sábado, 12 de junho de 2010

Itaunibanco: moral de cuecas

O Itaú ainda faz propaganda com a usando "Imagine" como trilha sonora:
A mídia e a multa da CVM ao Itaú Unibanco
Chamou a atenção o comportamento obsequioso da mídia brasileira em torno da notícia de que os donos do Itaú Unibanco foram multados pela CVM por praticar irregularidades no mercado de capitais. A maioria dos veículos de comunicação publicou matérias visivelmente baseadas no comunicado oficial do próprio banco. Fraudes no mercado acionário deveriam merecer mais atenção da mídia, que não pode limitar-se a denunciar desmandos no setor público. Ou o dinheiro põe os participantes desse mercado acima de qualquer suspeita? O artigo é de Hideyo Saito. 
Leia mais aqui.

E se Jesus fosse professor?

Esta eu tirei do blog monitorando
Tudo bem, Cristo era o Mestre. Mas o que teria acontecido se ele também fosse educador?
Alguém pensou nisso e escreveu uma versão do Sermão da Montanha. É hilariante. Recebi da amiga Sonia Padilha, e reproduzo:
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre
uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:
- “Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão ssciados. Felizes os misericordiosos, porque eles…”
Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou:
- É pra copiar no caderno?
Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?
João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?
Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos?
Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros
curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da Provinha Brasil, da Prova Brasil e demais testes e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor efetivo…
Jesus deu um suspiro profundo, pensou em ir à sinagoga e pedir aposentadoria proporcional aos trinta e três anos. Mas, tendo em vista o fator previdenciário e a regra dos 95, desistiu. Pensou em pegar um empréstimo consignado com Zaqueu, voltar pra Nazaré e montar uma padaria…
Mas olhou de novo a multidão. Eram como ovelhas sem pastor… Seu coração de educador se enterneceu e Ele continuou…

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Zero Hora condenada em processo de plágio

O boletim do PRBS não perdoa, nem eu. Essa eu tirei do Espaço Vital
"O sonho frustrado do leitor e advogado Laerte Bonetti de Andrade (OAB/RS nº 61.879, com atuação especialmente em direito trabalhista bancário, na defesa de instituições financeiras) de ir a São Paulo assistir ao jogo do Internacional de Porto Alegre, desfrutando da promoção “RBS Leva Você à Final da Libertadores”, deverá ser reparado pela forma desleal como o torcedor foi vencido no concurso de frases lançado pelo jornal Zero Hora.
 O autor da frase vencedora receberia a viagem-prêmio a ser realizada em 9 de agosto de 2006. Laerte enviou pela Internet a sua criação, esperançoso na vitória, mas no dia 7 de agosto verificou que seu nome não estava inserido entre os ganhadores da promoção. Na ocasião, não foram divulgadas publicamente as frases escolhidas.
Dias depois, porém, Laerte encontrou no saite da Zero Hora a revelação das melhores frases. Ao lê-las, Laerte se surpreendeu ao ver que a 28ª frase selecionada era, literalmente, a sua, embora seu nome não figurasse no rol dos contemplados, e sim o de Michele Michel Ruano."
Leia mais aqui. 

O atual Congresso Nacional Africano

Conforme bem sabem meus leitores e leitoras, não manjo bulhufas da política interna sul-africana. Porém, o artigo que reproduzo, do blog esquerda.net, de Portugal, é interesante, pois mostra que degeneração de partidos populares não é exclusividade de país nenhum.
Diz o artigo de PorRichard Pithouse* :
 Agora percebe-se, em todos os níveis do partido, que ele é um meio para a incorporação pessoal numa determinada minoria que se aproveita das crescentes desigualdades da sociedade.A degenerescência do Congresso Nacional Africano (ANC) 1 chegou a um ponto tal que, hoje, ele representa um perigo para a integridade da sociedade. 
Julius Malema2 é um dos exemplos mais ilustrativos da maneira como um movimento empenhado na libertação nacional se tornou, nas palavras de Franz Fanon, «um instrumento de progresso pessoal». Mas Malema não é o único. O Communication Workers Union (sindicato das comunicações) tem toda a razão quando diagnostica um “Keeble-ismoprofundamente enraizado” dentro do ANC [em referência a Brett Keeble, um homem de negócios sul-africano de reputação demoníaca, NDT]"
Leia mais aqui.

