Tomo a liberdade de citar meu próprio depoimento coletado por um trabalho cuidadoso do Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS:
“Meus pais, Maria Amélia e Cesar, estiveram detidos no DOI-CODI do II Exército, em São Paulo, juntamente com a Criméia, minha tia, e Carlos Nicolau Danielli, dirigente do PCdoB. Criméia fora guerrilheira no Araguaia e os meus pais, no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, participavam da organização da estrutura do partido. Eu e minha irmã, Janaína, tínhamos à época 4 e, ela, 5 anos.
“Em dezembro de 1972, alguns meses após o início da Guerrilha do Araguaia, os militares estavam procurando ostensivamente as pessoas que faziam parte da rede de apoio aos guerrilheiros. No dia 28, meus pais foram levar o Danielli ao ponto de encontro com outro dirigente do partido, na Vila Mariana, em São Paulo, porém o encontro já havia sido entregue para a polícia. Os três foram presos e já começaram a ser espancados no carro que os transportou. Foram levados para o DOI-CODI do II Exército, onde hoje funciona a 36ª Delegacia de Polícia. O local de repressão era comandado pelo major Carlos Alberto Brilhante Ustra. Ele os recebeu com agressão física já no pátio do quartel.
“Nós, eu e a minha irmã, ficamos em casa com minha tia. Não sabíamos o nome do meu pai, da minha mãe e da minha tia. Eles eram “pai”, “mãe”, “tia”, este nome genérico, por motivo de segurança. No dia seguinte à prisão, eu estava na sala assistindo Vila Sésamo e um casal tocou a campainha. Eram dois policiais à paisana. Naquele momento houve um bate-boca da minha tia com os policiais. Aparentemente eles tinham medo de nós. Apontaram metralhadoras para mim e para a minha irmã, nos levaram para um camburão, separado da Criméia. Colocaram-nos na parte de trás do camburão, presos, de modo coerente à condição de “filhos de terroristas”, como eles nos chamavam.
“Fomos levados para o DOI-CODI, não sei se imediatamente, mas em algum momento fomos levados para lá. A cena de que me recordo é que estávamos no interior do prédio e ouvi a voz da minha mãe me chamando. Ao olhar para trás, após ter identificado e me alegrado pelo encontro com aquela voz tão familiar, não reconheci o seu rosto. Naquele momento, minha mãe já se encontrava cheia de hematomas esverdeados e roxos. Logo depois nós fomos levados para dentro da sala de tortura. Meu pai estava numa cadeira (“cadeira do dragão”), na qual a pessoa é amarrada e envolvida com fios elétricos desencapados por todo o corpo.
“O Danielli, ao final do terceiro dia, foi assassinado naquelas dependências. Meus pais foram testemunhas das violências que resultariam em sua morte. Neste mesmo dia, lhes foi mostrado a manchete de um jornal de São Paulo, com a notícia da morte, em tiroteio, de um terrorista. Na matéria vinha estampada a foto de Carlos Nicolau Danielli, que acabara de ser assassinado em tortura. Os militares disseram algo como: ‘olha, nós damos a versão que queremos para estes fatos. Vocês também vão, logo mais, aparecer no jornal’”.
A sentença de 2008, agora confirmada em segunda instância, realiza, por um lado, o reconhecimento público de que a família foi presa e torturada pelo oficial do Exército brasileiro, coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Feito de extrema importância para a família e, especialmente, para a luta constante por justiça no país. Por outro lado, estes recentes acontecimentos históricos, expressos pelo ordenamento jurídico, mostram os graves limites nos quais se encontra bloqueada a democracia. Isto exige um olhar crítico e atento, com o objetivo de denunciar a ausência de esclarecimento e reconhecimento do modo destrutivo e violento com que a ditadura militar se inscreveu na cultura política e social do país.
Refiro-me ao lento processo de inclusão dos crimes da ditadura na pauta nacional. O processo contra o coronel Ustra teve início em 2005. Mais de 30 anos após os fatos e cerca de três anos antes do governo Lula adotar o discurso, pela primeira vez desde a entrada de um presidente civil, da justiça de transição. Era a primeira vez que um agente da repressão seria individualmente processado.
Desde os anos 90 em busca de um ato de justiça, a família tinha dificuldades em conseguir advogados que aceitassem processar na vara penal um torturador. Seja pelo desconforto nacional que isto poderia gerar, seja pela visão jurídica de que a Lei de Anistia impedia tal procedimento. Estudando o caso argentino, vislumbrou-se uma saída. Durante os anos 90, diante das leis de “obediência devida” e do “ponto final”, criadas pelo governo Menen para impedir os processos penais, os familiares de desaparecidos iniciaram os “juízos pela verdade”. Eram processos civis nos quais se solicitava a declaração de relação jurídica entre a vítima e o criminoso. Foram processos importantes para a penalização dos militares argentinos nos anos 2000.
