sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A História faz justiça a Marighella

Decorridos 41 anos - completados hoje - do covarde assassinato de Carlos Marighella, cresce no país o respeito por sua coragem, determinação e militância e o sentimento de que seu nome já se situa, tranquilamente e como medida de justiça, entre os patriotas que mais lutaram pela melhoria de vida, ascensão social, a liberdade e o respeito a todos os direitos do nosso povo.
Marighella - ou Carlos como o chamavam os mais próximos, os familiares e os amigos -  morreu em uma emboscada montada pelas forças de repressão da ditadura militar, à frente o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo. Ele foi inequivocamente um dos quadros políticos mais atuantes de nossa História. Só a reação, e com o assassinato, foi capaz de conter a chama que o animou sempre, a vida inteira, em sua luta pela liberdade e justiça para o nosso povo.
Defensor das causas populares até o limite de pagar mesmo com a vida, como lhe aconteceu, Marighella foi um batalhador por reformas de base como as da educação e agrária e pela soberania nacional. Foi o que o motivou a filiar-se aos 18 anos ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Um combatente em todas as frentes de resistência


A partir daí, lutou em todas as frentes: combateu a ditadura Vargas e a repressão por ela desencadeada; foi deputado federal até a proscrição do PCB (1947); enfrentou a partir de então duas décadas de clandestinidade; resistiu e  enfrentou as forças da nova ditadura, a militar, instaurada em 1964; rompeu com o velho Partidão, fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN)  e bateu de frente, o resto dos seus dias, com o regime de exceção instaurado no país.
Sua coragem, luta, ensinamentos e sobretudo seu amor pela liberdade e pela justiça serão sempre um exemplo para todos os brasileiros que, quanto mais o tempo passa, mais lhe são reconhecidos e fazem justiça por ter dedicado sua vida à transformação da realidade dos excluídos e a dar voz aos anseios de liberdade e justiça do nosso povo.
Independente do julgamento que lhe façam os ainda sobreviventes da reação, o que prevalece é o reconhecimento de que Marighella hoje já é História e que esta lhe reserva um lugar entre os grandes da luta pelo progresso e melhorias de nosso país.

3 comentários:

  1. "Defensor das causas populares até o limite de pagar mesmo com a vida" e com a vida dos outros também. Terrorista que escreveu "Pequeno Manual do Guerrilheiro Urbano". A única "liberdade", "acensão social" e "o respeito a todos os direitos do nosso povo" foi a do modelo Cubano. A ótica do povo que faz esse tipo de homenagem a essas pessoas é totalmente invertida.

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  2. História fez justiça a Carlos Marighella? E quem fará justiça à dezenas de pessoas inocentes que esse terrorista assassinou?

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  3. QUem foram as pesosas inocentes assassinadas por Marighella?Se ele tivess assassinado pesoas culpadas, não haveria problema? Ainda que ele tivesse assassinado pesoas culpadas de algo, é correto que o Estado o assassine à traição, a partir de informações obtidas pela tortura de umapesoa que , com certeza, não havia cometido crime nenhum contra nenhuma pessoa (Frei Tito).É disso que se trata.

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