Estatuto do Nascituro ?

Li   no Blog Trezentos e achei interessante reproduzir.
A Marcha Mundial das Mulheres repudia com indignação o Projeto de Lei (PL) de autoria do Deputado Luiz Bassuma (PV-BA) e Miguel Martini (PHS-MG), que propõe instituir o Estatuto do Nascituro. O PL passa a considerar sujeito pleno de direito o óvulo fecundado, ou seja, o concebido e não nascido passa a ter mais direitos do que a mulher.
Tal PL pretende ainda legalizar, a violência sexual, especialmente o estupro que sofrem as mulheres. Tornando inadmissível o aborto conseqüente desta violação e instituindo o pagamento de auxilio para sustentação do nascido até os 18 anos. A Bolsa Estupro, como é conhecida pelos movimentos de mulheres, reforçará que a punição recairá sobre a própria mulher. A bolsa terá que ser paga pelo agressor e caso não o faça o ônus recairá sobre o Estado.
Afora a hipocrisia, se destaca a pretensão do legislador em querer determinar quando começa a vida, coisa que nem a ciência ousou fazer. Ao analisar os dispositivos desta proposta cai por terra o discurso de proteção da vida, pois não se vê nada além do que já tratam as legislações vigentes, sobre direitos de personalidade, direito de saúde e patrimoniais dos recém nascidos.
Caso aprovado fica proibido ainda qualquer manifestação que trate do assunto Aborto, cerceando o direito do debate quesito fundamental na democracia.
Entendemos que a proposta do Estatuto do nascituro deve ser rechaçada, pois ela significa mais um dos ataques dos conservadores, machistas e opressores:
- Condena as mulheres à submissão, mantendo-as expostas à violência;
- Reflete a omissão do legislativo diante do aborto como elemento de preservação da vida das mulheres e de garantia da autonomia;
- Golpeia a democracia, a igualdade e a justiça, atingindo bens e valores construídos historicamente.
O avanço rumo à aprovação do chamado ‘Estatuto do Nascituro’, deve ser visto como ameaça aos direitos das mulheres. Nele, estão reunidas as pautas mais retrogradas e de submissão, ostentadas pelo patriarcado e as instituições que o perpetuam, ao longo dos séculos: controle sobre o corpo das mulheres, a institucionalização da violência sexual e o domínio sobre o destino das mulheres.
Direito ao nosso corpo. Legalizar o aborto!
Marcharemos até que todas sejamos inteiramente LIVRES!
MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES
Minha opinião sobre o início da vida e a possibilidade de aborto segue a opinião de Carl Sagan. Leia aqui

Aluga-se um partido

O programa do PPS foi vergonhoso. Não foi descarado como o DEM, mas não passou de um espaço alugado para promover a candidatura de José Serra. Não se trata de aluguel financeiro (não há como provar nada), mas aluguel político e ideológico do PPS pelo PSDB. Não é de hoje que Roberto Freire se entrega aos braços do PSDB. Em 1989, já havia sido assim.
A certa altura, Freire escancara, seu objetivo é unir partidos contra o PT. Só isso.
O Senhor Roberto já tentou entregar o acervo de documentos do PCB à Rede Globo. Depois, tentou registrar-se como proprietário do nome PCB. No RS, o PPS foi alugado por Antônio Britto e Fogaça, que já caíram fora. Os remanescentes do britismo instalaram-se na coligação pró-Yeda, até perceberem que poderia ser ruim para eleger deputados, então, rumaram ao encontro do PTB.
Com todo o respeito, há gosto para tudo, mas eita partidinho ordinário! 

