sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Onde estão as vanguardas?

Lenine. A teoria da vanguarda revolucionária ainda é atual?
Acompanho com atenção os episódios do Egito. Sempre que há uma massa nas ruas, é preciso buscar entender o que está acontecendo. O que levou as pessoas a se manifestarem agora? Quais são os fatores remotos? Quais são os fatores imediatos? Quais são os interesses em jogo? Quais são os desdobramentos possíveis? Enfim. Minha singela opinião não tem nenhuma influência nos acontecimentos, por isso posso esperar um tempo até emitir um parecer sobre o tema. Por enquanto, só observo e torço pelo melhor.
Um dos aspectos que tenho observado no Egito em outros movimentos populares contra governantes é que, em grande parte, não há um centro organizador dos protestos. Daí vem a pergunta do título desse post: Onde estão as vanguardas? Muitos dos comentadores do movimento egípcio e de outros tantos, partilham da tese da vanguarda organizada; do partido dirigente ou coisa parecida. O fato é que grande parte dos movimentos de protesto estão sendo feitos à revelia de lideranças. Não digo que isso seja necessariamente bom, nem mau, mas é forçoso constatar o quanto os nossos candidatos a dirigentes das massas exploradas (e eles existem em todas as partes do mundo) costumam se enganar.
Desculpem os meus camaradas leninistas, mas a maioria das revoluções (em seus diversos significados) são fruto da confluência de muitos acasos e de algumas vontades.

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