terça-feira, 3 de agosto de 2010

RESPOSTA DO IRÃ É UM SAPO QUE LULA NÃO PODE ENGOLIR

Se o Brasil aspira mesmo a exercer um papel de liderança mundial alternativa à das potências tradicionais, não pode aceitar resignadamente a sem cerimônia com que um mero porta-voz do Ministério do Exterior iraniano descartou o magnífico gesto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oferecendo asilo a Sakineh Mohammadi Ashtiani:
"O presidente da Silva tem uma personalidade muito emotiva e humana, mas provavelmente não tem informação suficiente sobre o caso".
Ele e todos os brasileiros temos informações mais do que suficientes: em nome de valores caducos, cruéis e repulsivos, o Irã pretende assassinar de maneira horrível (apedrejando-a até a morte) uma mulher por algo que nem delito é considerado em nações civilizadas: adultério. Seria cômico se não fosse trágico.
O presidente da Silva sofreu uma avalanche de críticas falaciosas e injustas da mídia mundial por haver tentado evitar que o Irã seja esmagado pela aliança EUA-Israel. Ceder-lhe Sakineh é o mínimo que essa excrescência medieval poderá fazer para compensar seu desgaste naquele episódio.
Na política, nada é concedido sem contrapartida. Cabe a Lula apresentar a conta por seus serviços, da maneira mais enfática possível. É o seu prestígio e o prestígio do Brasil que estão em jogo.
Se nem do insignificante Irã obtiver uma tão ínfima concessão, jamais se ombreará aos líderes do planeta.
Isso é o que acontece com quem ajuda ingratos da pior espécie: os fanáticos religiosos.

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