quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

DMLU comete crime ambiental em Porto Alegre e ninguém toma qualquer medida

Foto meramente ilustrativa
Na véspera de Natal, dia 24 de dezembro, a delegada Elisangela Melo Reghelin, titular da Delegacia Ambiental da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, prendeu em flagrante o engenheiro químico, João Luiz Bombarda, devido a incêndio considerado criminoso ocorrido na central de resíduos industriais Utresa, em Estância Velha. Bombarda, responsável técnico pelo empreendimento, passou o Natal na cadeia, mas terminou solto já na tarde do dia 25, pela juíza Rosali Terezinha Chiamatti Libarti. Crime cometido pelo engenheiro químico João Luiz Bombarda, segundo a delegada civil Elisangela Melo Reghelin: permitiu o ingresso de resíduo industrial perigoso em uma das valas da Utresa que não estava autorizado pela Licença Ambiental da empresa, fornecida pela Fepam (Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente).
Pois bem, nesta quarta-feira, a diretoria do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Pública), da prefeitura de Porto Alegre, determinou a entrada em funcionamento de uma estação de transbordo emergencial do lixo recolhido na zona norte da capital gaúcha, localizada no aterro desativado localizado nos fundos do supermercado BIG, na Avenida Sertório, e na altura da cabeceira da pista do aeroporto internacional Salgado Filho. Segundo o assessor de imprensa do DMLU, jornalista Roberto Azevedo, acionado pelo editor de Videversus, Vitor Vieira, para consultar a diretoria da autarquia, o órgão determinou o início da operação da estação de transbordo sem ter uma "licença ambiental" concedida pela Fepam autorizando o seu funcionamento. Ou seja, a valer o princípio usado pela delegada Elisangela Melo Reghelin em Estância Velha, os diretores do DMLU, a começar por seu presidente, coronel brigadiano Mário Moncks, passando pelo superintendente, Adelino Lopes Neto, e o diretor de Destino Final e Fiscalização, Oswaldo Cauduro Souza, deveriam estar presos. Ocorre que esses dirigentes determinaram que no mínimo metade do lixo de Porto Alegre seja levado pelos caminhões da Qualix, empresa que realiza a coleta do lixo na capital gaúcha, para o antigo Aterro da Zona Norte, localizado na Avenida Sertório. Ali, sem qualquer proteção, sem qualquer dos cuidados necessários que uma Licença de Operação da Fepam estabelece, o lixo passou a ser derramado no chão, até ser coletado por tratores e colocado em jamantas encarregadas de levar ao destino final, no aterro da SIL, a 112 quilômetros de Porto Alegre, em Arroio dos Ratos, à beira da rodovia federal BR 490. Como se não bastasse, o terreno não pertence ao DMLU, uma parte dele é de propriedade da família Dullius, e outra parte pertence ao grupo Tumelero. O jornalista Vitor Vieira, editor de Videversus, conversou com o delegado Ranolfo Vieira Jr, chefe do DEIC (Departamento Estadual de Investigação Criminal), e futuro chefe de Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Ranolfo Vieira Jr. acionou imediatamente a delegada Elisangela Melo Reghelin. O jornalista Vitor Vieira também conversou com o tenente-coronel Maia Cardoso, do Estado Maior do Comando Ambiental da Brigada Militar, que mandou um pelotão para o local da estação emergencial de transbordo ilegal do DMLU. Entretanto, até a noite, o jornalista Vitor Vieira não obteve retorno essas autoridades. Da mesma forma não houve notícia de atuação da direção do V Comar, já que o lixão da estação emergencial de transbordo, inevitavelmente, vai atrair centenas de urubus para o local. Esses animais são extremamente perigosos, porque podem ser sugados para os turbinas dos grandes jatos que operam no Aeroporto Internacional Salgado Filho e isso pode resultar em grave desastre aeronáutico, com a perda de muitas vidas.
 

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