Em acordo com o advogado Fábio Konder Comparato, a família elaborou e deu entrada no pedido de reconhecimento da condição do coronel como torturador. Decidiu-se não pedir qualquer indenização, deixando claro o objetivo de reconstituição da dignidade ofendida na sala de tortura da ditadura e na ausência de punição da democracia. No atual processo, eu e minha irmã não fomos considerados vítimas do Ustra, por ausência ou insuficiência de provas, ainda que o próprio coronel tenha assumido em seu livro que nos levou ao DOI-CODI. No entanto, o fez com o intuito “humanitário” de conceder uma “visita” aos presos. Em nenhuma das audiências do atual nós, autores, pudemos narrar os fatos, o que foi substituído pelo relato escrito.
Este modo limitado e lento de lidar com os crimes da ditadura, ainda que diminuto, ajuda a acelerar o trato do tema pelo Estado. Junto a esta iniciativa, soma-se a de outro grupo de familiares, os parentes de mortos e desaparecidos da Guerrilha do Araguaia. Neste outro processo, os familiares tiveram ganho definitivo de causa em 2006. Logo após, por descumprimento e vagarosidade na Justiça, a Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA aceitou o pedido de julgamento do Estado brasileiro. Reclamava-se a localização dos desaparecidos, a circunstância das mortes e a punição dos responsáveis.
Foi neste contexto que o Estado adotou o discurso da justiça de transição, buscando um modo de lidar com um assunto que entrava cada vez mais em destaque nos contextos nacional e internacional. Discurso este que pode ser articulado para exigir a efetivação dos direitos das vítimas e pela não repetição do regime autoritário ou de rompimento com o seu legado.
Contudo, o discurso da justiça de transição, na medida em que indica uma negociação para os atos de justiça, pode também servir a uma estratégia retórica para legitimar processos parciais de reconhecimento do direito à verdade e à memória e encobrir a impunidade acordada na transição. O Brasil parece fazer uso tanto do discurso manipulador, quanto do discurso emancipatório.
É fato que até hoje o Estado não cumpriu a sentença da Justiça Federal e a da Corte da OEA sobre o caso Araguaia. A Lei de Anistia não foi reinterpretada, como designava a sentença, os corpos não foram localizados e as mortes e os seus responsáveis não foram esclarecidos. O cumprimento é de responsabilidade prioritária do Executivo, pelas responsabilidades constitucionais que tem, bem como pelo seu papel político na reconfiguração das leis de impunidade, a exemplo do ocorrido no Uruguai, Chile e Argentina. Nestes países, sem a ação determinada de seus governos, teria sido muito mais difícil iniciar os julgamentos.
É diante deste contexto brevemente colocado que a cobrança por justiça diante dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade se faz legítima e apropriada. É claro que esta Comissão não é uma instância do ordenamento jurídico e nem mesmo teve em sua lei a autorização para obrigar alguém a depor ou indiciar um criminoso. Também não lhe foi concedida a prerrogativa de envio do relatório final ao STF e ao Ministério Público, como ocorreu com outras comissões, com o fito de iniciar os devidos processos criminais.
Porém, os movimentos de direitos humanos e de familiares, para não dizer o conjunto da sociedade brasileira, têm o direito e a razão de exigir da Comissão o comprometimento de seus trabalhos com atos de justiça. A Comissão é instituição do Estado e, por força do modo como foi criada e de sua lei, encontra-se vinculada a uma lógica de governo que limita sua autonomia. A cobrança dos movimentos por justiça inscreve-se na luta política mais ampla por uma democracia efetiva na qual a impunidade seja condenada, não somente por estratégias retóricas, mas por atos concretos de transformação da condição atual.
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Para aprofundar a discussão sobre a herança social, política e cultural da ditadura militar, recomendamos a leitura de O que resta da ditadura: a exceção brasileira (Boitempo, 2010), coletânea de ensaios organizada por Edson Teles e Vladimir Safatle. A versão eletrônica (ebook) está à venda pela metade do preço do livro impresso. Compre nas livrarias da Travessa, Saraiva e Gato Sabido.
Edson Teles é também autor de um dos artigos que compõe a coletânea Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas, que tem sua versão impressa vendida por R$10 e a versão eletrônica por apenas R$5 (disponível na Gato Sabido, Livraria da Travessa e outras).
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Edson Teles é doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), é professor de filosofia política na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pela Boitempo, organizou com Vladimir Safatle a coletânea de ensaios O que resta da ditadura: a exceção brasileira (2010), além de contar com um artigo na coletânea Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas (2012). Colabora para o Blog da Boitempo mensalmente, às quartas.

