quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Dois milhões de falecidos estão inscritos para votar nas eleições dos EUA

Tom Lohdan Da Redação
Um relatório divulgado nesta terça-feira (14) pelo centro de estudo e pesquisa dos Estados Unidos Pew Center aponta que cerca de dois milhões de estadunidenses falecidos ainda estão inscritos para votar nas eleições de novembro, enquanto outros 24 milhões de arquivos contêm erros ou imprecisões.
O relatório detalha em 12 páginas os diversos problemas no sistema de inscrição de eleitores nos Estados Unidos e destaca a necessidade de modernizá-lo para corrigir problemas e economizar dinheiro dos contribuintes.
A análise, realizada pelo instituto independente RTI Internacional, assinalou que pouco mais de 1,8 milhões de estadunidenses já falecidos seguem no registro de eleitores, enquanto que aproximadamente 2,75 milhões de pessoas estão inscritas para votar em mais de um estado. Além disso, o relatório aponta que cerca de 24 milhões de arquivos de eleitores perderam validade ou contêm imprecisões “significativas”.
O estudo destaca também que 12 milhões de arquivos têm endereços incorretos, ou porque o eleitor mudou de domicílio ou devido à impossibilidade de localizá-lo por correio para corrigir os formulários. Ademais, pelo menos 51 milhões de cidadãos (quase um quarto do número de eleitores do país) preenchem os requisitos para votar, mas não se registraram.

Sistema antiquado prejudica a confiança dos eleitores na democracia e a integridade das eleições”, diz diretor da Pew Center

Em comunicado, o diretor do programa Iniciativas Eleitorais do Pew Center,  David Becker, “a inscrição de eleitores é a porta que abre a participação na democracia, mas estes sistemas antiquados, que funcionam com papel, sofrem com erros e deficiências”.
“Estes problemas desperdiçam o dinheiro dos contribuintes, minam a confiança dos eleitores e alimentam as discussões partidárias sobre a integridade de nossas eleições”, acrescentou.
O relatório assinalou que em 2008, por exemplo, o estado do Oregon e as autoridades locais gastaram US$ 4,11por cada votante para processar seu registro eleitoral. Em contraste, no Canadá se utilizada uma tecnologia de ponta comum no setor privado, e menos de US$ 0,35 por votante são investidos.
Em contrapartida, o condado de Maricopa, no Arizona, economizou mais de US$ 1 milhão em cinco anos ao permitir o registro pela internet, reduzindo a dependência em formulários de papel e registro manual de dados.
Embora investigadores apontem que não há provas suficientes de que estes problemas levaram à fraude generalizada nos registros, o relatório cria questionamentos sobre a vulnerabilidade dos arquivos eleitorais. Uma das queixas do documento aponta que o registro de eleitores nos EUA reflete, principalmente, suas origens do século XIX e não se adaptou aos avanços da tecnologia e da extensa mobilidade dos estadunidenses.

De: Sul21  Com informações da Agência Efe

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