segunda-feira, 24 de outubro de 2011

É fácil ler

O idoso e conceituado advogado interiorano (não é do RS - esclareça-se logo) é do tempo ainda de acostar petições datilografadas por ele próprio em máquinas de escrever.
Ainda que habitualmente zeloso, um certo dia - premido pelo falta de tempo e pela azáfama - deixou de passar o corretivo que teria feito desaparecerem vários erros:  concordância, flexão verbal  e até de troca de "s" por "ç". 
O magistrado da vara única não perdeu a oportunidade de cultuar a juizite: por nota de expediente intimou o advogado a que esclarecesse determinadas expressões.
Arguto, o profissional da Advocacia explicou-se e, como é do seu feitio, delicadamente desculpou-se. Mas não perdeu a oportunidade para uma alfinetada final.
"De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,  não ipomtra em qaul odrem as lteras de uma plravaa etãso; a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que qeum qiuesr anida pdoe ler sem pobrlmea.  Itso é poqrue nós não lmeos cdaa ltera isladoa, mas a plravaa  cmoo um tdoo. Bsata ter hmuidlade e boa vnoatde". Dsecluep-me, Vssoa Ecexlência ".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por sua opinião