terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Dilma anuncia nomes de 13 novos ministros



Carolina Gonçalves e Sabrina Craide - Agência Brasil


Depois de uma rápida confraternização com os atuais ministros de seu governo no Palácio da Alvorada, a presidenta Dilma Rousseff anunciou, há pouco, o nome de 13 ministros que entrarão ou serão remanejados entre os comandos da Esplanada dos Ministérios. Todos os novos integrantes do primeiro escalão do governo devem assumir oficialmente suas funções no mesmo dia e evento de posse da presidenta, marcado para as 15h do dia 1 º de janeiro.


Aldo Rebelo deixa o Esporte para assum Ciência e Tecnologia (Antonio Cruz/ABr)
Ciência e Tecnlogia: Aldo Rebelo deixa o Ministério do Esporte, no qual onde coordenou as ações do governo durante a Copa do Mundo, para assumir a pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação. Desde o governo Lula, o deputado assumiu a presidência da Câmara, foi ministro da Coordenação Política e líder do governo e do PCdoB na Câmara.


O governador da Bahia, Jaques Wagner (Antonio Cruz/ABr)


Jaques Wagner, atual governador da Bahia, será o novo ministro da Defesa no lugar de Celso Amorim. O petista foi eleito deputado federal três vezes e ocupou cargos do primeiro escalão no governo Lula, como o comando do Ministério do Trabalho e Emprego, antes de Ricardo Berzoini, atual titular da pasta de Relações Institucionais. Wagner foi eleito governador em 2006.




Governador do Ceará, Cid Gomes (José Cruz/ABr)
Na Educação, foi confirmado o nome de Cid Gomes, atual governador do Ceará. Gomes obteve o primeiro mandato eletivo em 1990 como deputado estadual. Seis anos depois, foi eleito prefeito de Sobral e reeleito para mais um mandato. Em 2006 chegou ao governo do estado, eleito no primeiro turno. O cearense foi responsável pela coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo turno da eleição presidencial.


Eduardo Braga (PMDB/AM) (Márcia Kalume/Agência Senado)
Pelo menos seis peemedebistas foram confirmados no comando de pastas do segundo mandato do governo Dilma. O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) assumirá o Ministério de Minas e Energia. O engenheiro vai substituir o também peemedebista Edison Lobão, que comanda a pasta desde o início do governo Dilma.
Como ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, no lugar de Moreira Franco, também PMDB, assumirá Eliseu Padilha, ex-ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso. Advogado por formação e empresário, Padilha foi prefeito do município gaúcho de Tramandaí, deputado federal e coordenou deixou a campanha de Fernando Henrique à Presidência da República.
Ainda do PMDB, o deputado Edinho Araújo (SP) vai comandar a Secretaria Nacional de Portos no lugar de César Borges, que está no cargo desde junho deste ano. Edinho começou a carreira política aos 23 anos, quando disputou sua primeira eleição a prefeito. Foi três vezes deputado estadual e duas vezes deputado federal. Em 2001, assumiu a prefeitura de São José do Rio Preto, foi reeleito em 2008 e dois anos depois voltou ao mandato de deputado federal.
A nova ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), entrou para o ramo do agronegócio com a morte do marido em um acidente de avião, em 1987. Nascida em Goiânia, ela é formada em psicologia pela Universidade Católica de Goiás. Atualmente é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Também do PMDB, o paraense Helder Barbalho assumirá o Ministério da Pesca, substituindo Eduardo Lopes. Barbalho foi candidato, pela primeira vez ao governo do Pará, mas perdeu para Simão Jatene, do  PSDB. Segundo mais votado no pleito, o novo ministro é filho do senador Jader Barbalho e da deputada Elcione Barbalho, ambos do PMDB. Ele começou a carreira política há 15 anos, quando se candidatou e foi eleito o vereador mais votado de Ananindeua. Barbalho também foi deputado estadual e, aos 25 anos, eleito o prefeito mais jovem da história do Pará.
No Turismo, permanece o atual ministro Vinícius Lages, que também é filiado ao PMDB e está no posto desde março.
Para o Ministério das Cidades, o indicado foi ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do PSD, que substituirá Gilberto Occhi, mo cargo desde março.
Também foram ranunciados os nomes dos futuros titulares da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, do Esporte, George Hilton, e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes.
Dilma Rousseff chegou uma hora depois do horário marcado para o evento de confraternização do governo. Quase 40 minutos depois de sua entrada, os carros oficiais de ministros e parlamentares começaram a deixar o local. Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, que fica no cargo até 1o de janeiro, da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Adams, e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, foram os primeiros a sair.
Em seguida, o vice-presidente Michel Temer deixou o Alvorada seguido por outros ministros, pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pelos senadores José Pimentel (PT-CE), Acir Gurgacz (PDT-TO), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) e Gim Argello (PTB-DF) e pelo candidato à presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é adversário do nome do governo na disputa pela vaga, Arlindo Chinaglia (PT-SP), nas eleições marcadas para o dia 1o de fevereiro.

Confira a lista dos novos ministros do governo Dilma

1. Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação);
2. Cid Gomes (Educação);
3. Edinho Araújo (Secretaria de Portos);
4. Eduardo Braga (Minas e Energia);
5. Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil).
6. George Hilton (Esporte);
7. Gilberto Kassab (Cidades);
8. Hélder Barbalho (Secretaria de Aquicultura e Pesca);
9. Jacques Wagner (Defesa);
10. Kátia Abreu (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento);
11. Nilma Lino Gomes (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial);
12. Valdyr Simão (Controladoria Geral da União) e
13. Vinícius Lajes (Turismo);
Editora: Nádia Franco

STF nega pedido para suspender livro de Monteiro Lobato em escolas públicas

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), participa de audiência de mediação para debater a transposição do Rio Paraíba do Sul (José Cruz/Agência Brasil)
André Richter - Agência Brasil

Para o ministro Luiz Fux, não cabe ao Supremo julgar mandado contra o MEC José Cruz/Agência Brasil
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de liminar para suspender a distribuição, em escolas públicas, do livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, obra publicada em 1933. 
O ministro rejeitou pedido do Instituto de Advocacia Racial (Iara), por entender que não cabe ao Supremo julgar mandado de segurança contra ato do Ministério da Educação. O instituto alegou que a publicação apresenta conteúdo racista.


O caso começou a tramitar no Supremo em 2011. Uma audiência de conciliação chegou a ser feita pelo ministro, mas não houve consenso entre o Ministério da Educação e o instituto.
Em 2010, o Conselho Nacional de Educação (CNE) determinou que a obra Caçadas de Pedrinho não fosse mais distribuída às escolas públicas, por considerar que ela realmente apresentava conteúdo racista. Em seguida, o Ministério da Educação (MEC) recomendou que o CNE reconsiderasse a determinação. O conselho decidiu, então, anular o veto.
Com o mandado de segurança, o Iara pretendia anular a última decisão do CNE. Eles pediriam, ainda, a “imediata formação e capacitação de educadores”, para que a obra seja utilizada “de forma adequada na educação básica”
Editor: Armando de Araújo Cardoso

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As Rosas Não Falam, por Emílio Santiago