Carlos Drumond de Andrade

Há  vinte e cinco anos, em 1987, morria Carlos Drummond de Andrade, o grande poeta do Brasil. Drummond, na minha singela opinião, não tem comparação entre os demais poetas brasileiros. Antes dele e, por certo tempo, junto com ele, Manuel Bandeira teve grandeza similar. Depois dele..."não apareceu mais ninguém".
Drummond não era um "malucão" ou um devasso desregrado. Era um funcionário público , um homem simples, prova de que as aparências enganam.
É difícil escrever sobre um poeta, pois o principal depoimento sobre um poeta é a sua poesia.
Curta Drummond AQUI .
Drummond era ateu convicto, prova de que a poesia não vem do homem; a poesia vem das pessoas.
 E, como prova de que a Globo faz alguma coisa que presta, assistam o documentário sobre Drummond, produzido pela Globo News.

Nara Leão... que falta que ela faz!


Nara Leão, a grande intérprete de Chico Buarque! 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A invisível crítica de cinema

By Bruno Carmelo em Outras Palavras
A eleição de “Um Corpo Que Cai” como melhor filme da história revela a fraca representação social da crítica
por Bruno Carmelo, do blog Discurso-Imagem

A revista Sight and Sound divulga, a cada dez anos, uma lista dos melhores filmes da história, estabelecida por mais de 800 críticos do mundo inteiro. Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, era o vencedor há muitas décadas, e a confirmação desta escolha, votação após votação, servia como uma expressão de coerência e como vontade de validar o próprio gosto da crítica.
Para a surpresa geral, na lista divulgada poucos dias atrás, um novo filme tomou à dianteira: Um Corpo Que Cai (1958), de Alfred Hitchcock. Pequena revolução midiática: vários jornais fizeram notícias a respeito, diversos críticos foram questionados sobre o “novo melhor filme da história”, encorajados a explicar porque este é melhor que aquele. Alguns críticos, como o popular Rubens Ewald Filho, reclamaram por não terem sido convidados a votar.
A partir destes fatos, uma coisa é clara: desde que foi realizado, Cidadão Kane não mudou, Um Corpo Que Cai também não. Nenhuma descoberta ou invenção de nossos dias permite justificar um novo valor atribuído a estes filmes. Ou seja, o único elemento que se modificou nesta equação foram os próprios críticos, que decidiram não mais seguir o voto que eles mesmos ajudaram a construir, e preferiram se distinguir. A crítica procurou, por um lance estratégico, chamar novamente a atenção.
Não existe muito sentido em explicar porque o primeiro filme é melhor que o segundo, e nem porque o segundo seria melhor que o terceiro, e assim por diante. As listas do gênero nunca exigiram justificativas, e esta não é diferente. Sites na Internet como Indiewire e The Hollywood Reporter revelaram um suposto complô para retirar Cidadão Kane do topo. Os motivos seriam diversos, e louváveis: mostrar que a crítica também evolui, que os novos críticos têm pensamentos autônomos, que o próprio cinema tem progredido etc.
A lista permanece extremamente conservadora (os mesmos títulos e autores de sempre são citados, e nada além da década de 1980 é considerado), mas esta mudança simbólica pretende apresentar que, se a crítica não se transformou completamente, ao menos ela continua presente, ativa. Em seu vazio estrutural – falta de reconhecimento, de formação, de organização profissional, de métodos ou objetivos comuns – a crítica de cinema decidiu virar os holofotes para si mesma. Esta categoria profissional tem mais uma vez a vontade de existir socialmente.
Assim, pobre Hitchcock, pobre Welles, que têm pouquíssima importância na própria lista em que são coroados. A vez e a hora são dos críticos de cinema. Se as atenções de fato se viraram a eles – e este próprio artigo contribui para repercutir a pseudo polêmica – agora falta saber o que eles têm a dizer. Os críticos conseguiram despertar nosso interesse, adormecido por décadas de consenso artístico. Mas o importante começa agora: resta provar que esta mudança na lista não representa uma mera manifestação egocêntrica, e que a nova crítica tem de fato algo novo a dizer sobre o cinema.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ustra: oficialmente torturador


