segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ricos jogam salvação da Europa para emergentes

Ricos jogam salvação da Europa para emergentes Foto: Divulgação_Reuters

Os Estados Unidos já disseram que não irão participar da recapitalização do FMI, aumentando ainda mais a pressão sobre bloco liderado pelo Brasil, Rússia e China, no G20. Christine Lagarde, quer aumentar a capacidade de empréstimo do Fundo para US $ 500 bi


247 com agências internacionais - Os líderes das 20 maiores economias do mundo que se encontram em Los Cabos, no México, têm a difícil missão de encontrar uma solução para a crise financeira e econômica da Europa e o aumentar a barreira de proteção do Fundo Monetário Internacional (FMI), que atualmente está em US$ 430 bi. "Não quero ficar especulando, mas espero que consigamos acordar uma maior capitalização dessa barreira", disse, neste sábado, 16, a repórteres, o presidente Felipe Calderón, do México, o anfitrião da reunião do grupo.
Os Estados Unidos já disseram que não irão participar da recapitalização do FMI, aumentando ainda mais a pressão sobre os países emergentes. Em abril, vários países membros do G20 já tinham anunciado a intenção de aumentar expressivamente os recursos do FMI, mas o montante estimado não contava com as contribuições da China, da Rússia e do México, que não haviam divulgado o valor de suas doações. "Será a primeira vez que o Fundo será recapitalizado sem a ajuda dos EUA, aumentando a importância dos países emergentes nesse processo", disse Calderón.
Em fevereiro, o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os países emergentes darão mais recursos ao FMI desde que os europeus reforcem suas medidas para enfrentar a crise e cumpram com a reforma que prevê maior poder de decisão a estas economias no Fundo Monetário Internacional. "Não podemos acertar um aumento de recursos sem a aplicação desta reforma no FMI", disse Mantega.
Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, quer aumentar a capacidade de empréstimo do Fundo para US $ 500 bilhões. Ela acredita que a cifra poderá ajudar a evitar novas crises, que, por acaso, venham minar a economia mundial. Lagarde cancelou a viagem ao Rio+20, para se dedicar a esta questão.

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