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sanções contra o Irã, como torcer os fatos

Por Luciano Martins Costa em 10/6/2010
Há um grande descompasso entre alguns dos principais jornais brasileiros e a imprensa internacional de maior reputação, na análise das sanções determinadas pelo Conselho de Segurança da ONU contra o Irã.
Enquanto jornais como o Estado de S.Paulo e o Globo declaram, em manchete, que a decisão deixa o Brasil isolado, publicações internacionais de grande prestígio observam que o governo brasileiro tinha razão ao afirmar que as sanções não irão produzir os resultados esperados.
Escorre de parte da imprensa brasileira um verdadeiro ranço de inferioridade, a decretar que o Brasil cometeu uma trapalhada no episódio e acabou isolado.
Assinantes de boletins online de publicações européias e americanas ficam sabendo, por exemplo, que as sanções não devem produzir mudança na posição do governo iraniano e que a decisão do Conselho de Segurança não exclui a necessidade de novas medidas no futuro próximo.
Dessas análises se conclui que a continuidade das negociações se torna possível porque o apoio do Brasil e da Turquia reduziu o isolamento do Irã, como observa o conservador Washington Post. O britânico Financial Times destaca que turcos e brasileiros se apresentaram como negociadores confiáveis.
Papel relevante O resumo do noticiário internacional publicado pela Folha de S.Paulo na coluna "Toda Mídia" (10/6) mostra um viés completamente oposto ao que a grande imprensa brasileira adota sobre o assunto. A Folha é o único dos chamados grandes jornais de circulação nacional que não aposta na tese do isolamento de Brasil e Turquia.
Como a decisão do Conselho de Segurança não exclui novas negociações antes de uma atitude de força contra o Irã, existe grande possibilidade, segundo analistas citados pelo jornal, de que brasileiros e turcos sejam convocados a exercer um papel de destaque em futuras rodadas, uma vez que se apresentaram como interlocutores de confiança para ambos os lados.
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, declarou que o Brasil e a Turquia votaram contra a decisão do Conselho de Segurança para manterem as portas abertas com o Irã, e que os dois países terão um papel importante a cumprir nas negociações.
A tese do isolamento brasileiro soa como mais uma picuinha da imprensa, ou de parte dela.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O que está por trás das reportagens sobre o trânsito do PRBS?

Quem acessou procurando uma resposta não vai encontrar. mas quando o PRBS começa a insistir num tema é  porque tem um interesse a lém do visível. Qual será dessa vez?
Como diz o meu amigo José Renato: "Só os paranóicos sobrevivem.

O PIG biruta

A comparação entre as capas diz tudo. leia um comentário interessante no Blog da Cidadania

Preso jovem que "vazou" vídeo de ataque covarde do exército americano

No dia 19 de abril - em notícia com grande número de acessos - o Espaço Vital divulgou um video militar real que permanecia guardado a sete chaves pelo exército americano. As imagens mostram o fuzilamento indiscriminado de mais de doze pessoas em um subúrbio de Nova Bagdá, Iraque.
Pois agora o susposto responsável pelo "vazamento" das imagens - distribuídas ao mundo inteiro por meio do saite Wikileaks (que tem causado furor na mídia inernacional publicando documentos confidenciais sob a missão de "abrir governos") - deverá sofrer dura penalidade por revelar a covardia do exércio americano.
Leia mais aqui.
Veja o vídeo clicando aqui

FANTÁSTICO!!!

Não vi esta cena porque estava dormindo.

Globo tem pior audiência de sua história em SP

Do site Vermelho:

Se o faturamento e a expansão do império Globo vão de vento em popa, o mesmo não ocorre com o seu ibope. O mês de maio terminou com a pior audiência já obtida ela emissora entre 7h e 0h, na Grande São Paulo: 16,3 pontos. Isso representa meio ponto de ibope a menos que o obtido em abril. Cada ponto no ibope equivale a cerca de 60 mil domicílios na Grande São Paulo.