Associação de ateus critica fé dos candidatos à presidência dos EUA

Associação de ateus critica fé dos candidatos à presidência dos EUAOutdoors zombam das crenças de Obama e Romney
por Jarbas Aragão, em Gospel Prime
 
 
Associação de ateus critica fé dos candidatos à presidência dos EUA
Um outdoor polêmico foi colocado na cidade de Charlotte, Carolina do Norte, que sediará a Convenção Nacional do Partido Democrata no início do próximo mês. Um grupo ateu está provocando a postura religiosa dos principais candidatos a presidente dos Estados Unidos.
“Nosso sistema político está tomado pela religião e isso influencia muito”, disse David Silverman, presidente da American Atheists, que patrocina os anúncios. “Religião é algo bobo e tem componentes que são inerentemente exclusivistas… Não há lugar para isso no sistema político”, disse ele.
Os outdoors exibirão a mensagem durante um mês, a um custo aproximado de US$ 15.000.  Criticando o cristianismo professado pelo democrata Barack Obama, vê-se uma imagem de Jesus Cristo em uma torrada e a descrição dessa fé: “Um Deus sádico. Um Salvador inútil. Mais de 30.000 versões da ‘Verdade’. Promove o ódio e chama isso de ‘amor’”.
O outro critica o Republicano Mitt Romney, que é mórmon. A imagem é de um homem usando cueca branca, uma referência às vestimentas especiais dos mórmons. Os dizeres são: “Deus é um extraterrestre. Batizam pessoas mortas. Muito dinheiro e muito fanatismo”.
Ambos têm como assinatura o lema “Ateísmo: Simplesmente racional”.
A American Atheists tentou colocar o outdoor anti-Mórmon em Tampa, Flórida, onde ocorrerá a Convenção Nacional do Partido Republicano no final deste mês. Mas ainda não encontrou nenhuma empresa na cidade que concorde em arrendar o espaço para eles.
“Convenções presidenciais são para discutir idéias, não ideologias. Plataformas, não púlpitos. Se uma pessoa acredita nessas coisas idiotas, temos todo o direito de questionar isso, pois afeta diretamente os votos dos eleitores não religiosos”, justifica Silverman.
Alguns líderes religiosos mostraram-se insatisfeitos com a iniciativa. James Martin, um padre e teólogo jesuíta, disse à CNN. “Eles não estão questionando a existência de Deus, mas sim a religião… E no tocante a dizer que o cristianismo “promove o ódio”, bem, são os ateus que estão fazendo isso com esse outdoor”.
Terryl Givens, um professor Mórmon da Universidade de Richmond, chamou a iniciativa do American Atheists de “mesquinha e vingativa”. “Quando os ateus se organizarem para servir os pobres e necessitados do mundo, eles poderão ser levados mais a sério”.
Não é a primeira vez que o grupo ateu recorre a outdoors com mensagens consideradas ofensivas. No início do ano, o grupo colocou dois outdoors em regiões onde vivem muitos muçulmanos e judeus com mensagens em árabe e hebraico, dizendo “Você sabe que é um mito … mas você tem uma escolha”.
Silverman diz que o American Atheists considera a estratégia eficaz e voltará a utilizá-la no futuro.

Família Telles 3 x 0 Ustra. Lei da Anistia já era !

De: Conversa Afiada

Ato pela condenação de Brilhante Ustra: Vencemos!
Amelinha Teles dedica a vitória aos companheiros mortos e desaparecidos. Destaca Carlos Nicolau Danielli


A blogueira suja Conceição Oliveira informa: Comparato derrotou a Lei da Anistia do Eros Grau e do Sepúlveda Pertence.
Falta pouco para derrubar o resto !
URGENTE E IMPORTANTE! Ato pela condenação de Brilhante Ustra:

Vencemos!
Leia aqui sobre a entrevista de Amelinha e Janaina Telles ao ansioso blogueiro sobre essa histórica decisão: a Lei da Anistia começa a ser rasgada nos Tribunais de Justiça !

Ato pela condenação de Brilhante Ustra: Vencemos!

 
Neste momento fala o Dr Lúcio França, da Comissão de DDHH da OAB/SP
Clara Charf. Fotos de Aton Fon.

ATUALIZAÇÃO 14:20 Acabo de receber do advogado Aton Fon a notícia de que por 3 votos 0 Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julgou improcedente  o recurso do coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra contra a sentença na qual foi reconhecido como responsável por torturas no período do regime militar.
Vencemos!

