sábado, 17 de julho de 2010

Mandela

Hoje, Nelson Mandela comemora 92 anos. Esse cara, na minha singela opinião, é uma herói contemporâneo. Uma referência política e ética para toda a humanidade. Nunca o vi, nunca o verei, nem conviverei com ele. Mas já dá orgulho saber que a gente viveu na mesma época que Nelson Mandela.

Dilma Boy II

O fenômeno Dilmaboy é algo interessante. De fôssemos fazer um análise muito politizada e rigorosa, poderíamos concluir que é uma manifestação colonizada e despolitizada. Prefiro pensar de outra maneira. É uma manifestação espontânea e bem humorada em um processo eleitoral que costuma ser caracterizado pelo excesso de seriedade.
Recuperar a possibilidade de um engajamento bem humorado é algo importante.
Valeu Dilmaboy!

Dilma Boy I

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Em que mundo está o Fogaça?

Fogaça está em outro mundo. Faz que desconhece a ameaça ao seu vice;diz que não vê defecções da parte do PDT, quando o ex-governador Collares já declarou voto em Tarso; acha importantíssima a adesão do presidente do PSB de Taquara à sua candidatura. Não bastasse isso, chega atrasado em evento reunindo prefeitos da Grande Porto Alegre...
Da minha parte, espero que o Rio Grande saiba desmascarar a mania de Fogaça não encarar as discussões de frente. 
Querem saber? Tô esperando a Yeda para enfrentar o Tarso no segundo turno. A Yeda é maluca, mas ao menos defende alguma coisa.

Editorial do PRBS, oportunista e contraditório

O Editorial "A Política da Palmada", publicada no boletim do PRBS de hoje é de um oporunismo bárbaro. Na falta do que atacar no Governo Federal, resolve criticar um projeto do Governo Lula. O Diario Gauche postou algo importante sobre o tema, também.
A primeria frase, na minha singela opinião, já é uma contradição. Diz o editorialista: "Como a própria palmada aplicada por alguns pais em crianças travessas, o projeto de lei encaminhado pelo presidente Lula ao Congresso no sentido de proibir a prática de castigos físicos em crianças e adolescentes pode ser até bem-intencionado, mas é completamente equivocado.". Ora, se o PRBS acha equivocado educar com palmadas, porque achar o projeo equivocado?
Mais adiante, percebe-se a real intenção do editorial, além de achar algo para atacar no Governo Lula: "trata-se de uma ingerência indevida do Estado na vida das pessoas.". O editorial é outra manifestação da paranoia anti-estatal  do PRBS. Um modo de, preventivamente, justificar todos os argumentos contra o fortalecimento do poder do estado, a não ser para socorrer os capitalistas falidos e garantir a renda dos latifúndios aos quais o PRBS hipoteca solidariedade permanente.
Diz ainda a pérola editorial do PRBS, que a proposta "recende a oportunismo político e demagogia". Por quê isso? A mentalidade média da população costuma repudiar esse tipo de medida, sob o mesmo argumento do editorial de que "Não cabe ao governo dizer aos cidadãos como eles devem educar os seus filhos.". Ou seja, o Governo Federal ficaria muito mais confortável se não lançasse a proposta e evitasse um possível desgaste eleitoral, pois a proposta é polêmica.
Há trechos em que o editorial condena as palmadas, mesmo assim, ataca o projeto. Cabe a pergunta: de quem é o oportunismo no caso?
Mais uma pergunta: O que diriam os monstrinhos?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Serra foge de Yeda em pizzaria no Rio de Janeiro

A tucana Yeda Crusius (PSDB/RS) fez o lançamento oficial de sua campanha, em um evento realizado no Clube Farrapos, em Porto Alegre, no dia 14 à noite. A presença do candidato a presidente José Serra, em seu palanque, era aguardada.
Mas Serra preferiu se encontrar com artistas demo-tucanos em uma pizzaria, como Carlos Vereza, Ferreira Gullar, e outros que compareceram, mas não confirmaram apoio. O encontro foi promovido pelo "cineasta" Guilherme Coelho. Trata-se do filho de Ronaldo Cezar Coelho (PSDB/RJ), ex-banqueiro, dublê de amigo que empresta o jatinho a Serra e suplente de senador de Cezar Maia. O ex-banqueiro declara quase metade de seu patrimônio (R$ 228 milhões) em paraíso fiscal.
O que leva Serra a fugir do mais importante evento político da candidata a governadora de seu partido no Rio Grande do Sul, para um insosso encontro com artistas em pizzaria?
A corrupção! O governo de Yeda Crusius foi marcado por escândalos de corrupção em série. A CPI do DETRAN derrubou a cúpula do governo de Yeda, levando à demissão seus secretários. As Operações Rodin e Solidariedade, da Polícia Federal, quebrou a espinha dorsal da corrupção que estava no núcleo do governo de Yeda Crusius. 