Mas os horários mais preocupantes para a Globo são as manhãs — que costumam sofrer com a concorrência da Record e SBT — e o horário nobre. Nenhuma das últimas cinco novelas das 21h decolaram ou bateram níveis espetaculares. A última delas, Viver a Vida, terminou com média de apenas 38 pontos durante toda a exibição e chegou a irritar a direção do Big Brother Brasil 10 — que, prejudicado pela fraca audiência da novela, vinha marcando não mais que 30 pontos.
Nessa mesma faixa de horário, a Record vem em segundo, com 7,4 pontos. O SBT, com 5,1, também teve uma das menores médias de sua história no período e está em terceiro. Sobre o SBT, aliás, é relevante observar que a tentativa de contra-ataque à Record, deflagrada em setembro, não tem dado muito certo.
Em setembro, enquanto a Record contratou Gugu, Silvio Santos fez uma caríssima e grandiosa operação de contra-ataque: tirou da Record Eliana, Roberto Justus e o dramaturgo Tiago Santiago. Num lance provocador, levou até o assessor pessoal do bispo Honorilton Gonçalves, que é o manda-chuva da Record. Mas desde então, das 7h à 0h, o SBT caiu de 5,9 pontos para 5,1 pontos.
Nenhuma queda, porém, é mais sintomática que a da Globo. A emissora da família Marinho já tinha amargurado a pior audiência da década em abril, cuja média diária foi de 16,8 pontos. A melhor marca da década veio em 2004, quando registrou 21,7 pontos — que serviriam de estímulo para alcançar os tão sonhados 22 pontos.
Antes, a emissora vinha crescendo significativamente: em 2000, a média foi de 20 pontos; em 2002 subiu para 20,3 e, em 2003, para 21 pontos. Porém, a descida começou mesmo a partir de 2007, quando a média diária da Globo ficou nos 18,7 pontos, passando para 17,4 em 2008 e 2009 — que a emissora ainda espera bater neste ano.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O PP agacha-se

Já fiz um comentário sobre a crise do PP do Rio Grande do Sul. Pois a crise não para. Primeiro, o ex-Arena/PDS/PPR, saiu atrás de quem abrigasse seus candidatos, para conseguir elegê-los, com medo da perda de eleitorado.
Agora, o PP pede licença a Yeda para indicar seu candidato a vice.
O PP já perdeu eleitorado, perdeu moral nos escândalos envolvendo o Detran e, agora, parece estar perdendo a vergonha.

Risco de cortar gastos públicos no Brasil

Fernando Nogueira da Costa
O debate eleitoral abre margem para todos os tipos de oportunismo que tem de ser enfrentados politicamente. Por exemplo, determinado grupo de empresários, autodenominado “Movimento Brasil Eficiente”, está iniciando grande campanha publicitária a fim de conseguir a aprovação popular à causa de cortar os gastos públicos no Brasil. Ele diz contar com o apoio de grandes representantes do setor privado, como a Fiesp, a CNI, a Febraban e associações do comércio varejista.
Evidentemente, ninguém gosta de pagar “imposto”, senão este se chamaria “doação”. Assim, não é surpreendente pesquisa de opinião pública apontar que 48% dos entrevistados afirmam que os recursos públicos são mal-administrados, para 27%, as despesas são exageradas, e outros 23% acham que ocorrem as duas coisas. Apenas 2% não optam por nenhuma dessas respostas...
Alberto Carlos Almeida, sociólogo autor do livro "A Cabeça do Brasileiro", que a mídia disse “fazer a cabeça do Serra”, no Valor (28/05/10), afirma o seguinte. “É possível que a adoção da redução de impostos como principal tema de campanha, por parte do PSDB, possa vir a modificar a tendência apontada pelas pesquisas de crescimento de Dilma e queda de Serra”. Para não ser confundida com a demagogia de ricos que, na verdade, desejam diminuir a carga tributária apenas para si, é necessário a opinião pública examinar todas as informações a respeito do tema.
Leia mais no Blog do Zé Dirceu (sim, ele!!)

