sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Repressor da ditadura integra conselho de Associação dos Delegados do RS


Site da Asdep
Foto: Reprodução/ Asdep
Quem navegar pelo site da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) pode se surpreender ao consultar os integrantes da diretoria da entidade e constatar que o 20º lugar do conselho deliberativo pertence a uma figura lendária da ditadura militar brasileira (1964-1985): Pedro Carlos Seelig. O nome do delegado é sinônimo de repressão no Estado e foi o braço mais duro do regime dos generais em terras gaúchas. Integrante do temido Departamento de Ordem Política e Social (Dops, onde hoje se localiza o Palácio da Polícia, em Porto Alegre), Pedro Seelig já teve muitos nomes. Uns o chamavam de Fleury dos pampas, em referência ao famoso comandante dos esquadrões da morte em São Paulo. O jornalista Luiz Cláudio Cunha o apelidou, em seu livro O Sequestro dos Uruguaios, de Carcará, a ave predadora ue “pega, mata e come”, eternizada pela música de Maria Bethânia. Não se tem notícias de que Pedro Seelig tenha forte atuação corporativa entre os delegados, mas a simples figuração de seu nome da diretoria da Asdep demonstra que ele não está tão quieto quanto se pensava.
De: Sul21

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