Proletários de Todo o Mundo!!!!


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Exposição de Guayasamín releva outras faces da ditatura


Exposição de Guayasamín releva outras faces da ditatura
Visite o site Oswaldo Guayasamin
 

379 peças do equatoriano estarão expostas até o dia 14 de outubro no Museu Nacional; esta é a maior mostra do artista no Brasil

Agência Brasíli - A partir deste sábado, o Museu Nacional da República sedia a exposição Guayasamín – Continente Mestiço, do artista plástico equatoriano Oswaldo Guayasamín (1919-1999). Militante silencioso, ele revelou em telas, esculturas e desenhos sua opinião e experiência da ditadura no Equador e em países da América do Sul. "Sua obra é um grito desesperado pela paz e um não à violência. É uma mensagem em favor da paz, dos humildes", declarou Pablo Guayasamín ao definir o trabalho do pai.
Com 379 peças, a mostra marca a comemoração dos 203 anos da primeira tentativa de independência do Equador e tem o maior número de peças do artista já vindas para o Brasil. Elas ficam expostas até o dia 14 de outubro.
O expressionismo de Guayasamín exibe a violência do período através de figuras humanas tristes, lágrimas, horror, corpos esqueléticos e olhos arregalados que saltam da tela. O trabalho tem forte influência da arte pré-colombiana, sua principal vertente.
Para o curador da exposição, Wagner Barja, a exposição dará aos visitantes um panorama do amplo alcance da obra de Guayasamín. "Vamos mostrar um trabalho que vai na contramão da história oficial do continente americano que, também em relação ao conturbado mundo contemporâneo, vem povoar nossas mentes com ideais humanistas", concluiu. Não foi à toa que o poeta Pablo Neruda afirmou sobre Guayasamín: "Pensemos antes de mergulhar em sua pintura, porque não nos será fácil de voltar".
O artista já esteve na cidade à época de sua inauguração. O retrato que fez do ex-presidente Juscelino Kubitschek durante sua estada na capital também faz parte da exposição.
Ação paralela
No mesmo dia da inauguração da mostra, o Alto Comissariado das Nações Unidas (ACNUR) abre as portas para a divulgação da campanha Gracias, Equador. O lançamento faz parte do plano de proteção aos refugiados equatorianos.
O Equador abriga atualmente a maior população de refugiados da América Latina. De acordo com o ACNUR, são mais de 55 mil pessoas, principalmente de origem colombiana, que foram forçadas a abandonar seu país de origem devido a conflitos armados, perseguições e violações dos direitos humanos.
Flaac
O último dia da mostra, 14 de outubro, marca o início das comemorações do Festival Latino-americano e Africano de Arte e Cultura – Flaac 2012 (UnB).
A exposição é uma realização da Embaixada do Equador em parceria com o GDF, a Secretaria de Cultura, a Universidade de Brasília, o Flaac 2012 e o Museu Nacional.

Serviço
Exposição Guayasamín – Continente Mestiço
Abertura: dia 10 de agosto às 19h
Visitação: de 11 de agosto a 14 de outubro, das 9h às 18h
Museu Nacional do Conjunto Cultural da República
Setor Cultural Sul Lote 2

JULGAMENTO DO RECURSO DO CORONEL USTRA CONTRA A FAMÍLIA TELES

Dia 14 de agosto, terça-feira, a partir das 12 hs, em frente ao Tribunal de Justiça, Praça Clovis (ao lado da Praça da Sé),
ato pela confirmação da sentença favorável à Família Teles
Após a decisão histórica em primeira instância do juiz Teodoro Santini, da 23ª Vara Cível, em 2008, declarando o Coronel Brilhante Ustra como torturador da Família Teles, estamos diante do julgamento do recurso impetrado pelo coronel na segunda instância. Cabe aos desembargadores do Tribunal de Justiça confirmar a sentença ou absolver o torturador. O julgamento, que estava marcado para dia 7, foi adiado pelos próprios desembargadores para o dia 14.
Ustra foi comandante do DOI-CODI-SP (OBAN) de outubro de 1969 a dezembro de 1973. Ali comandou ações de sequestros, torturas, assassinatos e desaparecimentos de corpos de opositores da Ditadura Militar.
Convidamos todas e todos a participarem do ato em apoio à decisão da primeira instância.
"...o que está em jogo é a dignidade do Estado brasileiro diante da opinião pública nacional e internacional."
Fábio Konder Comparato