"Região Metropolitana é uma enorme plataforma de concreto"

Se a lógica urbana continuar evoluindo como está, caminharemos para a barbárie. A reflexão é do geólogo Rualdo Menegat, professor do Instituto de Geociências da UFRGS e doutor na área de Ecologia da Paisagem. Nossa conversa partiu do Morro Santa Teresa, alvo de um projeto de lei do governo estadual que pretende alienar ou permutar uma área de quase 73 hectares, e se ampliou para o futuro da civilização. Na avenida Padre Cacique, quase em frente ao Beira-Rio, fica a entrada da área em questão. Ele se estende até as antenas das emissoras de televisão, no topo, com a vila Cruzeiro por um lado e mais adiante o Museu Iberê Camargo. Ali se abriga a Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase, ex-Febem).
Parte da paisagem da cidade de Porto Alegre, Menegat vê na área valor cultural e ambiental. Ela contém vegetação ainda original, com espécies ameaçadas de extinção, nascentes e cursos d’água. Como não há legislação específica para esse tipo de terreno, existe o risco de entregar o espaço para a iniciativa privada, podendo haver a aprovação posterior de projetos de construção grandiosos, mas que em nada acrescentem à cidade. “Nós já somos 4,5 milhões de habitantes numa enorme plataforma de concreto que não precisa mais de edificações”, afirma. Tudo isso, para Rualdo Menegat, é fruto de uma cegueira que ameaça a vegetação, a cidade como um todo e o futuro da civilização.
Leia mais no Sul 21.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Gestão Fogaça e o jogo de empurra

Não é a oposição que está dizendo. O próprio Fortunati declarou : "Vamos acabar com essa história de um departamento ficar empurrando a responsabilidade para outro. A prefeitura é uma só."
Fortunati era o vice-prefeito de Fogaça. Agora, assume e diz que a Prefeiutra vai fazer a sua parte e fiscalizar o que cabe aos cidadãos. Conclusão: isso não era feito antes.
Pelo bem da cidade, torço que funcione, mas é bom lembrar que pouca coisa mudou na estrutura da PMPA.

domingo, 6 de junho de 2010

A FARRA DA COPA Saturação & irrelevância

Alberto Dines em Observatório da Imprensa, em 1998 !!!
Uma análise das equipes que a grande imprensa despachou para cobrir o Mundial de Futebol na França revela uma perigosa tendência: jornalismo de saturação. Afoga-se o leitor/telespectador num oceano de matérias, nem sempre as mais competentes, que o consumidor final mal absorve. Finge-se qualidade através da quantidade. Truque que não satisfaz o expert e irrita o leigo.
O resto do jornal fica desguarnecido e capenga, frustrando o leitor que se interessa por outros assuntos. Afinal, a vida continua em todos os seus aspectos e exigências. Um jornal não deve descaracterizar-se, mesmo quando se trata de um evento da importância de uma Copa do Mundo.
A Folha, lente de aumento dos defeitos da imprensa brasileira, foi a mais exagerada no teor da numerosa equipe que despachou para a França: os especialistas em desporto não conseguiram fazer a maioria (v. abaixo).
Ao deslocar dois colunistas políticos para a cobertura esportiva o jornal justifica os parlamentares relapsos que alegam que o país vai parar durante a Copa.
Mais uma vez a imprensa reforça os defeitos da sociedade ao invés de corrigi-los.
A novela Romário
Durante 10 dias os jornais mantiveram nas primeiras páginas o corta-não-corta do craque na Seleção. Pela televisão o Brasil inteirou constatou de que forma os jornalistas trabalharam no caso e vão trabalhar nesta Copa: através das grades do castelo onde hospeda-se a seleção (parecia filme de presidiários).
Fica evidente que as equipes jornalísticas estão super-dimensionadas graças aos gordos patrocínios (v. abaixo). Poucos são os jornalistas que conseguirão obter informações exclusivas. Jogador que quiser falar escolherá as grandes vedetes dos grandes veículos. O resto da tropa de jornalistas vai ficar de molho.
Cobertura mesmo nas coletivas e durante os jogos. Neste caso, um comentarista experimentado vale mais do que 10 escritores diletantes reunidos. E dirigentes como Zagallo falarão através das suas colunas (v. abaixo).

