terça-feira, 19 de junho de 2012

Pacto Lula/Maluf: desastre político ou impulso eleitoral?

O aperto de mão entre Lula e Maluf soa como o pacto Stalin/Hitler na II Guerra Mundial. Causou espanto e reações passionais d etodos os lados.
O PSBD sonhava com o apoio do ex-governador, ex-prefeito e ex-presidiário Paulo Maluf. Perdeu para Lula, cada vez menos preocupado com o que alguns arranhões possam prejudicar a sua imagem e mais preocupado com o que a derrota do seu principal adversário possam ajudar sua imagem de vencedor e estrategista genial. Lula chegou no cassino e apostou tudo; pode perder, mas pode ganhar.
Políticamente a foto é um desastre, eleitoralmente pode ser o que Haddad precisava para se viabilizar eleitoralmente. Cada vez a política nacional é um jogo matemático em que a soma dos votos e tempo de TV das legendas fazem parte de um cálculo objetivo, sustentando uma imagem que deverá mexer com a subjetividade. Programa efetivo... isso é coisa do passado. O programa que preocupa os candidatos é o de televisão.Lula compreendeu isso há muito tempo. Por isso trouxe para si os representantes das velhas oligarquias (tipo Sarney), em decadência, mas com muita influência, contrapondo-se aos "novos" oligaracas, adeptos da privataria.
O Pacto Hitler/Stalin permitiu que a URSS tomasse fôlego para enfrentar a II Guerra, enquanto as potências europeias esperavam que a Alemanha invadisse o Oriente e as deixassem em paz. O efeito colateral foi a contemporização com o nazismo e a partilha da Polônia. No pacto Maluf/Lula, o resultado esperado é a vitória de Haddad e o fim do tucanato a partir de sua principal cidadela. Será possível? O futuro dirá.
Apesar da aparência em contrário, Maluf "lulou" para manter-se no cenário eleitoral. O retrato do acordo é abjeto, Maluf é um dos artigos mais podres da política brasileira produzido nessa usina de fabricação de podridões que é São Paulo. Como ele não é candidato, se fosse paulistano, fecharia o nariz e votaria em Haddad e Erundina.
Estou ficando velho, cada vez mais ranzinza e menos exigente.

Um comentário:

  1. Misericórdia, a que ponto chega o interesse pelo poder. Ou o LULA está se identificando. Que podridão. Se cuida São Paulo.

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