sábado, 18 de agosto de 2012

O sonho de Manuela e a realidade de Porto Alegre

Manuela sonha ser prefeita de Porto Alegre. Até aí, nada demais. O problema começa quando o sonho dela está em descompasso com a realidade de Porto Alegre e, penso eu, de qualquer cidade do mundo. Recebi um material da candidata Pcdobista na rua. Era um genérico do Diário Gaúcho. Li, como de costume.
Tá certo que eleição sem promessa não é eleição, mas acho que a candidata abusou na promessa. Algumas das propostas são simplesmente mirabolantes e inexequíveis. Não vou citar todas,  o site da candidata os informará melhor que eu.
Sobre a regularização das moradias, ela deve ter uma boa explicação, afinal, seu vice foi diretor geral do DEMHAB. Se ele não fez quando era diretor, deve haver motivos para crer que agora será possível. Tem outras tantas tipo, um netbook ou tablet para cada aluno e professor da rede municipal (são quase 60 mil pessoas); tem a promessa de "Concluir as obras do Metrô e BRT’s para a Copa do Mundo" (grifo meu), quando as obras sequer começaram. Tá tudo lá, clique AQUI e leia. Não pode ser erro de redação.
Dito isso, vou a um exemplo de demagogia explícita. Qualquer um concorda que o acesso à educação infantil é essencial e, em relação a ela há uma defasagem no atendimento municipal que precisa ser enfrentado. Mas isso não se faz milagrosamente; a não ser para a candidata Manuela. O atendimento em escolas infantis (conveniadas e próprias) está em torno de 20 mil crianças. Manuela propõe abrir 23 mil vagas novas (!!). Ou seja, vai mais que duplicar o atendimento em 4 anos! Considerando uma creche (estabelecimento de educação infantil) com 120 vagas, que é um tamanho bem razoável, basta fazer contas simples para chegar à conclusão que, se eleita, a candidata promete construir, em seus quatro anos de mandato, uma creche por semana! Como diria o Macaco Simão: "mais ética na demagogia".

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