Do que o Brasil precisa?


Ler Guimarães Rosa (e outras dez sugestões para fazer deste 
um país melhor para nós e os nossos filhos) *

Diminuir a desigualdade social. Ainda somos um dos países de pior distribuição de renda no planeta, em poucos lugares há tanta diferença entre ricos e pobres. A miséria num país tão rico, os sem-teto e os sem-terra, são uma vergonha, um atestado de incompetência da sociedade brasileira e de seus muitos governos. Se não por questões humanitárias, que já deveriam ser suficientes, a sociedade brasileira poderia apoiar políticas de distribuição de renda e erradicação da miséria pensando ao menos no bem-estar de seus filhos, já que os índices de violência estão diretamente relacionados com os indicadores sociais.
  Aumentar o salário dos professores. O Brasil precisa melhorar muito a qualidade do ensino, especialmente do ensino público. Acredito que a maneira mais rápida e eficiente de fazer isso é aumentar muito o salário dos professores. Internet nas escolas, boas bibliotecas e bons prédios são importantes, mas o que mais determina a boa qualidade do ensino são os bons professores, que só existirão se profissionais competentes e preparados pensarem que pode ser uma boa ideia ensinar.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dia da Revolução Francesa

Hoje, mais um aniversário da Revolução Francesa. Incrível que, após tanto tempo, tantas bandeiras da época ainda sejam atuais.
Edith Piaf cantando a Marseillaise não precisa de comentários.

Palmada educa?

Claro que palmada não educa. No máximo, pode adestrar.
O projeto do Governo Federal que proíbe punição física em crianças é uma espécie de Lei Maria da Penha em relação às crianças. A agressão física não tem nada de educativo, pelo contrário, é uma manifestação de intolerância e um modo de dizer:"não sei o que fazer". As penas previstas são advertência, encaminhamento a programas de proteção à família e orientação psicológica. Há um limite tênue entre uma pequena agressão e os maus-tratos contínuos. Por isso, a sociedade precisa encarar a discussão sobre como evitar formas violentas de resolução de conflitos. Mesmo que sejam conflitos entre pais e filhos.
Naturalizar a violência contra crianças, mesmo sob a alegação de "educar", é naturalizar a relação do marido que bate na mulher ou da agressão física entre duas pessoas adultas.
Se alguém acha que bater em uma criança, menor e dependente, vai torná-la mais educada, deveria achar que bater em um adulto, que tem condições de se defender e é independente, poderia ser uma boa maneira de melhorarmos o grau de civilização no mundo atual. Alguém, em sã consciência pensa dessa maneira?
Veja mais na Rede Não bata.Eduque.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Veja anuncia: cuidado com o comunismo

A chamada da capa de Veja consegue piorar a cada edição. É tanta barbaridade que vai tornar dispensável o blog do Professor Hariovaldo Almeida Prado, destacado combatente do comuno-petismo.

