Miliband, 47 anos, que foi o ministro britânico das
Relações Exteriores entre 2007 e 2010, divulgou um comunicado logo após o
anúncio da contratação de Di Canio.
Conforme publica nesta segunda-feira o jornal italiano La Gazzetta dello Sport,
Miliband afirmou que deseja ao Sunderland “todo o sucesso possível”,
mas se demitiu citando “as afirmações políticas expressas no passado
pelo novo treinador”.
Di Canio, 44 anos, defendeu-se e, em entrevista à agência AP, disse que “tudo isso é estúpido e ridículo”. Ele afirmou que não é racista e que não tem problemas com ninguém.
Como atacante, o italiano defendeu a Lazio entre 1985 e
1990 e entre 2004 e 2006. Ele é torcedor confesso do clube de Roma e era
membro da torcida organizada da entidade.
Famoso pelas polêmicas na época de jogador, Di Canio fez
a saudação fascista, com o braço direito estendido, após a vitória por 3
a 1 da Roma sobre a Lazio, em 2005. Na ocasião, a atitude lhe valeu uma
multa de 10 mil euros.
Em meio à repercussão da contratação, o Sunderland
divulgou nesta segunda, em seu site oficial, um comunicado no qual o
técnico voltou a se defender.
“Algo pode acontecer muitos anos atrás, mas o que conta
são os fatos. Minha vida fala por mim. Claro que isso me machuca, porque
as pessoas tentam tirar sua dignidade, e isso não é justo. Acredito em
meus pilares e tenho valores. Se alguém se ofendeu com isso, peço
desculpas, mas isso não veio de mim, veio de uma grande história a qual
as pessoas colocam em um contexto diferente da realidade”, afirmou.
Recentemente, Di Canio fez um bom trabalho no Swindon ao
conquistar a quarta divisão da Inglaterra e deixar a equipe no terceiro
lugar da terceira divisão. Ele pediu demissão do clube em fevereiro
deste ano e tentará evitar o rebaixamento do Sunderland à segunda
divisão nacional. O time do nordeste da Inglaterra, que era comandado
por Martin O’Neill, está atualmente quatro pontos acima da zona de
rebaixamento do Campeonato Inglês.
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