Quem observa a discussão do PT sobre as eleições de 2010 pode pensar que o partido está com a faca e o queijo na mão. São três candidatos registrados mais uma polêmica com o Presidente Nacional do Partido. Ao invés de força, toda essa polêmica mostra a fragilidade do PT-RS. Mais uma vez, definições fundamentais estão na mão do ministro.
Parece que, mais uma vez, a maioria nacional conseguirá unificar o PT-RS contra si. Em 98, essa maioria conseguiu destroçar o PT do RJ, anulando a decisão em favor de Wladimir Palmeira para forçar a coligação que indicou Benedita vice de Garotinho, em nome do projeto nacional. Lula perdeu, Garotinho venceu, mas o PT do Rio nunca mais foi o mesmo.
Em 2002, o então presidente José Dirceu aconselhou Tarso a não concorrer, pois Olívio deveria ser o candidato natural a reeleição. Dirceu estava certo e Tarso estava errado, mas venceu. Já naquele tempo, ir contra a turma do Zé Dirceu dava Ibope aqui no RS. Continua dando.
A declaração de Berzoini desautorizando o PT-RS e querendo forçar um apoio ao PMDB (com Fogaça), não deverá encontrar maior eco, ainda que conte com apoiadores. Diante de uma ameaça de não reconhecimento de uma decisão estadual, é de se esperar que a grande maioria do PT firme uma posição de auto-preservação. Por isso a definição está, mais do que nunca, nas mãos do ministro. Mais do que considerar que é o melhor nome e, por isso, todos devem apoiá-lo, ou pensar que, tendo apoio da maioria será o vencedor e candidato de todos automaticamente, o ministro precisa olhar para baixo e construir-se como o candidato não da maioria, mas de todo o PT. Isso é possível. Não é fácil, mas é possível. Seria prudente, também, olhar para trás e lembrar das campanhas das quais não participou, das pontes queimadas e do excesso de confiança. Isso para não falar das declarações peremptórias que se desfizeram. Tem jeito, tá difícil, mas tem jeito.
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