quinta-feira, 23 de outubro de 2014
IRÔNICO, GILMAR DIZ QUE LULA NÃO FEZ TESTE DO BAFÔMETRO ANTES DE DISCURSO
Ministro afirmou que o ex-presidente não teria passado pelo teste do bafômetro antes de realizar discurso em Belo Horizonte, onde fez críticas a Aécio Neves (PSDB); comentário foi feito durante julgamento de ação no TSE contra propaganda eleitoral do PT que usava trecho desse discurso, em que Lula questionou em palanque onde estaria Aécio quando Dilma Rousseff estava presa, lutando pela democracia no País
247 – O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral, comentou ironicamente que o ex-presidente Lula não teria passado pelo teste do bafômetro antes de um discurso do petista em Belo Horizonte (MG).
O comentário foi feito na noite de terça-feira 21 durante o julgamento de uma ação contra a propaganda eleitoral do PT que usava trecho desse discurso de Lula, em BH, no qual questionava onde estaria Aécio Neves (PSDB) enquanto Dilma Rousseff estava presa, lutando pela democracia no País, durante a ditadura militar.
Depois de ouvir do ministro João Otávio de Noronha, que votava nesse momento, que Aécio tinha 10 anos de idade à época, e que portanto o discurso não teria nada a acrescentar à propaganda eleitoral, Gilmar afirmou: "E nem passou pelo bafômetro antes de falar isso".
O comentário arrancou risos de Noronha, que disse: "O ministro Gilmar disse aqui se ninguém perguntou se o candidato, não o candidato, mas quem afirma (Lula), passou pelo bafômetro antes de fazer tal declaração. Mas, isso aí vamos cair no mesmo nível".
O tema do bafômetro ganhou repercussão depois que a presidente Dilma questionou Aécio, durante debate no SBT, sobre o que ele pensava da Lei Seca. Em 2011, o candidato não quis passar pelo teste do bafômetro quando parado em uma blitz no Rio.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
México: Autoridades devem investigar desaparecimento de 43 estudantes que voltavam de manifestação
©Amnistia Internacional Mexico
Em 26 de setembro, 43 estudantes desapareceram após terem sido atacados a tiros pela polícia e depois por indivíduos não identificados em Guerrero, México. Até hoje o paradeiro dos estudantes permanece desconhecido.
Os jovens estudavam em uma Escola Normal Rural, em Guerrero, e tinham viajado para Iguala para participar de um protesto relacionado à educação no país. Em um determinado momento, no caminho de volta, a polícia abriu fogo contra os ônibus que levavam os estudantes.
Seis pessoas foram mortas e 20 ficaram feridas. Cerca de 25 estudantes foram presos pela polícia, alguns conseguiram escapar. 43 foram sequestrados e permanecem desaparecidos.
Os assassinatos, a privação arbitrária da liberdade e a situação das pessoas desaparecidas e feridas constituem violações graves dos direitos humanos que não devem permanecer impunes.
Uma investigação do caso foi iniciada. No entanto, devido ao histórico de investigações fracassadas, impunidade e corrupção, incluindo a infiltração de elementos do crime organizado na polícia, a Anistia Internacional teme que o trabalho de investigação possa ter sido comprometido.
Parentes dos estudantes desaparecidos relataram à Anistia Internacional que falta sensibilidade, cortesia e respeito no trato com eles por parte dos investigadores estaduais designados para o caso.
Este tipo de abuso agrava as violações de direitos humanos que os familiares vivem e desencoraja as famílias a avançar em suas reivindicações por justiça.
A Anistia Internacional exige que a Procuradoria Geral da República do México faça uma investigação completa, imediata e imparcial do caso, descubra o paradeiro dos estudantes, dê apoio e mantenha os familiares dos estudantes informados do andamento da investigação.
Este caso não é único no México, onde os sequestros e desaparecimentos são uma prática comum em um contexto em que as autoridades muitas vezes se mostram coniventes com gangues criminosas.
Mais de 26 mil pessoas foram desaparecidas no México entre 2006 e 2012, a maioria das quais pelas mãos das forças de segurança ou de gangues criminosas. No entanto, a falha na investigação dos casos de desaparecimentos forçados no país impede que os verdadeiros números sejam conhecidos.
