quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Para além das manchetes do JN: O que diz o IBGE

PIB cai 0,5% em relação ao 2º tri de 2013 e chega a R$ 1,2 trilhão

O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou queda de 0,5% na comparação do terceiro trimestre de 2013 contra o segundo trimestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2012, houve expansão de 2,2%. No acumulado dos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2013, o PIB registrou crescimento de 2,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já no resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB apresentou aumento de 2,4% em relação a igual período de 2012. Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2013 chegou a R$ 1.213,4 bilhões.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na páginawww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/defaultcnt.shtm.
Em razão do projeto de implantação da nova série do Sistema de Contas Nacionais – referência 2010 (SCN – referência 2010), a estimação dos resultados definitivos do SCN para os anos de 2010 e 2011 ainda não foi realizada. Portanto, nesta divulgação referente ao terceiro trimestre de 2013, os trimestres do ano de 2012 não tiveram seus pesos alterados. A partir do 1º trimestre de 2012 incorporou-se a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) como fonte adicional para alguns subsetores da atividade Serviços. Ademais, o recálculo de 2012 incorporou também a PNAD 2012, a Pesquisa Agrícola Municipal 2012 e revisões nos dados primários que, por sua vez, estenderam-se para a compilação nova dos trimestres de 2013.
Outros detalhes sobre as revisões podem ser acessados pelo linkhttp://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/destaques/2013_11_07_revisao_cnt.shtm.
Em relação ao 2º tri de 2013, agropecuária cai e indústria e serviços ficam estáveis
O PIB apresentou queda de 0,5% na comparação do terceiro trimestre de 2013 contra o segundo trimestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. A agropecuária recou 3,5%. Já a indústria (0,1%) e os serviços (0,1%) mantiveram-se praticamente estáveis. Dentre os subsetores que formam a indústria, a extrativa mineral (2,9%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,9%) apresentaram resultados positivos. Em contrapartida, houve recuos na indústria de transformação (-0,4%) e na construção civil (-0,3%). Nos serviços, houve crescimento em transporte, armazenagem e correio (0,8%), administração, saúde e educação pública (0,8%) e serviços de informação (0,7%). O comércio (0,0%) ficou estável. As demais atividades apresentaram recuo do volume em relação ao trimestre anterior: outros serviços (-0,4%), intermediação financeira e seguros (-0,2%) e atividades imobiliárias e aluguel (-0,2%).
Sob a ótica da demanda, a formação bruta de capital fixo (FBCF) recuou 2,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já o consumo das famílias cresceu 1,0%. Pela ótica do gasto, a despesa de consumo das famílias (1,0%) e a despesa de consumo da administração pública (1,2%) apresentaram crescimento em relação ao segundo trimestre do ano. Já a FBCF teve queda de 2,2%. No que se refere ao setor externo, tanto as exportações (-1,4%) quanto as importações de bens e serviços (-0,1%) apresentaram resultados negativos.
Na comparação com o 3º tri de 2012, serviços e indústria crescem
Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 2,2% no terceiro trimestre de 2013. Sob a ótica da produção, a agropecuária recuou 1,0% em relação a igual período do ano anterior. A variação negativa pode ser explicada, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro trimestre, como laranja (-14,2%), mandioca (-11,3%) e café (-6,9%).
A indústria cresceu 1,9%, com resultados positivos em todas as atividades que a compõem. A indústria extrativa aumentou 0,7%, enquanto a indústria de transformação cresceu 1,9%. O resultado foi influenciado pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos; máquinas e aparelhos elétricos; material eletrônico; equipamentos médico-hospitalares e indústria automotiva.
A construção civil também apresentou aumento de 2,4%, influenciada pelo crescimento do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos direcionados para financiamentos imobiliários (para pessoas físicas e jurídicas): expansão de 33,8%, em termos nominais, no terceiro trimestre de 2013. Já eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana cresceu 3,7%, puxado pelo consumo residencial de energia elétrica.
O valor adicionado de Serviços cresceu 2,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Todas as atividades que o compõem registraram variações positivas. Transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros) cresceu 5,0%, seguido por serviços de informação (4,6%), intermediação financeira e seguros (2,6%), administração, saúde e educação pública (2,5%), comércio (atacadista e varejista), com 2,4%, e serviços imobiliários e aluguel (2,1%). A atividade de outros Serviços, que além dos serviços prestados às empresas, engloba serviços prestados às famílias, saúde mercantil, educação mercantil, serviços de alojamento e alimentação, serviços associativos, serviços domésticos e serviços de manutenção e reparação, variou 0,2% no trimestre.
Formação bruta de capital fixo sobe 7,3% em relação ao 3º tri de 2012
Dentre os componentes da demanda interna, a formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 7,3%, justificada pela expansão da produção interna de bens de capital. Após registrar queda nos quatro trimestres de 2012, a FBCF apresenta o terceiro resultado positivo consecutivo.
A despesa de consumo das famílias cresceu 2,3%, sendo a 40ª variação positiva consecutiva nessa base de comparação. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial real, que teve elevação de 2,1% no terceiro trimestre de 2013. Além disso, houve um aumento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas de 8,1% no terceiro trimestre de 2013. A despesa de consumo da administração pública também cresceu 2,3% na comparação com o mesmo período de 2012.
No setor externo, tanto as importações (13,7%) quanto as exportações de bens e serviços (3,1%) apresentaram expansão.
PIB cresce 2,4% no acumulado do ano e 2,3% em 12 meses
O PIB de janeiro a setembro de 2013 cresceu 2,4%, em relação a igual período de 2012, com altas na agropecuária (8,1%), na indústria (1,2%) e nos Serviços (2,1%).
Já o crescimento do PIB acumulado em quatro trimestres, após atingir 0,9% no terceiro trimestre de 2012, acelerou até alcançar 2,3% no terceiro trimestre de 2013, com elevações na agropecuária (5,1%), na indústria (0,9%) e nos serviços (2,3%).
No terceiro trimestre de 2013, PIB chega a R$ 1.213,4 bilhões
O PIB no terceiro trimestre de 2013 alcançou R$ 1.213,4 bilhões. A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2013 foi de 19,1% do PIB, superior à taxa referente a igual período do ano anterior (18,7%). Esse aumento foi influenciado, principalmente, pelo crescimento, em volume, da formação bruta de capital fixo no trimestre. A taxa de poupança ficou em 15,0% no terceiro trimestre de 2013 (ante 15,3% no mesmo trimestre de 2012).

Comunicação Social
03 de dezembro de 2013

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