A coluna de Zagallo é uma aberração

Este OBSERVATÓRIO já se manifestou anteriormente: o técnico da seleção não tem o direito de vender uma coluna de comentários exclusivos para nenhum veículo (no caso, o JB).
Ele é pago, em última análise, pelo erário. Suas opiniões devem ser oferecidas eqüitativamente à mídia e à sociedade brasileira, a quem jogadores e dirigentes da CBF devem prestar contas.
O mesmo se aplica aos jogadores, Romário inclusive. Depois da Copa todos têm o direito de vender memórias, crônicas ou versos. Enquanto durar a convocação sua produção é exclusiva do povo brasileiro.
Anúncio é diferente  de patrocínio
Merece exame mais detido uma tradição nas coberturas esportivas brasileiras, especialmente quando ocorrem no exterior: os patrocínios inseridos no meio das matérias. É diferente de colocar um anúncio no formato de rodapé nas páginas da cobertura.
Jornais regionais abusam deste patrocínio e mesmo na grande imprensa nota-se a perda de antigos escrúpulos. Há colunistas cujos textos são totalmente emoldurados por mensagens publicitárias.
O Globo andou colocando o logotipo da Fiat (uma das patrocinadoras da sua cobertura) no meio das matérias. A Folha (com os mesmos patrocinadores) manteve-os nos lugares apropriados para a publicidade.
Anúncio é legítimo. Patrocínio de coberturas é suspeito.
A prova tira-se através da generalização: um anunciante pode escolher que sua mensagem seja publicada na página de economia, internacional, cultura ou mesmo política. Mas seria inadmissível o patrocínio da cobertura da reunião da Organização Mundial de Comércio, do leilão da Embratel, da votação da reforma tributária ou do festival de Cannes.
O que vale para o resto do jornal tem que valer também para as páginas de esporte.
Lembrete aos pauteiros
Quando acabar a Copa, qualquer que seja o resultado, é preciso investigar as causas da tentativa de cassação pela FIFA do jornalista Juca Kfouri.

Folha, drogas, mentiras & dossiês

A versão dissimulada da manipulação que Veja e Globo fizeram de forma escancarada na última semana, a Folha de S.Paulo resolveu contar ao seu leitor na edição de sábado, dia 5 de junho, um pedaço - ínfimo - da verdadeira história por trás do suposto dossiê contra José Serra que abala a campanha demotucana e ressuscita velhas torpezas presentes nas disputas presidenciais desde o fim da ditadura. O artigo é de Saul Leblon. O resumo-malabarista dos acontecimentos não é assinado, o que desde já sugere um produto distinto da reportagem e mais próximo de uma alta "costura’"política destinada a salvar as aparências perante leitores e eleitores depois do fiasco da operação-dossNuma iê, que consistia em desqualificar denuncias graves –alucinadamente sempre omitidas - com o carimbo antecipado de conspiração petista. O que parece ter dado errado nesse exercício tantas vezes bem sucedido é que, primeiro, as informações negadas pelos jornalões vazaram e circulam livremente na Internet (leia http://www.conversaafiada.com.br/]; segundo, e mais complicado, a origem guarda credibilidade distinta dos dossiês eleitorais na medida em que se apóia em investigação minuciosa, ancorada em documentações muitas vezes chanceladas pela Justiça. 
Leia mais na Carta Maior.