O caso de repete
Em dezembro de 2011, os estudantes que protestavam em uma estrada próxima à capital do estado de Guerrero foram atacados pelas polícias estadual e federal, resultando na morte de dois estudantes.
Pelo menos 24 pessoas foram torturadas e sofreram outros maus-tratos. Os policiais e superiores responsáveis pelos abusos nunca foram responsabilizados, incentivando o clima de impunidade.
Saiba mais:
Relatório “Confronting a nightmare: Disappearances in Mexico”, sobre desaparecimentos no México, em inglês ou espanhol.
domingo, 19 de outubro de 2014
Fidel oferece ajuda aos Estados Unidos para combater o ebola
O ex-presidente cubano Fidel Castro ofereceu ajuda aos Estados Unidos para combater o ebola e evitar que a doença se propague pela a América Latina.
“Temos prazer em cooperar com os americanos nessa tarefa; e não na busca da paz entre dois Estados que têm sido adversários durante tantos anos, mas pela paz no mundo, um objetivo que podemos e devemos alcançar”, disse Fidel em um artigo publicado neste sábado no jornal oficial Granma.
No texto intitulado "A hora do dever", ele afirma que ao cooperar com o país vizinho, com quem Cuba não tem relações diplomáticas desde 1961, se evita que o ebola se espalhe e protege a população de Cuba e de toda a América Latina.
Os Estados Unidos foram, depois da Espanha, o segundo país não-africano onde se registrou contágio da doença em seu próprio território.
Duas enfermeiras americanas foram contaminadas com o vírus ebola em um hospital do Texas, ao tratarem de um paciente que contraiu a doença na Libéria e acabou morrendo nos EUA.
O ebola já matou mais de 4.500 pessoas, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que haja, nesses três países, mais de 9 mil pessoas infectadas pelo vírus, que mata em 70% dos casos.
Em outro desdobramento trágico, a ONU informou que o ebola já deixou ao menos 3,7 mil crianças órfãos nos três países que vem sendo assolados pela doença, sendo que muitas delas perderam tanto o pai como a mãe por causa da epidemia.
Elogios
Cuba já enviou mais de 160 médicos e enfermeiros à África ocidental para ajudar no combate à epidemia e já anunciou o enviou de mais profissionais à região – uma decisão elogiada pelo governo americano.
Na sexta-feira, em uma declaração inédita, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, reconheceu o papel de Cuba na luta global contra o ebola e pediu mais colaboração internacional.
“Cuba, um país de apenas 11 milhões de habitantes, já enviou 165 profissionais da área da saúde e está considerando enviar mais 300”, disse Kerry, dizendo que atos como esse eram “uma prova real de cidadania internacional”.
Em seu artigo, Fidel disse que a decisão de enviar os médicos e enfermeiros não foi fácil. “É inclusive mais difícil do que enfiar soldados para combater e morrer por uma causa política justa”, disse o líder cubano sobre o perigo que correm esses profissionais de saúde.
Na segunda-feira, os noves países que compõem a Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da América), que inclui Cuba, Bolívia e Equador, vão se reunir em Havana para definir uma estratégia conjunta de prevenção e combate ao ebola.
No Rio Grande do Sul, Aécio Neves propõe o fim do Mercosul
Por Sérgio Ruck Bueno no Jornal Valor Econômico
PORTO ALEGRE - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, encerrou a agenda desta segunda-feira em Porto Alegre propondo o fim do Mercosul. Em palestra durante o Fórum da Liberdade, promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE), ele classificou o bloco econômico como “coisa anacrônica” que “não está servindo a nenhum interesse dos brasileiros”.
Para o tucano, o Brasil deveria substituir a união aduaneira por uma área de livre comércio que “permita pelo menos fazer parcerias com países com os quais tenhamos complementariedade”.
Aécio também classificou o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) como “paquidérmico” e disse que o número de ministérios seria reduzido à metade em um eventual governo do PSDB. Ao mesmo tempo, prometeu criar uma secretaria especial com a missão de simplificar o sistema tributário, com existência limitada a seis meses.
Ele criticou ainda o “intervencionismo” do governo federal na economia e defendeu as privatizações realizadas no governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.
Assinar:
Postagens (Atom)