Paulo Moura, mais um que se foi

Dustin Hoffman boicota festival de Jerusalém

Dustin Hoffman, o anti-herói mais atraente da história do cinema americano, é uma das personalidades que boicota o festival internacional de cinema que abriu as suas portas esta quinta-feira em Jerusalém. Artigo CAPJPO-EuroPalestine.
Numa declaração ao Jerusalem Post, o patrão do certame, Molad Hayo, indica que a actriz americana Meg Ryan, outra estrela de Hollywood, não se deslocará.
O príncipe Albert de Mónaco, convidado no âmbito de uma homenagem do festival à sua mãe, a falecida Grace Kelly – que, seja dito de passagem, teve gestos de solidariedade para com os combatentes da independência argelina, no final dos anos 1950 – também desistiu.
«Nenhuma dessas personalidades nos deu oficialmente motivos para esses cancelamentos. Mas fomos avisados logo no dia a seguir ao ataque contra a Flotilha e é evidente que existe uma relação de causa a efeito entre esses acontecimentos», comentou Hayo.
Molad Hayo queixa-se. Argumenta a favor da sua actividade «que tem o mérito de ter posto em contacto desde há vários anos cineastas palestinianos e israelitas». Mas é no entanto obrigado a constatar que o mundo cultural israelita, a partir do momento em que se coloca sob a alçada do Estado de Israel – o que é evidentemente o caso do festival –, não se pode alhear dos crimes do seu governo. A não ser demarcando-se abertamente, o que fazem vários intelectuais israelitas corajosos, mas não Hayo.
Com 73 anos de idade, Dustin Hoffman ganhou a partir de 1970 uma popularidade imensa por interpretar no grande écrã personagens nos antípodas do herói de Hollywood tradicional, que são os cowboys musculados a matar os selvagens dos índios Peles-Vermelhas ou soldados valentes triunfando sobre astuciosos homenzinhos amarelos com cabeça de macaco que eram os japoneses. De «Little Big Man" a "Tootsie", passando por "Macadam cow-boy" ou "Rain Man", Dustin Hoffman tornou-se assim, aos olhos de milhões de espectadores, o mais glorioso dos perdedores da sociedade: Índios sobreviventes do genocídio, sem-abrigo, doentes, desempregados, etc.
Dustin Hoffman é de origem judaica e, em entrevistas recentes, declarou que, com a idade, a sua prática da religião se fazia mais assídua. Isso não impedirá muitos de o tratarem de antisemita, como o “são” todos os que criticam a política israelita.
Digo eu: sempre fui fã desse cara.

Jingle da campanha de Tarso Genro


Na minha singela opinião, achei o jingle fraquinho, mas voto no Tarso de qualquer maneira.
O destaque dado à Manuela e ao Beto Albuquerque foram impressionantes. É o preço da ampliação.

Lula vai criar mais uma estatal. Mídia ataca, eu apoio

O Governo Lula vai criar uma estatal de seguros. Os paranoicos anti-estatistas já saíram atacando. Para eles, é "mais uma estatal" criada pelo Governo Lula. O fundamentalismo neoliberal, como todo o fundamentalismo, se recusa apensar e tratar o assundo com seriedade. Fui à cata e achei uma abordagem interessante do Luis Nassif. Compartilho com meu público, afinal, o Nassif merece uma chance.

Hipólito e o mingau de seguradora

Acabei de ouvir o comentário da Lúcia Hipólito na CNB. É sobre a criação de uma nova seguradora pelo governo federal. É uma lição exemplar de como pegar qualquer tema técnico, complexo, bater no liquidificador e transformar em um mingau sem substância alguma.
A lógica da seguradora é simples de entender. E, entendendo, até de criticar.
Há grandes obras de infra-estrutura em andamento. Ponto central para sua viabilização é o seguro que dê garantias para as grandes obras públicas.
Como são valores expressivos, significa riscos excessivos para as seguradoras. Na falta de um mercado segurador maduro para essas obras, nos últimos anos foram criados diversos fundos garantidores para suprir a falta de seguros. Esses fundos não podem fazer resseguros (isto é, repassar parte dos riscos) nem captar recursos para garantir o valor assegurado.
A nova seguradora englobará todos os fundos garantidores, poderá montar parcerias com o setor privado, fazer resseguros etc. Enfim, há uma justificativa racional para sua criação.
A partir desse entendimento, pode-se discutir se o setor privado teria condições de preencher esse vácuo, se haveria destinação melhor para os fundos garantidores.
Aí você liga a CBN e ouve mais ou menos o seguinte da comentarista Hipólito:
" A criação dessa seguradora demonstra a falta de apreço de Lula por sua sucessora. Se ele tivesse certeza de que a oposição venceria, teria lógica deixar essa bomba para o sucessor". Como se essa seguradora fosse uma herança maldita e não uma peça essencial para viabilizar grandes obras de infraestrutura. Reforça com a ideia de que a seguradora vai "engessar" o próximo governo. Usa o termo "engessar" sem nenhum discernimento sobre valores, natureza do gastos nem nada.
* "É uma falta de respeito com Dilma, porque mostra que ela não tem nenhuma iniciativa". Como se o papel de Estado fosse gregoriano: no dia 31 de dezembro para tudo e começa de novo. E como se obras portentosas, como grandes hidrelétricas, correndo contra o tempo, devessem se submeter ao calendário eleitoral.
* "É uma maneira de dar munição para a oposição", completa a analista. Como se ela própria não estivesse transformando uma medida tecnicamente defensável em munição política, com essa risível preocupação com os eventuais danos que o anúncio poderá provocar na candidatura oficial.
 

