sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tarso já está escalando secretários

É difícil ganhar uma eleição, ainda mais no primeiro turno. Agora, porém, começa a parte mais complicada: governar. Tarso ganhou bonito, mas não vai ser fácil governar. Na Feira do Livro, tinha deputado que parecia segurança, de tão grudado no nosso governador.
Eu sou petista de carteirinha, mas não deixo de ser crítico. Por isso, me dou o direito de dar opinião (sempre singela) aos nomes já indicados para o secretariado estadual.
Estilac Xavier na Secretaria Geral. A lealdade do Estilac merce recompensa. O cara é organizado e trabalhador. Na Secretaria Geral é uma garantia de que as coisas devem andar no governo. Caso não andem, os responsãveis vão ter que aguentar o Estilac.
Marcelo Danéris no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. É um lugar bom pra ele. Vamos ver o que sai.
João Motta no Planejamento. O Motta é um cara sério e respeitado. Faz um pouco de tudo. Acho que vai dar certo.
Carlos Pestana na Casa Civil. O limitador do Pestana é não ter retaguarda eleitoral, mas tem perfil para a função. É um negociador incansável e honesto. Acho que vai se dar bem na Casa Civil e quem o critica por não ter densidade eleitoral vai reconhecer que na política nem tudo pode ser resumido ao número de votos. Que o diga o Tiririca.
Beto Albuquerque na infraestrutura. O Beto ainda tá esperando o convite para o Ministério, mas se confirmar, é um cara que tem experiência em conviver com os grandes empreiteiros.
Abgail Pereira no Turismo. Pois é, encontraram um lugar para ela. Se ela convidar gente que entenda do assunto, pode até funcionar. 
Mauro Knijnik na Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento. A noemação de um ex-arenista é a contribuição de Tarso à conciliação estadual. Deve funcionar.
Luiz Antônio Assis Brasil na Cultura. O Assis Brasil é um grande escritor e intelectual, nem se compara ao desastre que foi a Mônica Leal. Assis Brasil já foi da Cultura nos tempos do Jair Soares (brrrrrr!!!). Não sei se é um bom gestor das políticas culturais. Posso errar, mas tudo indica que a secretaria adjunta será o verdadeiro motor da secretaria.
Ao sair indicando nomes antes mesmo do fim do segundo turno, Tarso mostra que quem vai mandar no governo é ele. Acho que foi prevendo isso que, dessa vez, não proliferaram aquela infinidade de reuniões das setorias do PT.
Agir dessa maneira poupa tempo, não sei se tornará as coisas mais fáceis no decorrer do governo. A opção do PT é pela governabilidade a partir de uma coalizão que sustente o governo. Segue o exemplo do Lula. Com Olívio, a governabilidade foi buscada de outra maneira e gerou conflitos internos e externos.
Vamos ver como as coisas acontecem dessa vez.
Aliás, com Afonso Motta no secretariado, tem espaço até para o PRBS no governo. Vivendo e aprendendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por sua opinião