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Transtorno mental afeta mais professores


Problema cresce na rede municipal de São Paulo e já atinge 10% dos docentes

Marici Capitelli – O Estado de S.Paulo

JORNAL DA TARDE
Transtornos mentais e comportamentais foram as principais causas de afastamento por doença dos professores da rede municipal de São Paulo no ano passado. Foram 4,9 mil afastamentos para uma categoria com 55 mil profissionais, o que equivale a quase 10% dos trabalhadores.
Os dados são de um levantamento que está sendo feito pelo Departamento de Saúde do Servidor (DSS) da Secretaria Municipal de Gestão e Desburocratização. O estudo aponta o crescimento de problemas psiquiátricos entre os professores. Em 1999, esses transtornos eram responsáveis por cerca de 16% dos afastamentos. Dez anos depois, a porcentagem subiu para 30% ? de um universo aproximado de 16 mil afastados.
Outra estimativa, a do Fórum dos Profissionais de Educação Municipal em Readaptação Funcional, aponta que os transtornos psiquiátricos ficam também em torno de 30% do motivo das readaptações. Os professores readaptados são aqueles que não conseguem voltar para as salas de aula e se dedicam a outras atividades na escola. Eles são em torno de 7 mil. As demais causas de afastamento são doenças osteomusculares, como lesão por esforço repetitivo, e do aparelho respiratório.
Para especialistas em saúde do trabalho, a porcentagem de docentes com doenças mentais e comportamentais é elevada. “É um número alto levando-se em consideração que é uma categoria que lida com crianças e adolescentes. Com todos esses afastamentos, quem substituiu esses profissionais? O ensino fica comprometido”, diz o psicólogo Roberto Heloani, professor titular da Unicamp e da Fundação Getúlio Vargas, especialista em saúde nas relações de trabalho.
Segundo ele, os professores têm de lidar com uma complexa rede de pressão no trabalho, o que culmina em doenças. Ele cita que as famílias, que deveriam fazer o papel de educar suas crianças, cobram isso do professor. Por outro lado, os alunos querem um professor que também seja um animador em sala de aula e, quando se sentem frustrados, passam a agredi-lo.
Influência. Outros fatores influenciam negativamente a saúde mental, como a atuação do crime organizado e do tráfico, que muitas vezes estão presentes dentro da escola. Heloani cita estudos que apontam que um professor de ensino fundamental fica, em média, seis anos na profissão até encontrar outra ocupação. “Uma carreira que era inicialmente um objetivo de vida se torna um bico.”
O psiquiatra e médico do trabalho Duílio Camargo, presidente da comissão técnica de saúde mental da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, explica que os transtornos mentais são a terceira causa de afastamento no País, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Previdência Social.
A primeira são traumatismos seguidos por lesões por esforços repetitivos e doenças osteoarticulares relacionadas ao trabalho (Ler/Dort). O psiquiatra afirma que são vários os fatores que levam aos transtornos mentais: desde a própria constituição individual até a natureza do trabalho realizado.
Claudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais da Educação, garante que a estatística acende “um alerta vermelho, porque é assustadora”. Para ele, os professores estão submetidos a uma tensão permanente do próprio trabalho somada também às condições ruins para exercer a atividade. Outro agravante, em sua opinião, é a carga excessiva de trabalho.

Não comento pesquisas

Como bem sabem meus prezados leitores e minhas prezadas leitoras, não comento pesquisas.

Re-visões do Desenvolvimento

João Sicsu é diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do IPEA e professor-doutor do Instituto de Economia da UFRJ. Divulgou o seguinte artigo (RE-VISÕES DO DESENVOLVIMENTO) sobre a disputa de dois projetos para o Brasil. Há líderes, aliados e bases sociais que personificam essa disputa. De um lado estão o presidente Lula, o PT, o PC do B, alguns outros partidos políticos, intelectuais e os movimentos sociais. Do outro, estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), o PSDB, o DEM, o PPS, o PV, organismos multilaterais (o Banco Mundial e o FMI), divulgadores midiáticos de opiniões conservadoras e quase toda a mídia dirigida por megacorporações.